Pesquisar este blog

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Redução da maioridade penal no Brasil,10 motivos para a por Rachel Sheherazade

Publicado por  em 9 abril, as 15 : 17 PMnt

10 motivos para a redução da maioridade penal no Brasil, por Rachel Sheherazade
A jornalista provocou bastante polêmica, sobretudo aos adeptos da esquerda ao apresentar 10 argumentos que justificam a redução da maioridade penal para 16 anos, conforme projeto aprovado por maioria da câmara e que tem provocado a ira da base governista.
Confira  os “10 motivos” apresentados por Sheherazade no vídeo abaixo:

Nações Unidas no Brasil se posicionam contra a redução da maioridade penal

Segundo a ONU, se as infrações cometidas por adolescentes e jovens forem tratadas exclusivamente como uma questão de segurança pública e não como um indicador de restrição de acesso a direitos fundamentais, a cidadania e a justiça, “o problema da violência no Brasil poderá ser agravado, com graves consequências no presente e futuro”.

O Sistema ONU no Brasil divulgou nesta segunda-feira (11) uma nota em que demonstra “preocupação” com a tramitação, no Congresso Nacional, de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/1993) que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade e o debate nacional sobre o tema.

Segundo a ONU, se as infrações cometidas por adolescentes e jovens forem tratadas exclusivamente como uma questão de segurança pública e não como um indicador de restrição de acesso a direitos fundamentais, a cidadania e a justiça, “o problema da violência no Brasil poderá ser agravado, com graves consequências no presente e futuro”.

As Nações Unidas destacam, entre outras informações, que as estatísticas mostram que a população adolescente e jovem, especialmente a negra e pobre, está sendo assassinada de forma sistemática no País. “Essa situação coloca o Brasil em segundo lugar no mundo em número absoluto de homicídios de adolescentes, atrás da Nigéria”, afirma a nota, lembrando quem, dos 21 milhões de adolescentes que vivem no Brasil, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida. “Os adolescentes são muito mais vítimas do que autores de violência”, diz a ONU no Brasil.

NOTA DO SISTEMA ONU NO BRASIL SOBRE A PROPOSTA DE REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

O Sistema ONU no Brasil acompanha com preocupação a tramitação, no Congresso Nacional, de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/1993) que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade e o debate nacional sobre o tema.

O Sistema ONU condena qualquer forma de violência, incluindo aquela praticada por adolescentes e jovens. No entanto, é com grande inquietação que se constata que os adolescentes vêm sendo publicamente apontados como responsáveis pelas alarmantes estatísticas de violência no País, em um ciclo de sucessivas violações de direitos.

Dados oficiais mostram que, dos 21 milhões de adolescentes que vivem no Brasil, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida . Os adolescentes são muito mais vítimas do que autores de violência. Estatísticas mostram que a população adolescente e jovem, especialmente a negra e pobre, está sendo assassinada de forma sistemática no País. Essa situação coloca o Brasil em segundo lugar no mundo em número absoluto de homicídios de adolescentes, atrás da Nigéria .

Os homicídios já são a causa de 36,5% das mortes de adolescentes por causas não naturais, enquanto, para a população em geral, esse tipo de morte representa 4,8% do total. Somente entre 2006 e 2012, pelo menos 33 mil adolescentes entre 12 e 18 anos foram assassinados no Brasil. Na grande maioria dos casos, as vítimas são adolescentes que vivem em condições de pobreza na periferia das grandes cidades.

O Sistema ONU alerta que, se as infrações cometidas por adolescentes e jovens forem tratadas exclusivamente como uma questão de segurança pública e não como um indicador de restrição de acesso a direitos fundamentais, a cidadania e a justiça, o problema da violência no Brasil poderá ser agravado, com graves consequências no presente e futuro.

O sistema penitenciário brasileiro já enfrenta enormes desafios para reinserir adultos na sociedade. Encarcerar adolescentes jovens de 16 e 17 anos em presídios superlotados será expô-los à influência direta de facções do crime organizado. Uma solução efetiva para os atos de violência cometidos por adolescentes e jovens passa necessariamente pela análise das causas e pela adoção de uma abordagem integral em relação ao problema da violência.

