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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 1.056 o número de mortes registradas pelo novo coronavírus no Brasil — 115 óbitos confirmados nas últimas 24 horas. Até ontem, eram 941 mortes.

No total, são 19.638 casos oficiais no país até agora — aumento de 1.781 diagnósticos em um único dia segundo o Ministério.
Para cientistas do NE, afrouxar isolamento seria "tragédia sem precedentes"
O número real de casos, no entanto, tende a ser maior. Isso porque os testes são realizados prioritariamente nos pacientes internados em hospitais, e pesquisas indicam que 86% das pessoas infectadas não apresentam sintomas ou têm apenas sintomas leves que podem ser confundidos com uma gripe comum.

A taxa de letalidade — que compara os casos já confirmados no Brasil com a incidência de mortes — é de 5,4%. O Ministério da Saúde ainda não divulga dados oficiais sobre o número de pessoas que se curaram da covid-19.

A taxa real de letalidade deve ser menor porque o país faz poucos testes. Quando há poucos casos confirmados, a taxa fica artificialmente maior. Por exemplo, se há 20 mil casos e 1.000 mortes, a letalidade é de 5%. Se são 40 mil casos com as mesmas 1.000 mortes, a letalidade cai para 2,5%.

O Brasil ultrapassa a marca de mil mortes por coronavírus cerca de um mês e meio após ser registrado o primeiro caso confirmado no país.

O primeiro caso foi notificado no dia 26 de fevereiro, um paciente de São Paulo que esteve na Itália, um dos países europeus mais afetados pelo surto da doença.

Apenas em 17 de março o Brasil registraria a primeira morte provocada pela covid-19, doença causada pelo vírus. Era um homem de 62 anos, que morreu em São Paulo.

No total, as mortes relacionadas ao vírus em cada estado são: Acre (2); Alagoas (3), Amapá (2); Amazonas (50); Bahia (19); Ceará (58); Distrito Federal (14); Espírito Santo (7); Goiás (8); Maranhão (16); Mato Grosso (2); Mato Grosso do Sul (2); Minas Gerais (17); Pará (9); Paraná (25); Paraíba (11); Pernambuco (65); Piauí (7); Rio Grande do Norte (11); Rio Grande do Sul (14); Rio de Janeiro (147); Rondônia (2); Roraima (3); Santa Catarina (18); São Paulo (540); Sergipe (4).

O Ceará está adotando uma série de medidas de contenção de gastos para tentar manter o equilíbrio fiscal e uma delas será o congelamento dos salários de servidores estaduais. Enquanto estiver em vigência o decreto de calamidade pública, não se fala em aumento salarial, nem de reposição da inflação para os servidores. E nem se pode falar disso, diga-se de passagem. A regra é para todos os poderes estaduais e o Ministério Público.

Crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus atinge em cheio as receitas do poder público no País. Não se fala mais na possibilidade de impacto, mas sim no tamanho do rombo. O Estado quer fazer uma economia de R$ 100 milhões com custeio para manter os investimentos principalmente na Saúde. Todos os detalhes estão na matéria "Estado projeta economia de R$ 100 mi ao conter gasto com pessoal".


Pode parecer amargo para o servidor, mas há, pelo menos, 11 estados brasileiros em sérias dificuldades de pagar a folha de servidores, como em Minas Gerais, que o governo vai pagar na semana que vem uma parcela dos salários de março. E não há prazo para pagamento da segunda parcela. No Ceará, pelo menos por enquanto, ainda não há esse risco. Há também outra garantia: não há risco de corte de salários para os servidores no horizonte dos próximos três meses, que é uma estimativa de duração da crise, calculada pelos técnicos do Estado.

Covid-19 não é uma simples pneumonia. Ela é muito mais complexa e devastadora do que uma pneumonia. Há um comprometimento violentíssimo do pulmão. O que nós sabemos, com base nas observações das últimas três semanas? A pessoa é infectada e até o 4º dia de aparecimento dos sintomas — o que chamamos de “fase de expansão viral” —, o pulmão vai acumulando lesões

*Paolo Zanotto:*
 Os primeiros sintomas são febre, coriza, um estado gripal muito leve. No período que vai 2º ao 4º dia, é preciso dar o remédio à pessoa — e esse remédio é a hidroxicloroquina. Se você não der o remédio, no 7º dia o paciente já estará com o pulmão completamente comprometido. Quando surgir a tosse seca e dificuldade respiratória, será muito difícil tratar a doença. A rede Prevent descobriu que, iniciando o tratamento do 2º ao 4º dia, e usando hidroxicloroquina em associação com azitromicina, você salva a pessoa. Ela nem vai ser hospitalizada. A Prevent cuida de 25% da população de São Paulo e tem milhares de pacientes na cidade. Eles fizeram um protocolo, baseado em telemedicina: se o número de respirações por minuto está acima de 22, eles enviam o medicamento à casa da pessoa. Com isso, o paciente é curado em casa, sem sequer utilizar o sistema hospitalar.

*Paolo Zanotto:* De todos os pacientes entubados, 50% morrem se tiverem alguma comorbidade. Os que sobram podem ficar com 50% de comprometimento pulmonar e sair de lá com menos de 20% de capacidade respiratória. Hoje (quinta-feira), eu alertei o Wanderson de Oliveira (secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde) sobre isso e afirmei claramente: “O ministro Mandetta está errado”. Passei para ele o protocolo, os dados, todas as informações, a timeline da doença, mostrando que qualquer tratamento medicamentoso depois do 4º dia tem pequenas chances de sucesso. Mas não tive resposta — e acho que não vou ter. Volto a dizer: o protocolo de uso da cloroquina na fase inicial da doença vem salvando vidas, mas está sendo desprezado e criticado pela imprensa, pelos governos e até por gente da área científica. A doutrina do “quanto pior, melhor” está no interesse de alguns grupos por aí.

