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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Nova ferramenta de transações financeiras do Banco Central permitirá pagamento instantâneo 24 horas por dia, de segunda a sexta. Nova ferramenta entrará em operação no dia 16 de novembro.

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Previsto para operar a partir de 16 de novembro, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, promete uma série de inovações para os brasileiros e tem o primeiro contato direto com os usuários nesta segunda-feira (5), quando o cadastramento das chamadas "chaves Pix". Para fazer o cadastro basta que o usuário vincule o e-mail, CPF ou número do celular a sua conta bancária. Feito o cadastro, é possível fazer transferências sem a necessidade de dados bancários, hoje necessários para fazer TEDs ou DOCs, sendo possível transferir dinheiro diretamente para os contatos da agenda do celular.

O sistema permite, por exemplo, a realização de transferências eletrônicas 24 horas por dia nos sete dias da semana. E essas transferências ocorrem diretamente da conta do usuário para a conta de quem recebe o valor, instantaneamente, sem necessidade de intermediários, o que permite menores custos de transação e facilita as operaçõe para compradores e vendedores.

 Como o Pix funciona como uma rede de pagamentos, o correntista não precisa abrir uma nova conta bancária ou baixar um aplicativo, podendo permanecer no mesmo banco do qual é cliente para utilizar o novo sistema. Assim, o correntista poderá utilizar o Pix da mesma forma como já utiliza TED, DOC ou boletos para fazer transferências e pagamentos. O Pix deverá favorecer ainda aquelas pessoas que não têm cartão de crédito e precisam fazer pagamentos por meio de boletos.

 Segundo o Banco Central, que lançou marca Pix em fevereiro deste ano, a nova modalidade de transferências tem o potencial de alavancar a competitividade e a eficiência do mercado, aumentar a segurança, promover a inclusão financeira e preencher lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população. 

Hoje, em uma transferência bancária (TED ou DOC) há limitação de horário e a compensação pode ocorrer em até dois dias úteis, além disso, a depender da instituição financeira, é cobrada uma tarifa pela operação.

 O cadastramento das “chaves Pix” é feito pelas instituições bancárias, que têm contatado os clientes via aplicativos de celular e SMS. O registro das suas chaves poderá ser feito por meio de um dos canais de acesso da instituição em que usuário possui conta (inclusive aplicativo instalado em seu smartphone).

Para realizar o registro, o cliente precisará confirmar a posse da chave e vinculá-la a uma conta para recebimento dos recursos. Para confirmação da posse da chave, a instituição enviará um código por SMS para o número de telefone celular que você quer utilizar como chave (ou para o e-mail que se quer utilizar como chave, se for o caso). 

Esse código deverá ser inserido no canal de acesso disponibilizado por pela instituição financeira ou de pagamento, mediante autenticação digital apropriada, como solicitação de senha, biometria ou reconhecimento facial, por exemplo.

O Banco Central alerta ainda que a confirmação não pode ser efetivada por contato telefônico nem por link enviado por meio de SMS ou por e-mail.

O novo sistema de transferências terá quatro tipos de “chaves Pix”: Número de CPF/CNPJ; endereço de e-mail;

número do telefone celular; e EVP (uma sequência alfanumérica de 32 dígitos que, após solicitação do cliente ao seu banco, será enviada pelo Banco Central à instituição, e com ela será possível criar um QR Code.

A “chave Pix” vincula as informações básicas do usuário aos dados completos que identificam a conta do cliente. Entretanto, não é obrigatório cadastrar uma chave para fazer ou receber um Pix. 

Caso o usuário queira usar o sistema de pagamento instantâneo, sem a chave Pix, será preciso digitar todos os dados bancários do destinatário para realizar uma transação.

Porém, com as chaves, as transações poderão ser realizadas por meio do QR Code.

O Banco Central habilitou 677 bancos, fintechs e cooperativas para o lançamento do Pix, nova ferramenta de pagamentos instantâneos criada pela instituição. Até o início da noite da última quinta-feira, o BC havia publicado o aval para apenas 11 instituições começarem a operar o novo sistema de pagamentos.

Dentre os cinco maiores banco do País, o Bradesco recebeu o aval na quarta-feira para operar o Pix, enquanto Banco do Brasil, Itaú e Santander foram autorizados na leva de quinta à noite. A Caixa Econômica Federal foi a última a entrar na lista, na sexta-feira passada. 

