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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Biden anuncia que EUA retornarão ao Acordo de Paris e à OMS, revertendo medidas de Trump Presidente eleito anuncio que reversões estarão entre suas primeiras ordens executivas, que serão assinadas após sua posse, nesta quarta

Da Bloomberg
20/01/2021 - 08:47 / Atualizado em 20/01/2021 - 09:41Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, em frente a painel solar em New Hampshire Foto: BRIAN SNYDER / REUTERS / 4-6-19

Biden inicia mandato revertendo decisões do governo Trump Presidente assinou decretos recolocando o país no Acordo de Paris e na OMS, tomando medidas contra covid-19, entre outrosWASHINGTON — Horas após à sua posse, às 14 horas desta quarta (horário de Brasília), Joe Biden assinará 17 decretos para reverter políticas que marcaram a gestão de seu antecessor Donald Trump, informou sua equipe. Entre elas, o democrata irá reverter a saída americana do Acordo de Paris e da Organização Mundial de Saúde, além de interromper a construção do muro na fronteira com o México.
Biden anunciou ainda que irá assinar uma medida obrigando o uso de máscaras em propriedades federais para combater a pandemia de Covid-19 e que irá encerrar o veto à entrada nos EUA de alguns países africanos e de populações majoritariamente muçulmanas.


Segundo conselheiros, o novo presidente assinará mais ordens executivas em seu primeiro dia que qualquer um de seus antecessores, que serão seguidas por mudanças regulatórias e de política nos próximos dias. Entre elas, o fim das restrições ao financiamento para organizações federais que fornecem aconselhamento para mulheres que estão considerando abortar e a revogação do veto do serviço militar por pessoas transgênero.
A agenda para o dia 1 de Biden incluirá:
A volta à OMS
Biden planeja imediatamente retornar à Organização Mundial de Saúde. Em maio, no ápice da primeira onda da pandemia de Covid-19, Trump abandonou o braço da ONU afirmando que a China exercia pressão demasiada sobre o órgão. O principal epidemiologista do governo americano, Antony Fauci, será o representante americano na reunião do conselho executivo da OMS que ocorrerá na quinta-feira.
Fim dos despejos

O novo presidente irá suspender as ordens de despejo até ao menos o dia 31 de março, uma medida que busca auxiliar americanos que sofrem com a pandemia e com seus efeitos econômicos. Cerca de 20% dos locatários e um em cada 10 donos de casas próprias estão com os pagamentos atrasados, segundo o governo de transição. O novo governo perdirá ainda assistência extra para auxiliá-los, como parte do pacote econômico de US$ 1,9 trilhão proposto para conter os impactos da Covid-19.

Alívio das dívidas estudantis

Outra ação federal será pausar o pagamento de parcelas e o aumento dos juros em empréstimos estudantis federais até 30 de setembro.
Volta ao Acordo de Paris

Biden vai tomar uma série de medidas iniciais para restaurar as medidas climáticas do governo de Barack Obama, incluindo o retorno ao Acordo de Paris. O pacto, negociado quando Biden era vice-presidente, demanda que seus signatários respeitem metas de emissão com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 2oC acima dos níveis pré-industriais.
Combustíveis e uso de propriedades federais

O novo presidente também orientará as agências governamentais a considerarem uma revisão da economia de combustíveis e dos padrões de emissões para veículos, eletrodomésticos e para a construção depois que Trump procurou amenizar os pré-requisitos, chamando-os de excessivamente onerosos ou caros para empresas e consumidores.

Biden também pedirá que o Departamento do Interior analise as propriedades federais protegidas que tiveram seu tamanho reduzido ou foram abertas para uso comercial durante o governo Trump, frequentemente a pedido de empresas de energia. Ele planeja ainda emitir uma moratória temporária sobre todas as atividades de arrendamento de petróleo e gás natural no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico.

Revisão da agenda regulatória

A nova administração também compilou uma lista de mais de 100 ações tomadas por agências federais durante o governo Trump que serão analisadas, o que poderia resultar em uma maciça revisão regulatória. Também estão planejadas medidas mais amplas que, segundo o governo, ajudarão os americanos desfavorecidos, incluindo uma política que facilita a emissão de regulações pelo governo federal.
Sem muro

Espera-se que Biden revogue a emergência nacional na fronteira com o México, interrompendo o financiamento para o muro de Trump, símbolo máximo de suas políticas anti-imigração. O novo presidente ordenará uma pausa imediata na construção da barreira e uma revisão da melhor forma de redirecionar os fundos desviados de outras áreas para a construção do muro.
Preparativos de última hora para a 59ª cerimônia de posse de um presidente eleito nos EUA. O democrata Joe Biden toma posse junto com a primeira mulher negra a ocupar o cargo vice-presidente, Kamala HHarris O National Mall, em Washington, é decorado com bandeiras dos EUA Foto: SUSAN WALSH / AFPMembros da Guarda Nacional se reúnem em um posto de controle de segurança perto do Capitólio dos EUA Foto: OLIVIER DOULIERY / AFPCantora norte-americana Lady Gaga cumprimenta soldados da Guarda Nacional ao deixar o edifício do Capitólio dos Estados Unidos após o ensaio na véspera da posse Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFPMembros da Guarda Nacional dos EUA cercam o Capitólio dos EUA Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFPVista do Capitólio decorado para a posse de Biden, no último por do sol em que os EUA foi governado por Donald Trump Foto: ANGELA WEISS / AFP
Fim a proibição de viagens de africanos e muçulmanos

O novo governo também vai abolir a proibição de viagens imposta a cidadãos de vários países do Oriente Médio, da Ásia Central e África, a maioria deles com população de maioria muçulmana. A política de Trump é "nada menos que uma mancha em nossa nação" e "enraizada na xenofobia e animosidade religiosa", disse o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, a repórteres em uma videoconferência.

Uma ordem paralela bloqueará a deportação de cidadãos da Libéria que moram nos EUA.
Cidades-santuário e Daca

Biden planeja revogar uma ordem executiva de Trump que tinha como alvo os imigrantes em situação irregular que vivem no país, retendo o financiamento das chamadas cidades-santuário, cidades e condados que não permitem que sua polícia coopere com as autoridades de imigração.

A ordem de Trump também direcionou as agências federais a priorizarem recursos para a fiscalização da imigração sobre outras tarefas. O democrata buscará fortalecer o programa Daca, que impede a deportação de imigrantes que chegaram aos EUA irregularmente quando crianças. Trump tentou desfazer o programa durante sua administração, mas foi impedido pela Justiça.
Auditoria da igualdade racial

Biden vai ordenar uma revisão da “igualdade racial” do governo como um todo, liderada pela diretora do Conselho de Política Doméstica, Susan Rice, que exigirá que cada agência conduza uma “revisão básica” para saber se suas políticas são prejudiciais a algum grupo minoritário.

O Escritório de Gestão e Orçamento também fará uma revisão para "alocar recursos federais de forma mais equitativa", de acordo com um resumo da ação fornecido pela equipe de Biden. "O presidente eleito prometeu erradicar o racismo sistêmico de nossas instituições”, disse Rice.

