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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Justiça Eleitoral indefere mais de 10 mil candidaturas Falta de documentos é o principal motivo das impugnações; Ficha Limpa, o segundo. Especialista em direito eleitoral considera que muitos candidatos ainda poderão concorrer após recorrer em segunda instância.

Com a maior parte dos pedidos de registro de candidaturas julgados pela Justiça Eleitoral até esta segunda-feira (26), mais de 10 mil postulantes ao cargo de vereador, prefeito e vice-prefeito em todo o Brasil tiveram a candidatura indeferida.
Se forem somados os falecimentos e as renúncias, o número de candidatos inaptos supera os 16,5 mil. A maior parte, no entanto, cerca de 10,6 mil casos, é formada por candidatos que não poderão concorrer porque não atenderam a algum requisito legal.


Os candidatos inaptos representam cerca de 2,9% do total de casos analisados, um percentual, por enquanto, menor que o registrado em 2016 (3,4%). O prazo final para a conclusão dos julgamentos termina nesta segunda. Mas 112 mil pedidos ainda aguardam parecer da Justiça Eleitoral.
Total de candidaturas aptas e inaptas — Foto: Aparecido Gonçalves/G1


Pelos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o principal motivo das cassações ou indeferimentos é a “ausência de requisito de registro”, com 75,9%. Como uma única candidatura pode ser barrada por mais de um motivo, o número total supera o de candidatos indeferidos.
Candidaturas inaptas por partido — Foto: Aparecido Gonçalves/G1
Efeitos da Ficha Limpa
A segunda principal razão para rejeição dos pedidos de registro é a Lei da Ficha Limpa, com 11,2%. Segundo a lei, políticos condenados por abuso de poder político e econômico ficam inelegíveis por oito anos.

Advogado e professor de Direito Eleitoral, Alberto Rollo acredita que os dados dos julgamentos das candidaturas divulgados não refletem o que preconiza a legislação eleitoral. Segundo ele, a lei determina que os registros devem estar julgados em primeira e segunda instância eleitoral até 20 dias antes do dia da votação, ou seja, muitos julgamentos ainda estão pendentes.

Principais motivos de indeferimento — Foto: Aparecido Gonçalves/G1

“Isso quer dizer que, até esta segunda-feira, os pedidos de registro das candidaturas deveriam ter sido julgados, inclusive, pelos tribunais regionais, porque há muitos casos com recurso. Acredito que esses dados refletem mais os julgamentos da primeira instância. Estamos vendo, na verdade, o que o ministro Barroso já havia alertado lá atrás, de que o tempo era muito curto para que a Justiça Eleitoral analisasse todos os pedidos”, afirma Rollo.

Na avaliação do professor, mesmo que quase 80% dos casos tivessem sido analisados em primeira e segunda instância, há ainda cerca de 112 mil candidaturas sem ser julgadas, segundo o site do TSE. Por lei, esses candidatos poderão concorrer até que a Justiça decida sobre a validade dos registros.


Para Alberto Rollo, a proporção de 11% de indeferimentos por conta da Lei da Ficha Limpa pode ser considerada baixa. O professor avalia que o percentual deve cair um pouco mais, com os recursos que deverão ser apresentados. A ausência de requisito de registro, principal motivo de cassação ou indeferimentos das candidaturas, segundo Rollo, pode estar associada também às dificuldades geradas pela pandemia.

“Muitos dos documentos que o candidato precisa levantar para apresentar à Justiça Eleitoral só existem no formato físico, são milhões de documentos, que precisam ser buscados um a um. Por outro lado, há muitos tribunais que fizeram home office durante a pandemia, o que limitou muito o trabalho de pesquisa. Então é provável que muitos casos sejam ausência desses documentos”, lembra Rollo.



Partidos pequenos se destacam
A distribuição das candidaturas inaptas, sem considerar os falecimentos e as renúncias, mostra que os partidos pequenos se destacam. O G1 calculou a proporção de inaptos em relação ao total de candidaturas lançadas por cada legenda. Pela ordem, partidos como PCO, PSTU, PCB, PMB e DC apresentam percentuais maiores que a média.

