
A presidente Dilma Rousseff anunciou, no início da noite desta terça-feira (23), no Palácio do Planalto, os nomes de 13 ministros que farão parte do primeiro escalão de seu governo neste segundo mandato.

Antonio Imbassahy
mear a equipe tem uma explicação: é que agora, para não passar o vexame de ter um de seus auxiliares saindo algemado, Dilma disse que consultará o Ministério Publico antes de decidir por alguém. A que ponto se chegou: o Ministério Público é órgão de fiscalização e controle da administração Pública e não um setor de consulta do Governo Federal. Desorientado, o Palácio do Planalto promove uma grande confusão de competências nas instituições do país.
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira boa parte de sua nova equipe de ministros.
Os 13 nomes vão compor a "cúpula" do novo mandato de Dilma, que tem políticos do PT, do PMDB, do PSD e do PC do B.
Uma das grandes preocupações do governo era garantir maior influência dentro da base aliada, especialmente diante do PMDB, que está com seis cargos ministeriais na nova lista.
Entre os maiores destaques da reforma ministerial estão o governador do Ceará, Cid Gomes, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e a senadora e líder ruralista Kátia Abreu.
Confira quem são os 13 ministros anunciados nesta terça-feira:
Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação)
Edinho Araújo (Secretaria de Portos)
Eduardo Braga (Minas e Energia)
Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil)
George Hilton (Esporte)
Gilberto Kassab (Cidades)
Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca)
Jacques Wagner (Defesa)
Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)
Valdir Simão (Controladoria Geral da União)
Vinícius Lajes (Turismo)
Deixam os cargos os ministros:
Celso Amorim (Defesa)
Cesar Borges (Portos)
Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e Inovação)
Edison Lobão (Minas e Energia)
Eduardo Lopes (Pesca)
Gilberto Occhi (Cidades)
Henrique Paim (Educação)
Jorge Hage (CGU)
Luiza Barrios (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)
Moreira Franco (Aviação Civil)
Neri Geller (Agricultura)
A posse dos novos ministros será realizada no dia 1º de janeiro
Educação
A ida de Cid Gomes para o Ministério da Educação (MEC) marca a primeira vez que a pasta será entregue a um não petista nos 12 anos de governos Lula e Dilma. A pasta virou alvo de uma disputa interna do PT, que não queria abrir mão do controle do Ministério, cujo orçamento é de cerca de R$ 100 bilhões.
A cidade cearense de Sobral, berço político dos irmãos Cid e Ciro Gomes, é vista como um caso de sucesso na implantação de políticas educacionais no País, registrando bons índices. A presidente também sempre elogiou o programa de alfabetização na idade certa implantado no Estado, que serve de referência nacional.
A chefe do Executivo já havia prometido durante café da manhã realizado com jornalistas, na segunda (22), que anunciaria todos os nomes dos novos ministros até 29 de dezembro. Um dia depois, a presidente resolveu revelar os nomes dos novos titulares da Educação, Ciência e Tecnologia, Secretaria dos Portos, Minas e Energia, Secretaria da Aviação, Esporte, Cidades, Pesca, Defesa, Agricultura, Igualdade Racial, CGU e Turismo.
O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), assumirá o comando de uma das principais pastas da Esplanada, o Ministério da Educação. Ele substituirá José Henrique Paim, que estava à frente do ministério desde o dia 3 de fevereiro, quando o então Ministro Aloizio Mercadante (PT-SP) deixou o posto rumo à Casa Civil.
Com prestígio depois de fazer seu sucessor no governo da Bahia, o ex-governador Jacques Wagner (PT-BA) chefiará o Ministério da Defesa, substituindo Celso Amorim. Autor do polêmico projeto que acabou com a portabilidade do tempo de TV e das verbas do fundo partidário para parlamentares que migram de partido, o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) será o ministro dos Portos. Ele assume o posto no lugar de Cesar Borges.
Aldo Rebelo será o ministro da Ciência e Tecnologia. O atual líder do governo no Senado, Eduardo Braga, comandará o Ministério de Minas e Energia. George Hilton foi confirmado para o ministério do Esporte. O ex-prefeito paulistano, Gilberto Kassab comandará o Ministério das Cidades. Katia Abreu foi confirmada para a Agricultura (seu nome já estava praticamente acertado desde o primeiro anúncio da reforma ministerial). Nilma Lino Gomes cuidará da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). Valdir Simão ficará no comando da Controladoria Geral da União.
Fecharam os anúncios de Dilma nesta terça-feira outras três pastas. Vinicius Lage, atual ministro do Turismo, continuará a frente da pasta. Eliseu Padilha será o novo ministro da Aviação Civil. Ele assumirá em substituição a Moreira Franco. O filho do senador Jader Barbalho, Helder Barbalho, chefiará o ministério da Pesca. A pasta era comandada pelo PRB, com Eduardo Benedito Lopes, que substituiu Marcelo Crivella. Crivella deixou a pasta para disputar o governo do estado do Rio de Janeiro, disputa em que acabou derrotado.