Uma outra ordem executiva obrigará o governo federal a não discriminar com base na orientação sexual e na identidade de gênero. Outra revertará uma medida de Trump que limitava o uso de recursos federais para treinamentos de diversidade e inclusão.
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Chuvas no Ceará: quadra chuvosa 2021

 


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Senador do PDT anuncia que, após mandato como senador, vai se dedicar a descobrir talentos políticos



Líder de um dos maiores grupos políticos do Estado, o senador cearense Cid Gomes (PDT) planeja se aposentar da carreira política ao final do mandato no Senado, em 2027, e diz ser contrário ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por receio de que o instrumento acabe sendo “vulgarizado” e coloque em xeque a preservação da democracia no País.

Em entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares, o pedetista fala, ainda, sobre a condução da crise sanitária e econômica pelo Governo Federal, com críticas à falta de um plano estratégico para frear o crescimento do déficit fiscal do País e recuperar a economia. 

O senador também destaca o crescimento do PDT no Estado no pleito de 2020 e discorre sobre como o partido está se preparando para 2022, além dos diálogos com o PT, mesmo vendo com descrença possíveis avanços para uma união em torno de uma única candidatura em âmbito nacional.  

Na entrevista, Cid também enaltece ‘descobertas’ de lideranças pelo seu grupo político, como Roberto Cláudio e Camilo Santana, e relembra o episódio da ‘retroescavadeira em Sobral’, como ficou conhecido o incidente no dia 19 de fevereiro de 2020, quando o senador foi baleado por policiais amotinados ao tentar retirá-los de um quartel em sua cidade natal: Sobral. 

Confira a entrevista completa 
Senador, o País tem prioritariamente dois problemas muito graves, a questão da saúde, que deu um passo agora com a vacina, e a da economia. Como estão em Brasília os encaminhamentos da resolução dessa crise? 
O Governo Bolsonaro, para mim, é despreparado, liderado por um despreparado, desqualificado. Infelizmente, não dá para ter muita expectativa de que parta dali uma estratégia de recuperação do País. Sei que muita gente, até boa parte dos que são simpáticos a ele, tinha uma crença de 'vamos dar uma oportunidade (ao presidente)'. É óbvio que a gente torce pelo País, mas eu não espero, enquanto liderança, nenhum projeto estratégico, porque ele (Bolsonaro) não tem nenhuma das duas coisas: não tem liderança, é despreparado e, pior, tem uma motivação animosa, beligerante. Vamos ficar ao sabor das coisas. E os prognósticos, ao meu juízo, não são bons. Não me sinto bem em falar isso. Sinceramente, torço pelo Brasil.

O partido até me questiona porque não defendo impeachment. Não podemos vulgarizar essa coisa de impeachment. Salvo melhor juízo, ele deve continuar aí, e a gente, de qualquer forma, ver o preço que tem que pagar por uma escolha ruim e pensar mais nas consequências das nossas escolhas. O brasileiro cada vez mais está escolhendo no dia da eleição e não deve ser assim. Isso é ruim, é problemático. Então, sob o aspecto da crise de saúde, nós ainda vamos sofrer.  

A vacina não vai ter um grau de influência, começando quarta-feira (2) ou nesse começo demagógico do Dória (governador de São Paulo, João Dória, do PSDB, que iniciou a vacinação no domingo, dia 17). Isso só mostra o quanto os nossos políticos não estão pensando no povo e estão pensando somente em ações midiáticas. A quantidade de vacinas no Brasil ainda é insuficiente. Ainda vamos sofrer uns dois ou três meses até que caia no eixo do problema, mas um problema que não gere mais superlotação das nossas unidades de terapia intensiva.  
Na economia, é muito mais grave. No ano passado, o presidente estava livre para gastar, o decreto de emergência liberou o presidente do teto de gasto, liberou do cumprimento de déficit previsto no orçamento, ele permitiu que uma série de gastos fossem feitos sem muito respaldo. Isso vai gerar um déficit superior a R$ 800 bilhões. Isso é o maior déficit praticado em toda a história do País. Não tenho dúvidas de que lá para junho vai fechar repartição pública federal e muitos setores vão demonstrar problema. Esse ano vai ser crítico para a nossa economia. 

E o auxílio emergencial, o senhor acha que renova ou cria alguma alternativa? 
Olha, não creio. Os números da economia não permitem que se faça (renovação). Vamos ver o que vai acontecer. Vai ter uma pressão, o Congresso vai pressionar, a população vai pressionar fortemente. Para que se tenha isso, você tem que se ter alguma justificativa. Claro que recrudescimento da pandemia de alguma forma dá essa justificativa, mas a elite não vai fazer coro como fiz no ano passado. 

O senhor acha que é possível tocar as reformas neste ano? 
Primeiro, que reforma? A gente vê certo consenso sobre a necessidade de reforma, mas quando você vai ver a reforma que se propõe é um Deus nos acuda. A necessidade de reforma tributária é 100%. Mas é uma reforma tributária que recupera a capacidade de um orçamento que faça jus às despesas, que reduza o déficit do País? Isso significa aumentar as receitas. Nessa hora, a classe empresarial vai dar um pulo com muita justa razão. Simplificar é um ponto consensual, unificar a cobranças dos tributos, mas isso não fará muita diferença com os números. E uma reforma tributária que não faça diferença nos números não é lá essas coisas, mas de qualquer forma para reduzir a burocracia é razoável. 

Então, na visão do senhor, 2021 vai ser difícil? 
Acho que será um ano dramático para a economia brasileira.  

O ex-ministro Ciro Gomes tem apontado motivos, inclusive nas redes sociais, que poderiam levar o presidente Jair Bolsonaro ao impeachment. E o senhor disse que não compactua muito com essa ideia. O PDT vai discutir mais internamente o pedido de impeachment? 
O PDT já discutiu e deliberou pela defesa do impeachment. Se houver qualquer deliberação (sobre o impeachment), prevalecerá a decisão partidária, mas, enquanto não houver essa decisão, tenho ponderado que a gente não pode vulgarizar um instrumento que, ao meu juízo, é para ser utilizado em oportunidades extraordinaríssimas. Até para que isso não se vulgarize e seja usado como fato ideológico. Alguém progressista assume o poder, e com isso vulgarizado por questões ideológicas, alguém vai querer justificar o impeachment, usando um pano de fundo como corrupção. Deve ser o último recurso e em raríssimas exceções. A não ser que mudemos a nossa Constituição e instalemos o sistema de recall, que é aquele que você num dado momento, a partir de uma maioria no Congresso Nacional, pode pedir que o povo se pronuncie pela permanência ou não de quem está no mandato. Só quem pode dar ou tirar o mandato é o povo. O Congresso tira através de impeachment, justificado por um fato extraordinário que é descrito lá na Constituição, crime de responsabilidade administrativa... A Dilma Rousseff (ex-presidente, do PT), por exemplo, eu tenho convicção de que ela não cometeu crime de responsabilidade administrativa, mas foi uma desculpa para segmentos mais conservadores. Não que o governo dela estivesse bom, não estou dizendo isso, mas a democracia é isso. O ‘recall’ pode acabar com isso, não impeachment. 

