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sábado, 13 de setembro de 2014

MARINA FALA A SOBRAL


|  N° Edição:  2338 |  12.Set.14 - 20:00 |  Atualizado em 14.Set.14 - 22:03

Uma origem, dois destinos

Nascidas no Seringal Bagaço, as irmãs Marina Silva e Maria Lúcia, muito parecidas fisicamente, trilharam caminhos opostos. Hoje a sósia leva uma vida simples e distribui santinhos em Rio Branco, onde é confundida com a candidata ao Planalto

Ludmilla Amaral (ludmilla@istoe.com.br)
Na década de 50, quem nascesse no Seringal Bagaço, no Acre, a 70 quilômetros do centro de Rio Branco, estava destinado a um futuro ao mesmo tempo previsível e triste – fruto da lamentável realidade brasileira que condenava a viver na pobreza os que sobreviviam da extração da borracha nos rincões do País. Nesse contexto e ambiente, surgiam ao mundo duas filhas do seringueiro cearense Pedro Augusto da Silva e da dona de casa Maria Augusta da Silva. Em fevereiro de 1958, Maria Osmarina Marina Silva, hoje candidata do PSB à Presidência. No ano seguinte, Maria Lúcia Silva, irmã mais próxima de Marina Silva e com quem ela mais se parecia fisicamente. Na infância, elas e mais seis irmãos trabalhavam no seringal da Colocação Breu Velho para ajudar as custear as despesas de casa. Não tiravam mais do que R$ 20 por mês com o serviço. A família era tão miserável que só a irmã mais velha, Deuzimar, por ostentar essa condição, tinha o direito de dormir na única cama de que dispunham os filhos. Os demais deitavam em redes de pano ou até no chão. Uma decisão levada a cabo por Marina em 1973, porém, mudaria por completo o seu destino, e a diferenciaria dos demais integrantes da família Silva, entre eles Maria Lúcia. Diagnosticada aos 15 anos com malária, a menina Marina implorou ao pai para morar na cidade a fim de cuidar da saúde e trabalhar. Os parentes temiam pelo pior. Achavam que ela estaria fadada ao infortúnio experimentado por todas aquelas que se desgarravam precocemente da família iludidas pelos encantos da cidade grande. Uma das avós vaticinou: “Ela voltará em três meses. Grávida”. Diante da insistência da filha, no entanto, o pai finalmente aprovou, ao que Marina, genuflexa, agradeceu.
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PARECE, MAS NÃO É
Na infância, Marina Silva chamava a irmã Maria Lúcia de "Marinô"
Enquanto a irmã permanecia sob a tutela dos pais, no seringal Bagaço, Marina aos 16 anos foi matriculada no Mobral – projeto de alfabetização do regime militar –, porque queria ser freira e sua avó lhe dizia: “Não existe freira analfabeta”. De 1974 a 1975, Marina trabalhou como empregada doméstica, em Rio Branco, até ficar sob os cuidados do então bispo do Acre, dom Moacyr Grechi, ter acesso à Teologia da Libertação e começar a frequentar as reuniões das Comunidades Eclesiais de Base. Em 1976, Marina decidiu fazer um curso de liderança sindical rural, se aproximou de Chico Mendes, de quem se tornou amiga, e do PT. O restante da história da candidata do PSB ao Planalto todos sabem.
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EM FAMÍLIA
Marina, a irmã-clone (em destaque), o pai (de boné) e os demais
irmãos. A família se reúne sempre que pode no Acre
De certa forma, os destinos de Marina Silva e Maria Lúcia se cruzaram este ano durante a campanha presidencial. Hoje, Lúcia, aos 55 anos, apenas alfabetizada, trabalha como dona de casa no bairro de Taquari – região pobre e violenta de Rio Branco – e congrega na Assembleia de Deus. Humilde, muito simples e com pouca instrução, Maria Lúcia distribui santinhos de Marina Silva pelas ruas da capital do Acre. Quem a vê, de longe ou de perto, imagina estar diante da própria Marina Silva. Motivo: ela não só guarda semelhanças físicas com Marina como possui o mesmo timbre de voz, o sotaque e o léxico característico da aspirante ao Planalto. “Mãe, olha ela ali. É a Marina”, diz a meninada. “Não sou ela, mas quem puder vote na Marina”, explica sempre calmamente Maria Lúcia. “Sei que ela vai fazer o possível para que as coisas fiquem melhores do que estão”, acredita.
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EM CAMPANHA
Maria Lúcia faz panfletagem para a irmã nas ruas e é
cercada por crianças: "É a Marina", dizem
Por causa da candidatura da irmã, o telefone de sua casa no Taquari não para há pelo menos duas semanas. São repórteres de jornais locais, nacionais e até estrangeiros querendo dar uma palavrinha com a sósia e irmã de Marina. Maria Lúcia, que na infância era chamada de “Marinô” por Marina, toda vez em que se despediam uma da outra, desde o início da campanha virou uma espécie de porta-voz da família. Ela não recusa entrevistas, mas a assessoria de Marina diz que a irmã “só fala pessoalmente e no Acre”. No fim de semana do 7 de setembro, ela e mais duas irmãs, Maria de Jesus e Maria Elizete, aproveitaram os festejos oficiais para intensificar a panfletagem em Senador Guiomard, município de 20 mil habitantes, no Acre.
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Em 2010, Marina se mostrou decepcionada com o desempenho eleitoral no Estado. Apesar de ser a terra natal da senadora, o Estado preferiu José Serra (PSDB), que ficou com 52,18% dos votos, contra 23,74% de Dilma Rousseff (PT). Marina ficou em terceiro, com 23,58% dos votos. Quando era filiada ao PT, Marina Silva sempre conquistava muitos votos no Estado: foi eleita vereadora de Rio Branco, deputada estadual e senadora duas vezes. Em 2010, sofreu uma importante baixa no Acre. Indagada na época sobre o sentimento a respeito da votação de seus conterrâneos, Marina respondeu: “É uma tristeza muito grande, mas é a democracia”. A irmã Maria Lúcia acredita que, nesta eleição, o jogo possa virar. Como o destino virou em favor de Marina Silva quando ela deixou a casa dos pais aos 15 anos.
Aos que estão dizendo que a candidata Marina Silva vai acabar com o "Bolsa Família", ouça e veja o que a própria disse ontem
MARINA SILVA EM SOBRAL, PRESTA HOMENAGEM A EDUARDO CAMPOS candidata esteve em Sobral neste sábado, 13, ao lado de aliados políticos. Veja detalhes: http://bit.ly/1q1CqMw
(Foto: Bruno Pontes/O POVO)
A candidata Marina Silva (PSB), que esteve em ato político no ginásio esportivo do Sesi/Senai, no município de Sobral, ao lado do vice Beto Albuquerque, realizou...
OPOVO.COM.BR

