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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Tilápias

 “As estruturas de criação não são imunes a falhas, por isso acontecem escapes. Há também descartes de aquicultores equivocados, que soltam essa espécie exótica invasora nos rios. O Brasil, apesar de deter uma das maiores biodiversidades do mundo, compra pacotes tecnológicos para aquicultura de espécies que não são daqui. Em vez de explorar nosso potencial”, afirma Ana Clara.


A invasão de tilápias em água doce no Brasil já é conhecida na ciência. Por isso, os pesquisadores fizeram um amplo cruzamento de informações para saber se as espécies chegaram ao ambiente marinho pelos rios que desaguam no mar. “A gente consegue ver que na costa do Norte e do Nordeste nós não temos essa correspondência”, comenta a pesquisadora.

O mistério, neste caso, está ligado à falta de informações sobre a criação de peixes. “Chegamos à conclusão que não existe no Brasil uma base boa, unificada e atualizada de dados sobre as estruturas de aquicultura, as espécies que são cultivadas e onde são cultivadas em pequena e média escala. A ausência desse levantamento não nos permite traçar com exatidão as possibilidades de ocorrência da tilápia”, explica Ana Clara.

Você pode estar se perguntando: de que forma um peixe de água doce resiste à água salgada? A explicação está na evolução da espécie. As tilápias pertencem à família dos ciclídeos, a mesma do famoso tucunaré da Amazônia, e um dos últimos grupos marinhos que migraram para água doce.

“Os ancestrais da tilápia vieram do mar, por isso, a espécie tem capacidade de tolerar algum grau de salinidade”, explica o coordenador da pesquisa, Jean Vitule, do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná.

Há possibilidade das tilápias usarem os rios de água salobra como um corredor ecológico entre o mar e os ambientes de água doce, já que a salinidade da água não seria uma barreira, deixando um rastro de impactos ambientais.

“A tilápia é uma invasora que pode transferir patógenos e elevar as taxas de eutrofização - surgimento excessivo de organismos como algas e cianobactérias. Ela também compete com espécies nativas por recursos, por alimentos e espaço. A tilápia é um bicho territorialista. Ela pode predar vários organismos, desde peixinhos até camarões, crustáceos e corais. Em último estágio, ela pode causar até a extinção de algumas espécies”, alerta Vitule.

Tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) é uma das mais dispersas no país — Foto: Corey Farwell/iNaturalist

Tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) é uma das mais dispersas no país — Foto: Corey Farwell/iNaturalist

Outra preocupação apontada pelo estudo é a criação de tilápias em água salobra em alguns lugares do mundo.“A gente pode ter uma seleção de linhagem, uma seleção artificial feita pelo homem criando tilápias cada vez mais adaptadas a esses ambientes salinos. O que coloca em risco, além dos ambientes de água doce, os ecossistemas marinhos”, comenta o pesquisador.

O estudo também faz um alerta sobre a necessidade de um controle mais rigoroso sobre a criação de peixes no Brasil. “Tilápia não é galinha, não fica confinada de fato. Você não vê galinha em uma unidade de conservação vivendo solta no meio do mato. Mas a tilápia você vê em unidades de conservação, o que é um problema. Não há confinamento adequado na maioria das aquiculturas e há tantos escapes que ela acaba chegando até o mar, deixando um rastro de impactos”, conclui.

FONTE: terrabrasilnoticias.com

Igreja atacada - Igreja Evangélica é invadida e criminosos deixam gato esquartejado e bilhetes com ameaças.Fortaleza-CE,

Criminosos invadem igreja no Bairro Paupina, Fortaleza, esquartejam gato e vandalizam altar. Autoridades investigam o caso como crime ambiental e de danos à propriedade
Em um ato chocante de violência e profanação, uma igreja evangélica localizada no bairro de Paupina, em Fortaleza, foi alvo de criminosos que não apenas invadiram o local, mas também cometeram atos cruéis.

Entre os atos de vandalismo, partes do corpo de um gato esquartejado foram deixadas dentro da igreja, acompanhadas de bilhetes ameaçadores.

As autoridades locais, representadas pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), estão investigando este incidente aterrorizante. Durante a invasão, diversos itens da igreja também foram danificados, provocando preocupação e indignação na comunidade.
O ataque não passou despercebido, e a Secretaria da Proteção Animal tomou medidas, levando o assunto à Assembleia Legislativa do estado em busca de medidas para combater esse tipo de prática. Além disso, a Polícia Civil foi acionada, e ela está tratando o caso como um crime ambiental, devido aos maus-tratos infligidos ao animal, e como um crime de dano, devido aos objetos da igreja que foram danificados.

Este ato de violência e profanação choca a comunidade de Fortaleza e ressalta a importância da busca por justiça e da promoção de um ambiente seguro e respeitoso para todos. As investigações estão em andamento, e espera-se que os responsáveis sejam identificados e levados à justiça em breve.