E essa decisão do PDT de apoiar o Rodrigo Pacheco (DEM) no Senado. Quais são os compromissos que ele deve assumir com a maioria dos senadores, ele tendo o apoio do Governo Bolsonaro? 
O Senado tem algumas diferenças profundas em seu processo de sucessão em relação à Câmara. Qualquer um dos dois (Rodrigo Pacheco e Simone Tebet, do MDB) representará bem o Senado. Digo isso não pelo arco de forças que cada um fez no seu entorno. O MDB é um partido que tem certa objeção de minha parte, mas a Simone é uma pessoa diferenciada dentro do MDB. Como todo partido, o MDB também tem bons quadros.  O arco de forças que está em torno da candidatura do Rodrigo, muito em função do Davi (Alcolumbre), porque ele foi um presidente habilidoso, é muito eclético. Você vai ter desde um partido em que está filiado o filho do presidente (da República) até o PT, passando pelo PDT. Mais do que uma notícia de que tem o apoio do Bolsonaro, a gente sabe que o Rodrigo tem um comportamento, ao longo desses dois anos, que é de independência, que é o que nós queremos. A Simone tem esse perfil também. Portanto, lá na eleição no Senado, estou tranquilo. Votarei com entusiasmo no Rodrigo, acreditando que ele marcará a sua gestão por independência e, naturalmente, por respeito às minorias que lá militam.  

Na Câmara, com todo o respeito, nenhum dos dois tem o perfil ideal. O Baleia (Rossi) é do MDB. Não por isso, mas ele tem um perfil muito voltado para São Paulo. Embora seja presidente nacional do MDB, ele está muito aquém de ser uma liderança como é o Rodrigo Maia. E a gente do PDT vai votar na candidatura do Baleia, muito em atenção ao Rodrigo (Maia), ao trabalho que fez quando foi presidente. Há algumas queixas aqui e acolá, mas ele colocou a Câmara em uma postura de independência em relação ao Governo Bolsonaro. O Arthur (Lira), o outro candidato, é pessoalmente comprometido com o presidente, a gente vê com que frequência ele pede vista, com que frequência ele apoia as matérias, mesmo essas mais ridículas, do Governo Bolsonaro. Mas esse é o menor dos seus defeitos.

Eu o considero um novo Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara que cumpre prisão domiciliar). É o mesmo estilo, da esperteza, da falta de compromissos com o País e unicamente está pensando em arrancar benefícios do Governo, seja através de cargos ou verbas. Ele sendo eleito, o próprio Bolsonaro está dando um tiro no pé, porque ele será o líder da chantagem ao Governo Bolsonaro.  
No Ceará, o PP, que é o partido do Arthur Lira, é aliado do senhor. Há algum constrangimento sobre essa posição? 
De maneira nenhuma. Eu respeito, afinal o deputado AJ (Albuquerque) é do PP e é muito ligado a ele pessoalmente. Isso não significa que eu vá deixar de dar minha opinião. 

O senador Tasso Jereissati tem uma visão em relação à eleição para o Senado e a Câmara de que as instituições têm que trincar os dentes, porque Bolsonaro pode ir para cima. O senhor concorda que precisará de independência? 
Independência, para mim, é pré-requisito. E não é da fala para frente, é da prática para trás. O Rodrigo Maia: muito embora esteja no seu primeiro mandato, tem dois anos lá. É só ver como ele votou nesses dois anos, se foi uma coisa de absoluto alinhamento com o Governo Federal ou se foi, como vi que foi, uma linha do ponderado, do razoável. Estou tranquilo. Tasso está correto, a gente deve sempre ter zelo pela democracia, independentemente de quem esteja. Sendo o Bolsonaro (o presidente), mais zelo, mais cuidado a gente tem que ter. Se dependesse só dele, não tenha dúvidas que ele já teria arrumado um jeito de envolver os militares. Ele tem sido frustrado pelo Exército, que é a força maior das Forças Armadas, que já deu declarações, exemplos práticos, de que não adere a essa tese, por mais encantador que seja o comportamento do Bolsonaro em relação a eles.

Temo muito mais as milícias e segmentos mais radicais de Polícias. Iniciativas como essa que estão em votação na Câmara, de tirar a hierarquia, o comando dos governadores em relação às polícias militares, vejo como um gesto muito mais preocupante, embora eu tenha também tranquilidade de que não há clima para isso. 
O senhor acha que a condução da crise na pandemia vai ser decisiva para sucessão em 2022?  
Torço muito. Torço muito para que no Brasil, na eleição de 2022, a gente enxergue a pandemia como algo mais distante, já superado. Esse ano será decisivo. Espero que se paute a eleição de 2022 por um projeto nacional. Sonho que o Brasil faça da eleição um momento de realmente pensar no futuro e que seja menos passional, menos superficial como foi nessa última eleição (de 2018).


Foto: Thiago Gadelha
O senhor acha que o caminho é uma candidatura de centro? Ciro Gomes já foi colocado como possibilidade. Parece que a centro-esquerda e a centro-direita estão mais próximas do que em momentos anteriores. 
Os partidos não estão maduros no Brasil. Isso gera quadros de muitas candidaturas. A próxima (eleição) ainda será assim, com muitas candidaturas. Apesar de às vezes ter uma sazonalidade, a tendência (da popularidade do presidente), ao meu juízo, será sempre declinante e pode até excluí-lo de um eventual segundo turno. Vamos ver como vai acontecer esse desgaste, mas não tenho dúvida de que ele vai descer ladeira abaixo no que diz respeito à sua popularidade.  Isso, em se tratando do Ciro, de alguma forma ajuda, de outro ponto atrapalha.  

Em política não existe uma verdade absoluta e não tem como a gente projetar a longo prazo. Se fosse uma ciência, a gente colocava no computador e ele dizia como que era. É uma arte.  
Vão ter muitas candidaturas. Diferentemente das eleições passadas, em que você tinha vários partidos com muito tempo de televisão, e o PDT numa faixa bem abaixo, isso não é mais uma realidade. Isso ajuda a candidatura do Ciro. Modéstia à parte, dentro os nomes colocados é o que tem mais preparo, mais conhecimento do Brasil, é o que tem trabalhado por mais permanência. Ele tem vantagem sobre os candidatos que se falam. (João) Dória, para se cogitar como candidato viável, primeiro tem que melhorar sua performance lá em São Paulo, que é muito ruim. Enquanto ele ficar lançando mão desses instrumentos marqueteiros ridículos, outdoor com a vacina, ficar olhando a aprovação da Anvisa e na hora seguinte vacinar só para dizer que foi o primeiro; sinceramente não acredito que isso renda muita popularidade, o expõe como um oportunista. E aí vai ter Luciano Huck, o animador de auditório. O povo brasileiro está cada vez menos tendente a isso.  

