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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Nos bastidores do STF, a proposta de emenda à Constituição – que reduz o poder dos magistrados de definir como e onde os parlamentares ficam presos em casos de flagrantes – é considerada “um absurdo”, que pode levar à impunidade.


Dólar: por que a moeda americana não cai no Brasil, na contramão do mundo Moeda brasileira trilhou caminho contrário às divisas de muitos países, inclusive emergentes, registrando forte desvalorização frente ao dólar no ano passado, apesar de recuperar-se um pouco nos últimos meses.

Real registrou forte desvalorização frente do dólar no ano passado — Foto: Getty Images via BBC
Nunca antes na história dos Estados Unidos tantos dólares foram emitidos. A decisão do Fed (banco central dos EUA) de imprimir dinheiro foi tomada para combater os efeitos da recessão econômica causada pela pandemia de covid-19.
Paralelamente, a taxa de juros foi reduzida e hoje está próxima de zero. Quando isso acontece, o país tende a ficar "menos atraente" aos olhos dos investidores estrangeiros, que tendem a buscar outros mercados com retornos maiores sobre seu capital.

Como resultado, o dólar perdeu valor ante as principais moedas globais. Mas não frente ao real.

Na verdade, a moeda brasileira se provou uma exceção, trilhando um caminho contrário às divisas de outros muitos países, inclusive emergentes: registrou forte desvalorização frente ao dólar no ano passado e recuperou-se um pouco nos últimos meses.

A série de gráficos a seguir, elaborados por Henrique Castro e Claudia Yoshinaga, professores da Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido da BBC News Brasil, mostra o comportamento do real frente ao dólar em três períodos diferentes, de 31 de janeiro de 2020 a 29 de janeiro de 2021, de 31 de julho de 2020 a 29 de janeiro de 2021 e, por fim, de 30 de outubro de 2020 a 29 de janeiro de 2021.

Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC

Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC

Ministros do STF veem ‘afronta’ com PEC da Imunidade e avaliam que projeto será questionado na Corte Câmara iniciou a tramitação de proposta que dificulta a prisão de parlamentares em reação ao caso do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog desde a quarta-feira (24) avaliam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dificulta a prisão de parlamentares, esvaziando poderes do Judiciário, é uma espécie de “retaliação” e “afronta” à Corte por conta da decisão unânime de manter preso o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ).

Câmara dá aval à PEC sobre imunidade parlamentar; entenda a proposta
Líder do governo: PEC da Imunidade é reação ao STF por atuação no caso Daniel Silveira.

'Não é a Câmara da blindagem', diz Lira sobre PEC da Imunidade
Texto tramita em velocidade incomum. Protocolado e analisado no plenário no mesmo dia, prevê novas regras para imunidade parlamentar e torna mais difícil a prisão em alguns casos.





Câmara tenta votar alteração na Constituição para dificultar prisão em flagrante de parlamentares

Na análise de um ministro do STF, a cúpula da Câmara argumentou, na semana passada, que não queria confrontar uma decisão do STF, tampouco criar uma crise institucional com a Corte. Por isso, decidiu manter a prisão de Silveira em plenário.

No entanto, aproveitou o episódio para acelerar a discussão de um projeto que beneficia - e blinda - a classe política. “O confronto menor seria soltar um, não dar margem para não prender ninguém”, ironiza um integrante do STF, reservadamente.

Ministros da corte avaliam que o projeto será questionado, e a Corte terá de avaliar a constitucionalidade do texto. Reservadamente, ministros já admitem pontos da PEC que, uma vez questionados no STF, deverão ser derrubados.

Dos 860 leitos ativos nas redes pública e privada, 797 estão ocupados

Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape) Por meio de nota, avalia que “a recriação do auxílio emergencial não pode depender da desvinculação de recursos da Educação e da Saúde, ou do fim do financiamento do BNDES e, muito menos, do arrocho permanente dos servidores públicos”

“Existem outras soluções. O auxílio é necessário e urgente, porém a solução para os desafios que a pandemia nos impõe não deve estar no sacrifício da qualidade do serviço público brasileiro”, aponta a Anape.

