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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia 5 de julho de 1773 = 241 anos de emancipação política.


O Prefeito de Sobral, disse estar confiante na entrega das primeiras 2.084 unidades habitacionais, de um total de 3.364, que a Prefeitura de Sobral constrói em parceria com o Governo Federal, através do Programa Minha Casa Minha Vida, e o Governo do Estado, no próximo dia 5 de julho, dia em que o município irá comemorar 241 anos de emancipação política.


Segundo o Prefeito, o projeto é um marco para Sobral. São 3.364 apartamentos de ótima qualidade para moradores de baixa renda, que contará ainda com centros de educação infantil, escolas em tempo integral, centros de saúde da família e área comercial. Bom lembrar que a área é atendida pela linha do metrô e pela Escola Profissionalizante Lysia Pimentel , já construída pelo Governador Cid Gomes.

ESQUECENDO A ESTIAGEM PREFEITOS ANUNCIAM CARNAVAIS

OS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ ESTÃO PASSANDO POR UM GRANDE PERÍODO DE ESTIAGEM, DEVIDO A FALTA DE CHUVAS NO PERÍODO INVERNOSO. AGORA POR LADO, SE HOUVE FALAR QUE AS PREFEITURAS JÁ ESTÃO SE ORGANIZANDO E CONTRATANDO ATÉ MESMO BANDAS CARAS, COM O DINHEIRO QUE PODERIA SACIAR A FOME DA POBREZA.  INTERESSANTE DIZER QUE EM ALGUNS MUNICIPIOS JÁ COMEÇOU A CHOVER

METRÔ DE SOBRAL

O METRÔ DE SOBRAL

O Ceará registrou 409 mortes referentes a crimes

a assassinato
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou nesta quinta-feira, 13, o relatório de ocorrências do mês de janeiro de 2014. O Ceará registrou 409 mortes referentes a crimes violentos letais intencionais (homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte).
O número de pessoas mortas por ações criminosas, em janeiro deste ano, aumentou em comparação ao mesmo mês, em 2013. No ano passado, a Polícia registrou 366 mortes.
Em 2013, os meses com mais mortes foram março (447), setembro (450) e outubro (437).

Apreensão de drogas e armas
No mês de janeiro, deste ano, a Polícia apreendeu 24,99 kg de entorpecentes. No mesmo período, em 2013, o número foi inferior com 7,56 kg de drogas apreendidas.
A Polícia apreendeu 506 armas no primeiro mês de 2014, enquanto em janeiro de 2013 o número foi de 549.
Queda no número de crimes violentos contra o patrimônio e furtos
A maior queda de ocorrências foi referente aos crimes violentos contra o patrimônio. Foram registrados 2.789 em janeiro de 2014, enquanto no mesmo mês, em 2013, o número foi de 5.005.
Houve queda também no número de furtos no Estado. Em janeiro de 2014, 4.911 furtos foram registrados pela Polícia. Em comparação com o mesmo período, em 2013, o número foi de 5.393.

Fonte: O POVO.

Á MEIA-NOITE DE SABADO TERMINA HORÁRIO DE VERÃO



O horário brasileiro de verão termina à meia-noite de sábado para domingo, conforme o estabelecido pelo Decreto nº 6.558, de 8 de setembro de 2008. Nessa data, os relógios dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e do Distrito Federal deverão ser atrasados em uma hora. A determinação vale para todos os aeroportos administrados pela Infraero nesses estados.
Em caso de dúvidas sobre o horário dos voos, a Infraero recomenda que passageiros e usuários procurem informações junto às companhias aéreas, balcões de informações nos terminais ou ainda com os empregados da empresa vestidos com coletes amarelos “Posso Ajudar?”.

(Via Eliomar de Lima)

SE A COISA PEGA... A DESORDEM TOMARÁ CONTA DO PAÍS

A BOA DOIDO

Caio Silva, admite ser “manifestante profissional”, que ganhou R$150 para ir ás ruas protestar.

Preso pela morte do Cinegrafista da TV Bandeirantes, Caio Silva de Sousa, admite ser “manifestante profissional”, que recebeu dinheiro para ir ás ruas protestar. Resta saber quem paga os “ativistas profissionais” e qual os objetivos a serem alcançados.

Ao ser preso, Caio estava assustado, acuado e com fome. Caio admitiu que aliciadores financiam a participação de manifestantes em protestos. Mesmo tendo recebido os tais R$ 150,00 para ir para as ruas, Caio também afirmou em entrevista exclusiva para a Rede Globo – entrevista que nem a própria Bandeirantes conseguiu: “Só quero ver meu país melhor, eu quero saúde, educação.”

Caio esqueceu que a luta por saúde, educação, moradia, enfim, por uma vida melhor, passa por mudanças de mentalidade política, a partir da escolha daqueles que queremos para nos representar. Não sabe Ele, que seus atos de violência, além de não resolver o que “supostamente diz reivindicar, cria na sociedade uma instabilidade social e aguça ainda mais a violência urbana, já tão presente no nosso dia-a-dia.  Esse papo de “querer o meu país melhor, por apenas R$ 150,00, é “conversa prá boi dormir”.

O Programa Mais Médico está sendo alvo de Ações na Justiça contra o Governo brasileiro


A BOA CUBANA

BRASIL – Médica Cubana tem advogado pago por partido de oposição cobra 149 mil de indenização do Governo do Brasil. O Programa Mais Médico está sendo alvo de Ações na Justiça contra o Governo brasileiro, com o apoio de Partidos ligados a oposição à Presidente Dilma, no caso o DEM, que é parceiro do PSDB. Veja o caso relatado pelo site Terra.


A médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos por distinção salarial entre cubanos e cidadãos das demais nacionalidades, acionou a Justiça trabalhista contra a União, a prefeitura de Pacajá (PA), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos. No total, a indenização cobrada pela médica chega a R$ 149 mil.
Por meio de liminar, é pedido que o valor da causa seja bloqueado nas contas da União e não repassado ao governo de Cuba. Ramona pede R$ 69 mil em salários e direitos trabalhistas não pagos. O restante, R$ 80 mil, é solicitado por danos morais.
A controvérsia em relação à contratação de cubanos pelo programa Mais Médicos gira em torno da remuneração dos profissionais. O governo desembolsa R$ 10 mil por cada médico (mesmo valor da bolsa aos demais médicos), mas parte dos recursos ficam com a Opas e outra com o governo de Cuba, sócios no convênio para contratação dos profissionais. Os médicos, no Brasil, recebem apenas US$ 400. Outros R$ 600 são depositados em uma conta do profissional, e só podem ser movimentados no retorno ao país.
PARTIDO POLÍTICO DE OPOSIÇÃO PAGA ADVOGADO PARA A CUBANA. 
O advogado contratado pelo Partido Democratas (DEM) para representar a médica, João Brasil, contestou o que considera  condições precárias de trabalho, cerceamento a sua liberdade e tratamento discriminatório desde sua chegada ao País. “Brasil, signatário de tratados de Direitos Humanos, não pode concordar com a situação pela qual passam os médicos cubanos em solo nacional”, relatou a ação.

Fonte: Terra.com.br

STDE abre inscrições para seleção de multiplicadores do Programa Trabalho Pleno.

 STDE abre inscrições para seleção de multiplicadores do Programa Trabalho Pleno.

A BOA STDE
A Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, abre processo de seleção para o cargo de multiplicador(a) do Programa Trabalho Pleno, para os cursos a serem realizados nos bairros e distritos do Município. Os interessados deverão preencher os seguintes requisitos: experiência comprovada na área, e disponibilidade para trabalhar na sede e distritos.
Áreas de atuação
- Artesanato
- Culinária
- Gestão
- Confecção
- Estética e beleza
O candidato deverá entregar o currículo atualizado com foto na Secretaria da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, na Rua Visconde de Sabóia, 300 – Junco (Prédio do Centro de Convenções), no período de 14 à 20 de fevereiro, das 08h às 12h e de 14h às 18h. Maiores informações: (88) 3611-5833.

Fonte: STDE.

PÓS GRADUAÇÃO EM MÚSICA

 inscrições para pós-graduação em arte-educação na área da música


A Fundação Darcy Ribeiro, em parceria com a Prefeitura de Sobral, por meio da ECOA, abre inscrições para o Curso de Pós-Graduação em Arte Educação no Ensino de Música para profissionais de nível superior, com formação específica em áreas afins, ou demais áreas do conhecimento. A oportunidade é dada também aos graduandos do 7º semestre.
O objetivo é possibilitar aos professores da arte-educação, a ampliação dos campos de conhecimentos artísticos, em especial na música, disciplina hoje obrigatória no ensino de educação básica no País. A expectativa é suprir carências dessa área.
Entre as disciplinas ministradas, estão: Fundamentos Filosóficos e Estéticos da Arte; História da Música; Teoria da Música; Técnica Vocal e Prática Coral; Harmonia; Regência; e Métodos e Técnicas de Pesquisa Científica em Música.

A Escola de Música realizará uma reunião de informação com workshop no dia 15 de março, às 8h. Para maiores informações: (88) 8848. 1107. Se preferir, acesse o Edital clicando AQUI ou nos números: (85) 3048.6196/ (85) 9658. 1196

Alerta Laranja

Ambiente

Alerta Laranja

O novo relatório do IPCC, que começou a ser divulgado em setembro, reforça a mensagem dos anteriores sobre as graves consequências da mudança climática na Terra.