Mas o PDT vai procurar dialogar para unir muito mais? 
Claro. Nós já procuramos partidos conservadores, de centro e até de direita na eleição passada. O que nós defendemos, o que o Ciro defende é um grande pacto nacional, um grande projeto nacional, porque ninguém governa sozinho. A nossa administração aqui no Ceará, onde temos o apoio do DEM, do PP, do PL, de vários partidos tidos de centro ou de direita, não fez necessariamente com que a gente abrisse mão de princípios éticos, morais e de um projeto que está acima dessas coisas. E é isso que nós defendemos para o Brasil.  

O PT já há um tempo deixou de pensar num projeto nacional e pensa na sua sobrevivência enquanto partido. Objetiva e pragmaticamente, o critério que assegura ao partido a sua sobrevivência é o Fundo Partidário. E isso é o que o PT hoje considera importante. Então, lançar candidato a presidente, para eles - salve um melhor juízo ou uma reavaliação do futuro, que eu torço para que aconteça - é um pré-requisito para que façam uma base boa de deputados, que é o que vai dar mais fundo partidário para eles e isso retroalimenta o partido. Acho que eles terão candidato, embora eu torça para que eles ponderem e vejam o exemplo da Argentina. Não que esteja bem, não estou analisando isso. Na última eleição para presidente, a (ex-presidente) Cristina Kirchner, comparando com o Lula, aqui no Brasil, é popularmente uma força maior do que o que foi candidato a presidente (Alberto Fernández). Se a Kirchner fosse candidata, ia acabar fazendo com que se elegesse um candidato conservador, reacionário. Ela teve essa visão e apoiou um candidato que tinha um potencial individualmente menor do que o dela em relação a partido, mas sem um teto. Aqui se aplicaria perfeitamente ao Ciro.  

Na eleição no Ceará e em Fortaleza, o PDT saiu com uma maior força do Estado. Mas em algumas cidades importantes, os aliados do partido perderam essa eleição. Qual avaliação que o senhor faz da eleição de 2020 no Ceará? 
Seria pretensão demais a gente querer ser o maior partido e ainda dizer qual vai ser o aliado nosso que vai ganhar. Não temos do que nos queixar. Fizemos a maior quantidade de prefeitos. A gente sempre teve o cuidado de não fazer com que o partido pense só em quantidade, a gente prima também pela qualidade dos nossos quadros e também achamos que não devemos ser hegemônicos. Nossa história aqui é de governar com alianças e esse é nosso ensinamento, a nossa orientação aos nossos aliados. Nós lançamos candidatos em 89 cidades, e ganhamos em 63. É um índice de vitória bastante elevado. Mas dos 184, em 95 cidades nós apoiamos outras candidaturas. Em alguns lugares ganhamos, em outros é natural que a gente perca. Marcou muito, para mim, Caucaia, onde nós apoiamos o PSD, mas teve um episódio lá na véspera de eleição que acabou sendo decisivo para a derrota do Naumi (Amorim). 

Em Fortaleza, surpreendeu a diferença pequena entre o Sarto e o Capitão Wagner? 
Se você vir a foto como um instantâneo, é claro que isso (surpreende). Mas se você olha como um filme, o filme é muito bom. Você começar com 7% e terminar com 51,4% é um belo roteiro. Agora, se você olhar só o instantâneo do segundo turno... As pesquisas mostravam uma diferença de 20%. Houve um conjunto de fatores: expectativa muito forte de vitória gera acomodação, isso de 'já ganhou' e não precisa mais trabalhar, não precisa mais ir para rua, é o primeiro fator - vitória de véspera. Segundo fator: elevação da abstenção. E geralmente quem não vai votar é aquele que acha que já ganhou. O terceiro fator é a coisa da decisão no dia. Gente que fala: 'Estava até pensando em votar no Sarto, mas esse cara aí já é o poder no Estado, no município, então só de mal eu vou votar no outro'.  

Muito se falou que o Sarto era o “candidato dos Ferreira Gomes”. O que se notou é que nem o senhor nem o Ciro participaram tão ativamente da campanha, pelo menos dos holofotes. Por que vocês não participaram e qual avalição que o senhor tem sobre esse tipo de análise de “candidato de Ferreira Gomes”? 
O psicológico coletivo e a relação disso com o poder é uma relação sempre em detrimento do "cacique". Sinceramente, não me considero um cacique, não me considero um oligarca, não tenho prática disso, não tenho vaidade disso. Mas a mentira repetida muitas vezes acaba pegando. E a gente de fato é poder, e já é poder há algum tempo. O que a gente faz nessas horas? É muito melhor ser mais discreto. Primeiro, porque já tem quem diga que o candidato é nosso. A oposição já vai dizer que o candidato é nosso. Então, os que são simpáticos à gente já votam. Para que ficar intimando com a oposição? Leva-se em conta também a pandemia. O Ciro foi chamado para participar de campanha no Rio, em São Paulo, em Aracajú, em Natal, em diversos locais do Brasil. E eu fui muito demandado para participar de diversas campanhas do interior. Não queremos nos alvorar de sermos as figuras onipresentes. Nunca quisemos isso, não temos vaidade com isso.  

As figuras mais importantes nessa eleição municipal, os líderes mais populares, são dois líderes que nós demos oportunidade: o Camilo Santana (governador do Ceará, do PT), que até pouco tempo ninguém conhecia e dizia que era um pau mandado dos Ferreira Gomes, e o Roberto Cláudio (ex-prefeito de Fortaleza, do PDT), que também pouca gente conhecia e dizia que era pau mandado. Nenhum dos dois é pau mandado de Ferreira Gomes, até porque nós não queremos pau mandado. Nós queremos é descobrir vocações e estimular essas lideranças.
Os dois maiores líderes eram eles - o Camilo estava impedido no primeiro turno e o Roberto concentrou a campanha pensando nisso. Nós discutimos (a campanha) como colaboradores, como estrategistas, como emissores de opinião, espectadores.   

Em 2022, tem o PT, o senhor é aliado do Camilo. Defende a manutenção dessa aliança local para o Governo do Estado? O PT vai querer ter cabeça de chapa ou o PDT? 
Acho que não tem ninguém burro na política. O burro na política já está fora dela há um bom tempo. Então, quem está na política há mais um tempinho é porque já tem o mínimo de bom senso e compreensão da realidade. Já disse várias vezes ao (José) Guimarães (deputado federal), a quem eu considero a maior liderança do PT aqui, que as nossas diferenças no plano nacional não devem nos afastar no plano estadual. Não nos afastaram nunca em Sobral. Nós de novo reproduzimos lá uma aliança da qual o PT participa e defendo que não nos afaste do plano estadual. Espero que o PT estadual consiga separar uma coisa da outra. 

