CURITIBA. O interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou por volta de 16h20m. Ele falou durante pouco mais de duas horas ao juiz Sergio Moro. Este foi o segundo interrogatório de Lula feito pelo juiz Sergio Moro. Em maio passado ele falou durante cinco horas ao juiz, na ação que envolveu o tríplex do Guarujá. Moro condenou o ex-presidente a nove anos e meio de prisão, com a acusação de ter recebido R$ 3,7 milhões em propina da OAS, por meio de reformas no apartamento e mobiliário comprado pela empreiteira.
O depoimento desta quarta refere-se à acusação de que Lula recebeu também propina da Odebrecht. O empresário Marcelo Odebrecht diz ter usado a conta de propina que a empresa mantinha com o PT para adquirir um imóvel destinado a abrigar a sede do Instituto Lula. Além disso, teria repassado valor para pagar uma cobertura vizinha à do ex-presidente. Quando era presidente, Lula ocupou o apartamento vizinho por segurança. Quando deixou o cargo, em 2011, manteve o uso do apartamento, que foi adquirido por Glaucos Costamarques, primo do pecuartista José Carlos Bumlai.
O depoimento de Marcelo Odebrecht, que firmou acordo de delação com a Procuradoria Geral da República, foi confirmado pelo ex-ministro Antonio Palocci.
Palocci confirmou que o imóvel era destinado ao Instituto Lula e que o ex-presidente desistiu de aceitar o prédio depois de uma reunião em que ele questionou o negócio. Teriam participado do encontro Bumlai e o advogado Roberto Teixeira, que intermediou o negócio.
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