PLANTÃO DO SN DO FINAL DE SEMANA DE 13 A 15 DE SETEMBRO DE 2014

A violência tem assolado a população de Sobral! Na tarde de hoje (14), por volta das 17h45min, morreu no hospital Santa Casa de Sobral, a pessoa de nome Noé Paiva de Holanda, 35 anos, natural de Sobral, ela sofreu várias facadas no distrito de Patriarca. A ocorrência se deu hoje por volta das 12h30min. Noé foi socorrido ao hospital Santa Casa, onde veio a óbito. Ninguém foi preso. Fonte: Sobral 24 h

######################Um assalto está acontecendo neste momento num depósito no bairro Dom Expedito,próximo a Faculdade INTA. Várias viaturas acabam de chegar ao local. Indivíduos de moto e bike estão praticando vários assaltos na manhã deste domingo 14, em Sobral.- Fonte: w.m 
Plantão policial bastante movimentado na "princesa do Norte".
#############TENTATIVA DE HOMICÍDIO################################
 Jovem de nome Wenderson Nascimento da Costa, natural de Sobral, 22 anos, residente no bairro Sumaré foi lesionado à bala em tentativa de homicídio ocorreu no bairro Sumaré, nas proximidades da ponte o indivíduo de alcunha "Nego Mário", foi quem desferiu os tiros na vítima. Populares conduziram o jovem ao hospital Santa Casa.  
Fonte: Sobral 24 horas
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Uma moto Honda Fan de cor preta foi tomada de assalto na noite de hoje quinta-feira (11), nas proximidades do Parque Santa Maria, segundo informações dos familiares da vitima, dois elementos armados em uma moto efetuaram o assalto ao cidadão que estava parado procurando sinal para seu celular. 