Na outra ponta, os partidos com menores percentuais de candidaturas impugnadas foram Novo, PP, DEM, PSD e MDB. Professor de ciência política e coordenador do Laboratório de Partidos e Sistemas Partidários da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bruno Bolognesi acredita que essa distribuição reflete o grau de profissionalização dos grandes partidos e das condições para montar estruturas nos estados e municípios.“A primeira hipótese para essa distribuição é de fato o nível de profissionalização e expertise eleitoral. Partidos grandes ou com boas estruturas, como o Novo, por exemplo, normalmente contam com um corpo técnico robusto em campanhas, com advogados, contadores, publicitários. Já partidos pequenos normalmente são reféns de assessores do 'dono' do partido e que vivem de relações clientelísticas dentro da legenda, com parca experiência na burocracia estatal, por exemplo, que pode ajudar a formar know-how para disputa eleitoral, principalmente no aspecto formal das exigências”, observa Bolognesi.

O professor da UFPR chama a atenção também para o perfil ideológico das legendas que apresentam os maiores percentuais de candidaturas impugnadas. Para Bolognesi, alguns partidos estão mais preocupados com a propaganda ideológica, e menos com a disputa eleitoral de fato.

“Há uma questão do partido antissistema. Ainda que estes partidos estejam disputando eleições, eles não estão necessariamente preocupados em ganhar votos, como é o caso dos partidos de extrema esquerda. Então a relação com a eleição é muito mais doutrinária do que eleitoral, de modo que não há uma preocupação com a viabilidade do candidato, mas sim em fazer propaganda ideológica para a legenda”, observa Bolognesi.

Candidatura indeferida do Prefeito de Coreaú CARLOS RONER FELIX ALBUQUERQUE e VICE PREFEITO(A). MARIA MARLENE DE




Anvisa autoriza importação de 6 milhões de doses de vacina chinesa


Mais de 9 mil voluntários participam dos testes no Brasil.
Imunizante é alvo de disputa entre Bolsonaro e governo de São Paulo. Vacina ainda aguarda mais um aval da Anvisa para começar a ser aplicada.

Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira (23/10) a importação de 6 milhões de doses do imunizante, produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

A licença, por enquanto, é apenas para importação da vacina. A distribuição das doses do imunizante, ainda sem registro, depende de autorização da própria Anvisa. O pedido de importação em caráter excepcional foi feito pelo Instituto Butantan. Enquanto a Anvisa não autorizar a aplicação, o Butantan será responsável por armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.

Atualmente, a Coronavac está na fase 3 de testes clínicos, com a participação de mais de 9 mil voluntários brasileiros, em sete estados. Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil.

Esta semana, a vacina chinesa esteve no centro de polêmica envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o governador de São Paulo, João Doria.

Na terça-feira, Pazuello anunciou a negociação para adquirir 46 milhões de doses da Coronavac via Instituto Butantan e a inclusão dela no Programa Nacional de Imunizações (PNI)o início da vacinação já no começo do próximo ano. No dia seguinte, Bolsonaro reagiu agressivamente ao anúncio e afirmou que o país não iria adquirir as vacinas. Em resposta a seguidores radicais que se posicionaram contra o imunizante no Facebook, Bolsonaro escreveu: "Não será comprada". A outra seguidora, o presidente afirmou: "Tenha certeza, não compraremos vacina chinesa".

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro ainda disparou várias mensagens no mesmo tom para seus ministros e aliados no Congresso. "Alerto que não compraremos uma só dose de vacina da China, bem como o meu governo não mantém qualquer diálogo com João Doria na questão do covid-19. PR Jair Bolsonaro", diz o texto, citando o governador paulista, desafeto de Bolsonaro.