Investir na população de adolescentes e jovens é a chave para o desenvolvimento. Dificilmente progressos sociais e econômicos poderão ser alcançados nos próximos anos sem os investimentos certos nesta que é a maior população jovem da história: no mundo, são mais de 1,8 bilhão de adolescentes e jovens (10 a 24 anos), e no Brasil esse número ultrapassa 51 milhões . Essa quantidade sem precedentes de adolescentes e jovens no Brasil e no mundo – propiciada pelo chamado “bônus demográfico” – constitui uma oportunidade única para que a consecução do desenvolvimento em todas as suas dimensões seja sustentável. Para isso, Estados e sociedades devem reconhecer o potencial desses adolescentes e jovens e assegurar os meios para que as contribuições presentes e futuras desses segmentos tenham impactos positivos para suas trajetórias, suas famílias, comunidades e países.

Há inúmeras evidências de que as raízes da criminalidade grave na adolescência e juventude no Brasil se desenvolvem a partir de situações anteriores de violência e negligência social. Essas situações são muitas vezes agravadas pela ausência do apoio às famílias e pela falta de acesso destas aos benefícios das políticas públicas de educação, trabalho e emprego, saúde, habitação, assistência social, lazer, cultura, cidadania e acesso à justiça que, potencialmente, deveriam estar disponíveis a todo e qualquer cidadão, em todas as fases do ciclo de vida.

Várias evidências apontam que o encarceramento de pessoas, em geral, agrava sua situação de saúde e o seu isolamento, representando uma grande barreira ao desenvolvimento de suas habilidades para a vida. A redução da maioridade penal e o consequente encarceramento de adolescentes de 16 e 17 anos poderia acentuar ainda mais as vulnerabilidades dessa faixa da população à violência e ao crime .

No Brasil, adolescentes a partir de 12 anos já são responsabilizados por atos cometidos contra a lei, a partir do sistema especializado de responsabilização, por meio de medidas socioeducativas, incluindo a medida de privação de liberdade, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Se tal sistema não tem conseguido dar respostas efetivas, é preciso aperfeiçoá-lo de acordo com o modelo especializado de justiça juvenil, harmonizado com os padrões internacionais já incorporados à Constituição Federal de 1988.

Além de estar na contramão das medidas mais efetivas de enfrentamento da violência, a redução da maioridade penal agrava contextos de vulnerabilidade, reforça o racismo e a discriminação racial e social, e fere acordos de direitos humanos e compromissos internacionais historicamente assumidos pelo Estado brasileiro.

Um dos compromissos fundamentais que o Brasil assume ao ratificar um tratado internacional é o de adequar sua legislação interna aos preceitos desse tratado, tal como assinala a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados . Assim, a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), ratificada pelo Estado brasileiro no dia 24 de setembro de 1990, reconhece as crianças e os adolescentes como sujeitos e titulares de direitos, estabelecendo em seu artigo primeiro que criança é “todo ser humano com menos de dezoito anos de idade”.

Em relação às responsabilidades das pessoas menores de 18 anos, a CDC estabelece claramente, em seus artigos 1, 37 e 40, que: (i) nenhuma pessoa menor de 18 anos de idade pode ser julgada como um adulto; (ii) deve se estabelecer uma idade mínima na qual o Estado renuncia a qualquer tipo de responsabilização penal; (iii) seja implementado no País um sistema de responsabilização específico para os menores de idade em relação à idade penal, garantindo a presunção de inocência e o devido processo legal, e estabelecendo penas diferenciadas, onde a privação da liberdade seja utilizada tão só como medida de último recurso.

O Sistema das Nações Unidas no Brasil reconhece a importância do debate sobre o tema da violência e espera que o Brasil continue sendo uma forte liderança regional e global ao buscar respostas que assegurem os direitos humanos e ampliem o sistema de proteção social e de segurança cidadã a todos e todas.

