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quinta-feira, 29 de outubro de 2020
eleições municipais 2020 TSE identifica indícios de irregularidades cerca de R$ 25 milhões pagos a fornecedores ou doados com alguns candidatos . São quase sete mil indicativos de problemas, tanto no pagamento a prestadores de serviços quanto no recebimento de doações. O levantamento faz parte de uma parceria do Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve, além do TSE, outros seis órgãos federais – Receita Federal, Coaf, Ministério Público Eleitoral, Defensoria Pública Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério da Cidadania. Essa foi a primeira rodada de identificação de indícios de irregularidades encontrados pela Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE e que demonstra a atuação da Justiça Eleitoral na fiscalização do financiamento durante o curso da campanha. O levantamento foi feito logo após a entrega das prestações de contas parciais, que terminou no último domingo (25), e vai permitir que a Justiça Eleitoral utilize os indícios de irregularidades como informação de inteligência para o exame e julgamento das prestações de contas.
Caixa paga auxílio emergencial para nascidos em outubro
Serão liberados R$ 1,6 bilhão para beneficiários que não fazem parte do Bolsa Família, no ciclo 3 de pagamentos do programa

A Caixa Econômica Federal paga hoje (28) o auxílio emergencial para 3,6 milhões de brasileiros nascidos em outubro. Serão liberados R$ 1,6 bilhão para beneficiários que não fazem parte do Bolsa Família, no ciclo 3 de pagamentos do programa.
Do total, 1,3 milhão receberão R$ 800 milhões referentes a parcela do auxílio emergencial regular, no valor de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família). É o caso de trabalhadores que fizeram o cadastro nas agências dos Correios entre 2 de junho e 8 de julho e trabalhadores que fizeram a contestação pelo site da Caixa ou aplicativo do Auxílio Emergencial de 3 de julho a 16 de agosto e foram considerados elegíveis para receber os recursos.
Os demais, 2,3 milhões beneficiários serão contemplados hoje com a primeira parcela do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães chefes de família), num total de R$ 800 milhões.
Os recursos estarão disponíveis na poupança social digital e poderão ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem. Com ele é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code. O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas.
O calendário de pagamentos do auxílio emergencial é organizado em ciclos de crédito em conta poupança social digital e de saque em espécie. Os beneficiários recebem a parcela a que têm direito no período, de acordo com o mês de nascimento.
Saques e transferências para quem recebe o crédito nesta quarta-feira serão liberados em 1º de dezembro. A partir dessa data, o beneficiário poderá retirar o auxílio emergencial no caixa eletrônico, nas agências da Caixa ou lotéricas ou usar o aplicativo Caixa Tem para transferir o dinheiro da poupança digital para contas em outros bancos, sem o pagamento de tarifas.
Beneficiários do Bolsa Família
Já os beneficiários do Bolsa Família recebem o auxílio de acordo com o calendário e critérios de pagamento do programa. Dessa forma, a Caixa faz hoje, o pagamento de R$ 419,8 milhões referentes à segunda parcela do auxílio emergencial extensão para 1,6 milhão de beneficiários do Bolsa Família com final de NIS número 8. Ao todo, mais de 16 milhões de pessoas cadastradas no programa foram consideradas elegíveis para a segunda parcela do auxílio extensão e receberão, no total, R$ 4,2 bilhões durante o mês de outubro.
O auxílio emergencial criado em abril pelo governo federal, pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães solteiras, foi estendido até 31 de dezembro, por meio da Medida Provisória (MP) 1000. O auxílio emergencial extensão será pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada e, no caso das mães chefes de família monoparental, o valor é de R$ 600.
De acordo com a Caixa, não há necessidade de novo requerimento para receber a extensão do auxílio. Somente aqueles que já foram beneficiados e se enquadram nos novos requisitos estabelecidos na MP, terão direito a continuar recebendo o benefício.
No caso dos beneficiários do Bolsa Família, eles recebem o valor do programa complementado pela extensão do auxílio emergencial em até R$ 300 ou R$ 600 para mães solteiras. Se o valor do Bolsa Família for igual ou maior que R$ 300 ou R$ 600 o beneficiário receberá o valor do Bolsa Família, sempre privilegiando o benefício de maior valor.
França: ataque a faca deixa ao menos três mortos em Nice; suspeito foi preso
De acordo com o jornal francês "Le Parisien", pelo menos uma das vítimas foi degolada pelo agressor