Depois, Bolsonaro divulgou um comunicado em suas redes sociais em que chama a Coronavac de "vacina chinesa de João Doria". "Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem", escreveu.

No entanto, em agosto, Bolsonaro liberou R$ 1,9 bilhão para a produção de 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. A vacina também está em fase 3 de testes, o que significa que o governo brasileiro assume parte dos riscos relativos ao seu desenvolvimento, mesmo sem saber se o imunizante é eficaz.

No total, o governo de São Paulo fechou contrato com a Sinovac para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac. As primeiras 6 milhões virão prontas da China. As outras 40 milhões serão envasadas e rotuladas no Instituto Butantan, a partir de material importado.

Horas antes da liberação, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, reclamou da demora da Anvisa na análise da importação da matéria-prima da China para a produção da vacina. Um pouco depois, a Anvisa liberou nota negando o entrave e justificando que a vacina envasada e a matéria-prima são produtos em "condições sanitárias diferentes". De acordo com a agência, "para não haver perda de tempo", o processo seria desmembrado, com análises separadas para a liberação da importação das vacinas envasadas e dos insumos.

No fim do dia, a Anvisa liberou a compra das doses, mas ainda não esclareceu sobre o aval à importação da matéria-prima.
Vacina segura

De acordo com resultados preliminares dos ensaios clínicos da fase 3 divulgados nessa semana, a Coronavac provou ser segura,após a aplicação das duas doses em 9 mil voluntários no país. "As manifestações clínicas adversas são muito leves, não tivemos nenhuma manifestação clínica que tenha exigido uma atenção médica maior. Então, é um perfil de segurança muito apropriado", afirmou o diretor do Butantan, Dimas Covas.

Covas também disse que os resultados obtidos no Brasil são semelhantes ao dos ensaios clínicos da fase 3 realizados em 50 mil voluntários na China. Ele explicou, porém, que os dados sobre a eficácia do imunizante só serão divulgados após a vacinação de todos os 15 mil voluntários previstos no estudo.

O Brasil já aprovou testes clínicos de quatro imunizantes no país. A aprovação mais recente foi para Janssen, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson. Em 2 de junho foi autorizado o primeiro programa de testes, da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela farmacêutica AstraZeneca.

Em 3 de julho, a Anvisa deu aval à vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. E em 21 de julho, autorizou testes clínicos de vacinas desenvolvidas pela empresa BioNTech, da Alemanha, em parceria com a Pfizer, dos Estados Unidos.

Apesar de ser um dos imunizantes mais avançados nos estudos clínicos, uma pesquisa recente mostrou que 46% dos brasileiros afirma que não tomaria uma vacina de origem chinesa. O levantamento encomendado pela emissora CNN Brasil indicou ainda que 38% dos brasileiros também rejeitam a vacina russa e 22% imunizantes de Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha.

PF investiga fraude em compras da pandemia que podem ultrapassar R$ 2 bilhões

 


LER NA ÁREA DO ASSINANTE

Com 52 operações em 19 estados desde abril, a PF busca provas para aprofundar as investigações sobre possíveis fraudes em compras suspeitas da pandemia.

As suspeitas recaem sobre fraudes em licitações, compras de insumos com empresas de fachada e superfaturamento na aquisição de equipamentos durante a pandemia, que somam mais de R$ 2 bilhões.

Os investigadores da Polícia Federal tentam apurar, agora, quanto dentre esses R$ 2 bilhões foram, de fato, desviados.

As ações já somam 11 prisões preventivas, 120 detenções temporárias e 929 mandados de busca e apreensão.

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Fonte: O Globo





comissão na Câmara, advogados propõem amenizar lei da lavagem de dinheiro
Primeiras reuniões de trabalho tiveram sugestões para diminuir a pena e tornar mais difícil a condenação por esse crime
Aguirre Talento
27/10/2020 - 10:00A fachada do Congresso Nacional, em Brasília Foto: Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação


BRASÍLIA - Nas primeiras discussões da comissão de juristas formada na Câmara dos Deputados para mudar a legislação sobre lavagem de dinheiro, advogados fizeram sugestões para amenizar as punições previstas na lei e tornar mais difícil a condenação por esse crime. Caso sejam concretizadas, essas mudanças podem retroagir e beneficiar pessoas já condenadas pelo crime.