Por Eduardo Araia
É hora dos governos agirem, com a máxima urgência, para evitar o pior.
5º Relatório de Avaliação sobre Mudanças Climáticas Globais, cuja primeira parte foi revelada em 27 de setembro, em Estocolmo (Suécia), previsivelmente não traz boas notícias. Usando simulações mais abrangentes do que as empregadas no 4º Relatório (divulgado em 2007), os 520 cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) responsáveis pelo estudo analisaram quatro cenários possíveis. Todos apresentam elevações marcante na temperatura do planeta.
Na melhor hipótese, a temperatura global subiria entre 0,3°C e 1,7°C de 2010 a 2100, com o nível do mar se elevando entre 26 e 55 centímetros ao longo do período. Mas isso só aconteceria se as concentrações de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera se estabilizassem e começassem a ser removidas. Caso o ritmo de emissões de GEE siga como hoje, sem correção, aparecerá o pior quadro: um aumento na temperatura média entre 2,6°C e 4,8°C até 2100 e subida de 45 cm a 82 cm no nível dos oceanos, com catastróficas consequências para cidades costeiras como Rio de Janeiro e Nova York.
No Brasil, como o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas já havi ia adiantado, o pior cenário crava uma temperatura média até 2100 entre 3°C e 6°C maior do que a registrada no fim do século 20. Isso deverá reduzir em até 40% a incidência de chuvas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, enquanto as regiões Sul e Sudeste terão índices pluviométricos maiores. Em 2014, duas outras partes do relatório serão divulgadas: em março, os impactos dos cenários estudados, e em abril, e as ações necessárias para amenizar as emissões de GEE e fugir das piores previsões. O que já foi mostrado, porém, já bastou para sacudir os mundos acadêmico, político e econômico.
“A humanidade nunca enfrentou um problema cuja relevância chegasse perto das mudanças climáticas. Elas vão afetar absolutamente todos os seres vivos do planeta”, diz Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e um dos seis brasileiros que ajudaram a elaborar o relatório. “Não temos um sistema de governança global para implementar medidas de redução de emissões e verificação. Por isso, vai demorar ainda pelo menos algumas décadas para que o problema comece a ser resolvido.”
Entretanto, o economista britânico Nicholas Stern, autor do Relatório Stern, que aborda as implicações fi nanceiras do aquecimento global, está otimista. “Muitos países, incluindo os maiores emissores, estão ampliando as ações contra a mudança climática sem esperar por um acordo internacional”, avalia. “Eles não só reconhecem os enormes riscos criados pela mudança climática não administrada, como também veem as enormes oportunidades econômicas apresentadas pela transição para um desenvolvimento baixo em carbono.” Essas ações, diz Stern, deverão “reforçar o movimento rumo a um acordo internacional”.

...e a água levou...


A solução para as "catástrofes" naturais que assolam os verões brasileiros está no cumprimento das leis e no planejamento urbano.

Cena desoladora na BR-356, em Campos (RJ), depois da cheia do Rio Muriaé, em janeiro passado.

Nem El Niño, nem La Niña, nem Zona de Convergência do Atlântico Sul. Os principais agentes causadores de “catástrofes” naturais, como as chuvas e inundações que castigam as cidades brasileiras no verão, não são forças incontroláveis da natureza, mas sim populações e governos. Com um planejamento urbano adequado e minimamente respeitado, os maiores volumes de chuvas não causariam as enchentes, os deslizamentos e os prejuízos que se repetem ano a ano. O drama tem solução.
O Censo 2010 registra 11,4 milhões de brasileiros – 6% da população, o equivalente à população da Grécia – vivendo em “aglomerados subnormais”, termo usado para definir áreas ocupadas irregularmente com carência de serviços públicos e de urbanização, como favelas, palafitas, grotas e vilas. “Não é só a mudança climática que provoca enchentes e deslizamentos de terra. O problema tem mais a ver com a falta de planejamento territorial dos governos municipal e estadual, com a ocupação irregular de terras e com a especulação imobiliária legal e ilegal”, comenta Manuel Manrique, funcionário da ONU-Habitat, presente desde 1996 no Rio de Janeiro com escritório regional para a América Latina e o Caribe.
Por causa das leis e do planejamento não cumpridos, apesar de livre da ameaça das maiores forças da natureza, como terremotos, vulcões e furacões, o “país abençoado por Deus” está em terceiro lugar no ranking mundial de catástrofes letais em 2011, devido à morte de mais de 900 pessoas neste ano. Só perdeu para o Japão, que sofreu um terremoto seguido de tsunami, e para as Filipinas, atingidas pela tempestade tropical Wash.
Por sorte, em 2012 espera-se que o país saia das primeiras posições da lista amarga. A época de chuvas está chegando ao fim e, apesar de deixar 8 mil desabrigados e 25 mil desalojados, principalmente em Minas Gerais, causou menos mortes: 29 vítimas fatais – pelo menos até o fechamento desta edição da PLANETA. Choveu menos no verão de 2012, felizmente. Mas, se tivesse chovido mais, os impactos seriam elevadíssimos, dada a falta de ações preventivas.

Mapas climáticos sendo atualizados no Inpe, em Cachoeira Paulista (SP). À direita, os desabamentos em Nova Friburgo (RJ), em janeiro de 2011, que mataram centenas de pessoas. Sem prevenção, não adianta previsão.

De 2000 a 2010, só com inundações, o Brasil sofreu uma perda média de 120 vidas e de US$ 250 milhões por ano, calcula a seguradora Swiss Re. A empresa afirma que os prejuízos de 2011 foram de US$ 950 milhões, acima da média. Segundo as projeções, até 2030 essa conta deve alcançar US$ 4 bilhões. Para reduzir impactos, a Swiss Re sugere a aplicação de um planejamento urbano adequado, definição de códigos para a construção civil e drenagem e estabilização de encostas, além da transferência de risco em forma de seguros.
Basta cumprir as leis e o cenário já melhora. A seguradora calcula que, hoje 33,3 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco, número que deve chegar a 42,5 milhões em 2030, levando em conta a taxa anual média de crescimento populacional de menos de 1%.
“No Brasil vive-se a cultura do desastre, na qual se corre atrás do prejuízo. Uma vez acabada a catástrofe, a preocupação das pessoas desaparece. Não há cultura da prevenção, só de previsão”, diz Tania Maria Sausen, geógrafa e coordenadora do programa Geodesastre-Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Se previsão do tempo bastasse para resolver os problemas, o Brasil já teria a situação sob controle. Os sistemas de tecnologia evoluíram nos últimos 40 anos. O satélite que passava sobre o país a cada quatro dias foi substituído por 60 satélites que passam diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia.
“No Brasil vive-se a cultura do desastre, na qual se corre atrás do prejuízo. Uma vez acabada a catástrofe, a preocupação das pessoas desaparece. Não há cultura da prevenção, só de previsão”, diz Tania Maria Sausen, geógrafa e coordenadora do programa Geodesastre-Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Se previsão do tempo bastasse para resolver os problemas, o Brasil já teria a situação sob controle. Os sistemas de tecnologia evoluíram nos últimos 40 anos. O satélite que passava sobre o país a cada quatro dias foi substituído por 60 satélites que passam diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia.

“As informações geradas, combinadas com redes de plataformas e supercomputadores, permitem estudar a circulação de ventos e massas em toda a América Latina, garantindo cinco dias de previsão com até 95% de probabilidade de acerto”, afirma Tania Maria. O Brasil dispõe de capacidade tecnológica e profissionais capacitados, mas falta vontade política de enfrentar o custo de fazer cumprir a lei. “Passamos dados e relatórios à administração das cidades e Estados, mas os governos não agem”, protesta. As prefeituras encaram os sistemas de monitoramento meteorológico como salvação para áreas de risco, quando eles deveriam ser vistos como o último artifício contra as tragédias.
Atenção da ONU
Uma possível mudança nesse cenário pode acontecer com a abertura do Centro de Excelência da Estratégia Internacional para Redução de Desastres das Nações Unidas (UNISDR, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro, ainda em 2012. “A falta de estatísticas brasileiras é um grande problema para modelar e calcular riscos”, avalia Fabio Corrias, diretor da Swiss Re para o Brasil e Cone Sul. Nesse sentido, a UNISDR vai apoiar a implementação dos objetivos definidos pelo Protocolo de Hyogo – documento assinado em 2005, na província de Hyogo, Japão, por 168 países, que estabelece uma abordagem coordenada global para a redução de riscos de desastres.
Ricardo Mena, chefe da UNISDR para a América Latina e o Caribe, ressalta que o Centro vai apoiar o desenvolvimento de políticas públicas e processos de consulta para elevar o nível de conscientização da sociedade e dos agentes governamentais sobre a gestão de risco. “As medidas públicas para mitigação de riscos e desastres competem sobretudo aos prefeitos”, afirma. Entretanto, a administração municipal costuma estar pouco preparada e assessorada para defini-las. “O tema da segurança no Brasil também tem a ver com essa questão. A população precisa de lugares seguros para morar, com critérios básicos definidos e seguidos, onde se viva sem medo de que um dia a água leve tudo”, complementa Manrique, da ONU-Habitat.
Outra preocupação pertinente são as prováveis mudanças no Código Florestal Brasileiro, em discussão na Câmara dos Deputados, que diminuem a autoridade federal, repassando às prefeituras o papel de definir parâmetros ambientais para ocupação urbana e planos diretores. “O novo Código Florestal deveria estabelecer números nacionais mínimos para ocupação de encostas, de topos de montanhas e preservação de matas ciliares de rios para nortear as prefeituras”, afirma Carlos Nobre, secretário do Ministério da Ciência e Tecnologia. “Deixar a cargo dos municípios esse tipo de definição significa associar a gestão de riscos à maior ou menor capacidade das prefeituras.”
Em novembro de 2008, 70% da cidade de Itajaí (SC) ficou debaixo d’água.

