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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Mudanças nas regras eleitorais alteram gastos de candidatos e afetam estratégias de campanha no CE

Quanto custa ser lembrado nas urnas numa eleição municipal? Campanhas milionárias se mantêm nas grandes cidades do Estado, mas consecutivas limitações impostas pela Justiça Eleitoral têm reduzido as despesas

Nos últimos pleitos, o protagonismo das redes sociais tem antecipado a campanha que leva os eleitores às urnasFoto: Helene Santos

A figura do candidato político que podia andar de casa em casa, em quase toda cidade, pedindo voto, é inimaginável na realidade de crescimento dos grandes centros urbanos. Atingir o maior número de eleitores é o que move as estratégias de campanha e o volume de dinheiro envolvido nelas.

O exacerbamento de gastos nas eleições, incluindo a realização de shows com grandes artistas, altos salários para prestação de serviço e despesas com materiais diversos, soou o alerta na Justiça Eleitoral nas últimas décadas e provocou mudanças nas regras de campanha. Apesar do barateamento visto nos últimos pleitos, os custos continuam milionários, e em 2020 não deve ser diferente. 

Desde a redemocratização, nos anos 1980, o custo das campanhas mudou, especialmente pelos regramentos para garantir equidade entre candidatos e combater a corrupção. Para as eleições deste ano, paira a expectativa sobre a força que a internet continuará exercendo nas táticas eleitorais e o impacto de se bancar os pleitos com dinheiro público, já que, desde 2015, é proibido o financiamento empresarial de campanha. Ainda não se sabe se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aprovará os R$ 2 bilhões no Orçamento para o chamado Fundão Eleitoral. 

O teto de gastos das campanhas, criado em 2016, para prefeito e vereador, será o mesmo da última eleição municipal, corrigido pela inflação. Há quatro anos, candidatos a prefeito podiam gastar até R$ 12,4 milhões no primeiro turno em Fortaleza – além de R$ 3,7 milhões no segundo. Postulantes ao cargo de vereador na Capital tinham teto de R$ 460 mil. 

A Justiça Eleitoral ainda não divulgou os valores atualizados. Ainda assim, a roda das eleições 2020 gira. Mas qual o custo para que ela leve o candidato até o eleitor? 
“Tudo o que você faz em campanha tem um custo. Se vai fazer uma caminhada, o candidato vai beber água, vai ter uma pessoa do lado dele... Isso depende da estratégia”, afirma a advogada Isabel Mota, especialista em Direito Eleitoral e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Adradep). 

Último pleito

Em 2016, a campanha do prefeito Roberto Cláudio (PDT) – para reeleição –, custou R$ 10,3 milhões, cerca de 42% menos que em sua primeira disputa ao Executivo, em 2012, cujo total chegou a quase R$ 18 milhões. A redução foi semelhante nas despesas dos adversários, no segundo turno. Em 2012, Elmano de Freitas (PT), gastou R$ 11,5 milhões. Já Capitão Wagner (então no PR) desembolsou R$ 6,1 milhões em 2016. 

A mudança é explícita no volume de gastos e nos investimentos. Em 2012, a principal despesa de Roberto Cláudio foi com “serviços prestados por terceiros”: R$ 5,5 milhões, segundo consta na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Dentre eles, estão serviços de comunicação, publicidade, assessoria jurídica e segurança, por exemplo. Quatro anos depois, a maior despesa foi com “programas de rádio, de TV e vídeos”: R$ 3,6 milhões. 

Entre uma eleição e outra, a legislação eleitoral vem eliminando gastos. A despesa de R$ 630 mil, em 2012, com publicidade por placas, estandartes e faixas desapareceu em 2016.

A advogada Isabel Mota pontua que as tentativas de reduzir os gastos das campanhas se fortaleceram em 2006, quando se começou a reparar nos custos não contabilizados. “Foram proibidos o showmício, as camisas e o outdoor. Cada vez mais se tentou diminuir esses itens, principalmente em matéria de propaganda, porque é mais fácil mudar a legislação”. 

Embalada pela canção “Maria, Maria” de Milton Nascimento, a campanha que elegeu a primeira mulher ao cargo de prefeita no País, Maria Luiza Fontenele, em 1985, foi também, na avaliação do publicitário Ricardo Alcântara, um marco na estratégia eleitoral. Para ele, Maria Luiza teve “uma campanha de televisão muito criativa e inovadora”. 