Um homem armado com uma faca atacou várias pessoas na saída da igreja de Notre-Dame, em Nice, na França, na manhã desta quinta-feira (29). De acordo com a imprensa francesa, pelo menos três pessoas morreram no ataque, duas delas dentro da igreja. Autoridades francesas falam em atentado terrorista.
De acordo com o jornal francês "Le Parisien", pelo menos uma das vítimas foi degolada pelo agressor, que tentou se esconder em um banheiro dentro da igreja após o ataque. O homem foi baleado e preso pela polícia.
Ainda de acordo com a publicação francesa, o prefeito de Nice, Christian Estrosi, teria afirmado que o homem, enquanto era socorrido, repetia a frase "Allahu Akbar" ("Alá é grande", em português). Em uma publicação no Twitter, Estrosi comparou o ataque em Nice ao do professor Samuel Paty, morto há 13 dias por um adolescente muçulmano após mostrar caricaturas do profeta Maomé durante uma aula.
"Treze dias depois de Samuel Paty, nosso país não pode mais estar satisfeito com leis de paz para destruir o islamo-fascismo", escreveu o prefeito de Nice. Em outra publicação, Estrosi afirma que duas pessoas foram mortas dentro da igreja e que Nice "pagou um preço muito alto, como nosso país nos últimos anos".

Este é o segundo ataque com faca registrado em Paris neste ano. O primeiro ocorreu no mês passado, em uma região próxima à redação da revista satírica Charlie Hebdo, onde, em 2015, um massacre deixou 12 jornalistas mortos e 11 feridos.
Mulher e idosa mortas
De acordo com o jornal "Le Figaro", as duas vítimas mortas dentro da igreja são uma mulher idosa, que teria sido quase decapitada próximo a uma pia de água benta, e um sacristão da igreja. A terceira vítima teria conseguido fugir e se refugiar em um café, mas foi morta com múltiplas facadas pelo agressor. A publicação também afirma que o agressor seria um jovem de aproximadamente 20 anos, identificado apenas como "Brahim". Ele teria dito que agiu sozinho.

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, convocou uma reunião de crise para acompanhar o caso. Em uma mensagem publicada em sua conta no Twitter, Darmanin disse que uma operação policial estava em curso e que havia conversado com o prefeito da cidade.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também participou da reunião de crise, segundo a imprensa francesa. É esperado que Macron vá até Nice ainda na manhã desta quinta-feira para acompanhar a situação pessoalmente.
Histórico de ataques
Desde 2015, a França sofre com sucessivos atentados. Além do ataque à revista Charlie Hebdo, em novembro do mesmo ano, a casa de shows Bataclan, em Paris, foi alvo de um atentado terrorista com cerca de 90 mortos. A ação aconteceu simultaneamente a outros atentados na capital da França, dentre eles explosões nas proximidades de um estádio onde ocorria um jogo entre as seleções francesa e alemã. O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos massacres, que totalizaram 130 vítimas.
A cidade de Nice também já foi alvo de um atentado, em 2016. Dezenas de pessoas morreram atropeladas por um caminhão enquanto celebravam o Dia da Bastilha.
Em 2018, três pessoas foram vítimas de um ataque terrorista a um supermercado no sul da França, mais uma vez reivindicado pelo EI.
Escassez de insumos persiste no CE, e setor produtivo enfrenta dificuldades para atender à demanda
Construção, confecções, indústria e mercado de veículos seminovos narram falta de itens básicos para o trabalho e apontam 2021 para atingir estabilidade