O Sistema ONU no Brasil reitera seu compromisso de apoiar o trabalho do País em favor da garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens e convoca todos os atores sociais a continuar dialogando e construindo, conjuntamente, as melhores alternativas para aprimorar o atual sistema de responsabilização de adolescentes e jovens a quem se atribui a prática de delitos.

Brasília, 11 de maio de 2015

ARMAS DE FOGO ESTATÍSTICA DE MORTES

Disparos de arma de fogo mataram cerca de 42 mil pessoas em 2012 no Brasil
Número é o maior já registrado desde 1980. Jovens correspondem a 59% das vítimas
por Washington Luiz
13/05/2015 20:30 / Atualizado 13/05/2015 20:40

.BRASÍLIA - Com 116 vítimas por dia, os disparos de armas de fogo no Brasil mataram 42.416 pessoas em 2012. Desse total de mortes, 40.077, o equivalente a 94,5%, foram resultados de homicídios, revela o levantamento Mapa da Violência 2015 - Mortes Matadas por Armas de Fogo. O número é o maior já registrado desde o início da série histórica que começou em 1980. Entre aquele ano e 2012 houve um crescimento de 387% no número de mortos por disparos. em 32 anos, o país registrou 880.386 óbitos por arma de fogo.
Outro índice negativo registrado em 2012 foi a taxa de mortalidade por arma de fogo por 100 mil habitantes, que ficou em 21,9. Esse resultado só é menor que o de 22,2 verificado em 2003. Quando se especifica os homicídios praticados com armas de fogo, a taxa fica em 20,7, sendo a mais elevada desde 1980.

Se comparado com os de outros 90 países, essa taxa deixa o Brasil no décimo primeiro lugar entre as nações com o maior número de mortes por arma de fogo, atrás de El Salvador, Venezuela, Guatemala e Colômbia, por exemplo. O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, autor do Mapa, avalia que a baixa adesão às campanhas do desarmamento e a grande quantidade de armas em posse dos cidadãos contribuíram com o resultado negativo:

— Várias campanhas do desarmamento não conseguiram atingir suas metas. A estimativa é que o Brasil tem 100 milhões de armas de fogo em circulação. É muita arma para um país que tem a cultura da violência. A modernização do aparelho de segurança pública e o desarmamento são elementos chaves para diminuir a taxa — explicou.

Já entre os estados, Alagoas apresentou a taxa mais elevada: foram 55 mortes por 100 mil habitantes, seguido por Espírito Santo, com 38,3, e Ceará, com 36,7. Na outra ponta, estão Roraima, cujo índice ficou em 7,5, Santa Catarina, que registrou 8,6, e São Paulo, com 10,1. No Rio de Janeiro, a taxa foi de 22,1.

Com exceção do Sudeste, todas as regiões do país tiveram crescimento da mortalidade por arma de fogo entre 2002 e 2012. No Norte, houve aumento de 135,7%. No Nordeste, o crescimento também foi elevado: 89,1%. Já na região Centro-Oeste, os quantitativos cresceram 44,9%. O Sul registrou o menor crescimento: 34,6%.

O Sudeste teve uma expressiva diminuição de 39,8%. Jacobo explica que essas quedas foram puxadas, por São Paulo, cujos números caíram 58,6% com relação ao ano de 2002 e também Rio de Janeiro, com queda de 50,3%.

— Em São Paulo, a queda está relacionada à modernização do aparelho de segurança, à implantação de novos sistemas de gerenciamento. Além disso, o estado também contou com o trabalho do Instituto Sou da Paz e com a criação do Fórum de Segurança Pública, que contribuíram com o desarmamento. No Rio de Janeiro, a queda começa antes da criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e está associada a uma visão mais científica da criminalidade. O processo de depuração da polícia, que era muito compenetrada com milicias, muda a realidade do estado.

JOVENS

As principais vítimas das mortes por armas de fogo no Brasil são os jovens. Do total de 42.416 óbitos por disparo de armas de fogo em 2012, 24.882 foram de pessoas na faixa de 15 a 29 anos, o que corresponde a 59%. Em termos demográficos, os jovens correspondiam a pouco menos de 27% da população brasileira. Em 1980, o número de vítimas nessa faixa etária foi de 4.415. Assim, em 32 anos, houve um aumento de 463,6% nesses casos.