Segundo o BC, a participação nessa etapa, que vai de 5 de outubro a 2 de novembro, é facultativa a todas as instituições em adesão e condicionada à aprovação nas etapas cadastral e homologatória.

De acordo com Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o sistema faz parte de medidas importantes para reduzir a necessidade de circulação de dinheiro em espécie, "que tem custo de logística de R$ 10 bilhões ao ano".

As instituições que ainda não foram aprovadas precisarão cumprir as exigências da instituição até o dia 16 de novembro, ou poderão ser penalizadas. Pela Resolução BCB n.º 1, publicada no dia 12 de agosto, o Banco Central prevê a aplicação de multa por dia de atraso na entrada em operação do Pix.

De acordo com resolução do Banco Central, o Pix será gratuito para as famílias e empreendedores individuais. Os bancos e instituições de pagamento que participarem da plataforma não poderão cobrar tarifas de pessoas físicas e MEIs (micro empreendedor individual) para o envio e recebimentos de recursos em transferências, além do pagamento de compras.

 A resolução, no entanto, deixa aberta a possibilidade de cobrança de tarifas no Pix quando ele for usado por empresas para a transferência de valores, tanto do cliente pagador quanto do recebedor. 

De acordo com o Banco Central, as pessoas físicas só poderão ser tarifadas no Pix quando receberem valores pela venda de um produto ou por um serviço prestado.

Os bancos também poderão tarifar o cidadão no uso do Pix por meios presenciais ou de telefonia quando houver meios eletrônicos, como site ou aplicativo, disponíveis.

 Também poderão ser cobradas tarifas pela prestação de serviços agregados à transação de pagamento. Segundo o Banco Central, essa cobrança tem o objetivo de viabilizar o surgimento de novos modelos de negócio. 

A resolução ainda permite que as instituições que prestem serviço de iniciação de transação de pagamento cobrem tarifas pelo serviço. No entanto, se a iniciadora do pagamento e a detentora da conta do pagador forem a mesma instituição, a cobrança é vedada.

 "Tanto no Pix quanto no serviço de iniciação de transação de pagamento, os valores das tarifas podem ser livremente definidos pelas instituições, informando aos clientes os valores das tarifas praticadas", destacou a instituição.

 Com a proposta de alterar a forma como as pessoas pagam contas e fazem compras ao eliminar a necessidade de dinheiro ou cartão, o Pix oferece, como uma de suas principais vantagens, a possibilidade de usar apenas o número de um celular, por exemplo, para fazer uma transferência sem precisar recorrer a números de conta, agência, CPF, nome completo e todos os outros dados exigidos hoje. Ou, apenas com o CPF, sacar dinheiro em uma loja sem a necessidade de caixa eletrônico, cartão ou senha.

Para empresas que vendem produtos pela internet, o pagamento via Pix evita que o estabelecimento tenha de manter o produtor reservado até a compensação do boleto ou aceitação do cartão de crédito, confirmações que podem levar a tré três dias. 

Cada compra nessas modalidades que não se concretizam, acabam gerando custos com estoque além da perda de oportunidade de realizar a venda para outro interessado. Para outros estabelecimentos, como instituições de ensino, por exemplo, o Pix evita a necessidade da emissão de milhares de boletos mensalmente.

Diante da facilidade e praticidade de realizar transferências, surgem preocupações relacionadas a roubo de dados financeiros e golpes relacionados ao serviço. Para Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no entanto, o Pix trará mais segurança ao consumidor em suas transações financeiras, como já ocorreram com outras ferramentas, como tokenização, mobile baking e internet banking. 

“O Pix irá aumentar a inclusão financeira no país, estimular a competitividade e aprimorar a eficiência no mercado de pagamentos”, diz.

 De acordo com a Febraban, para aderir ao Pix, os bancos brasileiros estão investindo recursos adicionais em infraestrutura, tecnologia e segurança para padronizar e organizar um sistema dentro um ambiente de comodidade e confiabilidade para o cliente. Segundo Isaac Sidney, as medidas são condizentes com os investimentos que o setor bancário vem fazendo em modernização tecnológica são da ordem de R$ 24,6 bilhões anuais.

Apesar das medidas de segurança, os riscos estão relacionados principalmente a roubo de dados do usuários, permitindo a movimentação de seus recursos por terceiros. Segundo a Kaspersky, empresa internacional de cibersegurança, antes mesmo do lançamento da ferramenta, golpistas aproveitaram para lançar iscas pela internet, solicitando informações dados bancários e pessoais, senhas de conta, número celular e CPF sob o pretexto de realização de pré-cadastro. 