Veja a nota:

“A Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (Anape) vem atuando diuturnamente durante a pandemia da covid-19, por meio das Procuradorias dos Estados, e acompanhando atentamente os impactos da crise sanitária em toda a sociedade brasileira. Por isso, entendemos a necessidade de se criar condições para o enfrentamento das consequências sociais, em especial, a criação de novo auxílio emergencial, tão necessário para a população vulnerável do país, que, com a pandemia, ficou mais vulnerável ainda.

No entanto, a Anape avalia que a recriação do auxílio emergencial não pode depender da desvinculação de recursos da Educação e da Saúde, ou do fim do financiamento do BNDES e, muito menos, do arrocho permanente dos servidores públicos. Somos contra o corte indiscriminado de despesas e direitos previsto no artigo 167-A da PEC nº 186/2019 (PEC Emergencial), por ofender à autonomia dos Estados e a prerrogativa dos Poderes, além de promover a precarização dos serviços públicos.

Já o artigo 167-G – que estabelece as mesmas restrições, vedações e congelamento de salários previstos no artigo 167-A de maneira imediata, até o segundo ano do exercício seguinte ao término do estado de calamidade pública – também prejudica o serviço público, já impactado pelas restrições previstas na Lei Complementar 173/2020. O dispositivo não leva em conta a autonomia dos entes e as variantes constantes da própria Administração Pública.

Existem outras soluções. O auxílio é necessário e urgente, porém a solução para os desafios que a pandemia nos impõe não deve estar no sacrifício da qualidade do serviço público brasileiro.”

Servidores vencem a primeira batalha Publicado em 19/02/2021 - 08:18 Vera BatistaServidor As notícias de que o governo pretendia condicionar o pagamento de mais quatro meses de auxílio emergencial para a população de baixa renda ao congelamento do salário dos servidores indignou o funcionalismo. “Não é preciso cortar de quem já ganha pouco para custear o combate à pandemia ou outra qualquer calamidade pública”, alerta Vladimir Nepomuceno

Eles venceram a primeira etapa da briga, porque esse item foi retirado da PEC Emergencial, mas não baixaram a guarda diante da ameaça de outras medidas no mesmo sentido. “O governo quer jogar cerca de 67 milhões de brasileiros que estão com o pires na mão contra os servidores, como se fôssemos os culpados pelo fracasso da equipe econômica, que não tem capacidade para administrar o país”, afirmou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

“Como falar em congelamento de salários, se isso já acontece desde janeiro de 2017? É uma repetição sem limites desse senhor (ministro da Economia, Paulo Guedes). Estamos fazendo um levantamento para refrescar a memória dele e mostrar que a perda do poder de compra está chegando próximo aos 35%”, afirmou Silva. Ele lembrou que cerca de 65% dos servidores estão pendurados até o pescoço nos consignados. “Devem R$ 222,2 bilhões aos bancos, descontados nos contracheques. Vamos lançar uma campanha no final de fevereiro para desmistificar essas mentiras”.

Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), lembrou que o teto de gastos limita as despesas à inflação medida pelo IPCA. Nas contas dele, até o final do ano, o governo federal vai economizar R$ 18,7 bilhões com o congelamento salarial em curso. “Esse valor atingirá a cifra de R$ 30 bilhões no primeiro ano do próximo governo. Se considerarmos a inflação medida pelo IGP-M, que disparou nos últimos meses, o governo fará um caixa de R$ 75,4 bilhões pela falta de reposição salarial ao funcionalismo”, disse. Medidas dessa natureza, reforçou, são contraproducentes quando a economia precisa de estímulos.

 

“Estudos do Cedeplar/UFMG apontam os possíveis efeitos contracionistas da PEC Emergencial, pois por um lado é um dinheiro que deixa de circular na economia e de movimentar as cadeias produtivas, por outro gera incertezas que impedem investimentos e, ainda, representa redução da oferta de serviços públicos em áreas como saúde, educação e assistência social”, analisou Marques. Vladimir Nepomuceno, diretor da Insight Assessoria Parlamentar, completou que não é preciso cortar de quem já ganha pouco para custear o combate à pandemia ou outra qualquer calamidade pública.