#############DISPAROS ENTRE DESAFETOS##########################

Dois indivíduos em uma motocicleta honda de cor preta, efetuaram vários tiros contra um desafeto, alvejando-o com tiro bairro no Padre Palhano. E, na fuga os meliantes abandonaram a motocicleta e a população incendiou a moto. A vítima foi socorrida ao hospital Santa Casa em uma viatura da Guarda Municipal. Fonte: Sobral 24h

######### BANDIDO EFETUA DOIS TIROS EM DIREÇÃO DE POLICIAL MILITAR####

Informação de que na noite de hoje dia 13 de setembro de 2014, por volta das 20h20min, um indivíduo efetuou dois disparos de arma de contra o Sargento PM Cléver. A ocorrência se deu no bairro Alto do Cristo. O Sargento ainda desferiu um tiro, mas o suspeito não foi alvejado. Felizmente o policial não foi atingido. Fonte: Sobral 24 horas

####### LADRÃO DE BISCICLETA ########################################
Policiais Militares (RD 1205) efetuaram a prisão em flagrante do indivíduo de nome Carlos Renato Farias Silva. O suspeito foi preso após furtar uma bicicleta no bairro Campo dos Velhos. Carlos Renato confessou o crime na Delegacia, ele afirmou que ia vender pra tomar cachaça. O procedimento policial foi realizado na Delegacia Regional de Polícia Civil de Sobral. A prisão ocorreu na manhã de hoje (13), por volta das 10h. Fonte: Sobral 24 horas

######INDIVÍDUO É LESIONADO À BALA NA "FEIRA DOS MALANDROS" !#######


DIA 13/09/14
Mais uma pessoa foi lesionada à bala na cidade de Sobral! O fato aconteceu na manhã de hoje  por volta das 09h, na "feira dos malandros". Informações iniciais dão conta que a pessoa de nome José Alípio de Sousa sofreu um tiro na altura das costelas, sendo socorrido ao hospital Santa Casa por populares. Um indivíduo chegou na feira onde a vítima trabalhava e efetuou o tiro. A vítima reside na Rua Ferroviária, bairro Alto Novo. Ainda não se sabe o motivo da tentativa de homicídio. A Polícia foi acionada, realizou diligências, mas nenhum suspeito foi preso. Fonte: Sobral 24 horas...

DIA 14/09/14
Domingo reimoso e de muito trabalho para a polícia em Sobral.
Pequenos furtos, tentativa de homicídios e motocicleta incendiada.
Este último caso, aconteceu num campo, durante uma "pelada". Enquanto um grupo de amigos jogavam bola no campo de futebol localizado por trás da feira dos malandros, precisamente no bairro santa casa, dois indivíduos chegaram numa moto de placas OCG 7340 dispararam vários tiros contra um dos jogadores que também portava uma arma de fogo e revidou. Os ocupantes da moto foram perseguidos, conseguiram fugir mais tiveram a motocicleta incendiada. O corpo de bombeiros compareceu ao local, mais o veículo teve perda total.
Fotografia de Wellington Macedo
Informações do blog: http://sobralinfoco.blogspot.com.br/