 "O e-mail que identificamos usava o nome de um banco popular e trazia um link para que o usuário fizesse o cadastro na conta Pix. O link em questão era direcionado a um site falso que simulava o banco e pedia que a vítima inserisse a sua senha bancária, além do número do celular e do CPF, que serão usados como chaves de identificação dentro do PIX", disse Fábio Assolini, analista sênior de cibersegurança da Kaspersky.

"Recomendamos que as pessoas que queiram cadastrar as suas chaves procurem diretamente a página da instituição. Tenham cuidado com os convites de pré-cadastro recebidos, pois eles podem ser falsos", aconselha.

Para se proteger dos ataques é recomendável que o usuário:

Verifique sempre o endereço do site para onde foi redirecionado, endereço do link e o e-mail do remetente, além de verificar se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink.

Não clique em links contidos em e-mails, SMS, mensagens instantâneas ou postagens em mídias sociais vindos de pessoas ou organizações desconhecidos, que têm endereços suspeitos ou estranhos.

Use uma solução de segurança comprovada com tecnologias antiphishing que permita a identificação de golpes de phishing mais recentes, que ainda não foram incluídos nos bancos de dados antiphishing.

Calendário de pagamento do Auxílio de R$ 600 e R$ 300 para essa semana Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal. Durante toda essa semana de outubro a Caixa Econômica Federal realizará o pagamento do Auxílio Emergencial em conta poupança social digital nos valores de R$ 600 e R$ 300 e também liberará o saque em dinheiro e transferência bancária para parte dos beneficiários. Nesta segunda-feira (5) por exemplo os nascidos no mês de fevereiro serão os contemplados, estes fazem parte do ciclo 3.

auxilio emergencial

Confira à seguir os contemplados com o pagamento nesta semana e suas respectivas datas de recebimento.

  • – trabalhadores que já receberam as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300 


5 de outubro Deposito em conta poupança social digital

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em fevereiro, recebem a próxima parcela de R$ 600:

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em fevereiro, recebem a primeira parcela de R$ 300:

– trabalhadores que já receberam as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300 

Auxilio emergencial 6 de outubro

Saque em dinheiro e transferência bancária

Nascidos no mês de junho podem sacar o auxílio emergencial de R$ 600 e ainda realizar transferências bancárias nesta terça-feira, 6 de outubro. Este pagamento é relacionado ao ciclo 2.

7 de outubro

Deposito em conta poupança social digital

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em março, recebem a próxima parcela de R$ 600:

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em março, recebem a primeira parcela de R$ 300:

– trabalhadores que já receberam as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300 

8 de outubro

Saque em dinheiro e transferência bancária

Nascidos no mês de julho podem sacar o auxílio emergencial de R$ 600 e ainda realizar transferências bancárias nesta terça-feira, 8 de outubro. Este pagamento é relacionado ao ciclo 2.

9 de outubro

Deposito em conta poupança social digital

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em abril, recebem a próxima parcela de R$ 600:

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em abril, recebem a primeira parcela de R$ 300:

– trabalhadores que já receberam as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300 

11 de outubro

Deposito em conta poupança social digital

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em maio, recebem a próxima parcela de R$ 600:

Trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em maio, recebem a primeira parcela de R$ 300:

– trabalhadores que já receberam as 5 parcelas de R$ 600 recebem a primeira de R$ 300

Ceará: Urânio - moradores entre a esperança de melhores empregos e o temor de contaminação

Há décadas ouvindo falar da mina em Santa Quitéria, habitantes do lugarejo mais próximo criam lendas e acumulam expectativas positivas e negativas sobre o projeto

Morrinhos fica apenas a 1km da mina de onde se pretende extrair urânio, e tem a maioria da população de agricultores
O dragão adormecido debaixo da montanha. É assim que a população de Morrinhos se refere à mina de urânio em Santa Quitéria. Promessa de emprego e renda, o projeto que deve ser reativado nos próximos anos é também motivo de desconfiança.
Expectativa de mais de 2,5 mil empregos ao longo da construção e também do funcionamento, a exploração de urânio e fosfato planejada pelas Indústrias Nucleares do Brasil e a Galvani desperta também incertezas.

