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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Caixa oferece pagamento parcial de prestações da habitação após pausa Clientes podem escolher entre pagar 75% do valor integral da parcela por seis meses, ou 50% do valor, por um período de três meses

Depois do programa que possibilitou pausa na prestação da casa própria por 180 dias, a Caixa oferece agora o pagamento parcial do financiamento para os clientes com contrato de crédito imobiliário que necessitem de apoio para saldar seus compromissos financeiros.

O cliente poderá optar pelo pagamento de 75% do valor integral da parcela, por seis meses, ou 50% do valor, por um período de três meses. A medida proporciona às famílias a possiblidade de se reorganizarem para voltar a pagar integralmente a prestação mensal após impactos da pandemia de coronavírus.

A nova medida não se trata de pausa emergencial nas prestações dos contratos habitacionais, possibilidade que foi ofertada pelo banco durante seis meses, e encerrou no último dia 29 de setembro, beneficiando 2,5 milhões de clientes. Também não quer dizer desconto ou redução da prestação, mas sim uma possibilidade de pagamento parcial por período delimitado.

O valor não pago durante a vigência da negociação pelo pagamento parcial, de acordo com o percentual escolhido, será incorporado ao saldo devedor do contrato e diluído no prazo remanescente. O contrato não está isento da incidência de juros remuneratórios, seguros e taxas. A taxa de juros e o prazo contratados inicialmente não sofrem alteração.

Para solicitar a alternativa de pagamento parcial, basta o cliente acessar o aplicativo Habitação CAIXA, disponível para os sistemas operacionais Android e IOS. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente.

Para contratos em atraso, há também a opção de atendimento pelo WhatsApp – 0800 726 0104, opção 3.

O banco também disponibiliza alternativas de renegociação de dívida, caso o cliente tenha necessidade, estando disponíveis inclusive para clientes que solicitaram a pausa. As opções podem ser acessadas pelo 0800 726 8068, de segunda a sexta, em qualquer horário e aos sábados de 10h às 16h., ou pelos telefones 3004-1105 e 0800 726 0505, de segunda a sexta-feira das 8h às 20h.
/Agência Brasil