As discussões ainda estão em fase inicial. As propostas serão, ao final dos trabalhos, submetidas a votações internas para que seja formatado um anteprojeto, que seria submetido a votação na Câmara.

Advogados são o grupo majoritário dentro da comissão e deverão ter força para aprovar ideias que abrandem a legislação atual, de 2012. que prevê pena de três a dez anos de reclusão, além de multa, para "ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal".

O GLOBO teve acesso à consolidação das propostas da primeira reunião , do último dia 16. Advogados querem que o crime de lavagem de dinheiro só possa ser caracterizado caso fique comprovado um crime antecedente --por exemplo, só há lavagem se ficar comprovado a existência anterior do crime de corrupção. A legislação brasileira era assim, mas houve uma mudança que considerou a lavagem um crime independente.

São várias as propostas para se reduzir a pena. O criminalista Antônio Pitombo, que durante o julgamento do mensalão ganhou holofotes após pedir a suspeição do então ministro Joaquim Barbosa, apontou que a variação de pena na lei atual é muito grande e, por isso, sugeriu uma mudança para a pena de três a seis anos, com critérios para aumento. O advogado Juliano Breda, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Paraná e advogado de investigados na Lava-Jato como o ex-ministro Paulo Bernardo e executivos de empreiteiras, propôs que a legislação estabeleça que a pena da lavagem de dinheiro não pode ser superior à pena do crime antecedente. Ou seja: se o agente for condenado a quatro anos por corrupção, essa seria a pena máxima da lavagem do dinheiro da corrupção.


A advogada Raquel Botelho Santoro defendeu que o crime de lavagem de dinheiro não seja considerado permanente, mesmo que os bens ocultos ainda não tenham sido localizados pelas autoridades. Isso facilitaria a prescrição de casos antigos. Raquel defende operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, acusado de ocultar recursos em contas no exterior para políticos tucanos.

Outra advogada, Daniela Teixeira, propôs que a lei estabeleça que pagamentos a escritórios de advocacia não podem ser considerados lavagem de dinheiro. Ela defendeu Jacob Barata Filho, empresário do ramo de transportes do Rio de Janeiro, alvo da Lava-Jato.

O advogado Gamil Föpel, criminalista que defendeu o ex-ministro Geddel Vieira Lima no caso dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento, também sugere que o crime de lavagem só seja processado pela Justiça depois que o agente seja condenado pelo crime antecedente. Isso praticamente inviabilizaria o delito, porque dependeria do desfecho de processos criminais complexos e demorados, para só então depois disso se julgar a lavagem de dinheiro.


Procuradores do MPF alertam que mudanças no crime de lavagem de dinheiro na legislação brasileira poderiam provocar retrocessos na imagem do Brasil perante órgãos internacionais e normas de combate à lavagem, o que afetaria o comércio internacional e a segurança do país como local para investimentos. Na reunião, advogados chegaram a sugerir que o Brasil não deve "ter medo do Gafi (Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo)".

A comissão foi formada em setembro, após pedido da deputada Margarete Coelho (PP-PI) ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), e teve suas primeiras reuniões de trabalho neste mês. É presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo da Fonseca e tem em sua composição advogados, magistrados e procuradores do MPF.