Politicagem
Com frequência, a politicagem desvia os recursos de ações de prevenção de risco. Foi o que se viu com os prefeitos de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, no Estado do Rio de Janeiro, afastados dos seus cargos, no fim do ano, por denúncias de uso irregular dos milhões de reais que deveriam ter sido aplicados para reconstrução das cidades afetadas por inundações e deslizamentos em 2011.
Tania Maria Sausen também argumenta que a população, por sua vez, não pode transferir toda a responsabilidade para os governos. “Ouço na tevê os afetados pelas tragédias repetirem: ‘Nunca pensei que isso podia acontecer comigo’. Ora, eles estão instalados em área de risco, de forma ilegal, e outros continuam desmatando e jogando lixo nas ruas e entupindo bueiros.” Segundo a geóloga, é preciso que as pessoas entendam que o combate às tragédias naturais deve ser combinado entre a sociedade civil e o poder público.
Os moradores do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, já entenderam e aprenderam a usar a internet como salva-vidas. Diante das intensas chuvas de 2008, um grupo de amigos contatou conhecidos, profissionais liberais e caminhoneiros do porto de Itajaí para evitar o pior. “Começamos ajudando a salvar o que podíamos, mas logo muitos tiveram de socorrer as próprias famílias”, lembra Raciel Gonçalves Jr., que criou na ocasião a rede social Arca de Noé (www.arcadenoe.ning.com) para divulgar ações e recrutar colaboradores nos dias seguintes à inundação que pôs 70% da cidade sob a água.
Depois disso, a rede foi expandida para o Facebook e o Twitter e, hoje, possui 2 mil membros de distintas classes sociais, que alimentam a comunidade com informações e procuram se proteger por meio dela. “Continuamos cuidando da rede, porque vivemos com medo. Desde 1984 não aconteciam tragédias como a de 2008. Em 2011, tivemos outro episódio parecido, mas já pudemos reagir com uma ação mais coordenada.” As soluções não costumam cair do céu. Enquanto os eventos climáticos forem apontados como únicos culpados pelas inundações e deslizamentos a que o Brasil assiste entorpecido, as tragédias só tendem a aumentar.

O ANTÍTODO PODE ESTAR NUM CORAL

Ciência

Inimigo íntimo

Um surto global de bactérias resistentes a medicamentos ameaça os hospitais. Cada vez mais espécies tornam-se imunes aos antibióticos. Mas o antídoto pode estar num coral.

Por Camilo Gomide
Um surto global de bactérias resistentes a medicamentos ameaça os hospitais. Enquanto o desenvolvimento de novas drogas diminui, mais espécies tornam-se imunes aos antibióticos. No Brasil, a superbactéria KPC matou 106 pessoas em 2010 e 2011. Mas o antídoto pode estar num coral.

No início do ano, a médica-chefe do governo da Inglaterra, Sally Davies, fez um alerta sobre a ameaça que as bactérias resistentes a antibióticos representam, comparando-a ao terrorismo. Pode parecer exagero, mas a realidade é que há uma guerra em curso contra esses micro-organismos. E estamos em desvantagem. Um levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2013, 170 mil pessoas morreram vítimas de uma variação mais forte da tuberculose. Comparado ao número de mortes causadas por ataques terroristas em 2012 – cerca de 11 mil, segundo um relatório dos EUA –, tem-se a dimensão da gravidade do problema.
Se considerarmos as mortes associadas a outras bactérias multiresistentes, a tendência é que esse índice seja muito maior. Embora ainda seja impossível chegar a um cálculo exato, a organização acredita que as estimativas são conservadoras. “Quase todos os micro-organismos desenvolvem resistência a diferentes antibióticos e nós ainda não temos informações suficientes para traçar um panorama global”, explicou à PLANETA Pilar Ramón-Pardo, médica da Organização PanAmericana de Saúde, vinculada à OMS, em Washington, nos EUA.

É difícil mapear a incidência das superbactérias porque a maioria das infecções provocadas por esses organismos acontece em pacientes em tratamento de doenças graves, no interior de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), já fragilizados por outras enfermidades. A maioria dessas bactérias surge dentro dos hospitais, onde se utiliza com maior frequência antibióticos. Grande parte dos centros de saúde não possui recursos suficientes para diagnosticar com precisão os casos.
No Brasil, uma mutação sinistra da Klebsiella pneumoniae, a KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), resistente à classe moderna dos antibióticos carbapenêmicos, tem sido encontrada em diversos hospitais. De acordo com os últimos levantamentos do Ministério da Saúde, a bactéria causou a morte de 59 pessoas em 2010 e de 47 em 2011.
Desvantagem
As bactérias desenvolvem resistência a medicamentos por meio da seleção natural, como descrito na teoria da evolução do naturalista Charles Darwin. Quando um grupo é exposto a um antibiótico, é comum que os organismos mais fortes sobrevivam. Eles podem transmitir suas características genéticas a outros e se multiplicar. Alguns desses micro-organismos sofrem mutações e tornam-se mais resistentes. Dois anos depois do lançamento da penicilina como fármaco, em 1941, o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso, já existiam registros de Staphylococcus aureus imunes ao re- ‘‘ médio. Mas novas drogas foram desenvolvidas para controlar os surtos da bactéria. Graças à descoberta da penicilina, a expectativa de vida do homem do século XX saltou de uma média de 40 para 80 anos em cerca de 100 anos.
Atualmente, o uso indiscriminado e irresponsável de antibióticos tem criado bactérias com mecanismos de resistência e mutações
mais complexas, colocando esse avanço em xeque. Pacientes que não seguem a prescrição, médicos que não recomendam o medicamento adequado e uso desnecessário das drogas na pecuária e na agricultura contribuem para a criação desse cenário. Um agravante é que a indústria farmacêutica não tem acompanhado a evolução desses micro-organismos.

“Desenvolver uma nova droga é extremamente caro. Antes de lançar um remédio no mercado a indústria farmacêutica tem de investir recursos em pesquisa, licenciamento, produção, divulgação, etc. Estima-se que um novo antibiótico demande dez anos e um investimento de US$ 1 bilhão”, diz Ramón-Pardo.
É muito dinheiro, até mesmo para multinacionais poderosas, e o custo-benefício é baixo. Vale mais a pena investir em produtos que não se desatualizam tão rapidamente, como remédios para controlar a pressão, por exemplo. Um estudo de 2009, publicado em um jornal de infectologia, revelou que apenas cinco das grandes farmacêuticas mantinham programas de descobertas antibacterianas até aquele ano.
As bactérias fazem parte de nossa vida. Além de estarmos rodeados por elas, muitas integram o nosso organismo e são importantes para seu funcionamento. É o que acontece no sistema digestivo, por exemplo, onde elas se encontram em forma colonizada e não oferecem risco. Quando há um desequilíbrio entre o nosso sistema imunológico e esses micro-organismos, e o corpo acaba exposto – por uma queimadura, um corte ou uma diarreia –, uma infecção pode se desenvolver.

Com a provável falência dos antibióticos, em dez ou 20 anos infecções que atualmente são facilmente tratáveis poderão evoluir para quadros graves de internação com risco de morte. Além disso, na ausência de drogas específicas, é necessária uma carga maior de antibióticos para matar as bactérias, o que pode causar efeitos colaterais maiores. “Esse é um problema epidemiológico sério que exige atenção. É preciso aumentar a possibilidade de o médico realizar diagnósticos mais precisos, mas muitas vezes falta recurso”, diz Luci Corrêa, coordenadora médica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Albert Einstein.
Surtos no Brasil
Em julho de 2013, um surto de KPC obrigou a equipe do Hospital Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, a interditar a ala adulta da UTI por 30 dias. “De janeiro a outubro tivemos 63 pacientes colonizados com Klebsiella pneumoniae. Destes, 41 foram confi rmados com KPC e 21 desenvolveram infecções. O número aumentou em relação à nossa média histórica”, explica Irene da Rocha Haber, infectologista do Celso Pierro.
Foi preciso adotar procedimentos reforçados de higiene e de treinamento médico, de isolamento de pacientes e de exames rigorosos, para identifi car todos os focos de colonização pela resistente KPC. “Essas bactérias produzem enzimas que quebram um dos grupos de antibióticos mais modernos. O número delas aumentou bastante. São muito resistentes e acometem doentes potencialmente graves, causando infecções sérias”, afi rma o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antônio Cyrillo.
Entretanto, a gravidade dos casos de infecções por superbactérias no Brasil é menos alarmante do que em países como Portugal e Grécia, embora a incidência venha subindo. “Estamos vendo essas bactérias com cada vez mais frequência nas UTIs de nossos hospitais”, diz Cyrillo. “Cinco anos atrás, 2% das amostras de Klebsiella pneumoniae eram KPC. Atualmente esse índice subiu para 20%.”

Apesar do alerta vermelho, algumas medidas podem evitar o pior. Embora já existam registros de pessoas colonizadas por superbactérias na comunidade, a grande maioria dos casos se restringe aos hospitais. Como o contágio se dá pelo contato direto, procedimentos de higienização das mãos e dos instrumentos reduzem consideravelmente as chances de propagação.
O uso consciente de antibióticos por parte dos pacientes e a prescrição precisa pelos médicos bloqueiam o surgimento de organismos resistentes. O maior desafi o na guerra contra as superbactérias é encontrar uma forma de estimular a indústria farmacêutica a investir em novas drogas, bem como erradicar o uso de medicamentos na agropecuária.