Alcântara, que tem na bagagem 18 campanhas políticas, ressalta que, historicamente, a estratégia de chegar até o eleitor no Brasil tem por base as campanhas feitas nos Estados Unidos, com foco nos meios de comunicação massivos, TV e rádio.

“Na campanha de 1986, que elegeu Tasso Jereissati governador, o programa eleitoral tinha 20 minutos e os programas se estendiam por 80 dias. Era uma campanha muito longa”. Nessa época, ressalta ele, a desigualdade se estabelecia principalmente a partir da disponibilidade de dinheiro para contratar artistas famosos, para pintar muro e pregar cartazes nas ruas e para distribuir camisetas, bonés e etc. 

“O primeiro movimento foi o de controlar os fatores que desequilibravam as condições materiais de disputa. O segundo foi aquele no qual se reduziu o tempo de propaganda eleitoral e se introduziu um novo elemento que foram as pílulas de inserções comerciais no rádio e na televisão”, frisa o publicitário. 

Ele se refere às inserções de 30 a 60 segundos no rádio e na TV, instituídas por lei em 2015. “Isso mudou muito a lógica das estratégias. Os programas eleitorais vêm perdendo audiência continuamente. Foi uma forma de compensar. A audiência disso (inserções) é uma coisa extraordinária, já mudou rumo de campanha”. 

Internet 

Nas campanhas mais recentes, as táticas (e os gastos) dos candidatos se mantêm fortes na televisão e no rádio, na mobilização da militância nas ruas com bandeiras, nas carreatas e na produção de jingles e slogans. Músicas, vídeos e “santinhos”, entretanto, migram cada vez mais para uma mesma plataforma: a Internet. 

“A terceira grande mudança é o advento das redes sociais que forçou uma nova atualização nas regras. Nesse caso, a mudança nas formatações estratégicas foi mais radical. A internet fez na política a grande mudança que ela fez em outras áreas”, analisa Alcântara. 

O regramento precário para as campanhas nas redes sociais e o combate a informações falsas, segundo ele, impacta em custos de processos judiciais para remover publicações e na redução do controle da imagem que se tenta construir do candidato. “A campanha não é o que dizemos para o eleitor. É o que os eleitores falam entre si. O controle que temos sobre as ‘fake news’ é muito pequeno”.

O protagonismo das redes sociais também antecipa a campanha. “O que a legislação diz hoje: nas redes sociais, as pessoas podem colocar seus nomes, contar sua história, dizer das suas propostas, só não podem dizer ‘sou candidato’, o que é uma coisa irrisória”, diz o publicitário. 

“Essa tentativa de suposto combate à corrupção tem que ser pensada. Quem vai atingir? Os políticos tradicionais? Porque para muitos é até bom que as campanhas sejam mais baratas. Podem gastar menos, mas como vão gastar? Vão investir em quê? Na Internet, na segmentação de conteúdo, o que vão disseminar?”, pontua Isabel Mota. 

Para ela, a democracia tem um custo e é fundamental que ele seja pensado. “Estou diminuindo um valor, mas estou ganhando o quê? A gente dificulta que o eleitor seja cada vez mais consciente e possa fazer escolhas mais pensadas”.

Despesas dos vereadores

Apesar do teto de R$ 460 mil, as campanhas para vereador, em Fortaleza, passam longe desse limite. Em 2016, o vereador eleito mais votado, Célio 
Studart (ex-SD, hoje PV), gastou R$ 24 mil; já o vereador eleito menos votado, Dummar Ribeiro (PPS) desembolsou R$ 4,4 mil.

Dummar afirma que o êxito da campanha se deu pelo serviço prestado à população e às redes sociais. “Quem me salvou dessa vez foi o WhatsApp. Tenho uma média de 1.200 números de telefones de pessoas que me conhecem. Botei meu filho para se comunicar com esse pessoal, enquanto eu fazia as visitas. Minha votação foi de 3.115 votos”, ressalta.

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou apenas Fundo Eleitoral, foi criado em 2017. Sua criação se seguiu à proibição do financiamento privado de campanha.

Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a campanhas políticas, sob alegações de haver desequilíbrio na disputa política e 
exercício abusivo do poder econômico.