“Basta fazer uma reforma tributária onde os verdadeiramente mais ricos fossem tributados. Pelo menos o 1% mais rico já seria suficiente para custear todas as despesas dessa pandemia atual. Por que não cobrar sobre lucros e dividendos, sobre aviões e embarcações, que hoje são isentas? Por que não diminuir as isenções, principalmente do agronegócio exportador, que é cada dia mais rico e nada paga sobre essa riqueza?”, questionou. Até mesmo especialistas que defendem o teto dos gastos e o ajuste fiscal, olham o congelamento com reservas.

O economista Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, assinalou que, “ainda que existam estudos demonstrando que o salário médio do servidor público é maior do que o da iniciativa privada, a meu ver a suspensão de reajustes salariais para o funcionalismo público tem que ser uma medida temporária e – se indispensável for – justa”. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), segundo a Instituição Fiscal Independente, do Senado, há R$ 7,1 bilhões de alta para pessoal militar (lei 13.954/19), apontou. “Trata-se de exceção à lei complementar 173/20, que impediu reajustes a todas as outras carreiras. Por que esse tratamento diferenciado?”, reforçou o questionamento.

Além disso, há outras áreas que precisam ser analisadas para que o ônus não seja apenas o do servidor público, afirmou Castello Branco. “Os gastos tributários, por exemplo, somam R$ 307,9 bilhões. Dinheiro que o governo deixa de arrecadar a título de renúncia de receita, para beneficiar determinados setores. Será que um pente fino nesses benefícios não iria gerar recursos para custear ao menos parte do auxílio? Na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 estava prevista a revisão dos benefícios tributários para redução anual equivalente a cinco décimos por cento do PIB até 2022. Quanto foi efetivamente cortado? Em quais setores?”, questionou Castello Branco.

governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu agora à noite (25/02) adotar medidas restritivas para evitar a ampliação da proliferação da covid-19 no DF. A partir de segunda-feira (29/02), toda a atividade econômica na cidade ficará fechada de 20h às 5h, com exceção de serviços essenciais.

 A medida atinge principalmente lojas, restaurantes e bares. Ibaneis foi informado de que a ocupação dos leitos em UTI chegou a um nível preocupante, próximo do colapso, superior a 90%.

Por isso, ele tomou essa decisão, depois de passar os últimos dias tentando evitar o lockdown que atinge fortemente a atividade econômica no DF.

 O decreto com os detalhes das regras de restrições deve ser publicado na edição desta sexta-feira (26/02) do Diário Oficial do DF.

PETROBRÁS

 

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Ceará vai recomendar medidas mais restritivas a municípios com alerta máximo de Covid-19

Cidades como Sobral, Iguatu, Quixadá, Pacajus e Caucaia receberão recomendação, conforme o secretário da saúde do estado
O secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, afirmou que o estado publicará ainda nesta quarta-feira (24) uma recomendação para que alguns municípios cearenses apliquem medidas mais restritivas no combate à Covid-19.
O Ceará passa por um momento crítico da doença, no qual há aumento de infecções, internações em leitos de enfermaria e UTI, bem como crescimento no número de mortes.
Conforme Cabeto, encaixam-se no perfil cidades como Sobral, Santa Quitéria, Iguatu, Crateús, Quixadá, Quixeramobim, Maracanaú, Caucaia e Pacajus. O Ceará já está sob a implementação de um decreto mais rígido, cuja determinação, além do toque de recolher entre 22h e 5h, exige o fechamento do comércio às 20h, durante a semana, e às 17h, aos fins de semana. Os espaços públicos também estão sendo fechados a partir das 17h.
"Hoje nós devemos soltar uma recomendação aos municípios baseado no índice de criticidade. Aqueles que forem nível de alerta mais alto, vamos recomendar, além do estoque de medicamentos, medidas mais restritivas para proteger a população", disse o secretário.
O nível de alerta máximo, explica o secretário, significa dizer que a incidência da doença aumenta diariamente, o risco de óbitos provocados por ela começa a aumentar, e a taxa de ocupação dos leitos atinge o nível crítico.
O Ceará já dispunha de 801 leitos de específicos para a Covid-19 até esta segunda-feira (22), e a meta, segundo Cabeto, é chegar a 1.071 na primeira quinzena de março. Há um mês, esse quantitativo era de 280 em todo o estado.
Conforme o secretário, o Ceará vive hoje um momento bem diferente do início da pandemia. "Temos disseminação da transmissão viral ao mesmo tempo para a cidade de Fortaleza e para vários municípios cearenses. Isso também chama atenção para a necessidade de planejamento mais adequado e para a colaboração de todos os cearenses", pontuou.