Mar Doce

Mar Doce

Mar Doce

  Instalada num kibutz a 70 quilômetros ao norte de Tel Aviv, Maagan Michael é a primeira planta privada de dessalinização de água de Israel. Anualmente, a usina produz 13 milhões de metros cúbicos do líquido por ano para as torneiras da cidade de Haifa, a 30 quilômetros dali. A água é extraída de lençóis salobros do subsolo, não do mar, mas o negócio deve ser bom, porque os israelenses reclamam muito dos preços. Uma família média paga R$ 150 por mês para a companhia estatal Mekorot, gestora das adutoras subterrâneas que distribuem o insumo pelo território de Israel.
A PLANETA visitou a usina Maagan Michael e ouviu queixas como a de Hanna Phillips, moradora de Tel Aviv: “É um horror; quando há seca, o governo vem a público dizer que, se não houver economia, os preços subirão, mas a conta já vive nas alturas”. A água é um drama nacional em Israel, mas o risco de escassez diminuiu. Em 2003, o governo cogitou importar água da Turquia. Em 2013, o déficit foi convertido em excedente e o país virou exportador do insumo. Todo ano Israel envia 50 milhões de metros cúbicos de água à Jordânia e 100 milhões de metros cúbicos para a Faixa de Gaza palestina, como parte de acordos diplomáticos.
“Israel é um deserto e há uma lacuna enorme entre a demanda de água e os nossos recursos. Infelizmente, não temos a habilidade de Moisés de tirar água da pedra”, explica Abraham Tenne, diretor da Divisão de Dessalinização. A virada para a exportação só foi possível graças a uma política de educação para economia e uso eficiente da água. Hoje, 85% da água usada no país é reaproveitada e o índice de perda nos encanamentos é inferior a 10%.
O governo israelense investe maciçamente em dessalinização – US$ 3,5 bilhões por ano, com 39 plantas em funcionamento. Cerca de 40% da água potável é dessalinizada. Em agosto, foi inaugurada a planta de Sorek, a maior do país, que produzirá 200 milhões de metros cúbicos do insumo por ano. Em 2014, a água dessalinizada deverá responder por 80% de todo o abastecimento de Israel. Para suprir a demanda, o governo estabeleceu parcerias com a iniciativa privada, iniciada em 2004 com a planta Maagan Michel.
Muitos consideram a dessalinização a melhor aposta contra a escassez de água no futuro, que vai se agravar com o aumento populacional. O atual elevado custo energético e financeiro do processo tende a ser relativizado com o esgotamento das fontes potáveis e a melhoria das inovações tecnológicas. Os investimentos estão aumentando. Uma pesquisa da empresa norte-americana Pike Research, especializada em análises de mercado de tecnologias limpas, prevê que entre 2010 e 2016 serão aplicados US$ 87,8 bilhões em plantas de dessalinização no mundo todo.


Custo salgado

É claro que o custo para dessalinizar é muito mais elevado do que o da extração direta de fontes de água doce de rios ou lençóis subterrâneos.
Atualmente, o gasto energético médio para se produzir um metro cúbico de água do mar dessalinizada gira em torno de oito quilowatts-hora (kWh). Além disso, soma-se o custo de construção e manutenção das plantas, em geral dependentes de combustíveis fósseis, como óleo diesel. Mas o mais importante de tudo é o contexto.
Quando não existem fontes de água disponíveis, como na Austrália, em ilhas do Caribe ou no Oriente Médio (que produz 75% da água dessalinizada do mundo), o processo não só compensa como é a melhor alternativa. Atualmente, existem 13,8 mil plantas de dessalinização em atividade no mundo.
A técnica usada em Israel, a osmose reversa, é a mais difundida e a mais barata. Numa planta que adota esse método, a água salgada é fortemente pressionada em um recipiente e comprimida para atravessar uma membrana semipermeável, que filtra as moléculas de sal. Grandes volumes de energia são usados para pressionar e comprimir o líquido contra os filtros. Quanto mais salgada a água, mais energia é preciso. As plantas de osmose reversa consomem cerca de um terço da energia usada no funcionamento das esbanjadoras plantas térmicas de dessalinização, cujo funcionamento se baseia na produção de calor para ferver e destilar a água salgada. Essa técnica, a mais antiga do mundo, separa a água do sal, transformando-a em vapor, e depois a condensa novamente.
?Hoje em dia, sistemas de recuperação de energia, que reaproveitam a energia criada pelo próprio processo, conseguem uma economia energética de até 50% e são utilizados em plantas de osmose reversa, como em Maagan Michael. “Boa parte dos esforços do governo consiste em tornar o processo cada vez mais econômico”, diz Abraham Tenne. Trata-se de melhorar os sistemas de economia, recuperar a energia gasta e aprimorar a qualidade das membranas dos filtros.
“Nos últimos cinco anos conseguimos reduzir o consumo de energia, de 4 kWh para 3,5 kWh por metro cúbico de água dessalinizada”, ressalta o especialista em dessalinização.


Vanguarda americana

Em Israel, causou sensação o anúncio feito pela Lockheed Martin, empresa aeroespacial dos EUA especializada na fabricação de caças e mísseis para o Exército, da descoberta de uma nova tecnologia capaz de reduzir drasticamente o gasto da energia usada para remover o sal da água salgada.
A inovação americana usa filtros feitos de membranas ultrafinas de grafeno, com poros do tamanho de um nanômetro (um bilionésimo de metro), largos o suficiente para deixar a água passar, mas pequenos o bastante para bloquear as moléculas de sal (cloreto de sódio). Como o grafeno é realmente fino (um átomo de espessura), os filtros demandam menos energia para comprimir a água do mar contra os filtros da osmose reversa com a força necessária para separar o sal da água.
De acordo com o engenheiro John Stetson, líder da pesquisa na Lockheed, “a tecnologia permite reduzir em 100 vezes as quantidades de energia e de pressão necessárias para a dessalinização”. As membranas de grafeno, 500 vezes mais finas e mil vezes mais resistentes do que as tradicionais, são capazes de reter todas as moléculas que não sejam de água. Segundo Stetson, a tecnologia pode “estabelecer um método de dessalinização por osmose reversa barato para os países emergentes, sem gastos exorbitantes com energia”.
Quanto mais grossa for a membrana, maior deve ser a pressão necessária para fazer a água salgada passar por ela e ser filtrada. Consequentemente, aumenta o gasto com energia. Uma membrana com poros nanométricos permite que a água flua melhor, por ser bem mais fina que as convencionais, feitas de polímeros.
Engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, também estão pesquisando na mesma direção. “Ainda existe muito espaço para inovação em sistemas de filtragem e dessalinização aproveitando novos materiais e as descobertas dos últimos 20 anos em nanotecnologia”, disse à PLANETA Shreya Dave, pesquisadora do departamento de ciência de materiais e engenharia mecânica do MIT. “Vislumbramos uma nova classe de membranas ultrapermeáveis que vão possibilitar uma mudança de paradigmas na operação de plantas de dessalinização”, ressalta.


Solução para o sertão

Assim como no Oriente Médio, o semiárido brasileiro, que ocupa 11% do território nacional, carece de recursos hídricos. Além da falta de chuvas e da ameaça da seca, muitas das poucas fontes de água potável disponíveis estão contaminadas. Há, no entanto, reservas subterrâneas de água salobra. Por uma característica de formação do terreno, 90% dos poços perfurados na região são de água salgada.
Desde os anos 1980, o engenheiro químico Kepler Borges França trabalha com processos de purificação da água e de dessalinização. Hoje, no comando do Laboratório de Referência em Dessalinização da Universidade Federal de Campina Grande (PB), França é parte fundamental do projeto Água Doce, criado em 2004, pelo governo federal, para acabar com a sede nos dez Estados do semiárido brasileiro.
O programa visa abastecer com água dessalinizada cerca de 100 mil pessoas de 150 comunidades. O plano é investir R$ 168 milhões para implantar, até 2014, 1,2 mil sistemas de dessalinização destinados a atender aproximadamente 480 mil pessoas.
“Existem projetos de pequeno e médio porte espalhados nos Estados do Nordeste. A ideia é beneficiar comunidades difusas ou isoladas que possuem baixo potencial hídrico de água potável, mas dispõem de potencial alto de água salobra no subsolo”, explica França.
O maior sistema de dessalinização em curso no Brasil é o de Fernando de Noronha. Uma miniplanta para tratamento da água do mar, orçada em R$ 2,5 milhões, abastece de água doce todo o arquipélago. Movida por um gerador elétrico a óleo diesel, a miniusina aumentou a produção de água na ilha, de 5,6 litros por segundo para 15 litros por segundo.
Segundo França, se o investimento governamental no setor fosse maior, ajudaria a resolver a falta de água doce em outras regiões do país. Em seu laboratório, em Campina Grande, o pesquisador desenvolve membranas específicas de acordo com as características de salinidade de cada fonte.
“Não é um investimento caro, principalmente se considerarmos as regiões que são carentes de água. O processo de dessalinização está ficando mais barato e ganharia muito se investíssemos em tecnologia própria, sem precisar comprar membranas no exterior”, defende França.
A adoção de água dessalinizada pode ser uma alternativa para abastecimento no Nordeste. Para o mundo, trata-se de uma tendência previsível. Se 98% da água está no mar, a pequena porcentagem de água doce fora dele não poderá dar conta da demanda futura de um planeta com 10 bilhões de habitantes. A dessalinização é um caminho sem volta.