Brasil registra primeiro caso confirmado de gato com Covid-19 Cientista adverte que pessoas infectadas pelo coronavírus devem se manter isoladas de seus animais Ana Lucia Azevedo 19/10/2020 - 03:30 / Atualizado em 19/10/2020 - 08:19 Primeiro animal de estimação a testar positivo para o coronavírus Sars-CoV-2 do Brasil foi descoberto em Cuiabá, no Mato Grosso Foto: Arquivo pessoal Primeiro animal de estimação a testar positivo para o coronavírus Sars-CoV-2 do Brasil foi descoberto em Cuiabá, no Mato Grosso Foto: Arquivo pessoal Newsletters RIO — O primeiro animal de estimação a testar positivo para o coronavírus Sars-CoV-2 do Brasil foi descoberto em Cuiabá, no Mato Grosso. É uma gatinha de poucos meses. Ela não tem sintomas da Covid-19 e contraiu a doença de seus donos este mês. A possível infecção de outro gato e de um cachorro está em estudo. A gatinha foi testada positiva pelo exame molecular de PCR, padrão ouro para o coronavírus, pela pesquisadora Valéria Dutra, professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. Leia e ouça: Dez depoimentos de médicos no combate ao Covid-19 A cientista adverte que pessoas infectadas pelo coronavírus devem se manter isoladas de seus animais. A gata foi infectada pelo Sars-CoV-2 porque teve contato com os donos durante o período de isolamento deles. O caso acende o alerta para o risco de as pessoas transmitirem o coronavírus para os animais. Investiga-se a hipótese de estes poderem, então, contaminar gente e outros bichos. Isso não só aumentaria os meios de transmissão quanto os reservatórios do vírus, apesar de, por ora, sejam somente hipóteses, sem comprovação. Em laboratório, na China, mostrou-se ser possível que gatos transmitam a doença para outros felinos. Mas não se sabe se podem transmitir para seres humanos e sequer se o contágio entre felinos é fácil. A suposição é de que não não seja. Legados para a Medicina: Uso amplo de EPIs, telemedicina e a valorização da ciência vieram para ficar — Minha preocupação é que os animais infectados levem o coronavírus para mais animais e pessoas. No caso do gato é ainda mais complexo do que no do cão porque gatos que moram em casas muitas vezes saem de seu domicílio livremente — afirma Valéria Dutra. Pouco se sabe sobre a Covid-19 em pets e há menos de 20 casos de cães e gatos comprovadamente infectados no mundo e relatados em literatura científica. Mais suscetíveis que cães Os gatos, pelo que se viu até agora, são mais suscetíveis do que os cães, explica Alexander Biondo, do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos poucos cientistas brasileiros a investigar a Covid-19 em pets. Dia do médico:Conheça a história da infectologista brasileira que viajou com a pandemia do coronavírus Coordenador do maior estudo para estudar o coronavírus em cães e gatos no Brasil, Biondo também é um dos autores principais da mais completa revisão internacional sobre o Sars-CoV-2 em animais, aceita para publicação pela “Frontiers in Veterinary Science”. Dutra enviou amostras colhidas do animal para análise diagnóstica na semana passada pelo laboratório coordenado por Biondo e por outro grupo de Belo Horizonte. Também serão realizados exames de anticorpos. A descoberta mostra ainda o elevado risco de festas e outras aglomerações para a transmissão da Covid-19. A gata pertence a um casal com um filho pequeno, todos infectados numa festa de família em setembro. Os pais adoeceram, mas a criança permanece assintomática, assim como a gatinha. Números:Mortalidade por Covid cai à metade do auge, mas abertura preocupa Cadeia de contágio Uma única pessoa infectada pelo Sars-CoV-2 na festa contagiou pelo menos outras seis, que adoeceram, diz Dutra. Essa pessoa, que também adoeceu, distribuía lembrancinhas aos convidados e, sem saber, passou o coronavírus adiante. A festa, onde se usava máscara a maior parte do tempo, gerou uma cadeia de contágio que inclui mais casos, pois pessoas contaminadas lá, por sua vez, transmitiram o vírus a outras. Em São Paulo:Doria diz que vacinação contra Covid será obrigatória no estado — As pessoas, todas de um grande grupo familiar, relataram que só tiravam a máscara para comer e beber. Ainda assim, o vírus fez um enorme dano. Aglomerações são muito perigosas — salienta Dutra. Além disso, um segundo gato e um cachorro, também de pessoas que foram à festa, testaram positivo, mas como a carga viral é mais baixa (menor concentração de vírus), seus casos permanecem inconclusivos, em estudo. O animal foi identificado graças à persistência da pesquisadora. Dutra, apesar de ser veterinária, foi convocada para testar pessoas no hospital da UFMT porque seu grupo tinha expertise em testes de PCR. Ela, porém, tomava o cuidado de perguntar às pessoas com Covid-19 que atendia, se tinham animais domésticos e aceitavam que eles fossem testados. A família da gatinha tem alta carga viral. Reação: Bolsonaro rebate Doria e diz que governo federal não vai obrigar vacinação contra Covid-19 — Quanto maior a carga viral, maior o risco de transmissão — explica Dutra. Entenda o coronavírus nos animais de estimação O que se sabe sobre Covid-19 em animais de estimação? Ainda muito pouco, são raros os estudos. O primeiro caso é o de um lulu da Pomerânia, de Hong Kong, identificado em 26 de fevereiro, após sua dona contrair Covid-19. O animal tem 17 anos e várias comorbidades, mas permaneceu assintomático. Até julho, data da última revisão, havia cinco casos de cães e outros cinco de gatos, comprovados. O risco de Covid-19 para os animais é elevado? Com base nas poucas informações disponíveis, esse risco é considerado baixo e nos animais os sintomas são leves, quando existem. E os pets podem passar o Sars-CoV-2 para seres humanos? Não existem casos conhecidos. O que se deve fazer para manter os pets seguros? O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) recomenda manter os gatos em casa sempre que possível e não permitir que eles saiam livremente à rua. Cães devem ser mantidos à distância de pelo menos dois metros uns dos outros e contato com pessoas estranhas deve ser limitado. Aglomerações devem ser evitadas tanto por pessoas quanto por animais. Covid-19:'Quase 40% dos infectados assintomáticos ou com sintomas leves não produzem anticorpos', diz patologista O que devem fazer pessoas com o coronavírus? Devem manter-se isoladas também de seus animais de estimação. Existem testes para diagnóstico? Sim, em algumas cidades. Mas o teste para Sars-CoV-2 não deve ser confundido com os realizados para outros coronavírus que afetam os pets: o coronavírus entérico canino e o coronavírus da peritonite infecciosa felina, que nada têm a ver com a Covid-19. Animais devem usar máscara? Não. O CDC não recomenda o uso de máscaras e alerta que elas podem causar danos a eles. MAIS LIDAS NO GLOBO 1. Com falhas no sistema, Brasil registra 8.874 casos e 195 mortes de Covid-19 nas últimas 24 horas Bruno Alfano 2. ‘A Bolívia recuperou a democracia’, diz Luis Arce, que promete governo de união O Globo e agências internacionais 3. Cássia Almeida e Carolina Nalin* 4. 'Está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro', diz defesa do senador com dinheiro na cueca André de Souza 5.