*Paolo Zanotto:* Acho que eu entendi por quê. A hidroxicloroquina ficou sendo o “remédio do Bolsonaro” e o “remédio do Trump”. Agora, eles estão sob fogo cerrado — inclusive de dentro dos seus próprios governos. Tecnicamente, o remédio deveria ser dado entre o 2º e o 5º dia da doença; depois disso, a pessoa precisa ser internada porque vai precisar de apoio respiratório. É uma terapia curta, e os efeitos adversos não estão se manifestando, segundo diversos trabalhos. Em São Paulo, a rede Prevent teve 96 mortes por coronavírus até o dia 22 de março, praticamente metade de todas as mortes reportadas pelo governo de São Paulo. Hoje eles estão com apenas uma pessoa na UTI. Desde que a Prevent adotou esse protocolo, não registrou mais mortes por coronavírus. E as pessoas que tiveram problema são as que entraram tardiamente nesse protocolo, já com a doença avançada. A Santa Casa e o Albert Einstein também adotaram esse protocolo, além de vários hospitais do interior de São Paulo, sempre com ótimos resultados. No Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, a equipe médica entendeu o que está acontecendo e colocou o ovo de Colombo em pé. Temos um protocolo que está salvando vidas.

https://brasilsemmedo.com/cloroquina-e-o-remedio-para-vencer-a-epidemia/
Além da capital, apresentam manifestações da Covid-19 as cidades de: Aquiraz (28), Maracanaú (20), Caucaia (18), Sobral (14), Horizonte (7), Quixadá (6), Iguatu (5), Itaitinga (4), Eusébio (3), Icó (3), Jaguaribe (3), Juazeiro do Norte (3), Aracati (2), Cariús (2), Ipueiras (2), Maranguape (2), Novo Oriente (2), Pacatuba (2), Santa Quitéria (2), Amontada (1), Beberibe (1), Canindé (1), Cascavel (1), Catarina (1), Crateús (1), Crato (1), Croatá (1), Farias Brito (1), Fortim (1), Guaraciaba do Norte (1), Icapuí (1), Ipaporanga (1), Itaiçaba (1), Itapipoca (1), Itapajé (1), Lavras da Mangabeira (1), Limoeiro do Norte (1), Mauriti (1), Mombaça (1), Pedra Branca (1), Pindoretama (1), Quixeramobim (1), Santana do Acaraú (1), Senador Pompeu (1), Senador Sá (1), Tianguá (1), Tabuleiro do Norte (1) e Várzea Alegre (1).

A plataforma IntegraSUS ainda registra outros oito casos confirmados sem informações sobre locais onde houve identificação da doença.
Vale-alimentação

O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou nesta quinta-feira (9) que vai distribuir 423 mil cartões de vale-alimentação para alunos da rede pública de ensino do estado. O valor do cartão será de R$ 80.

"Vamos distribuir 423 mil vale-alimentação aos alunos da rede pública estadual. Por conta das escolas estarem fechadas e não estarem oferecendo alimentação a esses alunos, nós vamos distribuir esses cartões", afirmou o governador.

A distribuição do vale-alimentação é uma das medidas adotadas pelo Governo do Estado para amenizar os efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

O valor de R$ 80 será pago em duas parcelas, e o investimento total será de R$ 40 milhões, conforme Camilo Santana.

Outros benefícios adotados pelo Governo do Estado foram:
Chegada de equipamentos

Em vídeo transmitido nas redes sociais, o governador afirmou também que conversou com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e apontou a necessidade de apoio do ministério.


"Ele se colocou totalmente à disposição do Estado do Ceará e prometeu enviar equipamentos ainda hoje para o Ceará", disse Camilo Santana.
Bloqueios e calamidade pública

Fortim cria barreira sanitária para evitar proliferação de coronavírus — Foto: Prefeitura de Fortim/Divulgação


Pelo menos 19 cidades do Ceará determinaram o bloqueio de seus acessos para pessoas que não moram nos municípios. A medida adotada pelas prefeituras prevê o aumento de fluxo de pessoas nas cidades durante a Semana Santa, o que possibilita o risco de transmissão da Covid-19, doença com crescimento exponencial de casos em todo o Ceará.

Na quarta-feira (8), a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou o estado de calamidade pública em 102 municípios cearenses. A votação aconteceu em regime de urgência, durante sessão virtual, com a presença de 35 parlamentares.
Avanço da doença no Ceará

Casos de coronavírus no CearáFonte: Sesa
Diante do cenário, o ministério avalia que a doença pode estar em transição para aceleração descontrolada no Ceará.

Por conta do risco, o governador Camilo Santana reforçou o pedido para que as pessoas fiquem em casa e reduzam o risco de contaminação.
Produção de máscara e geração de renda

Produção de máscaras cirúrgicas na Papuda, em Brasília — Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
O governador afirmou ainda que vai lançar um programa que vai pagar pequenos produtores pela produção de máscaras. Ele explicou que o modelo a ser usado no Ceará será baseado no que já ocorre em Fortaleza.
"Qual o objetivo disso (o edital)? A gente vai gerar renda pra costureira e vamos proteger as pessoas que precisam ir pras ruas. É importante que as pessoas usem máscara, é uma recomendação nova. O ideal é ficar em casa. As pessoas que precisam sair, pra cumprir serviço essencial, precisam usar máscaras", recomendou.