Com dificuldade para repor estoques diante da escassez de matéria-prima no mercado, alguns setores da indústria estão enfrentando problemas para atender à demanda, que vem crescendo desde a retomada das atividades econômicas, em junho. Inicialmente, a expectativa era que essa situação fosse normalizada até o fim deste ano, agora a previsão é que oferta de insumos volte ao normal no início de 2021, quando o consumo represado for estabilizado.
Hoje, porém, os efeitos da falta de bens intermediários para alimentar a produção industrial já chegam à ponta final do consumo, com pressão nos preços. E entre os setores mais atingidos estão os de produtos de metal, máquinas e equipamentos, produtos de borracha e plástico e produtos químicos.
Lista de insumos básicos em falta
- tijolo
- cimento
- aço
- argamassa
- material plástico
- tecidos
- botões
- elásticos
- aviamentos
Construção
O setor da construção civil, por exemplo, embora seja um dos que apresentam recuperação mais expressiva nos últimos meses, vem sofrendo com a alta do preço de insumos básicos como tijolo, cimento, aço e argamassa. "Tivemos um aumento exacerbado nos preços dos insumos, principalmente o tijolo, que aumentou quase 80%, enquanto o aço e o cimento estão com alta de cerca de 30%. Por outro lado, o PVC está em falta, com os produtores tendo dificuldades para obter a matéria-prima", diz Patriolino Dias, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE).
O setor de construção, além de ser impulsionado pela queda das taxas de juros, que facilitou os financiamentos imobiliários, também foi alavancado pelos benefícios concedidos pelo Governo para amenizar os efeitos da quarentena.
"Com o auxílio emergencial, houve uma corrida para fazer pequenas obras, com pessoas fazendo um novo lavatório, uma reforma. Então são milhares de pequenas obras que têm um impacto muito grande, o que nos deixa preocupados", diz. As indústrias do setor químico, farmacêutico e de cosméticos, estão sendo impactadas tanto pela escassez de matéria-prima como pela alta dos preços de resinas plásticas. Com o início da pandemia, os municípios foram obrigados a suspender a separação de lixo para a reciclagem por conta do risco de contaminação dos trabalhadores, reduzindo a oferta de insumos no mercado e provocando alta nos preços.
Segundo José Dias, industrial da área química e vice-presidente da Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (Facic), a interrupção da coleta afetou a oferta de material plástico, de papelão alumínio e aço.
"Mesmo após o fim da suspensão da coleta, muitos catadores pararam de apanhar material reciclável por conta da ajuda do Governo Federal, e o percentual de reciclagem, que é bastante significativo para a indústria, representando cerca de 80% desse material, caiu muito", diz. José Dias afirma que os preços dos insumos tiveram uma alta de aproximadamente 20%, principalmente o papelão e resinas plásticas. "Os fabricantes estão programando seus pedidos para janeiro e fevereiro. O mercado está aquecido, mas a indústria não está conseguindo atender à demanda. E o varejo e o atacado têm dificuldade para repassar os preços para o consumidor final". Dias projeta que a previsão é que o fornecimento seja normalizado a partir de janeiro.
Têxtil e confecção
Para o setor de confecção, um dos gargalos para atender à demanda é a redução das importações de tecidos, botões, elásticos e aviamentos em geral.
"Os estoques diminuíram e boa parte do que é produzido no Brasil vem da China, que reduziu muito a produção. A nossa preocupação hoje é ter um abastecimento mínimo para as vendas do fim do ano. As pessoas estão comprando muito, mas não estamos importando praticamente nada, então não estamos conseguindo repor os estoques", diz Elano Guilherme, presidente do Sindicato da Indústria de Confecção do Ceará (Sindconfecções).
Com as restrições ao funcionamento da indústria no primeiro semestre, as exportações de redes pelo Ceará apresentaram uma queda de 20%, em relação ao primeiro semestre de 2019. No segundo semestre, com a reabertura da indústria, o setor também vem enfrentando dificuldades para atender à demanda.
Segundo Emílio Ramalho, diretor da Ramalho Têxtil e diretor do Sindicato das Indústrias de Redes do Estado do Ceará, com a alta demanda por redes e com o preço do algodão brasileiro mais competitivo no mercado internacional, o setor tem tido dificuldades para adquirir fio de algodão, principal insumo para as redes.
"O preço do algodão subiu, em média, 50%, com isso subiu o valor do fio, que utilizamos para fabricar as redes", diz Ramalho. "As informações que nós temos é que a oferta começou a se estabilizar, mas a falta de insumos já impactou a nossa produção, que sofreu uma queda de 30% em agosto e setembro".
Setor automotivo
Para o setor automotivo, a falta de insumos vem afetando o segmento. A redução dos estoques de novos veículos acabou pressionando a venda de seminovos.
"Há um desabastecimento de carro novo, com uma queda de 35% dos estoques. A expectativa é que isso se normalize no próximo ano, com a volta da produção", diz Everton Fernandes, presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos Automotores do Ceará (Sindvel).














