Descoberto em julho de 2025 pelo programa ATLAS no Chile, o objeto descreve uma trajetória hiperbólica - como 'Oumuamua' e Borisov - indicando origem fora do Sistema Solar. Análises iniciais apontam composição atípica: alta proporção de dióxido de carbono, presença significativa de níquel, quase ausência de ferro e traços de compostos metálicos raros, sugerindo formação em região muito fria e distante de uma estrela.
Com o aquecimento no periélio o cometa deverá liberar gases e poeira, formando coma e cauda; será observável com telescópios de porte médio e equipamentos amadores, mas não a olho nu. NASA, ESA, o James Webb e o Hubble farão observações - incluindo espectroscopia para identificar gases - e dados serão cruzados com o Minor Planet Center para refinar a órbita. Não há risco de impacto: o 3I/ATLAS passará a mais de 270 milhões de km da Terra (quase o dobro da distância Terra–Sol).
A exposição aos telescópios deve durar até o início de 2026; o cometa provavelmente não retornará, mas promete importantes informações sobre materiais de outros sistemas estelares.