Por Camilo Gomide, de Israel

50% dos universitários são analfabetos funcionais

Pesquisador conclui que mais de 50% dos universitários são analfabetos funcionais

É O DECOREBA EM VEZ DE APREEENDER
DIFICULDADE DE LER E ENTENDER OS CONTEÚDOS
FALTA DE LEITURAS
EDUCAÇÃO BÁSICA - ENSINO FUNDAMENTAL FRAGILIZADOS
FALTA APREENDER APREENDER
SUPERFICIALIDADE
SEM HABITO DE ESTUDAR

METEORITO ENCANTA CIENTISTAS

Rússia

Asteroide que explodiu sobre cidade no ano passado tinha 30 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima

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AFP



Chuva de meteoritos atingiu a cidade de Cheliabinsk em fevereiro de 2013 (Foto: Oleg Kargopolov/AFP)
Há um ano, os moradores da cidade russa de Cheliabinsk olharam assombrados para cima e muitos pensavam que tinha começado uma guerra nuclear. Mas o que aconteceu foi que um asteroide rasgou os céus, provocando uma chuva de meteoritos que hoje encanta os cientistas.
Capturada por muitas câmeras de vídeo, a explosão do asteroide deixou em pedaços as vidraças de muitas janelas e a luz ultravioleta gerada foi tão intensa que mais de vinte pessoas sofreram queimaduras na pele.

Não passou de um grande susto que ficou na memória popular dos russos, mas para os cientistas, o meteorito de Cheliabinsk foi um presente dos céus. Os astrônomos dizem que o fenômeno trouxe conhecimentos sem precedentes sobre a formação e as órbitas dos asteroides ou dos riscos de que uma rocha possa cair na Terra.

Apenas uns poucos asteroides cruzam a trajetória da Terra. Muitos menos sobrevivem ao choque e à fricção com a atmosfera. Os que o fazem, provavelmente caem no mar, que cobre mais de dois terços do planeta ou em uma zona remota, como um deserto, a tundra ou a Antártica.
Mas o fato de um meteorito explodir sobre uma cidade - onde telefones celulares e câmeras de vigilância registaram o evento - e em um país dotado de uma rica tradição científica foi uma oportunidade para os pesquisadores.

O acontecimento "nos deixou uma quantidade colossal de informação", disse Viktor Grokhovsky, da Academia Russa de Ciências.

Câmeras de vigilância ajudam a ciência
"Graças, em particular, às gravações de vídeo, Cheliabinsk é um dos 18 meteoritos com os quais foi possível fazer um cálculo retroativo de sua trajetória, para detectar de qual parte do cinturão de asteroides proveio", indicou Grokhovsky ao jornal Rossiiskaya Gazeta.

Sua idade foi estimada em 4,5 bilhões de anos, a mesma do Sistema Solar.

Após escutar estes preciosos testemunhos, os cientistas estimam que o asteroide pode ter medido até 20 metros e pesado 13 mil toneladas.

Ao entrar na atmosfera, o asteroide se tornou um objeto dotado de energia equivalente a um milhão de toneladas de TNT, isto é, 30 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima.

"O asteroide se desintegrou em pedaços pequenos a 45 ou 30 quilômetros de altitude, evitando causar maiores danos na superfície terrestre", informou, em novembro passado, um grupo de cientistas tchecos.

A trajetória, acrescentam, sugere que o meteorito foi alguma vez parte de um asteroide de dois quilômetros de diâmetro chamado 86039, inicialmente avistado em 1999 e que voltava a passar regularmente perto da Terra.

Os caçadores de meteoritos se lançaram na busca de fragmentos, inclusive um precioso e volumoso pedaço de meia tonelada, recuperada no fundo de um lago congelado perto de Cheliabinsk.

Capaz de varrer civilizações inteiras

A última vez que um grande meteorito colidiu com a Terra foi em 30 de junho de 1908, quando um objeto com mais de 70 metros caiu em Tunguska, na Sibéria, arrasando 80 milhões de árvores ao redor em uma superfície de 2 mil metros quadrados.

Os asteroides de Tunguska e Cheliabinski pertencem à categoria mediana de asteroides com risco de impacto, segundo os astrofísicos. Eles podem infligir danos localmente e os de categoria superior, um dano em escala regional.

Mas estão longe de pertencer à classe de asteroides monstruosos de mais de um quilômetro capazes de varrer civilizações inteiras e causar extinções maciças.

Isto aconteceu há 65 milhões de anos, quando o longo reinado dos dinossauros terminou devido à mudança climática provocada pelo impacto de um meteoro na península de Yucatán, no território mexicano atual.

O inquietante é que os danos potenciais de objetos do tamanho do meteorito de Tunguska devem ser revistos à luz do que aconteceu em Cheliabinsk.

"Ao invés de impactar a Terra em intervalos de 4.500 anos, como se pensava até agora, alguns objetos do tamanho de Tunguska podem, na verdade, cair em intervalos de centenas de anos", advertiu Bailey. "Ou seja, com frequência muito maior".

ADUTORA DE ITAPIPOCA


  O conserto da adutora que deve água do Açude Gameleira para a cidade de Itapipoca, na Zona Norte do Ceará, foi concluído na manhã desta sexta-feira (27), segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Ainda de acordo com a Cagece, "se tudo transcorrer de forma adequada", a água deve chegar à cidade ainda nesta sexta-feira, para ser iniciado o tratamento. A cidade de Itapipoca ficou por mais de um mês sem abastecimento de água por conta de rompimentos na adutora. O governador Cid Gomes participou pessoalmente das ações de reparos e protagonizou cenas inusitadas.
Uma equipe de engenheiros da perícia forense está na cidade de Itapipoca, a 130 km de Fortaleza, desde quinta-feira (26), para periciar a obra da adutora que apresentou vários rompimentos deixando a cidade sem abastecimento de água por 22 dias. A investigação da Polícia Civil foi iniciada após solicitação do governador Cid Gomes que está no município participando dos reparos da obra que estava supostamente pronta para ser inaugurada.
A obra, orçada em R$ 18 milhões e que seria entregue nos próximos dias, tem 32 quilômetros de extensão. Ela leva águas do açude Gameleira para Itapipoca e está em construção desde 2011 mesmo ano em que deveria ter sido terminada, mas a conclusão foi adiada após a empresa responsável, a PWE Engenharia, ir à falência. Logo depois a obra foi assumida pela Primor Construções Ltda, que deveria entregar a adutora neste mês de dezembro.
A adutora, no entanto, teve parte da tubulação rompida com a pressão da água, o que impediu a transposição da água até Itapipoca, segundo a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). O governador Cid Gomes se deslocou até o município na segunda-feira (23), onde classificou a obra de “criminosa” e permanece acompanhando os reparos. Um inquérito foi aberto a pedido do governador.
Segundo o Delegado Geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, será investigação seguirá em duas frentes. “Vamos verificar se há uma possível conduta criminosa das pessoas responsáveis pela obra, como também será investigada a conduta das responsáveis por receber a obra. Temos de ver os dois lados”, explicou. Andrade Júnior afirmou também que o processo necessita de provas técnicas, por este motivo foram designados engenheiros da perícia forense.
“A obra estava em tese pronta para inauguração”, destacou Andrade Júnior que designou o titular da  Delegacia de Crimes contra a Administração Pública, Everardo Lima, para acompanhar o inquérito. Se for constatado crime doloso (não acidental), os responsáveis podem pegar até 12 anos de prisão, afirmou Andrade Júnior.
Cogerh
A Cogerh também abriu um inquérito administrativo para apurar as causas da falha na adutora. Na quinta-feira (26), moradores da cidade filmaram o momento em que o governador Cid Gomes, que é formado em engenharia, tenta fazer reparos em uma parte da adutora pessoalmente. Sem o açude local, os moradores afirmam não saber mais o que fazer para conseguir água.