Vai completar um ano do episódio da retroescavadeira, em 19 de fevereiro. Como o senhor avalia aquele ato? 
Tudo que aconteceu lá em Sobral é uma sequência de fatos que me levaram àquela situação. Eu estava na minha casa e fui demandado. Ligou um, dois, três, quatro, cinco, seis dizendo que estava acontecendo um absurdo lá em Sobral. Policiais, marginais sem fardas em carros da Polícia...  No telefone era: 'olha aqui o que está acontecendo em Sobral'. Eu procuro o prefeito (Ivo Gomes, do PDT), e o prefeito tinha ido para São Paulo, porque tinha sido chamado lá pela Fundação Lemann, que é um órgão que tem ajudado muito na Educação lá em Sobral e ele não podia deixar de ir.  

O prefeito não está e eu me sinto defensor de Sobral eternamente. Tudo que eu fizer por Sobral não é nada diante do que Sobral me deu. E aí resolvi ir para Sobral. Chegando lá, me mostraram (a situação). Eu disse: ‘Vamos andar lá pela rua e quem fechou o comércio abra’. Foi mobilizada a Guarda Municipal, fizemos uma reunião no aeroporto, foi manifestado que a Polícia Civil estava ajudando também. E a nossa visita na rua era uma visita de tranquilização. E aí, num dado momento, pedi para entrar à direita na rua Giocondo. Não podia, porque tinha o binário e a rua agora é no outro sentido. Então, tem que dobrar na outra (rua). Avistamos o quartel. Já tinha dois movimentos lá. E era em uma rua, ao contrário do que muita gente diz, não era dentro do quartel.  

A única coisa de que eu me arrependo - cometi um ato de violência: puxei pela gola uma pessoa que estava lá, o único que estava sem máscara, que era um vereador lá de Sobral, sargento da Polícia.
Não devia ter feito isso. Isso me custou um murro. Outra pessoa covardemente me deu um murro na boca. Vi que não podia reagir ao murro porque eu tinha feito o primeiro ato de violência, embora atos diferentes porque uma coisa é você puxar alguém pela gola da camisa e outra é você levar um murro. Não tinha familiares, é mentira dizer isso. Só estavam eles (policiais) lá mesmo. Tinham armado uma barricada, e o que eu fiz foi romper a barricada. Se você me perguntar se eu faria de novo, se essa sucessão de fatos tivesse acontecido, eu faria.  

Cid baleado
Legenda: Cid baleado após episódio com a retroescavadeira em Sobral
Foto: Reprodução
Teve uma investigação sobre esse seu caso? O senhor chegou a ir? 
Não quero nem saber. Nunca fui intimado. Não sei se tem alguma coisa contra mim, mas não quero mover nada contra ninguém, porque não me interessa. Levei dois tiros e não creio que os dois tenham vindo da mesma arma, não fui atrás de saber de balística. Nunca fui atrás e nem quero saber. Meu estilo é esse. Tendem a dizer que a gente (família) é oligarquia. Fui presidente da Assembleia (Legislativa do Ceará), prefeito (de Sobral), governador. Me diga uma pessoa que eu persegui, que possa dizer que eu usei o poder, usei a máquina para fazer algum mal? E olha que adversário você sabe que não falta. Tenho muito mais amigo que adversário. 

Em relação ao seu futuro político, o senhor está em um mandato de senador. O que o senhor pensa para o futuro? 
O Ciro não gosta que eu diga isso, mas eu digo com toda tranquilidade: não quero mais ser candidato a nada. Ele diz 'homem, tu não pode falar isso, não'. Aí eu digo: 'eu falo, eu falei a vida inteira o que eu penso'. Eu tenho um mandato ainda de senador, são seis anos pela frente, porque o mandato de senador são oito anos. Vou procurar exercê-lo até o fim, honrar a confiança dos cearenses até o último dia. Não estou com raiva da política, não estou chateado, não estou decepcionado. Nada disso. A política, para mim, é mais do que uma vocação e, pela vocação, me sinto na obrigação de militar na política. Militar na política é militar na vida pública, é dar a sua parcela, a sua contribuição, dar a sua energia para ajudar as pessoas a ter uma vida melhor. Me sinto na obrigação. Hoje, por gratidão. Já foi uma vaidade? Claro. Quem não tem uma vaidade? Já fui governador do Estado, reeleito, isso deixa na gente um orgulho, uma vaidade. Sou devoto de madre Teresa de Calcutá, por mais que me esforce para ser desprendido.  

Não quero mais ser candidato, mas vou continuar na política com uma preocupação: de ser ‘headhunter’, caçador de talentos, caçador de boas cabeças na política. Essa é a obra mais definitiva, você fazer algo pelas pessoas.  
Hoje, uma pessoa vai em um hospital do Cariri que foi feito no meu Governo, vai em Sobral em um hospital que foi feito no meu Governo. Você anda em uma estrada aqui do Ceará, metade dela foi feita no meu Governo. Se vai em uma policlínica, todas foram feitas no meu Governo. Se vai em um CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), 70% foram feitos no meu Governo, Centro de Eventos... Metrô da Linha Leste vai acontecer, o Acquario, mais dias, menos dias, vão fazer. Espero que se faça, porque é uma oportunidade para a gente desenvolver mais a nossa vocação turística. Há frustrações, coisas que aconteceram, coisas que não aconteceram. Tudo isso é importante, mas mais importante é você dar oportunidade para boas pessoas. Você descobrir um Roberto Cláudio - outros poderiam ter descoberto, porque ele era novo demais, mas eu descobri. O Camilo, um rapaz inteligente, talentoso, tem espírito público, teve a oportunidade porque eu dei. Se não, não teria. E o que eu quero é continuar fazendo isso. E isso eterniza algo. Uma coisa é a obra, a obra é importante, mas colocar na vida pública mais pessoas boas é ainda mais importante, porque eterniza as suas ações.  

No Ceará, a gente tem uma certa de tradição de famílias na política. Por que a família Ferreira Gomes não tem uma segunda geração de políticos? É uma orientação de vocês? 
Nos Estados Unidos também tem. Os Kennedys eram três irmãos, o John, o Robert e o Ted. Um foi presidente, o outro foi candidato a presidente e mataram porque ele ia ser presidente também. E tinha um quarto que morreu na guerra, e era o que o pai tinha pensado para ser presidente. Os Bush foram presidentes da República, Bush Pai e Bush Filho, que ainda teve um irmão que foi governador da Flórida.  

Não é orientação. Assim, só posso falar dos meus (filhos). Tenho um filho de 23 anos que faz Física. Ele fazia engenharia e resolveu mudar para Física. Nem estimulo, nem desestimulo. O meu grande esforço enquanto educador, pai, é criar condição das pessoas serem independentes. Tenho pavor a ser pessoalmente dependente e estimular dependência nos outros. Então, muitas vezes, sou duro na educação, mas é porque quero que os meus filhos sejam independentes, e independência número 1 é escolher o que se quer do futuro.  