Já a taxa de mortalidade de jovens por armas de fogo atingiu o dobro da taxa registrada para a população total: 47,6 para cada 100 mil habitantes. Tanto a taxa quanto o número absoluto de jovens mortos por armas de fogo em 2012 são os mais altos já registrados pelo Mapa da Violência. Jacobo afirma que a falta de políticas públicas para os jovens é o principal motivo para esse crescimento:


Publicidade

— Tendo em conta que o Estatuto da Juventude só foi aprovado em 2013, temos políticas públicas para jovens há pouco tempo, é muito recente. O ECA está sendo rediscutido, ainda tem que amadurecer. Nós temos déficit na área de proteção de nossa juventude, que é a educação. A educação é o melhor mecanismo contra a violência. Quanto maior o nível educacional do indivíduo, menor a chance de ser vítima de homicídio.

OUTRO LADO

Sobre o fato de ser o estado com a maior taxa de mortalidade por armas de fogo, a Secretaria de Segurança da Defesa Social de Alagoas afirmou que os dados são referentes a anos anteriores ao da administração atual e apresentou números que mostram a redução nos crimes violentos e aumento na apreensão de armas nos últimos cinco meses.

Em relação ao Ceará, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do estado não comentou os dados afirmando que não teve acesso ao relatório e que não conhecia a metodologia de confecção do Mapa. O governo do Espírito Santo ainda não se manifestou sobre o resultado.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/disparos-de-arma-de-fogo-mataram-cerca-de-42-mil-pessoas-em-2012-no-brasil-16150637#ixzz3aUo1Z4G7
© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.






