Carros que não deveriam ter sido lançados
Palio Citymatic (2000)

O Mercedes Classe A lançou a onda das embreagens automáticas por aqui. Depois, o Corsa Autoclutch e o Palio Citymatic entraram na onda. O motorista comandava a alavanca de marchas manualmente, mas não havia pedal de embreagem. Ditos "semi-automáticos", esses carros não faziam muito sentido. Fontes de trancos e defeitos, fracassaram em vendas.

A Troller ainda era uma marca independente quando criou a Pantanal. Eis que, em 2008, a Ford adquiriu a fábrica cearense e resolveu testar a qualidade da picape. Constatou tamanhos problemas de trincas no chassi e falta de estabilidade que decidiu fazer um recall radical: propôs recomprar todas as 77 Pantanal produzidas para... destrui-las!
Fiesta Trail (2005)

Um patético exemplo da onda dos "carros aventureiros". A Ford bolou um kit para o Fiesta que incluía rack no teto, quebra-mato e adesivos. Pneus e suspensão não mudavam. O detalhe mais sórdido eram os estribos inúteis: seus suportes deixavam o Trail ainda mais baixo do que um Fiesta normal. Seu rival em fantasias era o Celta Off-Road.
Vectra GT (2007)

Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo / 3-10-2007
A carroceria era do Astra europeu, e várias peças da parte mecânica foram emprestadas pelo Astra nacional. Ao se levantar o capô, bocejos de tédio: lá estava o motor 2.0 Família II, de 128cv, herdado do Monza. De "Vectra GT" esse carro só tinha o nome, que soava pretensioso para o tamanho e as capacidades dinâmicas do "esportivo".

Quando decidiu fabricar um rival para o Opala no Brasil, a Ford deveria ter optado pelo moderno Taunus europeu. Mas o escolhido foi o americano Maverick. Para iniciar a produção, aproveitaram o velho e pesado motor seis cilindros dos Aero-Willys, Itamaraty, Jeep e Rural. Andava o mesmo que o Opala de quatro cilindros e bebia muito

Palio Weekend 6 marchas (1999)
Por conta do IPI reduzido para carros "mil", a Fiat pôs um motor 1.0 de 61cv na Palio Weekend. Para tentar mover seus 1.040kg, o jeito foi importar da Itália um câmbio manual de seis marchas com relações curtíssimas. Na estrada, com passageiros e bagagem, a pobre Weekend gritava como uma enceradeira torturada e mal saía do lugar.Foto:

Dodge Dakota Quad Cab (2001)Em janeiro de 2001, estava tudo pronto para o lançamento da Dodge Dakota cabine dupla feita no Paraná. A direção mundial da DaimlerChrysler, contudo, decidiu fechar a fábrica inaugurada apenas três anos antes. A picape já nasceu morta: os poucos exemplares que já haviam sido produzidos foram vendidos após o anúncio de encerramento da produção.

mais.Foto: DivulgaçãoPolo 1.0 16v (2002)Exatamente no dia de seu lançamento, essa versão foi atropelada pelas mudanças no IPI. De uma hora para outra, carros "mil" muito equipados perderam as enormes vantagens de preço que tinham sobre seus irmãos de cilindrada maior. Custando quase o mesmo que a versão 1.6, o Polo 1.0 16v não deu em nada

L Personalizado 'Sport'
(1972)Ah, os anos 70 e seus esportivos de mentirinha... O exemplo mais tosco foi quando o pacato VW TL recebeu um pacote opcional com volante de três raios (do Fusca 1600-S "Bizorrão") e faixas pretas. Apesar da aparência de briga, seu motor rendia os mesmos 65cv do TL usado pelo coronel reformado do 7º andar

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A fábrica de móveis Lafer fez fama no Brasil ao produzir réplicas do inglês MG-TD, de 1950. Tudo ia bem até o dia em que resolveram criar uma versão modernizada: era o MP Lafer TI, sem grade dianteira, com faróis retangulares e rodas de Monza. E, assim, o modelo que tinha no visual clássico sua única razão de existir ganhou mullet e pochete.