Os habitantes do assentamento a 4 quilômetros de distância da mina temem desde os riscos de saúde que podem ser trazidos pela exploração até o receio de que os produtos agrícolas cultivados na região fiquem "encalhados", sem encontrar compradores seguros de que não há altas taxas de radiação nos grãos ou nos animais dali.

Agricultor, Antônio Tomás, de 49 anos, contou que não quer chegar nem perto da mina, nem deixar os filhos trabalharem no local. O maior medo, ele explicou: é a contaminação por radiação.

"Temos medo de radiação. Hoje, a gente peleja para fugir dos problemas. A expectativa minha é de que isso não seja explorado nunca. Eu não posso colocar o dinheiro na frente da minha vida, da minha comunidade. Se eles chamarem a gente para trabalhar lá, mesmo com uma diária de R$ 200, eu fico em casa, comendo meu feijão batido com arroz. Eu não vou, nem deixo meus filhos irem", garantiu.

Mas a relação com a mina nem sempre foi assim, permeada pelo medo de que "o dragão" pudesse acordar. Antônio lembrou de que há cerca de 20 anos, em uma das várias ocasiões que a mina foi anunciada, ele vibrou. "Era uma festa. Eu dancei e rodei lá no salão, quando um dos políticos da época anunciou que a mina ia trazer emprego e renda pra nós", relembrou.
A contaminação na mina de Caetité, na Bahia, assustou Antonio Tomás, que mora próximo ao local onde a exploração é planejada no Ceará
As coisas começaram a mudar quando o assentamento de Morrinhos passou a receber visitas de cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e moradores de outras cidades que passaram por processos semelhantes, como Caetité, na Bahia.

"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", recitou Antônio. A passagem bíblica, contou, retrata bem a realidade da comunidade. Segundo ele, não havia sequer a ideia de que o urânio pudesse oferecer riscos como radiação. Só a partir das discussões foi que ele e os outros moradores da região conectaram os riscos expostos pelos cientistas aos vários casos de câncer já registrados ao longo dos anos por ali. "Todo mundo aqui tem uma pessoa próxima que já foi levada pelo câncer", lamentou.

Teoria reforçada pelo também agricultor Francisco Tomé, 64. Em uma das lembranças que tem relacionadas à mina, ele contou que o velório de um dos amigos próximos assustou os presentes.

"A gente encostava o dedo dele na parede e a pela ia saindo aos poucos. Morreu de câncer. O câncer, você sabe que dá em todo canto, mas na nossa região é muito intenso. Só que não tem algo que confirme, como uma avaliação do Ministério da Saúde, que a razão é a radiação", falou.

Camilo assina acordo de entendimento para exploração de urânio no Ceará
Contudo, além do temor de que a exploração da mina possa trazer ainda mais danos à saúde da comunidade, Antônio revelou o medo dos moradores de ver produtos agrícolas ali plantados não sendo mais comprados pelas cidades ao redor. Ele comentou que meses atrás, o assentamento recebeu a visita de um morador de Caetité.

Antônio disse que se assustou quando ouviu os relatos sobre a exploração de uma mina de urânio tão semelhante quanto à de Santa Quitéria. Isso porque quando o minério começou a ser extraído as pessoas começaram a ficar com medo de comprar os produtos da comunidade de lá.

"Um dos moradores de lá veio aqui e contou que pessoas que vendiam alimentos lá, não conseguem mais vender. A gente é agricultor, então, a gente produz para se alimentar e o pouquinho que sobra vendemos. Mas lá em Caetité, as pessoas deixaram de comprar os produtos por conta de medo do minério. Se isso acontecer aqui, com a gente, vai ser muito ruim", disse.

Casos de contaminação da água, com interrupção do consumo feita oficialmente pelas autoridades locais da Bahia, aconteceram em 2015 nas proximidades da mina baiana, quando a quantidade de urânio encontrada em um poço em Lagoa Real, município vizinho a Caetité, superava em mais de três vezes a permitida pelos órgãos ambientais.

Ainda em 2008, a ONG internacional Greepeace apontava a possibilidade de contaminação naquela região que, assim como Santa Quitéria, tem a maioria dos moradores formada por agricultores e produtores rurais, cuja sobrevivência tem relação direta com o ambiente em que vivem. Neste caso de 2008, a INB afastou as suspeitas.