Fiocruz adia doses da AstraZeneca para março após atraso de insumos. A medida limitará a quantidade de doses para a imunização dos grupos de risco e diminuirá o ritmo da campanha de vacinação. Medida pode impactar na campanha de vacinação que começou no país

RESUMINDO A NOTÍCIA
Fiocruz adia para março entrega das primeiras doses
Medida diminuirá o ritmo da campanha de vacinação
Princípio ativo não foi liberado pelo governo chinês
Informação consta de ofício enviado ao MPF
Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) adiou de fevereiro para março a entrega das primeiras doses da vacina da AstraZeneca a serem produzidas no Brasil devido ao atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da China. A medida limitará a quantidade de doses para a imunização dos grupos de risco e diminuirá o ritmo da campanha de vacinação iniciada nesta semana no país.

A informação sobre o atraso consta de ofício enviado pela Fiocruz ao Ministério Público Federal no âmbito de apuração dos procuradores sobre o andamento dos trabalhos para a vacinação no país contra a covid-19, informaram a Fiocruz e o MPF.Inicialmente, a Fiocruz esperava entregar o primeiro 1 milhão de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford produzidas pela fundação entre 8 a 12 de fevereiro, mas esse calendário contava com a chegada em 9 dejaneiro do insumo a ser importado da China.

O princípio ativo, no entanto, ainda não foi liberado para exportação pelo governo chinês, em meio a uma soma de questões burocráticas e necessidade da China de suprir seu próprio mercado com vacinas, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters.

Além disso, as relações entre Brasil e China passam por um mau momento durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, que criticou diversas vezes a vacina chinesa CoronaVac, atualmente a única disponível no Brasil, e também irritou a China por sua intenção de bloquear a chinesa Huawei de participar no fornecimento de equipamentos 5G no Brasil.

No ofício ao MPF, a Fiocruz informa que a chegada do IFA está prevista para 23 de janeiro e que estima que as primeiras doses serão disponibilizadas ao Ministério da Saúde no início de março.

"Estima-se que as primeiras doses da vacina sejam disponibilizadas ao Ministério da Saúde em início de março de 2021, partindo da premissa de que o produto final e o IFA apresentarão resultados de controle de qualidade satisfatórios", disse a Fiocruz no ofício.

Em nota, a fundação disse que, apesar do atraso, segue com o compromisso de entregar 50 milhões de doses até abril, de um total de 210,4 milhões este ano.

De acordo com a Fiocruz, serão necessárias de três a quatro semanas para a entrega do primeiro lote de vacinas após a chegada do IFA: uma semana para a produção e as demais para controle de qualidade e documentação.

"Importa mencionar que o período de testes, relativos ao controle de qualidade, está estimado em 17 dias, contados da finalização da respectiva etapa produtiva, acrescidos de mais 2 dias de análise pelo INCQS", acrescentou o ofício, referindo-se ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.

A Fiocruz já havia adiado a apresentação do pedido final de registro da vacina junto à Anvisa, que estava previsto para 15 de janeiro. A fundação disse que espera agendar reunião nesta semana com a agência para fazer o pedido de registro definitivo.

Diante dos atrasos, a Fiocruz e o Ministério da Saúde tentam viabilizar a importação de 2 milhões de doses prontas da vacina da AstraZeneca produzidas pelo Instituto Serum, da Índia, mas também têm enfrentando atrasos.

O avião que deveria ter decolado na semana passada para buscar os imunizantes no país asiático ainda não decolou, uma vez que a Índia tem priorizado a vacinação de sua própria população. Nesta terça, a Índia anunciou que começará a exportar a vacina quarta-feira, mas os primeiros lotes irão para países vizinhos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o acordo indiano com os vizinhos trata-se de “fornecimento assistencial", enquanto o acordo do Brasil é comercial e passa atualmente por fase de licenciamento aduaneiro.

A vacina produzida na Índia recebeu autorização para uso emergencial da Anvisa no domingo, assim como a CoronaVac, da chinesa Sinovac, que já começou a ser aplicada no país.

O Brasil depende da produção de vacinas da Fiocruz para conseguir vacinar em massa a população.

Apenas para vacinar os três grupos prioritários --trabalhadores de saúde, idosos, indígenas e pessoas com morbidades-- são necessárias 104,2 milhões de doses de vacina, para um total de 49,6 milhões de pessoas, de acordo com o plano de vacinação do governo federal.

Atualmente o Brasil dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina da Sinovac.

A previsão da Fiocruz é produzir 100,4 milhões de doses com os insumos importados no primeiro semestre, e outros 110 milhões na segunda metade do ano já com insumo próprio, mediante acordo de transferência de tecnologia.

No domingo, após a Anvisa aprovar o uso emergencial das vacinas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a responsabilidade de entregar o IFA era, por contrato, da AstraZeneca, e que o governo estava auxiliando nas tratativas.

Segundo a AstraZeneca, no entanto, o compromisso da empresa era entregar insumos para 15 milhões de doses entre janeiro e fevereiro. A empresa acrescentou, em nota, que "continua trabalhando para liberar os lotes planejados de IFA para a vacina o mais rápido possível".

Sem a vacina da Fiocruz, o Brasil iniciou a imunização esta semana com a vacina da chinesa Sinovac, que é parceira do Instituto Butantan.

Diferente da Fiocruz, que é ligada ao governo federal, o Butantan --vinculado ao governo de São Paulo, comandado por João Doria, desafeto e rival político de Bolsonaro-- recebeu insumos da China para produção de 4,8 milhões de doses, além de ter importado 6 milhões de doses prontas.

Os insumos do Butantan, no entanto, se esgotaram e o instituto agora também depende da exportação pela China. O presidente do Butantan, Dimas Covas, cobrou nesta terça-feira de Bolsonaro que atue para agilizar a liberação do produto pelo governo chinês.

Conheça as 18 ações com maior potencial de lucros em 2021 – e saiba por que a bolsa está em um grande momento para captar ganhos Ibovespa ainda não voltou ao patamar pré-crise em dólares, o que revela um potencial de alta expressivo daqui para frente – em especial para carteiras como a de Max Bohm, responsável por triplicar o patrimônio de investidores nos últimos anos

IRB Brasil - 160% (22/03/2018 - 20/05/2019);
Intermédica - 144% (20/12/2018 - 16/01/2020);
Itaú - 143% (03/09/2015 - 04/08/2020);
Cogna Educação - 115% (10/09/2015 - 31/08/2017);
CSU Cardsystem - 102% (15/12/2016 - 09/05/2018);

Analista observando os gráficos de ações
que esperar dos investimentos em 2021? Ninguém tem bola de cristal para cravar o que vai acontecer, mas dá para falar que alguns sinais do mercado já apontam que você precisa fazer ajustes na sua carteira para surfar numa possível onda de lucros da bolsa brasileira.

Um dos principais fatores para explicar isso é analisar o Ibovespa não pelo seu valor em reais, mas em dólares, que é o que realmente importa por se tratar de uma moeda forte e, portanto, refletir a evolução do índice na visão dos investidores estrangeiros.