deputado federal Irmão Lázaro Nota de Esclarecimento Quadro Clínico


Cantor aguarda transferência para hospital da capital baiana.
Queremos por meio desta nota informar aos amigos e admiradores que Irmão Lázaro foi transferido para UTI na manhã desta quinta-feira (25) precisando ser entubado no final da manhã, devido a complicações causadas pela Covid.
Diante do exposto, sua família e amigos reforça o pedido de orações, enquanto crê e espera que, com a permissão de Deus, sua saúde será restaurada.
Agradecemos, por fim, todo o apoio, preces e carinho recebidos até aqui.
"O que Deus tem pra ti é bem maior"


Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (24), por 304 votos a 154 e 2 abstenções, a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC 3/21), que regulamenta a imunidade parlamentar e restringe a prisão em flagrante de deputados e senadores somente se relacionada a crimes inafiançáveis listados na Constituição.

Imunidade não significa impunidade

Com o voto contrário do PT, a O novo líder da Bancada do PT, deputado Bohn Gass (PT-RS), afirmou que os parlamentares “precisam de imunidade e não de impunidade”. O mérito da proposta será analisado nesta quinta-feira (25), em sessão marcada para as 15h.
Aprovada admissibilidade da PEC da imunidade parlamentar; PT votou contra e apontou inconstitucionalidades no texto - PT na Câmara Federal.

DF registra aumento em mais de 60% no número de casos da covid-19 Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde divulgado nesta quinta-feira (25/2), a capital federal registrou mais de 1 mil casos nas últimas 24 horas

 

Distrito Federal registrou, nesta quinta-feira (25/2), um aumento de 60,7% no número de casos da covid-19 com base na média móvel dos últimos 14 dias. A média móvel de mortes, das últimas duas semanas, ficou em 11, registrando alta de 8,5%. Com os 1.068 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, o DF chegou a 293.782 pessoas infectadas. Desse total de casos notificados, 282.169 (96,1%) se recuperaram da doença.

Segundo o Boletim Epidemiológico da covid-19, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), foram notificadas 14 novas mortes pelo novo coronavírus. Os óbitos ocorreram entre 29 de janeiro e esta quinta-feira. Das mortes, 12 eram do DF, uma de Minas Gerais e outra de Goiás. A letalidade no Distrito Federal é de 1,7%, enquanto que a taxa de mortalidade é de 143,3 por 100 mil habitantes.

Do total de 4.805 pessoas que morreram em decorrência de complicações do novo coronavírus, 4.375 eram moradoras do Distrito Federal, 372 vieram de Goiás e 58 de outros estados para serem atendidas em unidades de saúde do DF. Desses, dois pacientes eram do Amapá, quatro da Bahia, onze de Minas Gerais, três do Rio de Janeiro, dois de São Paulo, dois do Tocantins, cinco do Mato Grosso, 21 do Amazonas, três de Roraima, um de Rondônia, um do Maranhão, um do Acre, um de Santa Catarina e um do Piauí.

Ceilândia segue como a região administrativa com mais mortes e casos confirmados pela covid-19, com 826 óbitos e mais de 32 mil cidadãos diagnosticados com o vírus. Em número de mortes, Taguatinga vem depois, com 480 pessoas que perderam a vida pela doença, e 23 mil infectados. Em Samambaia, são 17 mil casos confirmados e 363 mortes. No Plano Piloto, mais de 27 mil pessoas contraíram o vírus, e 347 morreram por complicações da covid-19.

Leitos de UTI

Segundo a última atualização da Secretaria de Saúde, feita na tarde desta quinta, a ocupação de leitos de UTI públicos da covid-19 está em 91,12%. Na rede privada, esta porcentagem está em 82,78%. Com isso, a média geral de ocupação dos leitos de UTI, no DF, está em 86,95%.