Armas de fogo as 100 cidades do Brasil com mais mortes por

São Paulo – O Brasil registrou 42.416 mortes por armas de fogo em 2012, sendo que a grande maioria (40.077) é formada por casos de homicídio. Os dados estão no “Mapa da Violência 2015”, divulgado hoje pelo governo federal e pela Unesco.
O relatório traz ainda o ranking das 100 cidades com mais mortes causadas por armas de fogo. A lista leva em conta apenas municípios com mais 20 mil habitantes.
Veja a seguir a lista das 100 cidades que mais registraram óbitos por arma de fogo. 
Município UF Posição no ranking Taxa média de mortes* por arma de fogo (por 100 mil hab, 2010-2012) Taxa média de homicídios por arma de fogo (por 100 mil hab, 2010-2012) Total de mortes* por arma de fogo 2012 Total de homicídios por arma de fogo em 2012 População em 2012
Simões Filho BA 130,1 126 151 140 121.416
Ananindeua PA 105,1 104,9 457 456 483.821
Lauro de Freitas BA 95,3 91,4 178 163 171.042
Pilar AL 95,2 95,2 38 38 33.623
Mata de São João BA 94,7 93,1 59 58 41.527
Campina Grande do Sul PR 93,9 92,2 32 32 39.404
Porto Seguro BA 93,2 92,9 125 125 131.642
Guaíra PR 89,2 88,1 23 22 31.013
Maceió AL 89 88,8 762 761 953.393
Cabedelo PB 10º 86,9 86,9 42 42 60.226
Itabuna BA 11º 84,8 84 197 197 205.885
Arapiraca AL 12º 84,8 84,7 176 175 218.140
Rio Largo AL 13º 84,6 84,6 70 70 68.952
Itaparica BA 14º 82,6 82,6 23 23 20.994
Buritis RO 15º 79,8 78,8 34 34 33.397
São Miguel dos Campos AL 16º 78,7 78,7 38 38 56.319
Serra ES 17º 78,1 77,4 317 315 422.569
Conde PB 18º 76,7 73,7 19 19 22.154
Santa Rita PB 19º 76 76 107 107 121.994
Marechal Deodoro AL 20º 75,8 75,8 40 40 47.504
Marabá PA 21º 72,8 72,3 164 163 243.583
Itapissuma PE 22º 72,6 72,6 16 16 24.321
João Pessoa PB 23º 72 71,3 504 499 742.478
Marituba PA 24º 71,8 71,8 60 60 113.353
Valença BA 25º 69,8 69 61 60 90.319
Teixeira de Freitas BA 26º 69,2 66,2 103 99 143.001
Eunápolis BA 27º 68,5 63,3 82 77 102.628
Piraquara PR 28º 67,7 67,3 51 50 96.023
Pinheiros ES 29º 67,3 65,9 20 20 24.284
Valparaíso de Goiás GO 30º 67 66,6 87 86 138.740
Cabo de Santo Agostinho PE 31º 65,5 65,5 140 140 189.222
Coruripe AL 32º 65,1 65,1 44 44 53.224
Almirante Tamandaré PR 33º 65,1 64,2 60 60 105.458
Luziânia GO 34º 63,5 62,9 109 109 179.582
Feira de Santana BA 35º 62,7 45,1 363 261 568.099
Presidente Dutra MA 36º 62,2 60,7 36 35 45.564
Mari PB 37º 61,2 61,2 17 17 21.254
Vera Cruz BA 38º 61,1 61,1 18 18 38.748
Tabuleiro do Norte CE 39º 61 61 22 22 29.522
Camaçari BA 40º 60,5 57,6 189 173 255.238
Cariacica ES 41º 60,3 59,9 231 231 352.431
Alvorada RS 42º 60,1 51,2 147 130 197.441
Novo Progresso PA 43º 59,6 57 12 12 25.151
Candeias BA 44º 58,2 56,7 58 54 84.121
Patos PB 45º 58,2 55,5 69 63 102.020
Foz do Iguaçu PR 46º 57,9 56,7 158 155 255.718
Ilhéus BA 47º 57,7 57,3 130 130 187.315
Palmeira dos Índios AL 48º 56,1 56,1 43 43 70.738
Alagoinhas BA 49º 56 55,3 95 93 143.460
Salvador BA 50º 55,6 53,2 1.490 1.367 2.710.968
Murici AL 51º 55,5 55,5 20 20 27.030
Mossoró RN 52º 55,4 54,7 142 140 266.758
Itaitinga CE 53º 55,2 55,2 21 21 36.814
Vitória da Conquista BA 54º 54,9 54,1 162 158 315.884
Fortaleza CE 55º 54,4 53,7 1.724 1.718 2.500.194
Joaquim Gomes AL 56º 54 54 14 14 22.853
Extremoz RN 57º 54 35,5 25 19 25.324
São José da Laje AL 58º 53,8 53,8 12 12 22.906
Tailândia PA 59º 53,8 53,4 52 52 85.468
São Joaquim de Bicas MG 60º 53,8 46,3 17 15 26.653
Dias d'Ávila BA 61º 53,6 51,7 43 40 69.628
Teotônio Vilela AL 62º 53,4 53,4 17 17 41.797
Vitória ES 63º 53,4 52,2 168 163 333.162
Pinhais PR 64º 53,3 53,1 55 54 119.379
Eusébio CE 65º 52,8 52,8 41 41 47.993
Amélia Rodrigues BA 66º 51,8 49,2 15 15 25.080
Betim MG 67º 51,7 51,4 193 192 388.873
Quixeré CE 68º 51,3 51,3 12 12 20.810
Ilha de Itamaracá PE 69º 51,2 51,2 13 13 22.794
Castanhal PA 70º 50,5 50,5 76 76 178.986
São Sebastião AL 71º 50,3 50,3 15 15 32.446
União dos Palmares AL 72º 50,3 50,3 31 31 62.923
Ibirapitanga BA 73º 50 50 22 22 22.683
Pedro Canário ES 74º 49,9 49,9 7 7 24.071
Esmeraldas MG 75º 49,3 49,3 32 32 62.262
Itabaiana SE 76º 48,6 47,5 49 49 88.501
Sarandi PR 77º 48,1 47,7 52 52 84.573
Rondon do Pará PA 78º 47,9 47,9 17 17 48.036
Alexânia GO 79º 47,8 43,7 7 7 24.383
Tucumã PA 80º 47,7 44,8 7 7 34.956
Colombo PR 81º 47,4 46,1 117 112 217.443
Fazenda Rio Grande PR 82º 47,3 45,8 35 35 84.514
Olho d'Água das Flores AL 83º 47,2 47,2 9 9 20.460
Águas Lindas de Goiás GO 84º 47,2 47 82 81 167.477
Barbalha CE 85º 47,1 47,1 33 33 56.576
Pojuca BA 86º 46,9 46,9 26 26 34.106
Aquiraz CE 87º 46,6 46,6 48 48 74.465
Cabo Frio RJ 88º 46,4 46,1 105 105 195.197
Ba?eux PB 89º 46,4 46,1 39 38 100.543
Itajuípe BA 90º 46,3 46,3 10 10 20.878
Santana do Ipanema AL 91º 46,2 46,2 23 23 45.453
Ariquemes RO 92º 46 45,3 52 51 92.747
São Mateus ES 93º 45,9 45,6 57 57 111.832
Vila Velha ES 94º 45,7 45,4 187 187 424.948
Propriá SE 95º 45,4 45,4 13 13 28.612
São Bento PB 96º 45,4 45,4 10 10 31.582
Boca da Mata AL 97º 44,9 44,9 11 11 26.010
Campina Grande PB 98º 44,8 44,2 174 171 389.995
Recife PE 99º 44,6 43,9 627 615 1.555.039
Sooretama ES 100º 44,6 44,6 8 8 24.685
Tópicos: Armas, Cidades brasileiras, Rankings, Listas, Violência urbana