Para o Ceará, conforme afirmou o presidente da Galvani em entrevista exclusiva do Diário do Nordeste, Ricardo Neves de Oliveira, o projeto prevê barragem seca, sem acúmulo de água. Segundo detalhou, a mina de Santa Quitéria seria a segunda no mundo a realizar o processo de calcinação, onde se separa o fosfato de outros minerais de grande porte, sem barragens de rejeitos. Segundo ele, todo o material separado vai ser empilhado.

Apesar de todos os receios, a mina de Santa Quitéria ainda desperta os sonhos de alguns moradores que vivem ali perto. Tomás, cujo sobrenome não quis revelar disse que desde de criança mantém a expectativa de ver o projeto trazer emprego e renda para os moradores da região. Hoje, com mais de 50 anos, ele ainda aguarda pelo momento que será chamado, mais uma vez, para entrar nas galerias debaixo da rocha.

Ele contou que já participou de algumas expedições lideradas por membros da Galvani e da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresas do consórcio Santa Quitéria, responsável pela exploração da mina. Em algumas delas, o processo é simples: retirar amostras do solo e da água na região ou capturar animais silvestres para análise.

"É todo um processo. Eles bombeiam o ar para dentro da mina e só depois de uma hora que a gente entra lá para tirar algumas amostras de solo. Desde pequeno que eu espero que essa mina seja explorada para poder trabalhar lá dentro. Mas como faz muito tempo que se fala disso, eu já estou perdendo as esperanças. Não vão chamar uma pessoa de mais de 50 anos para trabalhar lá, né?", comentou.

Chegando na mina, a sensação é de que o contato da empresa com os moradores ainda é mínimo, assim como os trabalhos em campo desenvolvidos pelas empresas. A reportagem visitou a comunidade, o terreno de exploração e os poucos equipamentos deixados na mina na semana anterior à assinatura de memorando entre o Governo do Estado do Ceará e o consórcio Santa Quitéria, que aconteceu em 28 de setembro.

Segundo já haviam informado a empresa, os primeiros técnicos devem chegar à região neste último trimestre para iniciar os estudos de impacto ambiental e colher amostras de solo, plantas e animais.

Os agricultores e irmãos Francisco Oliveira e José Maiton afirmaram nunca terem tido contato com representantes do consórcio. Eles moram a pouco mais de 2 quilômetros da mina e o que contam são histórias ouvidas por quem esteve mais próximo do projeto de exploração.
Os irmãos agricultores Francisco Oliveira e José Mailton moram a pouco mais de 2km da mina de Itataia
"Tudo que se ouve falar é que há projeto e que vai gerar emprego, e a gente tem nossas conclusões, mas eles nunca chegaram para nós para mostrar o projeto e dizer se vão indenizar a gente ou se a gente vai ter de sair daqui. Mas como a gente mora muito perto, a gente imagina que eles vão fazer alguma coisa, até pela questão de segurança", supôs.

Já para o aposentado Alencar Martins, essa falta de contato não é tão importante assim. Ele é vizinho de José e Francisco. A maior preocupação de seu Alencar é se a mina pode gerar empregos e ajudar a diminuir os índices de criminalidade na região.

O aposentado Alencar Martins encara a mina como oportunidade para os mais novos da região
"Eu não tenho medo da mina, não. Pra mim, tanto faz como tanto fez. Eu penso que os mais novos que tiverem condição de trabalhar pelo menos não vão estar roubando. Eu fui criado aqui e até hoje não tive nada. Tenho 65 anos e apenas uma dor nas costas, disse.

AGENTES DE SAÚDE DENÚNCIA CONTRA GESTORES PELA PRESIDENTE

Sindicatos se manifestam após prefeito afirmar que eles enganam servidores do Imesf.

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domingo, 4 de outubro de 2020

Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) ajuizou uma ação civil pública contra o Município de Fortaleza e a Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM), instituição que gerencia o Hospital de Campanha do Estádio Presidente Vargas (PV), por irregularidades.

 De acordo com o procedimento administrativo, algumas das irregularidades são: confusão de recursos públicos relacionados a contratos de gestão distintos, com a utilização de oito contas correntes para movimentação dos recursos públicos, em vez de uma única conta corrente; pagamento de fornecedores por meio de cheques; sobrepreços; controle deficitário do contrato de gestão por parte da Prefeitura de Fortaleza e irregularidades no pagamento de diversos fornecedores extraídas das prestações de contas.  