Altos custos e mais proximidade com o eleitor no Interior

Se em Fortaleza o valor das campanhas foi reduzido, no Interior o montante de gastos pelos candidatos que protagonizaram o topo das disputas aumentou. 

Em Juazeiro do Norte, em 2012, o candidato eleito Raimundão (PMDB) desembolsou cerca de R$ 1 milhão, enquanto seu principal adversário, Dr. Santana (PT), gastou pouco mais de R$ 283 mil. Quatro anos depois, a soma da despesa dos candidatos Arnon Bezerra (PTB) e Gilmar Bender (PDT) chegou a R$ 2 milhões. 

O cenário foi semelhante em Sobral. Em 2012, Veveu Arruda (PT) protagonizou uma campanha que custou R$ 983 mil contra Dr. Guimarães (PV), que pagou R$ 117 mil. Já em 2016, o atual prefeito, Ivo Gomes (PDT), gastou R$ 1,3 milhão contra R$ 731 mil de Moses Rodrigues (MDB).

“É um custo alto, mas a democracia tem um custo, é o que se paga para que se faça um processo eleitoral legítimo e equânime”, afirma o advogado especialista em direito eleitoral, Irapuan Camurça. 

Na maior parte das cidades do Interior, no entanto, prevalece o corpo a corpo, dados o espaço geográfico menor e a população reduzida. “No Interior, geralmente todo mundo se conhece, sabe o nome da família. Isso, em época de política, fica pior”, pontua o consultor político Leurinbergue Lima.

Ele ressalta que a Internet tem sido um dos principais canais de mudança nas estratégias. 

“O advento das redes sociais veio também a substituir os palanques. Até seis anos atrás, todo mundo fazia comício. Hoje quase não tem. As pessoas iam ainda pelas grandes lideranças. Os comícios de hoje são nas redes sociais, o candidato faz uma ‘live’. Ainda assim, isso não substitui o contato direto, as caminhadas, as bandeiradas nas esquinas, e a visita à feira”, destaca Leurinbergue Lima.


CONSELHEIROS TUTELAR DE SOBRAL SÃO EMPOSSADOS PARA O QUADRIÊNIO 2020 A 2024.

A solenidades aconteceu  na tarde noite desta quinta feira (16/01/2020) no auditório dá Prefeitura Municipal de Sobral.
Presedida pela Vice Prefeita da Princesa do Norte, Cristianne Coelho, com a presença de todos os dez candidatos eleitos e suplentes, com seus familiares amigos e autoridades civil e éclesiatiscas.
Logo depois foi servido  coffee break aos presentes.

O empresário Éder Mourão Sá, 47 anos, foi autuado em flagrante delito pelo Delegado Márcio Luís. Éder Mourão Sá, no início da noite de ontem (16), dirigindo um veículo do tipo Hilux furou bloqueio da PRF, colidiu com dois veículos e atropelou duas mulheres que transitavam em uma motocicleta na avenida Pericentral. O acusado depois de passar cinco horas dentro do veículo, fazendo ameaças aos policiais que tinha explosivos e armas no carro, saindo após a intervenção de familiares com o apoio dos policiais do Cotar. Éder vai responder por tentativa de homicídio Art. 121 com dolo eventual, Art. 163 parágrafo único inciso III (dano ao patrimônio público) e resistência.



Sobre o procedimento policial, o Dr Márcio tem mais detalhes.


(Sobral na Mídia)

Ação social marca aniversário de sete anos do HRN dia 24 de janeiro de 2020 em Sobral

Boa tarde. Tudo bem? Sou Teresa Fernandes assessora de comunicação do Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).

*
Referência no atendimento a casos de média e alta complexidade, o Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, comemora sete anos de funcionamento. Para marcar o aniversário, o hospital promoverá uma ação social com o tema “O cuidado é pra você” com prestação de serviços de saúde gratuitos para a comunidade em Sobral.

