Um estudante cristão do Colégio Estadual São Paulo Apóstolo, em Curitiba (PR), foi proibido de evangelizar seus colegas durante o intervalo das aulas. As conversas aconteciam de forma espontânea, apenas com os alunos que demonstravam interesse em participar.
Segundo informações do portal XV Curitiba, a direção da escola registrou uma ata de ocorrência contra o aluno Samuel Proença de Souza, chamando seus pais para uma reunião. O documento, assinado por membros da equipe pedagógica, formalizou o caso após reclamações de alguns responsáveis por outros estudantes.
Durante o encontro, a direção afirmou ter observado aglomeração de alunos enquanto Samuel “falava sobre escolhas e valores de vida com os amigos”. Os diretores então ordenaram que ele encerrasse os encontros, alegando que, por se tratar de um Estado laico, práticas religiosas dentro da escola “poderiam causar desconforto a quem não compartilha das mesmas crenças”.
A família do aluno foi orientada a conversar com ele sobre o ocorrido, e o registro ficou arquivado nos documentos internos da escola.
O caso repercutiu nas redes sociais, levantando discussões sobre liberdade religiosa e de expressão no ambiente escolar.
O vice-prefeito de Curitiba, Paulo Eduardo Martins, manifestou apoio ao estudante:
“Tive a alegria de me encontrar com o Samuel, um jovem inspirador que tem falado sobre o Evangelho nos intervalos e tem sido criticado por isso. Sua coragem e fé são admiráveis.”
O episódio reacende o debate sobre até que ponto a liberdade de crença é respeitada em instituições públicas de ensino no Brasil.