CAPTAÇÃO DE ÁGUAS





A DU TO RA



LATERAIS E ADUTORAS
Uma tubulação em irrigação pode, conforme a finalidade, ser designada como
adutora, ramal ou lateral. A adutora é aque
la tubulação que vai da bomba até a área a ser
irrigada. Normalmente é a tubulação de maior diâmetro. Os ramais são aquelas tubulações
que conduzem água para os diferentes setore
s a serem irrigados. E a lateral é aquela
tubulação onde estão conectados os emissores, sejam eles aspersores, gotejadores ou
microaspersores. Como pode ser deduzido, uma lateral possui vazão variável. No primeiro
trecho é conduzida a vazão que atende a todos os emissores. No segundo trecho, após o
primeiro emissor, é conduzida a vazão total menos a vazão do primeiro emissor. No último
trecho é conduzida a vazão do último emissor apenas.
MATERIAIS EMPREGADOS EM TUBULAÇÕES
1.
PVC (cloreto de polivinila)
Os tubos de PVC são bastante práticos po
is são leves e seu custo é relativamente
baixo. Existem tubos com diferentes espessuras com finalidade de tolerarem maior
pressão. As classes de pressão são designadas em geral como PN40, PN60, PN80,
PN100, PN125... o que significa que toleram até 40mca, 60mca, 80mca.....
O diâmetro externo dos tubos PN40, PN60... é o mesmo. A espessura é,
obviamente, diferente. O diâmetro interno é portanto variável. Dessa maneira, as
conexões (joelho, luva, tê...) servem a todos os tubos de um mesmo diâmetro
nominal, porém de classes de pressão diferentes.
Alguns tubos PVC são fabricados com dimensões especiais, para substituírem
tubulações de ferro fundido ou
para utilizar as conexões
de ferro fundido existentes
no mercado e com alta resistência. Esses tubos recebem a designação defofo
(diâmetro equivalente ao ferro fundido). O quadro a seguir apresenta as dimensões
comerciais mais comuns no mercado brasileiro.
DN (mm) DE (mm) DI (mm) PN60 DI (mm) PN80 DI (mm) PN125
100 118 112,6 118,8 108,4
150 170 162,2 161,2 156,4
200 222 212,0 210,4 204,2
250 274 261,6 259,8 252,0
300 326 311,2 309,0 299,8
DN: diâmetro nominal, DE: diâmetro externo, DI: diâmetro interno
Além dos tubos defofo, existem tubos irrigação muito usados na irrigação localizada
com classe de pressão PN40 (40 mca) com os seguintes diâmetros em milímetros (DN/DI):
(35/35,7), (50/48,1), (75/72,5), (100/97,6). Embora a tabela acima apresente diâmetros de
até 300mm, já existe no mercado brasileiro a partir de 2003, tubos com diâmetro de 400 e
500mm.2.
polietileno - Os tubos de polietileno são muito utilizados na irrigação por gotejamento,principalmente nas laterais. As seguint
es dimensões em milímetros são comuns
(DN/DI): (12/10,5), (16/13,8), (17/14,8),
(20/18,2). Os tubos de polietileno também
têm classe de pressão como PN25, PN40, etc.
Também são utilizados como microtubos
para abastecer microaspersores com diâmetro externo de 6mm e diâmetro interno de
4mm. Também são utilizados como tubos de comando para conduzir água dos
solenóides até as válvulas hidráulicas.
Em geral têm diâmet
ro externo de 8mm e
interno de 5mm.
3.
Aço zincado (AZ)
São tubos de aço revestidos com uma ca
mada de zinco para proteção contra
ferrugem. São muito utilizados em adutoras que trabalham sob classe de pressão
elevada, quando o PVC não é recomendável. Os tubos AZ também são utilizados
em conjuntos pivô central. Os diâmetros mais comuns são de 6, 8, 10, 12 e 14
polegadas (150, 200, 250, 300 e 350mm). A foto apresentada na seção Tipos de
Juntas/flange ilustra um tubo de aço zincado.
4.
Ferro galvanizado
São tubos de ferro revestidos com uma camada de zinco. Na
irrigação são empregados apenas em conexões como ilustra a
figura ao lado:
5.
Ferro fundido (fofo)
São tubos de ferro fabricados em fundição. O ferro derretido
é colocado em fôrmas para produção dos tubos. São muito pesados e seu uso em
irrigação é bastante raro. Apenas as conexões são bastante empregadas para
conectar os tubos PVC linha defofo.
TIPOS DE JUNTAS
1.
Engate rápido

2.Junta soldável
Esta junta consiste basicamente em lixar a ponta e a bolsa a serem coladas. A cola é
na verdade uma pasta que funde (derrete) o PVC, unindo as partes. Para que a cola
possa aderir bem, recomenda-se lixar as partes a serem soldadas. Existe ainda umasolução limpadora que permite melhorar ainda mais as condições para solda pois remove as impurezas 3..Junta elásticaEsta junta é bastante interessante pois permite que um tubo possa se deslocar dentro do tubo subseqüente. Este fato permite a expansão e contração de redes adutorasconferindo maior flexibilidade.Este tipo de junta também é interessante quando trata-se de tubos de grande diâmetro que quando unidos por cola costumam se soltar.Flange A junta tipo flangeada é a união dos tubos com parafuso e porca. Entre os flanges
coloca-se um anel de encosto (borracha). É preciso cuidado ao escolher os flanges das conexões pois existem duas normas comuns no mercado (ANSI e DIN). Anorma DIN é mais empregada no Brasil e na Europa enquanto a norma ANSI é bastante utilizada nos Estados Unidos 5.Rosca Esta junta consiste em rosquear os tubos no interior da luva (conexão que une ostubos). Os tubos e conexões unidos por junta tipo rosca são raros pois requer muito tempo para sua execução. Para evitar vazamentos, recomenda-se enrolar a rosca com uma fita de material teflon, mais comumente conhecida como fita veda rosca.Cerca de 10 voltas são suficientes para uma boa vedação.DIMENSIONAMENTO DE ADUTORASO critério básico para dimensionar uma adutora é o da velocidade máxima, que não deve ultrapassar 2 m/s, equivalente a 7200 m/h.Este limite é estabelecido para evitar:Sobrepressão elevada quando há interrupção do fluxo (golpe de Aríete)Vibrações na tubulação que reduzem a vida útilPerda de pressão excessiva já que a mesma é diretamente proporcional à velocidade da água Costuma-se também estabelecer um limite mínimo de velocidade para evitar a deposição de partículas que possam estar presentes na água. Em geral, 0,5 m/s é suficiente.Como a seção transversal dos tubos é circular, o diâmetro interno mínimo pode ser obtido através da expressão:I (mm)  0,42 * Q0,5 Onde Q é a vazão em litros por hora. Por exemplo, podemos calcular o diâmetro interno de uma tubulação para transportar 20 m3/h, ou seja 20000 l/h: DI (mm) > 0,42 * 20000 0,5 DI > 59,4 mm Seria preciso verificar, obviamente, qual o tubo omercial que pode fornecer o
diâmetro calculado acima. Além de calcular o diâmetro interno de uma tubulação, também temos que avaliar asperdas de pressão que ocorrem ao longo dessa tubulação, com objetivo determinar qual deve ser a pressão na entrada para que seja possível entregar noal da adutora a vazão correta, na pressão certa.com base na equação de Hazen
Williams (válida para diâmetros superiores
a 75mm e fluxo turbulento = Número de
Reynolds > 50000). Essas condições são facilmente obtidas quando se estabelece a
velocidade limite de 2 m/s.
Hf = 3163 * L * (Q/C)
1,852
/ D
4,87
Onde hf é a perda de carga em metros de coluna de água (mca), L é o comprimento
da tubulação em metros (m), Q é a vazão em litros por hora (l/h) e D é o diâmetro
interno da tubulação em milímetros (mm)
. C representa o coeficiente de Hazen
Williams, que descreve matematicament
e a rugosidade do tubo. Para tubos
plásticos seu valor é de 140 a 145 enquanto para tubos de aço zincado seu valor é de
135 a 137.
Exemplo: Calcular a perda de carga de uma adutora de PVC com 300 mm de
diâmetro interno, que transporta 480 mil litros por hora num comprimento de 1000
metros.
Hf = 3163 * 1000 * (480000/145)
1,852
/ 300
4,87
Hf = 9,02 mca.
É importante ressaltar que a pressão na entrada de uma adutora deve ser tal que possa
superar a pressão requerida no final, a perda de
carga ao longo da mesma, e o desnível entre
a entrada e a saída. Por exemplo, se a adutora acima fosse acionar um aspersor canhão que
requer 50 mca para seu funcionamento, localizado numa posição 15 metros acima,
Pentrada = pressão de operação + perda de carga + desnível
Pentrada = 50 + 9,02 + 15 Pentrada = 74,02 mca.
DIMENSIONAMENTO DE LATERAIS
O critério de dimensionamento de uma lateral é tal que a perda de carga ao longo da
lateral não deve ultrapassar 55% da perda ad
missível no setor sendo irrigado. A perda
admissível no setor deve ser de no máximo 20% da pressão de operação dos emissores
instalados na lateral. Este critério implica, para laterais na horizontal, que a perda de carga
deva ser inferior a 11% da pressão de operação do emissor. Este critério é bastante
empregado em países como Estados Unidos, Espanha e Israel. No Brasil, alguns técnicos
ainda insistem em utilizar como critério que a
perda de carga ao longo
da lateral não deva
superar 20% da pressão de operação, o que nos parece uma perda excessiva.
O limite de 20% da pressão de operação
no setor é bastante interessante porque
garante, para emissores cuja vazão é diretamente proporcional à raiz quadrada da pressão,
um limite de 10% aproximadamente de variação na vazão. Isto nos leva a refletir que o
critério é na verdade não permitir que a vazão, dentro de um mesmo setor sendo irrigado,
não varie mais que 10% da vazão média. Assim, a quantidade de água aplicada a todas as
plantas será bastante similar, assim como
a quantidade de adubos aplicados caso haja
fertirrigação.
Por isso, para dimensionar uma lateral esta
beleça antes a perda de carga tolerável.
Para calcular a perda de carga, aplica-se muito a equação Universal (Darcy Weisbach)
Hf = f (L/D) (V
2
/2g)
Para fluxo em laterais, do tipo laminar, Blasiu
s sugere que o fator de perda de carga (f) seja
calculado como:
f = 0,32 / Nr
0,25
onde Nr = V D /
ν
onde n é a viscosidade da água (0,000001 m2/s para 20 graus de temperatura).
Combinando as equações acima obtém-se numa forma mais simples:
hf (mca) = 0,47 * L * Q
1,75
/ D
4,75
onde L é o comprimento (m), Q é a vazão em li
tros por hora (l/h) e D é o diâmetro interno
em milímetros (mm). Esta equação é válida para temperatura da água de 20 graus. Para
temperatura de 25 graus a perda de carga seria 2,8% menor.
Cabe ressaltar que a vazão ao longo de laterais é variável já que em intervalos regulares
existem emissores liberando água. Assim, a vazão máxima ocorre no início da lateral e a
vazão do último trecho é apenas a vazão do último emissor. Como a vazão é variável, a
equação de perda de carga acima poderia superestimar a perda de carga. Para isto aplica-se
um fator de correção (F) designado como fator de múltiplas saídas. Este fator pode ser
calculado como:
F = 1 / (m + 1) + 1 / (2 * N) + (m – 1)
0,5
/ (6 * N
2
)
Onde N é o número de saídas (número de emissores) e m é o expoente da vazão na equação
de perda de carga. Caso seja empregada a equação de Hazen Williams, m = 1,852. Caso
seja empregada a equação acima m = 1,75.
Por exemplo, dimensionar uma lateral para abastecer 10 aspersores de 700 l/h cada,
espaçados entre si de 12 metros e operando com pressão média de 20 mca. A lateral teria
então 120 metros de comprimento e vazão total de 7000 l/h.
Neste caso, adotando 11% da pressão de operação como perda tolerável, temos:
Hf < 0,11 * 20 ou seja menor que 2,2 mca.
O fator de múltiplas saídas seria:
F = 1 / (1,75 + 1) + 1 / (2 * 10) + (1,75 – 1)
0,5
/ (6 * 10
2
)
F = 0,415
Experimentando tubulação DN35 PN40 (DI = 35,7)
Hf = 0,47 * 120 * 7000
1,75
/ 35,7
4,75
Hf = 12,73 mca
Aplicando-se o valor de F, Hf = 12,73 * 0,415, ou seja: Hf = 5,28 mca (muito acima de 2,2
mca que é o permitido)
Experimentando tubulação DN50 PN40 (DI = 48,1)
Hf = 0,47 * 120 * 7000
1,75
/ 48,1
4,75
Hf = 3,09 mca
Aplicando-se o valor de F, Hf = 3,09 * 0,415, ou seja: Hf = 1,28 mca (abaixo de 2,2)
Portanto, escolheríamos tubulação DN50 para esta lateral. 
V.1. Definição É o conjunto de encanamentos, peças especiais e obras de arte destinados a promover o transporte da água em um sistema de abastecimento entre
  • captação e reservatório de distribuição;
  • captação e ETA;
  • captação a rede de distribuição;
  • ETA e reservatório;
  • ETA e rede;
  • reservatório à rede;
  • reservatório a reservatório.
V.2. Classificação
  • de acordo com a energia de movimentação do líquido: gravidade, recalque e mista;
  • de acordo com o modo de escoamento do líquido: livre, forçada e mista;
  • de acordo com a natureza da água: bruta e tratada (Figura V.1).
Figura V.1 - Esquema da terceira adutora de Campina Grande
V.3. Vazão de dimensionamento
  • adução contínua sem reservatório  Q = K1. K2. q . P / 86 400 (l/s);
  • adução contínua com reservatório  Q = K1 . q . P / 86 400 (l/s).
  • adução descontínua com reservatório  Q = K1 . q . P / n . 3 600 (l/s) para "n" horas de funcionamento diariamente.
V.4. Dimensionamento hidráulico para escoamento livre (líquido escoando com superfície livre a pressão atmosférica local - canais a céu aberto, galerias, etc) Chezy: ,
Manning: C = R 1/6. n-1
Velocidade: V = R 2/3 . J 1/2 . n-1,
com limites em função da qualidade do líquido e do material de revestimento das paredes do conduto, por exemplo mínimas de 0,45 m/s para água bruta e de 0,15 m/s para água limpa (tratada). Para outros limites consultar Tabelas 14.4 e 14.5 do Manual de Hidráulica de Azevedo Netto, 7a edição.
V.5.  Dimensionamento hidráulico para escoamento forçado 
Com o líquido escoando a pressão diferente da atmosférica externa ao conduto, por exemplo nos recalques, sucções, sifões, trechos com ponto final mais alto etc, recomenda-se trabalhar com velocidades entre 0,60m/s e 0,90m/s. Quando a pressão interna for maior, velocidades superiores a 1m/s em geral requerem justificativas técnicas, especialmente com rigoroso cálculo do golpe de aríete e seus dispositivos de amortecimento.
- Linha piezométrica
a) Fórmula de Darcy (apresentação americana)
J = f. [V2/(2g.D)] = [8f /(g.p2)] . (Q2/D5 )
onde "f" é determindo pela expressão semi-empírica de C. F. Colebrook, divulgada em 1938,