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Ceará, a vacinação contra a Covid-19 pode ocorrer até julho de 2021, de acordo com o secretário da Saúde. A informação foi dada em entrevista ao SVM na manhã desta segunda-feira (19).

 Secretário da Saúde afirma que produção do imunizante para o Estado está sob responsabilidade da Fiocruz.

 “O Estado do Ceará está ligado às ações da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A nossa vacina que está com a Fiocruz tem previsão pro ano que vem. Quer dizer, a vacinação em massa seria até julho do ano que vem”, afirma o secretário. 

A vacina que será produzida pela Fiocruz é desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela empresa AstraZeneca, no Reino Unido. Em setembro, a Fundação assinou um contrato de Encomenda Tecnológica (Etec) de 100 milhões de doses da vacina. O composto está na fase de testes em humanos. 

Outras opções, porém, não estão descartadas pelo secretário da Saúde. “O Estado de São Paulo tem uma parceria entre o Butantan e um laboratório chinês que tá falando que começa a produção em dezembro. Tá sendo discutido a nível de Ministério (da Saúde) se nós podemos nos antecipar e usar essa vacina também”, explica.

Em São Paulo, o imunizante é desenvolvido pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O Governo do Estado paulista anunciou que deve se reunir com o Ministério nesta semana, para tratar sobre a inclusão da ‘CoronaVac’ no calendário de nacional de imunizações. 

Ele alertou ainda para o aumento da positividade de casos em Fortaleza, na última semana, e para a recomendação de medidas mais restritivas de isolamento em cinco municípios do Interior do Estado: Crateús, Icó, Russas, Juazeiro do Norte e Tauá. Ele reforçou que a pandemia persiste e que permanece a obrigatoriedade do uso de máscaras.

“Eu sei que a população tá cansada, que o isolamento provoca depressão, angústia, dificuldade para as famílias, mas esse é um momento de exceção. Esse descumprimento pode levar a pequenos surtos, que podem voltar a representar aumento no número de atendimentos e de óbitos”, ressalta.

emergencial para saque em dinheiro e transferência bancária. Essa semana será liberado o ciclo 2 do auxílio , além do ciclo 3 para depósito em poupança social digital.

Essa semana a Caixa Econômica Federal realizará o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 e o pagamento residual de R$ 300. Essa semana também se inicia o pagamento da sétima parcela para os inscritos do Bolsa Família.

Pagamentos da semana

Para os inscritos do Bolsa Família, os mesmos poderão receber e sacar o dinheiro na mesma data, pois para este grupo o pagamento segue o cronograma do programa social.
Quem recebe essa semana?

O ciclo 2 de pagamentos para saque em dinheiro será liberado para:
Nascidos em outubro
Nascidos em novembro

Já o ciclo 3 para depósito em conta social digital será liberado para:
Nascidos em Agosto
Nascidos em Setembro

Para inscritos do Bolsa Família, veja quem recebe nesta semana
Cidadão com NIS final 1
Cidadão com NIS final 2
Cidadão com NIS final 3
Cidadão com NIS final 4
Cidadão com NIS final 5
Datas de pagamento
Confira à seguir as datas de pagamento do auxílio emergencial que vão rolar durante toda semana, inclusive no domingo.

19 de outubro (segunda-feira)

Bolsa Família NIS final 1

Cidadão cadastrado no Bolsa Família que tem o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 1 terá acesso a sétima parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 300.
20 de outubro (terça-feira)
Bolsa Família NIS final 2

Cidadão cadastrado no Bolsa Família que tem o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 2 terá acesso a sétima parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 300.
Cadastrados app e site – Saque em dinheiro e transferência bancária

Nascidos no mês de outubro podem sacar o auxílio emergencial de R$ 600 e ainda realizar transferências bancárias. Este pagamento é relacionado ao ciclo 2.
21 de outubro (quarta-feira)
Bolsa Família NIS final 3

Cidadão cadastrado no Bolsa Família que tem o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 3 terá acesso a sétima parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 300.
Cadastrados app e site – Deposito em conta poupança social digital

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em agosto, recebem a próxima parcela de R$ 600:

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em agosto, recebem a primeira parcela de R$ 300:
– trabalhadores que já receberam as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300
22 de outubro (quinta-feira)
Bolsa Família NIS final 4

Cidadão cadastrado no Bolsa Família que tem o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 4 terá acesso a sétima parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 300.