Ocupação de leitos de UTI Covid para adulto chega a 95% e volta à marca do pico da pandemia no Ceará

 

Legenda: Essa foi a maior marca desde maio do ano passado, pico das internações, quando atingiu 95,8%
Após 15 dias no patamar de 90%, a ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adultas exclusivas para Covid-19 chegou a 95,5% no Ceará. O dado consta na plataforma IntegraSUS, atualizada na tarde desta quinta-feira (25) pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). 

Isso significa que, dos 860 leitos ativos nas redes pública e privada, 797 estão ocupados. Restam somente 63 unidades disponíveis para atender a população. Essa foi a maior marca desde maio do ano passado, pico das internações, quando atingiu 95,8%. 

A alta pressiona os setores público e privado, exigindo a abertura de leitos para o tratamento do novo coronavírus. Diante do agravamento da crise, o Governo do Estado anunciou novas ocupações e também requereu ao sistema particular para suprir a demanda crescente. Dentre outras medidas, decretou o isolamento social mais rígido para evitar o avanço da doença.

Nas UTIs neonatal e infantis, 65.22% e 57.5% estão ocupadas, respectivamente. Já as para gestantes estão em 25%. Atualmente, 291 pacientes com Covid-19 são atendidos em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Em relação ao estado de saúde, 103 estão em máscara de reservatório e 35 em ventilação mecânica. 

A taxa de ocupação em UTIs está em 92,67% e as de enfermarias em 71,73%. Nesta quinta-feira (25), a Sesa recomendou a 170 municípios cearenses a adoção de medidas mais rígidas de contenção à Covid-19.  Desde o início da pandemia, já foram confirmados 418.070 casos de contaminados pelo novo coronavírus e 11.143 óbitos. Nas últimas 24 horas, três pessoas morreram em decorrência da doença.

O número de internações estava em declínio desde julho do ano passado. Após eleições e festas de fim de ano, contudo, voltou a crescer a partir de janeiro de 2021. No Carnaval, houve a ampliação das restrições para evitar a disseminação do vírus no período. 

Os dados consideram 84 hospitais no Estado. Destes, 18 á chegaram ao limite de ocupação das UTIs. São eles:

  • Casa de Saúde e Maternidade São Raimundo  (Fortaleza)
  • Geral de Fortaleza (HGF)
  • Dr. Waldemar Alcântara  (Fortaleza)
  • Hospital Antônio Prudente (Fortaleza)
  • Maternidade São Vicente de Paulo (Itapipoca)
  • Monte Klinikum (Fortaleza)
  • Municipal Dr. João Elísio de Holanda (Maracanaú)
  • Hospital São Carlos (Fortaleza)
  • Hospital São Raimundo (Crato)
  • São Vicente (Fortaleza) 
  • Uniclinic (Fortaleza)
  • Universitário Walter Cantídio (Fortaleza)
  • Hospital Regional do Norte (HRN, Sobral)
  • Hospital Regional do Sertão Central (HRSC, Quixeramobim)
  • São José de Doenças Infecciosas (Fortaleza)
  • Instituto Madre Tereza de Apoio a Vida (IMTAVI, Brejo Santo)
  • Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza
  • Santa Casa da Misericórdia de Sobral

Fortaleza concentra mais de 60% dos leitos ativos para tratar pacientes com Covid-19 no Ceará. Com ondas de contaminação simultâneas em Fortaleza e no Interior, possibilidade de transferir pacientes de outros municípios à Capital se torna escassa, pressionando a rede assistencial

Diferentemente da primeira onda, o pico de contaminação acontece agora de forma sincronizada em todo o Estado
Pelo menos 66% das Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) disponibilizadas para pacientes com Covid-19 do Ceará estão concentradas em Fortaleza. De acordo com dados da plataforma Integra SUS, atualizados às 15h desta quinta-feira (25), a Capital engloba 567 leitos ativos de UTI, enquanto os demais municípios somam 293. As taxas de ocupação superam os 90% em ambos os cenários.