Número de assassinatos com arma de fogo no Brasil é o maior desde 1980

A edição 2015 do Mapa da Violência, divulgado nesta quarta-feira (13), apontou que o Brasil registrou, em 2012, os maiores números absolutos e taxa de homicídios desde 1980 --ano em que começou a ser feito o estudo.

O levantamento leva em conta dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Segundo o levantamento, 40 mil pessoas foram assassinadas por algum tipo de arma de fogo em 2012, uma taxa de 20,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Os assassinatos por arma de fogo responderam por 71% de todos os 56 mil homicídios registrados no país naquele ano.

A taxa de 2012 é a maior da série histórica do Mapa da Violência, que começou em 1980 e vai até 2012 --ano mais recente com dados do sistema. Até então, a maior taxa de homicídios tinha sido registrada em 2003 --ano de lançamento do Estatuto do Desarmamento--, quando ficou em 20,4 por mil habitantes.

Segundo o coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o período de queda da taxa de mortalidade iniciada em 2004, logo após a campanha do desarmamento, foi freado por medidas que deveriam acompanhar a entrada em vigor do estatuto e não foram adotadas --a violência armada voltou crescer no país nos últimos anos.

"Quando você vê um conflito, uma briga na rua com facas, por exemplo, a primeira medida a ser tomada é desarmar os envolvidos. Depois se vê o que se faz para resolver o problema deles. Mas desarmar não é resolver o conflito. No Brasil, primeiro começou a se desarmar, mas os conflitos seguiram. Então você não resolveu o problema. Seria necessária uma série de medidas, como melhoria no sistema penitenciário, que não foi feita", afirmou.

O sociólogo disse que os dados preliminares de 2013 já mostram que o panorama não deve ser alterado e que a taxa de homicídios por arma de fogo deve seguir alta.

"Temos dados de alguns grandes Estados, mas não ainda de todo o país; mas já dá para perceber que esses números devem se manter, não há nada que aponte para uma redução em breve", disse.

Mortes violentas

Levando em conta os assassinatos, acidentes, suicídios e causas indeterminadas, entre 1980 e 2012, as armas de fogo foram responsáveis por 880 mil mortes no Brasil.

"Nesse período, as vítimas passam de 8.710 no ano de 1980 para 42.416 em 2012, um crescimento de 387%. Temos de considerar que, nesse intervalo, a população do país cresceu em torno de 61%", informou o texto do levantamento.