O GLOBO solicitou à Câmara cópia dos registros audiovisuais das duas reuniões já realizadas até agora, mas a assessoria de imprensa da Câmara afirmou que não estão disponíveis. "Como são reuniões internas, de caráter preparatório, os encontros são restritos aos membros da comissão e não há registro audiovisual disponível", disse o órgão.

comissão na Câmara, advogados propõem amenizar lei da lavagem de dinheiro
Primeiras reuniões de trabalho tiveram sugestões para diminuir a pena e tornar mais difícil a condenação por esse crimeA fachada do Congresso Nacional, em Brasília Foto: Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação


BRASÍLIA - Nas primeiras discussões da comissão de juristas formada na Câmara dos Deputados para mudar a legislação sobre lavagem de dinheiro, advogados fizeram sugestões para amenizar as punições previstas na lei e tornar mais difícil a condenação por esse crime. Caso sejam concretizadas, essas mudanças podem retroagir e beneficiar pessoas já condenadas pelo crime. As propostas serão, ao final dos trabalhos, submetidas a votações internas para que seja formatado um anteprojeto, que seria submetido a votação na Câmara.

Advogados são o grupo majoritário dentro da comissão e deverão ter força para aprovar ideias que abrandem a legislação atual, de 2012. que prevê pena de três a dez anos de reclusão, além de multa, para "ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal".O GLOBO teve acesso à consolidação das propostas da primeira reunião , do último dia 16. Advogados querem que o crime de lavagem de dinheiro só possa ser caracterizado caso fique comprovado um crime antecedente --por exemplo, só há lavagem se ficar comprovado a existência anterior do crime de corrupção. A legislação brasileira era assim, mas houve uma mudança que considerou a lavagem um crime independente.

São várias as propostas para se reduzir a pena. O criminalista Antônio Pitombo, que durante o julgamento do mensalão ganhou holofotes após pedir a suspeição do então ministro Joaquim Barbosa, apontou que a variação de pena na lei atual é muito grande e, por isso, sugeriu uma mudança para a pena de três a seis anos, com critérios para aumento. O advogado Juliano Breda, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Paraná e advogado de investigados na Lava-Jato como o ex-ministro Paulo Bernardo e executivos de empreiteiras, propôs que a legislação estabeleça que a pena da lavagem de dinheiro não pode ser superior à pena do crime antecedente. Ou seja: se o agente for condenado a quatro anos por corrupção, essa seria a pena máxima da lavagem do dinheiro da corrupção.Crime de lavagem de dinheiro não seja considerado permanente, mesmo que os bens ocultos ainda não tenham sido localizados pelas autoridades. Isso facilitaria a prescrição de casos antigos. Raquel defende operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, acusado de ocultar recursos em contas no exterior para políticos tucanos.Outra advogada, Daniela Teixeira, propôs que a lei estabeleça que pagamentos a escritórios de advocacia não podem ser considerados lavagem de dinheiro. Ela defendeu Jacob Barata Filho, empresário do ramo de transportes do Rio de Janeiro, alvo da Lava-Jato.O advogado Gamil Föpel, criminalista que defendeu o ex-ministro Geddel Vieira Lima no caso dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento, também sugere que o crime de lavagem só seja processado pela Justiça depois que o agente seja condenado pelo crime antecedente. Isso praticamente inviabilizaria o delito, porque dependeria do desfecho de processos criminais complexos e demorados, para só então depois disso se julgar a lavagem de dinheiro.Procuradores do MPF alertam que mudanças no crime de lavagem de dinheiro na legislação brasileira poderiam provocar retrocessos na imagem do Brasil perante órgãos internacionais e normas de combate à lavagem, o que afetaria o comércio internacional e a segurança do país como local para investimentos. Na reunião, advogados chegaram a sugerir que o Brasil não deve "ter medo do Gafi (Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo).A comissão foi formada em setembro, após pedido da deputada Margarete Coelho (PP-PI) ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), e teve suas primeiras reuniões de trabalho neste mês. É presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo da Fonseca e tem em sua composição advogados, magistrados e procuradores do MPF.O GLOBO solicitou à Câmara cópia dos registros audiovisuais das duas reuniões já realizadas até agora, mas a assessoria de imprensa da Câmara afirmou que não estão disponíveis. "Como são reuniões internas, de caráter preparatório, os encontros são restritos aos membros da comissão e não há registro audiovisual disponível", disse o órgão.

