Presidente da Transpetro de 2003 até fevereiro de 2015, o cearense é acusado de operar em nome de seu “padrinho” na estatal, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em delação, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse ter recebido R$ 500 mil de propinas dele.
O ex-presidente da Transpetro trocou o nome pelo qual fez carreira política por seus nomes menos conhecidos - “José Oliveira”.
Filho do ex-ministro de João Goulart, Expedito Machado, Sergio ingressou na vida pública nos anos 1980 como um dos cabeças do movimento que, ao lado de Tasso Jereissati, ficou conhecido como “geração Cambeba”. Coordenador da campanha de Tasso e secretário de Governo do 1º mandato do hoje tucano, coordenou o chamado choque administrativo, que fez cortes radicais e polêmicos na máquina do Estado.
Pelo estilo agressivo, o farto bigode e os cortes que comandou, ganhou a alcunha de “samurai do Cambeba”. Se a campanha rendeu prestígio, o desgaste tornou inviável sua candidatura ao governo. Em 1990, chegou a colocar pré-campanha na rua. O Cambeba, no entanto, preferiu lançar o jovem Ciro Gomes ao cargo. Tasso e Sérgio romperam.
O cearense se aproximou do comando nacional do PSDB, se elegendo deputado e senador, e atuando como líder de FHC no Senado. Em 2001, ajudou a eleger Aécio Neves (PSDB) presidente da Câmara. Em 2002, causou surpresa ao voltar para o PMDB para disputar o governo do Ceará. Ficou em 3º lugar.
Apesar de ter apoiado José Serra (PSDB) para a Presidência em 2002, foi indicado por Renan Calheiros na Transpetro, onde permaneceu por mais de doze anos.