O CHORO DE MARINA PELA AGRESSÃO DE UM HOMEM POLÍTICO


Marina Silva chora ao falar dos ataques de Lula

Fonte: Blog Josias de Souza

Aconteceu na noite da última quinta-feira (11). Sentada ao lado de Marina Silva no banco de trás do carro que a levava para o hotel, após 13 horas de intensa campanha no Rio de Janeiro, a repórter Marina Dias testemunhou o estrago promovido pelas críticas de Lula na alma da presidenciável do PSB. Instada a comentar os ataques do antigo companheiro de partido, a ex-petista fez um desabafo, seguido de choro.
“Eu não posso controlar o que Lula pode fazer contra mim”, disse Marina. “Mas posso controlar que não quero fazer nada contra ele''. Olhos umedecidos, Marina disse ter dificuldade para acreditar no comportamento de Lula. E buscou consolo nos ensinamentos pretéritos do neo-detrator.
“Quero fazer coisas em favor do que lá atrás aprendi, inclusive com ele, que a gente não deveria se render à mentira, ao preconceito, e que a esperança iria vencer o medo. Continuo acreditando nessas mesmas coisas'', afirmou Marina. Ela soou como se lamentasse o fato de Lula tratá-la agora do mesmo modo como foi tratado por Fernando Collor na sucessão de 1989.
“Sofri muito com as mentiras que o Collor dizia naquela época contra o Lula. O povo falava: ‘se o Lula ganhar, vai pegar minhas galinhas e repartir. Se o Lula ganhar, vai trazer os sem-teto para morar em um dos dois quartos da minha casa'. Aquilo me dava um sofrimento tão profundo! E a gente fazia de tudo para explicar que não era assim. Me vejo fazendo a mesma coisa agora.''
Já defronte do hotel, no bairro de Copacabana, Marina permaneceu em silêncio por alguns segundos. Recomposta, desceu do carro. E, virando-se para a repórter, contemporizou: “Mas não tenho raiva de ninguém não, nem da Dilma. Vou continuar lutando.''
Desde que as pesquisas fizeram dela uma ameaça real à reeleição de Dilma, Marina vem sofrendo um intenso bombardeio da infantaria petista. No comando dos canhões, o marqueteiro João Santana tenta abater a oponente sem transformá-la em vítima. Obteve dois resultados: estancou o crescimento de Marina e amealhou leves oscilações de Dilma para o alto, dentro da margem de erro das pesquisas.
O choro de Marina revela os riscos da estratégia. Para sorte de Dilma e da falange petista, a ex-seringueira emocionou-se no ambiente reservado do automóvel. Imagine-se o efeito eleitoral de meia dúzia de lágrimas dessa versão feminina de Lula vertidas sob refletores e reproduzidas em rede nacional pelas cadeias de televisão.

CHEGADA DE MARINA SILVA A SOBRAL EM 13 DE SETEMBRO DE 2014

Por volta das 10:30h no aeroporto Virgílio Távora em Sobral, a presidenciável Marina Silva desembarcou com seu vice Beto Albuquerque. Recepcionados por uma multidão eufórica que teve de ser contida pelos agentes federais para não...

Em Sobral, Marina diz: A eles ofereço minha outra face (REVELA HUMILDADE)

13/09/2014 14:04

POLÍTICA Por Samille Sá.



Um sábado atípico que ficou marcado na história da princesa do Norte. 
Dois eventos marcados para o mesmo dia e horário. De um lado, a candidata à Presidência Marina Silva (PSB), de outro o grupo político de Cid Gomes.
Como haviam esses dois eventos políticos, a candidata à presidência Marina Silva, principal concorrente de Dilma Rousseff (PT), resolveu mudar sua programação. Optou por ministrar uma palestra no Ginásio Esportivo Sesi Senai, próximo ao Centro de Convenções, ao invés de realizar uma caminhada pelo centro da cidade, local onde o candidato a governador dos Ferreira Gomes, Camilo Santana (PT), também realizaria uma caminhada. 
Mas a caminhada de Camilo Santana não aconteceu, a coordenação da campanha resolveu mudar os planos de última hora, decidindo que o candidato não mais viria à Sobral.
Em entrevista coletiva à imprensa, Marina ressaltou não ser por acaso, sua estadia em Sobral justamente no dia em que completa um mês da tragédia que ceifou a vida de Eduardo Campos. Estabeleceu este dia, como um dia simbólico para que homens e mulheres de bem, mesmo que de partidos diferentes, com visões diferentes, crie um espaço de diálogo e de respeito.
São notórias as mudanças de estratégias dos presidenciáveis no decorrer da disputa rumo ao Palácio do Planalto. As propagandas eleitorais começam a tomar cunho mais agressivo e direto. E a agenda dos candidatos fica ainda mais lotada.
“Em nome da memória de Eduardo Campos que foi companheiro de Ciro Gomes no mesmo partido, quero oferecer a outra face. A face do diálogo, a face do respeito, a face de quem acredita na democracia.”


Fonte:O.Domingos

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ESCÂNDALO PETROBRÁS MANCHA DE ÓLEO GOVERNADORES

      O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), foi incluído na lista de políticos envolvidos com o esquema de contratos fraudulentos da Petrobras, segundo depoimentos à Polícia Federal pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da estatal Paulo Roberto Costa. A informação é da revista ISTOÉ. Procurado pela publicação na sexta-feira (12), Cid negou as acusações: “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão (na foto: Inácio Arruda, Cid Gomes, Lula, Paulo Roberto e outros) e sou vítima de uma armação de adversários políticos”.
Fonte: Jornal Tribuna do Ceará.