Juiz remete à PF pedido da defesa de Cid Gomes para acesso a inquérito de investigação eleitoral

 A Justiça Eleitoral, em Fortaleza, negou pedido de acesso à informação dos advogados do senador Cid Gomes (PDT) sobre os autos do inquérito policial que realizou diligências na Capital semana passada. O juiz Cleber de Castro Cruz disse que a prerrogativa é dada à Polícia Federal, que coordena o caso. A assessoria do parlamentar informou que ele não foi alvo de busca e apreensão.

MAIS E MAIS NOS 365 DIAS

 

ELEIÇÃO 2020 - Após renunciar candidatura, vereador declara apoio a filho do deputado Tim Gomes

 

 

 

Foto: Camila Lima

CRIMES ELEITORAIS

 

ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, afirmou que a Polícia Federal tem instrumentos para identificar disseminadores de notícias falsas nestas eleições. Ele disse ainda que os estados ajudaram a localizar onde há mais perigo de ocorrências de crimes eleitorais e citou boca de urna e compra de votos como os mais comuns. Leia mais.

Foto: Agência Brasil

Polícia Federal desencadeou na manhã desta terça-feira (27) duas operações de forma simultânea, em Fortaleza. Uma delas com o objetivo de reprimir golpes no sistema financeiro através de fraude no pagamento do auxílio emergencial por conta da pandemia do Covid-19. A segunda, trata de uma investigação sobre o derramamento de moeda falsa. Nas duas ações, agentes federais dão cumprimentos a mandados judiciais de busca e apreensão.

OUTUBRO 27, terca - feira 2020 
Na primeira operação, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão com o objetivo de fortalecer provas do inquérito que investiga fraudes na abertura de contas na Caixa Econômica Federal para recebimento fraudulento do auxílio emergencial do Governo Federal. A ordem judicial foi expedida pela Justiça Federal do Ceará e cumprida em Fortaleza, no endereço de um homem apontado como mentor de vários golpes junto à instituição financeira federal. Foram apreendidos documentos e mídias que serão submetidos à perícia técnico-científica.

De acordo com as investigações, o investigado abriu duas contas utilizando os dados do jogador Neymar da Silva Santos Junior, sendo que uma delas com o objetivo de receber auxílio emergencial cadastrado por meio de aparelho celular. De fato, consta o recebimento de benefício do auxílio emergencial aprovado em nome do empresário Luciano Hang e transferido para a conta fraudulenta em nome do jogador, nos meses de abril e maio.

A investigação apurou também que o homem tentou ainda aplicar golpe semelhante utilizando o nome do atual Ministro da Economia, Paulo Nunes Guedes, e logrou êxito em cadastrar diversas pessoas para o recebimento de auxílio emergencial cujas parcelas foram por ele sacadas. O investigado e quaisquer outros partícipes das fraudes contatadas na investigação responderão pelos crimes de estelionato majorado, falsificação de documento público, uso de documento falso e organização criminosa, na medida de suas responsabilidades.
Na segunda operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão com objetivo de combater crime de distribuição de moeda falsa. A ação decorre de inquérito policial instaurado há um mês para apurar participação de dois suspeitos na compra de produtos eletrônicos com uso de cédulas de real falsas, por meio de popular aplicativo e site de vendas.

Os suspeitos utilizaram apelidos ou “nicknames” em aplicativo de vendas para a prática ilícita investigada, ocultando as suas reais identidades.

No transcorrer do cumprimento das ordens judiciais, um dos suspeitos confessou um dos fatos investigados, detalhando aos policiais que adquiriu um relógio anunciado no aplicativo por R$ 950, em setembro de 2020, pagando em moeda falsa – cédulas com valor de face de R$ 100 e 50, obtidas pelo outro suspeito e que já revendeu o equipamento em seu local de trabalho.

