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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Estado, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), seguirá com atendimento 24h em urgências e emergências durante todo o período do Carnaval e quarta-feira de cinzas, com funcionamento normal nas emergências adulto e pediátrica, UTIs adulto, pediátrica, neonatal, clínicas médicas e cirúrgicas, além de setores de apoio como laboratório e farmácia.
Centro Cirúrgico atenderá cirurgias de emergências, enquanto as eletivas não serão agendadas para o período. O Ambulatório não funcionará durante o período. O Núcleo Administrativo-Financeiro (NAF) estará em recesso e retornará às atividades na quarta-feira, 26, às 13h. O Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC) terá funcionamento normal em esquema de plantão.
4º Colégio Militar de Sobral lança nesta quinta-feira (13) novo edital para preenchimento de vagas remanescentes para o ano letivo de 2020. Dos 300 inscritos para a prova de admissão, apenas 61 obtiveram nota igual ou superior a cinco. Oito em cada 10 estudantes provenientes da escolas municipais não conseguiram sequer a nota 5. A situação é contraditória. Como é que a educação que alcança média 9 no Ideb, a maior do Brasil, não consegue acertar, ao menos, cinco questões de Português e Matemática? Na manhã desta quinta-feira (13), vários pais de alunos buscaram informações e o esclarecimento de dúvidas quanto à matrícula e ingresso de alunos que concorreram à vagas no 4º Colégio da Polícia Militar do Ceará Ministro Jarbas Passarinho, localizado no Bairro Junco, em Sobral. As inscrições foram realizadas entres os dias 24 e 27 de janeiro, por meio do site www.cpmgef.ce.gov.br. De acordo com o edital, além das vagas garantidas a quem já cursava à escola, foram ofertadas mais novas 820 vagas. Destas, apenas 300 estudantes se inscreveram, sendo apenas 61 deles aprovados, ou seja, 20,33%.
O baixo percentual do número inscritos (37%) também chama a atenção. Mas de acordo com a secretaria da escola, a baixa procura pode ter se dado por conta de pouca divulgação das novas atividades, somada à demora burocrática para a saída do edital, o que comprometeria o período de matrículas na Rede Pública de Ensino. Com medo de ficar de fora da sala de aula, os pais teriam optado em garantir as vagas dos filhos no ensino regular. Para ser admitido nas provas, elaboradas com 10 questões de Português e 10 de Matemática, o estudante deveria alcançar a média 5. O que não ocorreu para a maioria.
Pais procuraram a secretaria da escola para esclarecer dúvidas (Foto: Paulo Porfírio).
Ainda segundo a secretaria da Escola Jarbas Passarinho, a saída foi a elaboração de um novo edital, onde não haverá nova avaliação por meio de teste, cabendo o ingresso ao colégio, por meio de análise do boletim do estudante. A média deverá ser igual ou superior a 6.
A informação trouxe alívio à dona de casa Alexandra Gomes Silva que não encontrou o nome do filho na lista de aprovados. “Eu fui informada que amanhã deverei estar aqui como o boletim dele da Escola Maria Dias, para avaliar, se pelas notas do ano passado, ele poderá estudar aqui, porque como tem vagas, isso pode acontecer”, espera.
Alysson procura o nome dele na lista de provados (Foto: Paulo Porfírio).
“É o meu sonho estudar numa escola militar, porque eu quero ser policial. Acho que os conhecimentos que terei aqui vão ajudar muito a alcançar esse meu objetivo”, revela Allyson Silva (14), filho de dona Maria, que viu uma nova oportunidade surgir depois de não ver o nome na relação dos aprovados. “Dessa vez, pelas minhas notas, eu passarei sim”, garante o estudante. Para garantir o acesso, dos interessados, o colégio estenderá o atendimento de sexta (14) a domingo (16).
Fardamento
Outra dúvida dos pais tem sido quanto ao fardamento exigido: tênis, calça e camisa de cores e tipos específicos, o que comprometeria o bolso de algumas famílias que não teriam condições de arcar com o novo custo. Como é o caso da desempregada Maria das Dores Vasconcelos (48). Afastada da antiga empresa de onde tirava seu sustento, por conta de um acidente de trabalho, ela teve o direito a qualquer tipo de benefício negado pelo INSS. A dona de casa sem mantém com uma cesta básica entregue pelo antigo empregador, além da ajuda de amigos e familiares.
Na casa onde ela mora são três adultos, todos desempregados. O neto que a mulher cria teve a vaga garantida, por já ser aluno da Jarbas Passarinho. “ Eu não tenho condições de arcar com o fardamento novo dele, que vai para o segundo ano do ensino médio. Agora, o antigo uniforme não serve mais. Não tenho dinheiro para comprar. A solução que a escola deu, por enquanto foi comprar somente a calça. Isso já ajuda”, disse a mãe mais aliviada.