onde K é a rugosidade equivalente (TABELA III.1), ou seja, tamanho das asperezas, e K/D é a rugosidade relativa, grandeza esta de grande significado para se analisar a confiabilidade de uma expressão para cálculo das perdas. Esta equação também é conheccida como Equação Universal de Perdas de Carga.
b) Opicionalmente, em predimensionamentos,  Hazen-Williams (aplicada tradicionalmente para diâmetros de 50mm a  3500mm)
J = 10,643.C-1,85. D-4,87. Q 1,85
com os valores de "C" devidamente estimados (TABELA III.3).
- Predimensionamento para recalque
  • para adução contínua: D = 1,2 . Q1/2 (fórmula de Bresse )
  • para adução descontínua: D = 1,3 . (X/24)1/4. Q 1/2, X menor que 24 horas (fórmula de Forchheimer ).
Notas
- Jaques Antoine Charles Bresse (1822-1883), nascido em Vienne, Isère, professor de Matemática em Paris.
- Philipp Forchheimer (1852-1933), natural de Vienna, Áustria, professor de Hidráulica em Aachen e Graz. - Potência
P =  g . Q . H para Q em m3/s ou P =  Q . H / 75 para Q em L/s e P em CV.

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Linhas adutoras e órgãos acessórios
8 LINHAS ADUTORAS E ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
8.1 Generalidades
Adutoras – destinam-se a conduzir água entre unidades que precedem a rede distribuidora.
Não possuem derivações para distribuição, porém pode haver ramificações (subadutoras).
Traçado das adutoras – deve-se levar em consideração a topografia, as características do solo e as facilidades de acesso.
Evitar regiões acidentadas – encarece a construção e gera pressões elevadas nos pontos baixos.
8.2 Classificação das adutoras
8.2.1 Quanto à natureza da água transportada a) adutoras de água bruta b) adutoras de água tratada
8.2.2 Quanto à energia para a movimentação da água 8.2.2.1 Adutoras por gravidade a) em conduto forçado
Figura 8.1 b) em conduto livre ou aqueduto
Figura 8.2 c) combinação de conduto forçado e livre
Figura 8.3
8.2.2.2 Adutoras por recalque a) único recalque
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Figura 8.4 b) recalque múltiplo
Figura 8.5 8.2.2 Adutoras mistas
Figura 8.6
8.3 Dimensionamento hidráulico das adutoras por gravidade 8.3.1 Valores intervenientes
Há necessidade do conhecimento prévio dos seguintes elementos:
a) Vazão de adução(Q) ® calculada em função da população e quota per-capta b) Comprimento (L) e desnível - dados físicos c) Material do conduto (coeficiente C de Hazen-Williams ou k da fórmula universal)
Geralmente, essas duas fórmula são utilizadas para o dimensionamento das adutoras.
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Exercício-exemplo 8.1: Uma adutora interligando 2 reservatórios distanciados entre si de 4820 m, deverá veicular uma vazão média de 150 l/s. Os níveis médios de água nesses reservatórios correspondem às cotas altimétricas de 237,45 m e 215,73 m, respectivamente.
Determinar: a) o diâmetro dessa adutora admitindo ser a mesma de cimento-amianto (C=140); b) a vazão efetiva que pode aduzir e a velocidade correspondente. Solução:
DH = 237,45 – 215,73 = 21,72 m m/m L
Q D0,367 m
Adota-se diâmetro comercial imediatamente superior, ou seja, D = 0,40 m. Vazão efetiva:
Q V \ V = 1,50 m/s
8.3.2 Aspectos a serem considerados
- As perdas localizadas são desprezadas (muito pequenas quando comparadas com as perdas distribuídas);
- A linha piezométrica (L.P.) deve ficar acima da tubulação (para evitar pressão negativa);
- Quando houver possibilidade de ocorrer pressões dinâmicas ou estáticas excessivas, dividir a adutora em trechos à intercalar reservatórios à quebra de pressão.
Figura 8.7 – Adutora de gravidade com caixas de quebra de pressão.
Linhas adutoras e órgãos acessórios
a) b)
Figura 8.8 – a) Pressão dinâmica de serviço; b) Pressão estática com registro na extremidade de jusante.
8.4 Dimensionamento hidráulico das adutoras por recalque 8.4.1 Valores intervenientes
Os seguintes elementos devem ser conhecidos: a) Vazão (Q); b) Comprimento (L); c) Desnível a ser vencido (Hg); d) Material do conduto.
Determinar o diâmetro D do concreto e a potência P da bomba.
Figura 8.9 – Adutora por recalque. Há infinidade de pares de valores de D e P.
8.4.2 Solução de casos práticos
Condição de mínimo custo à Fórmula de Bresser: QKD= (K @ 1,2).
Perda de carga distribuída (DH) à Fórmula de Hazen-Williams. Hm = Hg + DH
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Exercício-exemplo 8.2: Determinar o diâmetro de uma adutora de recalque com uma extensão de 2.200 m destinada a conduzir a vazão de 45 l/s, vencendo um desnível geométrico de 51 m.
Tubulação de ferro fundido: C = 100; hB = 0,62 Solução:
m/m DC
DH = J x L = 0,0059 x 2.200 = 12,98 m Hm = 51,0 + 12,98 = 63,98 m mHQ P h g61,92 CV
8.5 Peças especiais e órgãos acessórios