E EU PENSAVA QUE CID ERA UM HOMEM HONESTO!
C

No rastro do dinheiro da Propinobrás

Entenda como o esquema na Petrobras abasteceu o caixa de aliados do governo e conheça os novos nomes denunciados pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa na delação premiada

Mário Simas Filho, Sérgio Pardellas e Josie Jerônimo
Há duas semanas, uma equipe composta por integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público trabalha arduamente para detalhar como funcionaria o propinoduto instalado na Petrobras para abastecer políticos aliados do governo Dilma Rousseff. Até agora, eram conhecidos trechos da delação do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa, considerado o maior arquivo vivo da República. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-executivo da estatal entregou nomes de políticos e empresas que superfaturaram em 3% o valor dos contratos da Petrobras exatamente no período em que ele comandava o setor de distribuição, entre 2004 e 2012.
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HOMEM BOMBA
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa
depôs novamente à PF, na última semana, e apresentou
novos nomes envolvidos no escândalo
Já se sabia que dessa lista faziam parte figuras graúdas da República, como os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT, Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP, Romero Jucá, senador do PMDB, Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT, João Pizzolatti, deputado federal do PP, e Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, do PP, e até o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no mês passado. No entanto, a relação de nomes entregue pelo ex-executivo da Petrobras é ainda mais robusta. ISTOÉ apurou com procuradores e fontes ligadas à investigação que, além desses políticos já citados, também foram delatados por Paulo Roberto Costa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governador do Ceará, Cid Gomes, e os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ).
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O DOLEIRO AMEAÇA FALAR
Envolvido na Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, que também
está preso, tem sido pressionado a contar tudo, em troca de benefícios
Na semana passada, as investigações avançaram sobre o rastreamento do dinheiro desviado. Os levantamentos preliminares já confirmaram que boa parte da lista de parlamentares e chefes de governos estaduais contemplada, segundo o delator, pelo propinoduto da Petrobras, tem conexão direta com as empresas envolvidas no esquema da estatal. Levantamento feito na prestação de contas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que cinco empreiteiras acusadas de participar do esquema este ano doaram quase R$ 90 milhões a políticos relacionados ao escândalo. Procuradas por ISTOÉ, as empresas envolvidas respondem em uníssono que as doações “seguem rigorosamente a legislação eleitoral”. A PF, no entanto, apura a origem dos recursos doados e se, além dos repasses oficiais, houve remessas ilegais. Suspeita-se que as doações eleitorais sejam usadas para lavar e internalizar o dinheiro depositado no exterior. Instada a colaborar, a Justiça da Suíça, país por onde circularam receitas provenientes de superfaturamento dos contratos da Petrobras, já deu o sinal verde para a cooperação.
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FACHADA
O governador do Ceará, Cid Gomes, delatado por Paulo Roberto
Costa, nega que tenha envolvimento no caso
A análise do mapa de distribuição do dinheiro para as campanhas de políticos ligados ao escândalo mostra que os repasses financeiros nem sempre guardam relação com o perfil econômico dos Estados. Essa constatação intriga a PF. É o caso de Alagoas, Estado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos personagens citados no testemunho do delator. Em uma unidade da federação em que as principais atividades são a indústria açucareira e o turismo, as empreiteiras contratadas pela Petrobras não têm nenhum interesse de investimento ou projetos no estado. Mesmo asism, abarrotaram o caixa de campanha de Renan Filho (PMDB), herdeiro político do senador. Cinco empresas relacionadas ao esquema entraram com R$ 8,1 milhões na campanha, o equivalente a 46,8% dos R$ 17,3 milhões arrecadados pelo diretório estadual do partido, presidido pelo parlamentar.
No fim de agosto deste ano, um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa irrigou o caixa controlado por Renan. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos. O senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade com a diretoria da Petrobras. “As relações nunca ultrapassaram os limites institucionais”, afirma o parlamentar alagoano. A Camargo Corrêa foi levada à investigação da PF pelo doleiro Alberto Youssef, responsável pela lavagem do dinheiro ilegal da Petrobras. Em uma mensagem interceptada, ele reclamou que adiantou dinheiro à empreiteira e que não sabia como cobrar a dívida, de R$ 12 milhões, por ser amigo de diretores da empresa.
