Os calendários dos Ciclos 5 e 6 iniciaram ainda no final de novembro, mas os beneficiários nascidos entre março e dezembro terão saques em espécie e transferências liberados no decorrer do mês de janeiro quando poderão então retirar o dinheiro em espécie.

Já na próxima quarta-feira de 20 de janeiro, poderão sacar os valores os nascidos em setembro que tiveram o crédito em conta realizado no dia 21/12. Veja o calendário da última parcela do Auxílio para saques e transferências:

Ciclos 5 e 6
Mês de nascimentoCrédito em contaSaque e transferência
Janeiro13 de dezembro19 de dezembro
Fevereiro13 de dezembro19 de dezembro
Março14 de dezembro04 de janeiro
Abril16 de dezembro06 de janeiro
Maio17 de dezembro11 de janeiro
Junho18 de dezembro13 de janeiro
Julho20 de dezembro15 de janeiro
Agosto20 de dezembro18 de janeiro
Setembro21 de dezembro20 de janeiro
Outubro23 de dezembro22 de janeiro
Novembro28 de dezembro25 de janeiro
Dezembro29 de dezembro27 de janeiro

Auxílio Emergencial foi anunciado em abril e teria, inicialmente, três parcelas de R$ 600. Mais tarde, foi prorrogado por mais dois meses no seu valor original (R$ 600) e posteriormente estendido até o final de 2020 com o pagamento de mais quatro parcelas extras, mas com menor valor (R$ 300). No total, foram 9 parcelas pagas a 68 milhões de brasileiros.

A última rodada de pagamentos - o Ciclo 6, foi até 29 de dezembro e teve o crédito em conta da 6ª, 7ª, 8ª ou 9ª parcela de R$ 300, bem como o pagamento de parcelas retroativas do auxílio original de R$ 600 ou R$ 1.200. Veja quem recebeu a última parcela do Auxílio Emergencial em dezembro:

  • Recebeu a 9ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em abril;
  • Recebeu a 8ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em maio;
  • Recebeu a 7ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em junho;
  • Recebeu a 6ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em julho;
  • Recebeu a 6ª parcela (R$ 300) o beneficiário que realizou contestação entre 14 e 23 de novembro;
  • Recebeu a 5ª parcela o beneficiário que se cadastrou nos Correios entre 08 de junho e 02 de julho;
  • Recebeu a 5ª parcela o beneficiário que contestou o pedido entre 03 de julho e 06 de agosto e foi considerado aprovado;
  • Recebeu a 4ª e 5ª parcelas o beneficiário que realizou contestação entre 20 de julho e 25 de agosto de 2020;
  • Recebeu a 3ª, 4ª e 5ª parcelas o beneficiário que teve o pagamento reavaliado no mês de outubro;
  • Recebeu a 2ª, 3ª, 4ª e 5ª parcelas o beneficiário que teve o pagamento reavaliado no mês de novembro;
  • Recebeu a 1ª parcela o beneficiário que teve o pagamento reavaliado no mês de novembro.

Auxílio ainda não teve prorrogação anunciada em 2021

O presidente Jair Bolsonaro vem sendo resistente quanto à prorrogação do Auxílio Emergencial em 2021. Há algumas semanas Bolsonaro tem declarado que estender o auxílio neste ano seria "o caminho certo para o insucesso" e que "ninguém vive dessa forma".

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também já vem afirmando há algum tempo que uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial estava fora de cogitação. Na visão de Guedes, o fim do auxílio emergencial vai ajudar também no controle da inflação.

"Nós achamos que esse aumento de inflação vai se dissipar. Primeiro, porque o presidente da Câmara [dos Deputados, Rodrigo Maia] vai aprovar o Banco Central independente, que vai impedir que essa alta transitória de preços prossiga. E, segundo, porque a própria suavização do auxílio emergencial, na medida em que ele desce e recai no Bolsa Família. Essa explosão de preços de construção civil, de alimentos, se acalma um pouco", declarou o ministro.

No Congresso, parlamentares pressionam o governo para prorrogar o auxílio emergencial em meio ao forte aumento de novos casos da Covid. Com a demora para iniciar a vacinação, brasileiros estão preocupados com o cenário de desemprego e falta de renda neste início de 2021.

O auxílio emergencial já custou quase R$ 300 bilhões aos cofres públicos, mas o fim do benefício vai deixar 48 milhões de pessoas sem renda alguma neste início de ano, sendo a maioria informais e autônomos que não recebem o Bolsa Família. O governo é resistente a prorrogação e até o momento só anunciou que quer ampliar o Bolsa Família e que estudará agora em janeiro como fazê-lo.