Na ação, um dos pedidos do Ministério Público é o bloqueio de valores da SPDM, no valor de 2.284.998,41 e informações detalhadas sobre as movimentações de oito contas correntes utilizadas pela Associação. “Foram comprados 315 monitores multiparamétricos em número superior ao de leitos (204) e em um valor que chega a mais de R$ 10 milhões. Além disso, os equipamentos foram adquiridos somente após algumas semanas de funcionamento do hospital”, diz o MPCE.

Além da ação na esfera cível, o procedimento foi encaminhado para apuração de improbidade administrativa e na esfera criminal, além de comunicação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). O hospital de campanha recebeu mais de 1,2 mil pacientes com Covid-19 e foi desativado em setembro.


Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou que está atendendo todas as orientações do MPCE relativas à ampliação das práticas de transparência e que “todas as informações requeridas constam no Portal da Transparência Covid-19, no endereço https://coronavirus.fortaleza.ce.gov.br/transparencia.html, acessível a qualquer cidadão”.

(Foto: Divulgação Prefeitura)

sábado, 3 de outubro de 2020

STF declara constitucional fim da contribuição sindical obrigatória

 


A reforma trabalhista venceu sua primeira batalha no Supremo Tribunal Federal: por 6 votos a 3, o Plenário concluiu nesta sexta-feira (29/6) que a extinção do desconto obrigatório da contribuição sindical no salário dos trabalhadores é constitucional.

Desde a entrada em vigor da Lei 13.467/2017, que reformou mais de 100 artigos da CLT, o desconto de um dia de trabalho para financiar os sindicatos passou a ser opcional, mediante autorização prévia do trabalhador.

Coincidentemente, na quarta-feira (27/6), a Suprema Corte dos Estados Unidos também acabou com a contribuição sindical obrigatória, numa decisão que envolve os sindicatos dos servidores públicos, mas se aplica a todo o país. O pronunciamento se refere a uma lei do estado de Illinois, mas também declarar inconstitucionais leis de outros 22 estados que favoreciam os sindicatos.

No Brasil, a regra foi questionada em pelo menos 16 ações, das 24 já ajuizadas no STF contra as mais de 100 mudanças na CLT. Entidades sindicais alegavam que a nova regra sobre o imposto sindical inviabilizará suas atividades por extinguir repentinamente a fonte de 80% de suas receitas.

De acordo com Fux, “não é possível tomar capital para financiar sindicato sem o consentimento do empregado”.
Carlos Humberto/SCO/STF

A confederação que representa trabalhadores em transporte aquaviário (Conttmaf), autora da ação analisada pelo Supremo, disse que o tributo somente poderia ser extinto por meio da aprovação de uma lei complementar, e não uma lei ordinária, como foi aprovada a reforma.

O ministro Luiz Fux, que abriu a divergência na sessão de quinta (28/6), disse que “não é possível tomar capital para financiar sindicato sem o consentimento do empregado”. 

Ele reconheceu que mesmo leis ordinárias podem tratar sobre a contribuição sindical, pois nenhum comando na Constituição fixa a compulsoriedade da cobrança. Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e a presidente Cármen Lúcia seguiram o entendimento de Fux. 

Alexandre de Moraes declarou que o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical não afasta a liberdade sindical. “Não é razoável que o Estado tenha de financiar um sistema sindical (são 16 mil sindicatos). E só 20% de trabalhadores sindicalizados. Há algo de errado nisso. Vácuo de representatividade, ou seja, déficit de representatividade, apesar do imposto sindical’, disse.

Para Barroso, a decisão sobre o modelo sindical adequado para o país não deve ser discutida no Judiciário, mas no Legislativo.

Marco Aurélio, em seu voto, afirmou que os sindicatos arrecadaram quase R$ 3 bilhões no ano de 2016. “Quando a contribuição é criada pelo instrumento do consenso, não consigo enquadrar essa contribuição, que pode ser constituída mediante dois instrumentos, a deliberação em assembleia ou mediante lei, como tributo”, disse. 

“Os números ditos pelo relator da reforma trabalhista no Congresso são impressionantes. No Brasil, hál 11.326 sindicatos de trabalhadores e mais de 5 mil de empregadores, ao passo que no Reino Unido são 168, nos EUA 130 e na argentina 91. Uma coisa fora da ordem”, declarou.