O padrão de distribuição se repete quanto às enfermarias: dos 1.848 leitos ativos no Ceará, 1.106 (60%) estão em Fortaleza; e 742 (40%), em cidades do interior cearense. Ao todo, 92,8% das UTIs e 71,9% das enfermarias do Estado estão ocupadas. Em Fortaleza, a ocupação dos leitos de alta complexidade está em 94,2%; e as vagas de atenção menos intensiva, 88,5%.

Secretaria da Saúde recomenda 170 municípios a adotarem medidas mais rígidas de contenção à Covid-19

Lotação de UTIs em Fortaleza torna “impossível” transferir pacientes do interior, afirma Dr. Cabeto

Diferentemente da 1ª onda, alta de casos de Covid ocorre simultaneamente na Capital e no Interior

Segunda onda
Com a segunda onda de transmissão atingindo Interior e Capital ao mesmo tempo, gestores e profissionais da saúde demonstram preocupação com os índices. Apesar da abertura de novos leitos nos hospitais regionais, o secretário da Saúde do Estado (Sesa), Dr. Cabeto, afirma que isso não é o suficiente para combater a pandemia.

“Não é preciso só leito: é profissional, equipe, logística de distribuição de oxigênio também. Por isso, precisamos frear a ascensão da curva”, alerta o secretário.
Em entrevista ao Sistema Verdes Mares nesta quarta-feira (24), o gestor afirmou, ainda, que transferências de pacientes a Fortaleza não são possíveis no momento. Em 2020, o deslocamento foi realizado porque a pandemia atingiu primeiro a Capital, de modo que, quando houve a interiorização dos casos, os leitos já estavam aptos a receber infectados de outros locais.

"Uma característica peculiar desse segundo momento que a gente tá vivendo no Ceará em relação à epidemia de Covid, é que, diferentemente daquele primeiro momento, em que a gente teve um aumento somente na Capital para depois haver no interior, nesse momento a gente tá com epidemias simultâneas", afirmou Magda Almeida, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa.
Restrições mais rígidas em 170 cidades

Uma lista de recomendações direcionadas a 170 cidades do Ceará foi emitida pela Sesa com o intuito de restringir atividades não essenciais e frear o contágio do coronavírus. O ofício foi enviado para municípios com alerta de “Risco Alto” ou “Risco Altíssimo” de transmissão da Covid-19. As medidas mais restritivas incluem a suspensão de eventos, o controle da saída e entrada de pessoas na cidade e o fechamento de espaços públicos, entre outras.

De acordo com a médica e professora da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Emille Sampaio, o aumento dos casos, tanto no interior do Ceará quanto na Capital, pode ser resultado de um acúmulo de acontecimentos, desde as festas de fim de ano e o carnaval, aliados às novas variantes do vírus.

"Todas as ações que de alguma forma foram contra as medidas sanitárias, contribuíram. As atividades de final de ano, que não envolvem só o encontro natalino, mas também a ida para comprar presentes, as confraternizações, em seguida as férias, que acabam envolvendo muitas vezes o deslocamento do interior para a Capital, ou mesmo da Capital para o interior. E agora por último, o carnaval, mesmo com as medidas do Estado, que são acertadas, de suspensão enquanto festividade. Não tivemos nenhuma medida mais rígida de contenção do avanço de outubro para cá, nós estamos vivendo isso nesse último momento, do decreto para cá”, explica.

Diferentemente da primeira onda, o pico de contaminação acontece agora de forma sincronizada em todo o Estado, o que sobrecarrega o sistema de saúde das cidades do interior e traz o alerta para a falta de itens importantes para o tratamento da doença.

“O que acontece é que, no momento em que nós estamos agora na pandemia, temos a necessidade de aumento do número de leitos, aquisição de equipamentos, de mais profissionais, simultaneamente. O que faz com que nós não tenhamos a capacidade técnica que nós tínhamos no momento anterior”, afirma a médica.
Secretaria da Saúde recomenda 170 municípios a adotarem medidas mais rígidas de contenção à Covid-19
Lotação de UTIs em Fortaleza torna “impossível” transferir pacientes do interior, afirma Dr. Cabeto
Diferentemente da 1ª onda, alta de casos de Covid ocorre simultaneamente na Capital e no Interior
UTIs Covid para adultos estão há 15 dias com taxa de ocupação acima de