Numa adutora por gravidade, em conduto forçado, aparecem as seguintes peças especiais: - válvulas ou registros de parada;

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álvulas ou registros de descarga;
- válvulas redutoras de pressão;
- ventosas.
Nas adutoras por recalque, há de considerar ainda:
- válvulas de retenção; - válvulas aliviadoras de pressão.
Figura 8.10 – Válvulas em linhas adutoras.
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Válvulas ou registros de parada à destinam-se a interromper o fluxo de água. Uma delas é geralmente colocada à montante, no início da adutora. Outras são colocadas ao longo da linha, distribuídas em pontos convenientes para permitir o isolamento e esgotamento de trechos por ocasião de reparos.
Figura 8.1 – Registro de gaveta oval com flanges e cabeçote.
Figura 8.12 – Válvulas de gaveta (vista interna). Figura 8.13 – Válvula borboleta.
Figura 8.14 – Válvula borboleta (vista interna).
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Figura 8.15 – Válvula de globo.
Válvulas de descarga à são colocadas nos pontos baixos das adutoras, em derivação à linha, para permitir a saída da água sempre que for necessário.
Válvulas redutoras de pressão à são dispositivos intercalados na rede para permitir uma diminuição permanente na linha, a partir do ponto de colocação. Desempenham função semelhante às caixas de quebra de pressão.
Figura 8.16 – Influência da válvula redutora de pressão na posição da Linha Piezométrica.
Ventosas à são dispositivos colocados nos pontos elevados de tubulações e destinam-se a permitir a expulsão do ar durante o enchimento da linha ou do ar que normalmente se acumula nesse ponto.
Por outro lado, as ventosas deixam penetrar o ar na tubulação quando ela está sendo descarregada. Sem isso, a adutora passaria a apresentar pressões internas negativas.
Válvulas de retenção à são instalados no início das adutoras por recalque, quase sempre no trecho da saída de cada bomba. Destinam-se a impedir o retorno brusco da água contra as bombas na sua paralisação ou falta de energia elétrica.
Figura 8.17 – Válvula de retenção tipo portinhola.
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Válvulas aliviadoras de pressão ou válvulas anti-golpe à são dispositivos que permitem reduzir a pressão interna das tubulações quando estas sofrem a ação do golpe de aríete.
São instaladas geralmente no início das adutoras por recalque, de grande diâmetro, nas quais as válvulas de retenção sofrem solicitações maiores e poderão não suportar os esforços resultantes da sobrelevação de pressão.
Figura 8.19 – Válvula aliviadora de pressão.
8.6 Obras complementares
Principais obras que complementam as linhas adutoras:
a) ancoragens à são dispositivos constituídos por blocos de concreto e tirantes colocados junto a curvas, tês, extremidades ou outras peças, para suportar o componente de esforços não equilibrados oriundos da pressão interna;
Figura 8.20 – Ancoragem.
b) caixas intermediárias à são estruturas, semelhante a pequenos reservatórios, intercaladas em linhas de gravidade para permitir quea água entre em contato com a atmosfera. Utilizam-se para quebrar a pressão em adutoras de grande desnível ou para evitar que a linha piezométrica intercepte o perfila da tubulação;
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Figura 8.21 – Adutora com caixa intermediária para ajuste da Linha Piezométrica em relação à tubulação.
c) “stand-pipes” à também denominados chaminés de equilíbrio, são estruturas intercaladas geralmente no trecho de transição entre uma adutora de recalque e uma adutora de gravidade. Tanto a entrada como saída ficam na parte inferior, podendo o nível de água oscilar no interior da estrutura com as flutuações nas vazões de bombeamento ou de escoamento no trecho de gravidade;
Figura 8.2 – “Stand-pipe” entre linhas de recalque e linhas de gravidade.
d) pontes, pontilhões, pilares e berços à são estruturas destinadas a suportar trechos de tubulações que, por razões de segurança ou outros motivos, não devem ser apoiadas diretamente no terreno.
Pontes e pontilhões são empregados na travessia de rios, fundos de vale ou terrenos alagadiços e os túneis. Os pilares e berços destinam-se a receber diretamente a carga da tubulação, tendo cada tubo uma ou duas peças de suporte.
e) túneis à os próprios túneis funcionam como condutos de água. As paredes são revestidas com espessa camada de concreto, suficientemente lisa, para melhorar as condições de escoamento.
8.7 Materiais utilizados em adutoras
Os materiais utilizados na fabricação de adutoras são: ferro fundido, aço, concreto e cimento amianto. A aplicabilidade de cada tipo deverá ser estudada criteriosamente em cada caso, levando-se em conta as condições de funcionamento hidráulico da adutora, a
Linhas adutoras e órgãos acessórios pressão interna e a durabilidade do material, face às características do solo, às cargas externas e à natureza da água transportada.
Nas adutoras em conduto forçado por gravidade utilizam-se os tubos de ferro fundido, de aço, de cimento-amianto e de concreto simples ou armado. Já nas adutoras de recalque, devido à maior ocorrência de golpe de aríete, têm sido preferidos os tubos de ferro fundido ou de aço.
a) Tubos de ferro fundido à apresenta alta resistência às pressões positivas e negativas, às cargas externas e aos choques verificados durante o transporte e assentamento. Apresenta longa durabilidade, apesar do fenômeno de envelhecimento que se traduz na formação de incrustações na parede interna, quando a água transportada apresenta baixo pH. Isto aumenta a rugosidade, que resulta em diminuição gradativa da vazão de escoamento. Diâmetros comerciais: 50 a 1200 m.
b) Tubos de aço à utilizados em adutoras sujeitas a elevadas pressões internas ou que se destinam a veicular grandes vazões. As principais desvantagens atribuídas aos tubos de aço são a menor resistência tanto a corrosão como as cargas externas e às pressões internas negativas. Diâmetros comerciais: 100 a 2.0 m.
c) Tubos de concreto à há dois tipos de tubos de concreto: simples e armado. Os tubos de concreto simples são destinam-se a adutoras em conduto livre, ou quando em conduto forçado, para baixas pressões de serviço. Os tubos de concreto armado podem ser construídos para resistir a pressões bem elevadas. A estrutura da parede conta com armadura de aço simples ou protendido e, às vezes, ainda com uma camisa de aço. Diâmetros comerciais: 300 a 3.0 m.
As condições de escoamento são boas graças à pequena rugosidade das paredes. Uma das desvantagens é o peso exagerado que dificulta o manuseio em todas as fases. Outra desvantagem é a dificuldade de reparação e substituição de peças.
d) Tubos de cimento-amianto à podem ser utilizados em adutoras por gravidade. Oferece alta resistência à pressão interna, podendo atingir uma pressão norma de serviço de até 150 metros de coluna de água. Tem paredes lisas para assegurar excelentes condições de escoamento. A principal objeção que se faz no seu uso referese ao ataque que pode sofrer de águas e solos agressivos.
e) Outros: PVC e Poliéster com fibra de vidro.
8.8 Exemplo de cálculo em adutoras 8.8.1 Ancoragem
O objetivo do bloco de ancoragem é transferir a reação do escoamento para o solo. O bloco deverá ter uma área tal que a resultante do esforço dividida por essa área seja menor que a tensão admissível do solo, ou matematicamente:
(8.1)
onde: R – resultante do esforço devido ao escoamento; A – área do bloco;
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Linhas adutoras e órgãos acessórios t – tensão admissível do solo. Esforços nas curvas:
ApR(8.2)
Exemplo: Q = 340 l/sCurva 90°
D = 600 mp = 60 m.c.a. = 6 x 104 kgf/m2
90 sen
R\ R = 23.92 kgf ou R = 23,9 tf
Para calcular a ancoragem, aplica-se o coeficiente de segurança de 1,5 \ R = 23,9 x 1,5 = 36,0 tf
Dimensionamento do bloco de ancoragem:
R deve ser absorvida pela área L x H. Deve-se conhecer a taxa de compressão do solo e adotar a metade deste valor
Adota-se t = 25 tf/m2
Por exemplo: t = 50 tf/m2
R = 36 tf ; t = 25 tf/m2 Adotando H = 1,0 m
×HL R Þ R = t.L.H
36 = 25 x L x 1,0 Þ L = 1,45 m
8.8.2 Pressão em ponto qualquer da adutora a) Adução por gravidade
Linhas adutoras e órgãos acessórios
Pressão em A: pA = HA – zA HA = H1 – J x LA onde
Exemplo: H1 = 32 m ; H2 = 20 m ; L = 1.0 m ; LA = 250 m ; zA = 23 m
HA = H1 – J x LA = 32,0 – 0,012 x 250 \ HA = 29,0 m pA = HA - zA = 29,0 – 23,0 \ pA = 6,0 m b) Adução por recalque
Pressão em B: pB = HB – zB HB = (Hm + z1) – J x LB
onde
L HzHL
Exemplo: Hm = 20,0 m ; z1 = 5,0 m ; H2 = 20,9 m ; L = 1.0 m ; LB = 500 m ; zB = 10,0 m


HB = (Hm + z1) – J x LB = (20,0 + 5,0) – 0,0041 x 500 \ HB = 2,95 m PB = HB – zB = 29,0 – 10,0 \ pB = 12,95 m