No final de 2019, o Ibov estava em 26 mil pontos em dólares. No auge da crise do coronavírus, atingiu os 12 mil. E agora ele está na casa dos 22 mil. Ou seja, a B3 ainda não voltou para o patamar pré-crise na moeda norte-americana.

“Isso significa que ainda existe uma diferença grande para ser capturada por você em forma de lucro. O fato incontestável é que hoje estamos muito abaixo da média, e os preços ainda não se recuperaram totalmente. Isso abre uma grande oportunidade”, explica o analista de investimentos e mestre em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Max Bohm.
Reformas indicam que você deve se posicionar nas ações com maior potencial

Vale lembrar que o Ibovespa chegou em dezembro de 2019 com 112 mil pontos e analistas previam que o índice poderia bater os 300 mil pontos em alguns anos, até aparecer a pandemia e derrubar os preços.

Desde então já não se sabe mais qual patamar a bolsa pode atingir. No entanto, é possível vislumbrar um cenário otimista não só diante da oportunidade de upside em dólares, mas também pelas reformas que estão se desenhando.

A maior consultoria política do país, a Arko Advice, sinaliza em relatório exclusivo para assinantes da Empiricus que podemos ter a reforma administrativa e tributária no primeiro e segundo semestres, respectivamente. 

“Isso anima o mercado. Com essa perspectiva, o dinheiro gringo voltou a entrar na nossa Bolsa. E é esse dinheiro que faz toda a diferença”, afirma Bohm. “Estamos no exato ponto que separa uma crise de uma oportunidade de aumentar seu patrimônio”, diz Bohm.

Em outros momentos que Bohm previu oportunidades de multiplicação como agora, ele mais que dobrou o patrimônio de seus leitores com indicações de sua série Melhores Ações da Bolsa, que acumula um ganho médio de 210% nos últimos seis anos - sem contar os lucros pontuais. Veja alguns exemplos:

Ou seja, para entrar em 2021 alinhado aos gatilhos de alta, assim como ocorreu em outros momentos, é necessário estar posicionado nas ações com maior potencial de upside. 

É por isso que, seguindo a mesma filosofia, Bohm identificou um perfil de multiplicação, proteção e bons pagamentos de dividendos em 18 ações, que ele e sua equipe de analistas julgam ser as que mais podem entregar lucros em 2021 em meio às mais de 500 da bolsa brasileira (conheça aqui).

Todas apresentam potencial de alta de até 100%. Além disso, 5 delas compõem a maior parte do portfólio e são consideradas o filé mignon da carteira.

Foi com iniciativas como a de agora que Max Bohm mais que triplicou o patrimônio de seus leitores, rastreando e analisando os gatilhos de alta da bolsa full time com sua equipe da série Melhores Ações da Bolsa.

Só neste instante, por exemplo, Max Bohm está entregando ganhos de até 160% para os seus seguidores, com ações que ainda não completaram a curva de crescimento, como você pode ver na coluna “target” da tabela abaixo.

Uma das ações, aliás, foi adicionada recentemente, em 16 de dezembro, com potencial de alta de 35% - você pode conferir a análise completa por meio deste link, por sete dias sem compromisso. Oportunidades assim são indicadas com certa frequência para os leitores da série.

De onde veio a seleção de 18 ações para 2021?

Escolher ações e bater os principais índices de referência do mundo, como Max Bohm vem fazendo nos últimos seis anos na série Melhores Ações da Bolsa, não é uma tarefa fácil, principalmente após atravessar o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, a turbulência econômica do governo petista e a atual crise do coronavírus - situações que mexeram com a bolsa.

Esses foram momentos de grandes oportunidades para profissionais e de medo para amadores. E foi aí que Bohm ajudou a elevar o padrão de vida de pessoas comuns, como você.

Mesmo com os cenários nebulosos, os 210% de valorização de sua carteira na série Melhores Ações da Bolsa, entre 4 de dezembro de 2014, quando foi criada, e 01 de dezembro de 2020, foram capazes de bater o Ibovespa (120%) e os principais índices do mundo, o Nasdaq (168%) e o S&P 500 (80%), no mesmo período. 

Diante dos resultados, vêm as perguntas que não querem calar… como atingir esse resultado? E de onde veio a seleção das 18 ações para 2021 com a intenção de repetir ou superar as performances dos últimos anos?

É claro que lucro passado não é garantia de ganho futuro, mas Bohm explica que os bons números combinaram (e estão combinando) dois fatores indispensáveis: pertencem a boas empresas e são oferecidas a preços baixos - algo difícil de encontrar...

“Para entrar numa sociedade, você vai querer estar numa empresa sólida, com potencial de crescimento, sem precisar pagar caro demais pela sua fatia do negócio. Se uma empresa é extraordinária, é provável que muita gente já tenha percebido isso e seu preço seja alto”, afirma.

“Se a ação está barata demais, é porque o mercado acredita que ela é ruim, ou está passando por um mau momento. Isso mostra o quão difícil é encontrar oportunidades realmente boas”, completa.

Assim, é no meio dessa situação complexa que Bohm entra para fazer a diferença. Ele e sua equipe da série Melhores Ações da Bolsa vêm rastreando ao longo da pandemia as empresas com modelos de negócio robustos, geração de caixa saudável, balanços sólidos e perspectivas de crescimento preparadas, em termos operacionais e financeiros, para se recuperarem da crise atual e dar lucro. 

O objetivo é entregar análises completas livres das ciladas e riscos desnecessários, que podem estar escondidos em alguns balanços corporativos. Lembrando que em nenhum momento a Empiricus toca no seu patrimônio. Será tudo feito por você. A casa de análise apenas dá as orientações.

Uma lista de 18 ações com potencial de alta de até 100% a um clique de você

Neste cenário de oportunidades, vale destacar que nem toda ação vai crescer ou está em um bom momento de compra. Muitas estão caras, outras contam com executivos de qualidade duvidosa e algumas estão longe de atingir múltiplos atraentes.


Bruno Covas contra o câncer prossegue e prefeito se afasta do cargo por dez(10) dias e volta na sexta-feirra dia 29 de janeiro de 2020. O vice Ricardo Nunes (MDB) assume pela primeira vez..

 Ele está sendo submetido a mais uma sessão complementar de quimioterapia. É um tratamento no qual se utilizam de radiciações de  ions para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. O câncer foi diagnosticado no cárdia, entre o estômago e o esôfago.

Leia mais: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/26300/a-luta-de-bruno-covas-contra-o-cancer-prossegue-e-prefeito-se-afasta-do-cargo


COVID NA EUROPA

 CNM 
Alemanha está preparando campos, para guardar as pessoas com COVID-19.

Noruega tem ao menos 13 idosos mortos após receberam vacina da Pfizer 
"No entanto, o próprio órgão ressaltou que, como a campanha de imunização é voltada a hóspedes de asilos com patologias graves, "é esperado que algumas mortes possam ocorrer perto da vacinação".