Cadastrados app e site – Saque em dinheiro e transferência bancária

Nascidos no mês de novembro podem sacar o auxílio emergencial de R$ 600 e ainda realizar transferências bancárias. Este pagamento é relacionado ao ciclo 2.
23 de outubro (sexta-feira)
Bolsa Família NIS final 5

Cidadão cadastrado no Bolsa Família que tem o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 5 terá acesso a sétima parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 300.

Nascidos no mês de outubro podem sacar o auxílio emergencial de R$ 600 e ainda realizar transferências bancárias. Este pagamento é relacionado ao ciclo 2.
25 de outubro (domingo)
Cadastrados app e site – Deposito em conta poupança social digital

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em setembro, recebem a próxima parcela de R$ 600:

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em setembro, recebem a primeira parcela de R$ 300:

– serão pagas as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300

coronavírus no cérebro de pacientes

Estudo comprova presença
Agência Brasil
O resultado deve ajudar em tratamentos mais efetivos em pacientes com a doença que apresentam sintomas neurológicos, como anosmia, confusão mental, convulsões e zumbido no ouvido.
Os pesquisadores já haviam comprovado em testes in vitro que o novo coronavírus era capaz de infectar os neurônios.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) encontraram o novo coronavírus em cérebros de pacientes mortos pela doença, além de alterações morfológicas – que se referem à forma e à estrutura – no cérebro de pessoas com quadros moderados de Covid-19. O resultado deve ajudar em tratamentos mais efetivos em pacientes com a doença que apresentam sintomas neurológicos, como anosmia, confusão mental, convulsões e zumbido no ouvido.

“O que identificamos agora é que o vírus é sim capaz de chegar no sistema nervoso central, no cérebro. Não só detectamos o vírus no cérebro de pessoas que morreram com a covid-19 - coletamos os cérebros delas post mortem -, mas nós fizemos também análises de imagem, escaneamos os cérebros de pacientes com Covid-19 moderada e alterações significativas foram observadas”, disse o professor de bioquímica da Unicamp, Daniel Martins-de-Souza, coordenador da pesquisa. O estudo foi divulgado essa semana, em plataforma preprint, ainda sem revisão por pares.

Ele ressalta que até o momento não existem evidências disso na literatura, apesar de alguns pacientes apresentarem sintomas neurológicos. “Esse é um estudo feito com centenas de pacientes moderados, não são nem pacientes graves, e que demonstra que as alterações morfológicas estão correlacionadas com a Covid-19”, disse. Segundo ele, as consequências nos pacientes ainda estão sendo observadas porque a Covid-19 é uma doença nova. “Não deu tempo de vermos o que vai acontecer no longo prazo, mas fato é que pessoas já curadas ainda tem queixas de sintomas neurológicos mesmo depois de o vírus já ter saído do corpo”.
Os pesquisadores já haviam comprovado em testes in vitro que o novo coronavírus era capaz de infectar os neurônios. No entanto, em testes em humanos, eles identificaram a presença do vírus em uma outra célula do cérebro, chamada astrócito.

“Vimos que o vírus está no cérebro de algumas das pessoas que morreram de Covid-19, não tanto nos neurônios, mas em uma outra célula que chama astrócito. Esta é uma célula que auxilia os neurônios a se comunicarem. No laboratório, fizemos um experimento mostrando que os astrócitos infectados podem produzir substâncias que matam neurônios e essa pode ser a causa de a gente ver aquelas alterações nas imagens do cérebro [de pessoas vivas infectadas]”, explicou.

Tratamento

O pesquisador afirma que essas informações são a primeira pista para que se tenha tratamentos mais efetivos especialmente para aqueles pacientes que tiveram acometimentos neurológicos. “Nem todos vão ter [sintomas neurológicos], uma média de 30% a 35% são os que têm esses sintomas. Para esses, é bom saber que os sintomas podem sim ser derivados de infecção no cérebro”.

Martins-de-Souza explicou que o que se acreditava até agora é que os sintomas neurológicos eram causados apenas por uma infecção sistêmica. “Pensava-se até aqui que os sintomas neurológicos seriam uma consequência de inflamação em outros lugares – como o pulmão – e que afetava secundariamente o cérebro. Mas aqui vemos que isso [sintomas neurológicos] pode acontecer também porque o vírus chega sim ao cérebro”, disse.

Além desses resultados, os pesquisadores vão continuar as investigações para entender melhor o papel dos vírus dentro dos astrócitos, as consequências disso no longo prazo, além de uma questão que Martins-de-Souza considera essencial: como é que o vírus chega no cérebro.