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As denúncias do ex-diretor da Petrobras, feitas no depoimento concedido ao juiz Sérgio Moro, especialista em lavagem de dinheiro, atingiram as duas principais autoridades do Poder Legislativo. Além de Renan, Costa também mencionou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), como beneficiário do esquema criminoso. Alves viveu por semanas a pressão de submeter o deputado André Vargas (PT-PR), amigo do doleiro Youssef, às instâncias do conselho de ética da Casa. Agora, ele próprio se vê envolvido na incômoda lista de políticos apontados pelo delator. Alves nega ter recebido recursos de Paulo Roberto Costa, mas, a exemplo de Renan, tem a campanha abastecida por empresas situadas no epicentro do escândalo. Henrique Eduardo Alves lidera a corrida ao governo do Rio Grande do Norte. Até agora, recebeu R$ 6,7 milhões de três empreiteiras apontadas no esquema de desvio de verbas da estatal. A relação do presidente da Câmara com a Petrobras é antiga. Sua influência nos quadros da estatal alcança desde grandes postos no Rio de Janeiro até a gestão da Refinaria Clara Camarão, no seu Estado. Só para alojar um apadrinhado na refinaria, o presidente da Câmara ordenou em 2012 a constituição de uma nova gerência de serviços especiais. Trata-se de Luiz Antônio Pereira. Um ano antes, a refinaria Clara Camarão havia passado por um pente fino do TCU e o tribunal encaminhou a auditoria para o Ministério Público, com o objetivo de esmiuçar indícios de superfaturamento e contratos sem licitações que marcaram a gestão da obra.
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BENEFICIÁRIO
Mencionado pelo ex-diretor da Petrobras na delação premiada, o senador
Delcídio Amaral obteve recursos para sua campanha de empresas
citadas como integrantes do esquema
Incluído também na lista do ex-diretor da Petrobras, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) viu brotar na conta bancária do diretório partidário que preside em Roraima recursos provenientes das empreiteiras citadas no esquema. A OAS, Andrade Gutierrez e UTC doaram, juntas, R$ 1,6 milhão ao projeto político do PMDB no Estado. O valor que as empreiteiras repassaram à sigla de Jucá é maior do que os recursos transferidos das empreiteiras para o PSB, partido do cabeça de chapa da coligação do PMDB: o comitê do candidato ao governo Chico Rodrigues, que tem o filho de Jucá, Rodrigo Jucá, como candidato a vice, arrecadou R$ 615 mil.
Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto Costa revelou que as empreiteiras contratadas pela Petrobras eram obrigadas a fazer doações para um caixa paralelo de partidos e políticos integrantes da base de sustentação de Dilma. Seguindo o rastro do dinheiro, a investigação mostra que, até agora, as empresas contratadas pela Petrobras engordaram o caixa do PMDB em R$ 15,5 milhões. Enquanto os peemedebistas adotam um método pulverizado de doação de campanha, o PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das empresas citadas no escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões pela UTC.
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CITADO
O senador Francisco Dornelles, alvo do delator Paulo Roberto Costa,
obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão
A rede de corrupção guarda íntima relação com problemas de gestão identificados pelos órgãos de fiscalização na execução de outras obras de refinarias. No Maranhão, a pressa política do PT em apresentar a pedra fundamental da Refinaria Premium custou R$ 84,9 milhões à Petrobras. O lançamento foi feito sem o projeto básico e o consórcio de empreiteiras contratado atrasou o início das obras, pois os terrenos ainda estavam sub judice. Ainda no Estado maranhense, o filho do ministro de Minas e Energia, integrante da lista de Paulo Roberto Costa, e candidato do PMDB ao governo do Maranhão, Lobão Filho, recebeu para sua campanha R$ 500 mil da empresa Andrade Gutierrez. A PF apura ligações do candidato com a empresa fornecedora de material para a construção da refinaria, no município de Bacabeira. O ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau atua há muito tempo nessa área para a família do ex-presidente José Sarney (PMDB), pai da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Quando saiu do ministério, Rondeau foi trabalhar na Engevix, uma das cinco empreiteiras abraçadas pelo escândalo.