O que é
O Colégio Militar é uma escola pública de educação básica (ensino fundamental e ensino médio) em que militares do Exército Brasileiro da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e de outros órgãos da segurança pública desempenham as tarefas diretivas e administrativas. No Brasil, esta categoria de ensino é regulada pela Lei n° 9394 de 20 de dezembro de 1996, também conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu artigo 83. Em Sobral, apenas alunos do ensino médio terão acesso a este tipo de educação.
Serviço
Novas inscrições do Edital para ingresso no Colégio Militar de Sobral
Endereço: www.cpmgef.ce.gov.br
Colégio Jarbas Passarinho Colégio Militar de Sobral Exército Teste do Colégio Militar reprova Educação de Sobral
Onze estados enfrentam pressão das polícias por aumento de salário Governadores negociam planos de carreira da Segurança em meio a protestos e risco de paralisações. Em alguns casos, categorias criaram até comitês unificados para reivindicações

Atos de policiais militares culminam com o aumento de casos de governos estaduais enfrentando problemas com os trabalhadores do setor de Segurança Pública. Mesmo em dificuldade fiscal, pelo menos outros dez estados estão sendo pressionados a negociar salários e planos de carreira do setor e, em alguns deles, policiais militares e civis criaram comitês unificados de negociação.
No Ceará, as manifestações de policiais e bombeiros militares e de seus familiares reivindicando aumento salarial ocorrem desde dezembro do ano passado. Na semana passada, o governador do estado, Camilo Santana (PT), chegou a anunciar um acordo com entidades que representam os profissionais da área com impacto no orçamento de R$ 149 milhões. Parte da categoria, no entanto, continuou a convocar atos em protesto pelas redes sociais, como invasões a batalhões. Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) atendeu às reivindicações dos trabalhadores da Segurança e propôs à Assembleia Legislativa do estado reajuste salarial de 41,7% em três parcelas anuais — o custo chega a R$ 9 bilhões.
Para o professor do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC) Luiz Fábio Paiva, as negociações salariais de policiais expõem a "politização" da Segurança Pública e o aumento do poder de pressão da categoria. O tema, avalia o pesquisador, passou a ser visto como um importante ativo eleitoral após o bom desempenho de candidatos eleitos em 2018 com foco na área, a exemplo do presidente Jair Bolsonaro.
— A leitura da classe política é que a polícia rende voto. As polícias passaram a ser vistas como instituições que rendem voto. Um presidente se elegeu com um discurso pró-polícias e pró-violência.
Na Paraíba, policiais militares, civis e bombeiros paralisaram as atividades por 12 horas na quarta-feira e reclamam da demora do governo do estado em negociar o reajuste de 24% pretendido para os próximos dois anos, além da incorporação integral aos salários da bolsa desempenho paga às corporações. O governo ofereceu reajuste de 5%. Durante o desfile de um dos maiores blocos de João Pessoa, o Muriçocas do Miramar, pelo menos seis viaturas da PM tiveram seus pneus furados e a suspeita é que policiais tenham sido os responsáveis. Um grupo de policiais que atuaria durante o desfile do bloco foi impedido de trabalhar.
A Polícia Civil de Alagoas realiza a Operação Renan Filho #Devagar e promete paralisar as atividades na quarta-feira de cinzas, quinta e sexta-feira da semana que vem. Prometem ainda parar duas vezes por semana durante todo o mês de março e os depoimentos só serão feitos com presença de delegados. Desde as festas de fim de ano que a categoria promete cruzar os braços para obter reposição salarial mínima de 16% e aumento no salário inicial. Durante os dias de paralisação, prometem não fazer boletins de ocorrência nem cumprir mandados de prisão ou busca. Apenas os flagrantes serão realizados.
Insatisfação no Rio e em SP
No Rio e em São Paulo, os governadores Wilson Witzel (PSC) e João Doria (PSDB) enfrentam doses de insatisfação desde o ano passado. O reajuste salarial de 5% anunciado por Doria para a PM paulista foi criticado por policiais, que acusam uma defasagem salarial de cerca de 40%. No Rio, o acordo de recuperação fiscal com a União impede reajustes salariais para a polícia.
— A reposição foi mínima. Isso que acabou frustrando muito. E o governador prometeu que seria um dos maiores salários do país — afirmou o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), um dos líderes da bancada da bala no Congresso Nacional. — Rio e São Paulo são dois estados que dão condições lastimáveis de plano de trabalho para os policiais.
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