



A maioria dos incêndios tem ação antrópica.

Setembro chegou ao fim com o quinto maior número de focos de incêndios dos últimos 23 anos, no Ceará, conforme balanço do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram 440 focos, ficando atrás apenas de 2001 (808), 1998 (601), 2012 (512) e 2019 (460). A média, para o mês, é de 310. Para se ter uma noção precisa do quão elevado foi o número de incêndios em setembro, ele superou a somatória de focos de todos os outros meses do ano (381).
Para o subcomandante dos Bombeiros Militares em Sobral, major Mardens Vasconcelos, a grande maioria desses incêndios poderia ter sido evitada. Segundo levantamento extraoficial da corporação, "mais de 90% dos focos decorrem da ação humana. As ocorrências se dão mais em propriedades rurais e fazendas e depois se alastram", explica.
O coordenador do Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Leonardo Borralho, critica a postura das pessoas que ateiam fogo em vegetação e recorda que, atualmente, há em vigência decreto estadual que proíbe a ocorrência de queimadas no Ceará. Apesar disso, o ambientalista André Wirtzbiki adverte que não há nenhum histórico ou registro de punição a quem ateia fogo ilegalmente.
"Quando há o registro, o boletim de ocorrência nas delegacias tem a identificação do denunciante, mas quase nunca do denunciado. Fica difícil punir", detalha. O Sistema Verdes Mares questionou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará se houve alguma autuação, neste ano, no Estado, referente a pessoas que atearam fogo em vegetação.
A SSPDS informou que estava fazendo esse levantamento, mas não o enviou até o fechamento da matéria.
Sem conscientização por parte da população e ausência de punição, os focos se multiplicam e os danos ao meio ambiente, também. O agrônomo e ambientalista do Instituto Rio Jaguaribe, Paulo Maciel, aponta que os impactos das queimadas em área de vegetação resultam na "mortandade de animais da caatinga, perda de material genético das espécies herbáceas, arbustivas e de sementes, diminuição da cobertura vegetal, empobrecimento do solo e abertura de espaço para ocupação por plantas invasoras e exóticas ao bioma, além de poluição do ar". Segundo ele, é difícil estimar quanto tempo uma área queimada leva para se recuperar, mas, "a depender de alguns locais, esse dano pode ser irreversível".
Wirtzbiki avalia que, se não houver "punição e instituição de políticas públicas mais duras, com rigor na fiscalização", as queimadas não cessarão. Ele ilustra que o fato de o agricultor colocar fogo na vegetação é cultural, mas que deve ser rompido. "O fogo é utilizado como uma forma de baixo custo de fazer a limpeza e abertura de áreas na caatinga no curto prazo. O interesse maior é expandir áreas para formação de pastagem para o gado, uma vez que a atividade da agricultura familiar não precisa de áreas extensas. O problema é que esse fogo quase sempre se alastra e causa sérios danos", disse.
Além dos inúmeros danos listados por Maciel, o primeiro-tenente Sócrates Souza, do Corpo de Bombeiros Militares, destaca a elevada perda hídrica gasta para debelar as chamas. Segundo ele, "em média, os Bombeiros vêm usando cerca de cinco mil litros de água no combate a cada ocorrência". Em uma região com problemas crônicos de água, sobretudo no segundo semestre, o número preocupa. "É um desperdício para a região semiárida como a nossa", acrescenta.
A gerente de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, observa que, além da ação antrópica, nesta época do ano, "as condições secas de solo e de vegetação, as baixas umidades relativas do ar, além das temperaturas altas e ventos fortes", são fatores para o aumento significativo das queimadas. "O período de setembro a dezembro concentra 70% dos focos de calor no Estado", observa.
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