Os investigados responderão pelo crime de moeda falsa, previsto no artigo 289 do Código Penal, cuja pena varia de 3 a 12 anos de reclusão. As investigações continuam, com a análise dos equipamentos eletrônicos e mídias apreendidos nas residências dos suspeitos.

(Fernando Ribeiro)

Lula sofre nova derrota no STF, que nega pedido para suspender julgamento do caso tríplex no STJ.




Lula
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deveria estar preso cumprindo as penas pelas quais foi condenado, continua a abarrotar os tribunais superiores do país com uma infinidade de recursos.

Haja dinheiro para pagar os seus caríssimos advogados.

Nesta terça-feira (27) nova derrota em suas pretensões malignas.

O ministro Edson Fachin negou pedido para suspender o julgamento do caso do tríplex, que tem novo julgamento marcado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), hoje, às 14h.

Os advogados queriam que o julgamento fosse suspenso até que a Corte analisasse o pedido de Lula para acessar acordos assinados entre autoridades dos Estados Unidos e a Petrobras no âmbito da Operação Lava Jato. A defesa alegou que o acesso aos documentos se faz necessário para demonstrar a ausência de participação de Lula nos fatos apresentados contra ele.

Mera protelação, que não tem absolutamente nada a ver com o que será julgado.

Na sessão de hoje, os ministros da Quinta Turma do STJ analisarão um recurso apresentado pela defesa de Lula, por meio de embargos de declaração, pedindo redimensionamento e mudança do regime inicial de cumprimento da pena, além da redução do valor mínimo de indenização.

Pura 'canalhice' jurídica o pedido de adiamento.

Drones da PF vão monitorar infrações eleitorais nas zonas com histórico de crimes.

Polícia Federal simula fiscalização de ilegalidades nas eleições com uso de drones

Polícia Federal vai testar na manhã de terça-feira (27) drones que serão utilizados na fiscalização das eleições municipais do Ceará. Os equipamentos devem servir para impedir práticas ilegais e registrar irregularidades no dia da votação. De acordo com a PF, os equipamentos têm zoom capaz de identificar atividades suspeitas e placas de carro com nitidez.


As zonas eleitorais com histórico de crimes durante o pleito no Ceará terão a fiscalização reforçada por drones da Polícia Federal. Os equipamentos, que passaram por testes ontem (26), serão usados para identificar compra de votos e transporte ilegal de eleitorais, por exemplo, com precisão para registrar placas de veículos e as pessoas suspeita.

dinheiro falso em Fortaleza Os mandados de busca e apreensão foram contra dois homens. Segundo as investigações, um dos suspeitos comprou um relógio por R$ 950 em cédulas falsas A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira, (27), em Fortaleza, dois mandados de busca e apreensão com objetivo de combater crime de distribuição de moeda falsa.


 PF cumpre mandados contra suspeitos de comprar produtos eletrônicos  A polícia afirmou que as investigações decorreram de inquérito policial instaurado há um mês para apurar participação dos dois suspeitos na compra de produtos eletrônicos com uso de cédulas de real falsas, por meio de popular aplicativo e site de vendas.   De acordo com a polícia, os suspeitos utilizaram-se de apelidos ou "nicknames" em aplicativo de vendas para a prática ilícita investigada, ocultando as suas reais identidades.   No transcorrer do cumprimento das ordens judiciais, um dos suspeitos confessou um dos fatos investigados, detalhando aos policiais que adquiriu um relógio anunciado no aplicativo por R$ 950, em setembro de 2020, pagando em moeda falsa, cédulas com valor de R$ 100 e 50, obtidas pelo outro suspeito e que já revendeu o equipamento em seu local de trabalho.      Crimes previstos Os investigados responderão pelo crime de moeda falsa, previsto no artigo 289 do Código Penal, cuja pena varia de 3 a 12 anos de reclusão. As investigações continuam, com a análise dos equipamentos eletrônicos e mídias apreendidos nas residências dos suspeitos.