Sentido contrário
O relator da ação, ministro Luiz Edson Fachin, ficou vencido ao votar pela obrigatoriedade da contribuição. Ele sustentou que a Constituição de 1988 foi precursora no reconhecimento de direitos nas relações entre capital e trabalho, entre eles, a obrigatoriedade do imposto para custear o movimento sindical.

Fim imediato dos descontos na folha afetaram tripé sindical estipulado pelo constituinte de 1988, segundo Fachin.
Fellipe Sampaio/SCO/STF

Conforme o relator, o modelo de sindicalismo criado pela Constituição sustenta-se em um tripé formado por unicidade sindical, representatividade obrigatória e custeio das entidades sindicais por meio de um tributo. Este último é a contribuição sindical, expressamente autorizada pelo artigo 149, e imposta pela parte final do inciso IV, do artigo 8º, da Constituição da República.

“Assim sendo, na exata dicção do texto constitucional, é preciso reconhecer que a mudança de um desses pilares pode ser desestabilizadora de todo o regime sindical”, afirma o ministro.

O relator considera que era necessário haver um período de transição até a criação de novas fontes de custeio. “Entendo que a Constituição fez uma opção por definir-se em torno da compulsoriedade da contribuição sindical”, afirmou. Na sessão desta sexta (29), os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber acompanharam o relator. 

Rosa Weber entendeu que a lei ordinária não poderia ter isentado arrecadação que, além de custear as atividades sindicais essenciais à representação da categoria, afeta ainda repasses ao Fundo de Amparo ao Trabalhador e a outros benefícios da União. 

Durante o julgamento, a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, defendeu a manutenção da lei. Segundo a ministra, a contribuição sindical não é fonte essencial de custeio, e a CLT prevê a possibilidade de recolhimento de mensalidade e taxas assistenciais para o custear das entidades.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) foi a única entidade a apresentar ação declaratória de constitucionalidade defendendo a contribuição sindical livre. O processo foi juntado aos autos da ADI agora julgada.

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 Bora vender o carro.

*NOVAS MULTAS* VALENDO A PARTIR DE HOJE:

Proibido o uso de películas escuras multa *R$970.70* (Mais a retirada)

Farol ou lanterna queimada multa *R$910.15* (Por lâmpada)

Pneus ruins multa *R$960.65* (Por cada pneu ruim)

Limpador de vidros multa 

*R$1.202.12*

Carro em estado ruim, multa 

*R$1.340,89* (+Apreensão do veiculo)

Fumar guiando multa 

*R$993.70*

Não parada para pedestres andando ou não pela faixa, multa *R$1.358.98*

Insultos entre motoristas flagrados por qualquer Agente de Trânsito, multa *R$907.23*

Som alto, NÃO importando o horário, multa *R$469.73*

Rodas com aro maior ou menor que o fabricante do veículo, multa *R$1.278.66*

 As Blitzs vão fazer a festa! Muita gente não sabe! Resolução CONTRAN N° 333 de 2016. Fica a dica!

Lembrando a todos - A partir de hoje , valendo em todo o Brasil, os novos valores reajustados das multas de trânsito:

Ser flagrando falando ao celular *R$ 1.574,00*

Furar SINAL VERMELHO foi de 825,00 para *R$ 1.780,00*

Ultrapassar em faixa continua ou local proibido agora é 3.915,00

ACABOU A FARRA DAS MULTINHAS DE R$68,00 - R$485,00 - R$925,00

AVISO AOS DESAVISADOS

NOVAS REGRAS DO DETRAN:

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) só pode ser Renovada durante o prazo de no máximo 30 dias após o seu vencimento

Após este prazo, a CNH é cancelada automaticamente, e o condutor será obrigado a prestar todos os exames novamente: Psicotécnico, Legislação e o Exame de Rua, igualzinho a uma pessoa que nunca tirou CNH

Tudo isto, sem se falar na multa para tirar novamente a CNH, que fica por volta de *R$ 3.200,00*, e leva, maisj ou menos, de 2 a 3 meses.

  REPASSEM  para que ninguém seja pego desprevenido.

 http://www.and.org.br/

Hoje, sábado, 03 de outubro, a Caixa Econômica Federal (CEF) abre 770 agências em todo o Brasil. Ao todo, 9 milhões de beneficiários do auxílio emergencial e do saque emergencial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) terão os saques liberados. As agências ficam abertas entre 8h e 12h.