Recém-incluído na rumorosa relação do delator, o senador petista Delcídio Amaral também obteve recursos para sua campanha de empresas mencionadas como integrantes do esquema. A campanha de Delcídio ao governo de Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC. Entre 2000 e 2001, Delcídio ocupou a diretoria de Gás e Energia da Petrobras. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente, em 2002, ele se transferiu do PFL para o PT e apadrinhou a indicação de Nestor Cerveró, primeiro para a área de Gás e Energia, ocupada por Ildo Sauer, e, finalmente, para a área Internacional. Um dos depoentes da CPI da Petrobras no Congresso na última semana, Cerveró encontra-se no rol de investigados no escândalo da estatal. 
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ELE, DE NOVO
O deputado Eduardo Cunha é outro integrante do PMDB
incluído na lista do ex-diretor da Petrobras
Outros três políticos que aparecem no escândalo receberam, direta ou indiretamente, dinheiro das empreiteiras acusadas de irregularidades nos contratos com a Petrobras. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi agraciado com R$ 150 mil provenientes da UTC. Já o senador Francisco Dornelles (PP) obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão. À ISTOÉ, Dornelles admitiu que conhece Paulo Roberto Costa, mas, segundo o senador, não houve qualquer participação dele nessas doações. “Todas as doações recebidas pelo diretório do PP no Rio tiveram como origem empresas juridicamente aptas a fazê-las”, afirmou. O ex-ministro das Cidades Mário Negromonte foi contemplado com R$ 200 mil da OAS e R$ 100 mil da UTC. Na delação que fez à PF, Paulo Roberto Costa menciona ainda o governador Cid Gomes, do Ceará, com quem negociou a instalação de uma minirrefinaria no Estado. O projeto seria apenas uma fachada para um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas que nunca sairiam do papel, conforme ISTOÉ denunciou em abril. “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, disse o governador Cid Gomes à ISTOÉ na tarde da sexta-feira 12.
Quando a Polícia Federal iniciou as apurações, os investigadores tentaram abraçar um universo de temas. Sob a guarda do juiz federal Sérgio Moro, a PF buscava provas de crimes de evasão de divisas, contrabando de pedras preciosas e tráfico internacional de drogas, mas tinha dificuldade para amarrar uma linha de trabalho e caracterizar a ação de uma quadrilha. O acordo de delação do ex-diretor da Petrobras contribuiu, e muito, para apontar um rumo. Mas, para se livrar dos 50 anos de prisão que teria de pagar pelos seus crimes, Paulo Roberto Costa terá de trazer provas. Todos os políticos rechaçam as acusações do delator com o argumento de que não foram apresentadas provas. De fato, para que o depoimento do delator tenha relevância na elucidação da rede de corrupção, Costa terá de materializar suas afirmações. Pelo que se pode depreender até agora, as movimentações feitas com os recursos desviados da Petrobras abrangem o caixa formal dos candidatos, como mostra esta reportagem, e também dinheiro de caixa 2. No curso de seu trabalho para desvendar as tenebrosas transações, Sérgio Moro deu uma ordem: não quer depender de grampos ou suposições e vai fugir da “teoria do domínio do fato”, método que permeou o julgamento do mensalão, o maior escândalo de corrupção dos governos do PT.
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a federação em que as principais atividades são a indústria açucareira e o turismo, as empreiteiras contratadas pela Petrobras não têm nenhum interesse de investimento ou projetos no estado. Mesmo asism, abarrotaram o caixa de campanha de Renan Filho (PMDB), herdeiro político do senador. Cinco empresas relacionadas ao esquema entraram com R$ 8,1 milhões na campanha, o equivalente a 46,8% dos R$ 17,3 milhões arrecadados pelo diretório estadual do partido, presidido pelo parlamentar.
No fim de agosto deste ano, um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa irrigou o caixa controlado por Renan. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos. O senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade com a diretoria da Petrobras. “As relações nunca ultrapassaram os limites institucionais”, afirma o parlamentar alagoano. A Camargo Corrêa foi levada à investigação da PF pelo doleiro Alberto Youssef, responsável pela lavagem do dinheiro ilegal da Petrobras. Em uma mensagem interceptada, ele reclamou que adiantou dinheiro à empreiteira e que não sabia como cobrar a dívida, de R$ 12 milhões, por ser amigo de diretores da empresa.Na delação que fez à PF, Paulo Roberto Costa menciona ainda o governador Cid Gomes, do Ceará, com quem negociou a instalação de uma minirrefinaria no Estado. O projeto seria apenas uma fachada para um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas que nunca sairiam do papel, conforme ISTOÉ denunciou em abril. “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, disse o governador Cid Gomes à ISTOÉ na tarde da sexta-feira 12.
Revista Isto É, 12/09/2014.

Valor do Facebook ultrapassa os US$ 200 bilhões

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