*Serviço*

*Ação social no Aniversário dos sete anos do Hospital Regional Norte (HRN)*
*Dia:* Sexta-feira, 24 de janeiro
*Horário*: 7h às 10h
*Local*: Praça em frente ao HRN (Avenida John Sanford, 1505 – Junco)

Leia mais: https://www.saude.ce.gov.br/2020/01/13/acao-social-marca-aniversario-de-sete-anos-do-hrn/

Transporte por meio de metrô e VLTs cresceu 26% em 2019

🕚CEARÁ
O transporte de passageiros em metrô e VLTs cresceu 26% ao longo de 2019 no Ceará. Esse é o percentual de crescimento na quantidade de pessoas que embarcaram nas cinco linhas operadas pela Cia Cearense de Transportes Metropolitanos na Região Metropolitana de Fortaleza, no Cariri e em Sobral. Todas as linhas tiveram crescimento de demanda em 2019, com destaque para o VLT Parangaba-Mucuripe, que, de janeiro a dezembro, registrou crescimento de 281% no número de passageiros, alcançando 2,2 milhões de usuários.

“Essa linha está em operação assistida e, para nós, essa grande adesão da população, mesmo num período ainda restrito e de testes, mostra que a linha pode e vai atender um número de pessoas muito significativo, pois na operação comercial, apesar da cobrança de tarifa, teremos um intervalo de tempo menor, e um fluxo de trens mais constante, além de operar em horário integral, de 5:30 até 23:30, sem intervalo no período da tarde”, explicou o diretor-presidente da Cia Cearense de Transportes Metropolitanos, Eduardo Hotz. Atualmente, a operação assistida do VLT funciona em dois períodos, de segunda a sábado, com embarque gratuito: de 6h às 13h e de 16h40 às 20h.

Já a Linha Sul – a maior do Sistema Metroviário, em extensão e em demanda de passageiros – quebrou mais um recorde em quantidade de passageiros, e atingiu quase 10 milhões de usuários em 2019 (9.985.391 no total), aumento de 15% em relação a 2018. Neste ano, serão iniciados os testes do sistema de automatização da Linha Sul, que vai permitir a redução do intervalo de tempo entre os trens nas estações, fazendo com que a espera pelo metrô caia de 17 minutos para 8 ou menos.

No interior, o destaque de 2019 foi o VLT de Sobral, que aumentou em 20% a quantidade de passageiros atendidos, beneficiando mais de 1,6 milhão de pessoas. O incremento no número de passageiros no ano passado segue a tendência de crescimento registrada desde 2015. Nos últimos quatro anos, o aumento foi de 144% no total de usuários transportados nas linhas em funcionamento.

“Esses números mostram que o sistema metroviário do Ceará se consolida, ano a ano. O metrô e o VLT têm se tornado uma opção concreta de transporte mais rápido e seguro, o que faz com que a população esteja utilizando, cada vez mais, o modal, no seu dia a dia. Por isso, os investimentos vão continuar, de forma expressiva, não só para melhorar as linhas já em operação, como também para construir mais opções de mobilidade para o estado – um exemplo disso é a obra da Linha Leste, em execução”, comemora o Secretário da Infraestrutura do Ceará, Lucio Gomes.

*Governo do Ceará

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Você sabe o que é a prova de vida do INSS? Trata-se de uma exigência que determina ao segurado que recebe auxílios, a comprovação anual da sua vitalidade. A ação tem como objetivo evitar fraudes e pagamentos indevidos e possui um prazo para execução.

Dezesseis municípios cearenses aderiram ao programa Saúde na Hora, do Governo Federal. No Estado, 90 Unidades de Saúde da Família deverão ter seus horários de atendimento ampliados. A Unidade Básica de Saúde (UBS)

O programa Saúde na Hora é uma iniciativa federal que amplia recursos mensais repassados a municípios que estenderem o horário de funcionamento das unidades de saúde. A partir do programa, que já conta com a participação de 1.454 Unidades de Saúde da Família (USF) no País, mais pessoas terão acesso a consultas e exames de rotina a partir de horários flexíveis de atendimento - como à noite, no intervalo para o almoço ou aos finais de semana.
Antes do programa, a maior parte das 42 mil Unidades de Saúde da Família em todo o Brasil funcionava por 40h semanais, normalmente entre 7h e 17h, fechando para o almoço. Para dar suporte a esse serviço.

um acréscimo de 3 horas em seu expediente, passando a operar por 13 horas ininterruptas, durante a semana. O município, que costumava receber cerca de R$ 12.500 de recursos federais, passou a contar com um aumento de 50% desse valor para custeio do programa.

Ministério da Saúde irá repassar cerca de R$ 209 milhões a mais para custear o programa, ainda neste ano. 

Em 2020, o investimento chegará a R$ 534 milhões.