O estudo apontou que a evolução da letalidade das armas de fogo não ocorreu de forma constante. O mapa mostra que, entre 1990 e 2003, o crescimento foi "sistemático, com um ritmo acelerado de 6,8% ao ano".

"Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil, mas depois de 2008 ficam oscilando em torno das 39 mil mortes anuais para dar um pulo em 2012: 42,4 mil. O Estatuto e a Campanha do Desarmamento, com início em 2004, constituem um dos fatores determinantes na explicação dessa mudança. Entre os jovens, o processo foi semelhante, mas com maior intensidade", explica o estudo.

Outra constatação é que as mortes por armas de fogo avançaram em direção ao interior do país.

"Se o país entre 2002 e 2012 registra um aumento de 11,7% no número de vítimas de armas de fogo, nas capitais houve uma queda de 1,6%", ressalta.

O levantamento também traz uma comparação das taxas de mortalidade por armas de fogo de 90 países ou territórios, no qual o Brasil ficou na 11ª posição.

A Venezuela lidera o ranking com taxa de 55,4 óbitos por armas de fogo. Coreia do Sul, Japão, Marrocos e Hong Kong aparecem com taxa zero de mortes por armas de fogo.

Diferenças regionais

O estudo aponta para a existência de vários "brasis" no quesito violência armada. Nos últimos anos, enquanto a região Sudeste apresentou redução nas taxas, Norte e Nordeste viram as mortes por arma de fogo explodirem entre 2002 e 2012.

"Pode ser observado o forte crescimento da mortalidade na região Norte --135,7%-- na década. Em menor escala, também no Nordeste o crescimento foi elevado: 89,1%. Na região Norte, Pará e Amazonas atuam como carro-chefe desse crescimento, mais que triplicando o número de mortes por armas de fogo no período. Já no Nordeste, a maior parte dos Estados apresenta elevados índices de crescimento, com destaque para o Ceará e o Maranhão", aponta o mapa.

As regiões Sul e Centro-Oeste tiveram crescimentos mais moderados nas taxas, de 34,6% e 44,9%, respectivamente.

Já o Sudeste foi a única região a evidenciar queda na década, com diminuição de 39,8% na taxa. "Essas quedas foram puxadas, fundamentalmente, por São Paulo, cujos números em 2012 caem 58,6% com relação ao ano de 2002 e também pelo Rio de Janeiro, com queda de 50,3%. Já Minas Gerais teve um significativo aumento de 53,7%", diz o estudo.

A liderança entre os Estados com mais mortes por arma de fogo continua sendo de Alagoas, com taxa de 55 por 100 mil habitantes, mais de 15 pontos à frente do segundo colocado, o Espírito Santo, que teve taxa de 38,3 por 100 mil habitantes.

Entre as capitais, Maceió também lidera, com taxa de 79,9 por 100 mil habitantes. Levando em conta os anos de 2002 e 2012, apenas 12 capitais conseguiram reduziram a taxa entre 2002 a 2012. A cidade do Rio de Janeiro foi a capital que teve a maior queda, de 68,3%. Já São Luís teve a maior alta: 316%.

O estudo também calculou as taxas de mortalidade nos 1.669 municípios com mais de 20 mil habitantes.

No caso deles, para evitar distorções, a média de mortes por armas de fogo considerada levou em conta os anos 2010 a 2012. O município de Simões Filho, na Grande Salvador, aparece com a maior taxa de mortalidade, tanto na população total quanto entre os jovens: 130,1 e 314,4 óbitos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

domingo, 17 de maio de 2015

Weslei Ferreira Silva enforcamento em Jaibaras


s

  Enforcamento de Weslei Ferreira Silva, 24 anos. na manhã deste sábado do dia 16 de maio de 2015  no distrito de Jaibaras, em Sobral. 

  Populares ainda socorreram a vítima para o hospital, mas já o jovem faleceu a caminho do hospital.
 
  O carro do rabecão conduziu o corpo do jovem para o 
IML de Sobral.