"Na Noruega, morrem em média 400 pessoas por semana em casas de repouso", diz o comunicado. Segundo a agência Bloomberg, a Pfizer e a Biontech estão trabalhando com as autoridades do país nórdico para investigar as mortes."

Fonte: Terra

Vacinação em Sobral: agente de saúde e técnica em enfermagem são imunizadas contra Covid-19 Escrito por Redação, 22:09 / 18 de Janeiro de 2021. Atualizado às 07:00 / 19 de Janeiro de 2021 Profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à doença e idosos que residem em asilos serão contemplados na 1ª fase

Agente de saúde Ana Maria do Nascimento, de 64 anos, foi a primeira a receber o imunizante no município.
Depois de Fortaleza, Sobral é a primeira cidade a receber imunização contra a Covid-19 no Ceará. A agente de saúde Ana Maria do Nascimento, de 64 anos, foi a primeira pessoa vacinada no município da Região Norte do Estado, na noite desta segunda-feira (18). Além dela, a técnica de enfermagem Francisca Elenilda Rodrigues Garcia, de 53 anos, também recebeu a primeira dose do imunizante durante solenidade de lançamento da vacinação na Cidade.
Lote do imunizante chegou ao município na noite desta segunda-feira (18).
O município sobralense recebeu 2.251 doses, as quais, neste primeiro momento, serão dirigidas apenas a profissionais da saúde da linha de frente de combate à Covid-19 (em UTIs, emergências e enfermarias) e idosos que residem em asilos. A vacinação ocorre no hospital de campanha Dr. Alves.



Como será a vacinação em Sobral

Conforme a Secretaria da Saúde de Sobral, os outros profissionais de saúde e idosos com mais de 75 anos — estes em suas residências — receberão a vacina em breve. A data, entretanto, ainda não foi divulgada.



Na segunda fase do grupo prioritário estão os idosos de 60 a 74 anos. Pessoas com comorbidades estarão na terceira fase.

Os profissionais de salvamento, funcionários do sistema prisional, pessoas privadas de liberdade, professores, policiais e guardas municipais serão contemplados na quarta e última etapa.
Como ser vacinado

Os profissionais de saúde de Sobral devem requerer o agendamento da sua vacinação por meio do site da Prefeitura de Sobral e ficar ao aguardo da data e do horário — ambos serão enviados por e-mail. De acordo com a secretária da Saúde, Regina Carvalho, a vacinação deverá ocorrer nos mesmos locais. Idosos, no entanto, não precisarão fazer o agendamento. É necessário ter cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS).

O tempo de intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina é de 14 a 28 dias.
Vacinação no Ceará

As primeiras doses da vacina CoronaVac chegaram ao Ceará no fim da tarde desta segunda-feira. A técnica de enfermagem Maria Silvana Souza Reis, de 51 anos, foi a primeira vacinada contra a Covid-19 no Ceará. Ela atua no Hospital Leonardo da Vinci, na Capital, na linha de frente de combate à doença.

Época faz ataque gravíssimo ao governo e ao Exército, instituição se manifesta e exige retratação

General Edson Leal Pujol, atual Comandante do Exército Brasileiro
O General de Divisão e Chefe de Comunicação Social do Exército brasileiro, Richard Fernandez Nunes, encaminhou à editora-chefe da revista Época (periódico pertencente ao Grupo Globo), Ana Clara Costa, nesta segunda-feira (18), carta exigindo que o “jornalista”, Luiz Fernando Vianna, se retrate das acusações que ele fez às forças armadas em texto publicado no domingo (17).

Entre as graves acusações que o comunicador garante terem ocorrido, ele cita uma, em particular, de causar espanto a qualquer pessoa – mesmo aqueles que se dizem “esquerdistas roxos”.
“...Só agora e, quase à revelia dele (Eduardo Pazuello), cidadãos daqui começam a ser vacinados”, disparou Vianna, sugerindo que o ministro da saúde do Governo Bolsonaro não queria que os cidadãos do país se vacinassem contra a Covid-19.

Essa “afirmação” do jornalista é mentirosa e distorce a realidade, visto que a pasta não se furtou o dever em nenhum momento de prestar auxílio e esclarecimentos à população. Quando notificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para demonstrar um plano detalhado de vacinação (mesmo sem nenhum imunizante ter sido aprovado, à época), Pazuello elaborou o projeto em poucos dias e o encaminhou à Corte.

Agora mesmo, durante o repentino aumento de mortos pelo coronavírus na capital do Amazonas, Manaus, quem esteve lá, presente e foi elogiado até pelo Governador do estado, Wilson Lima (PSC)? Ele mesmo, o ministro a quem o “ilustre jornazista” chama de “incompetente”.
“Suas credenciais eram as de um craque da logística. Ele pode ser bom em distribuir fardas e coturnos, mas, como estamos vendo, não sabe salvar vidas”, criticou o profissional de imprensa, omitindo do leitor que a correta e pontual entrega de material e insumos tem salvado vidas em todo o país.

Deixando o velho e bom jornalismo imparcial de lado, Vianna veste a fantasia de militante e continua bradando contra Pazuello e incrimina o Governo Bolsonaro de atuar em favor da morte intencional de milhares de brasileiros.
“O lambe-botas do presidente... A tragédia do Amazonas reforça o que não é novidade, mas, ainda assim, é terrível: temos um governo que atua para que um número, cada vez maior, de brasileiros morra. Não é acidente. É projeto”, afirma.
“O Exército ainda está sendo cúmplice da, quem diria, ‘venezuelização’ do Brasil. Em vez das milícias boliviarianas de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, estão em formação as milícias bolsonaristas: facilitação da compra de armas por civis, aumento de poder e de vencimento para policiais, mobilização de apoiadores contra o Legislativo e o Judiciário para que estes se submetam ao Executivo”, acredita.

Os argumentos do jornalista, claro, foram refutados pela Comunicação do Exército. Em carta à revista, Richard Fernandez, qualificou a argumentação apresentada pelo articulista como “ignorância histórica e irresponsabilidade, não compatíveis com o exercício da atividade jornalística”.
“Atribuir a morte de brasileiros a uma Instituição de Estado, cuja história se confunde com a da própria Nação, nas lutas pela manutenção de sua integridade, caracteriza comportamento leviano e possivelmente criminoso”, declarou Fernandez.
"Cabe ressaltar que, durante a pandemia, o Exército, junto às demais Forças Armadas e a diversas agências, tem-se empenhado exatamente em preservar vidas. Para isso, vem empregando seus homens e mulheres por todo o território nacional, particularmente em áreas inóspitas, onde se constitui na única presença do Estado, realizando atendimentos médicos, aumentando estoques de sangue por meio de milhares de doações, transportando e entregando medicamentos e equipamentos, montando instalações, desinfetando áreas públicas, enfim, estendendo a ‘Mão Amiga’ a uma sociedade que lhe atribui os mais altos índices de credibilidade”, afirmou o chefe de Comunicação do Exército.

A revista Época não se manifestou a respeito do caso. Ao final do texto do articulista, o periódico evitou o termo “direito de resposta” e disse apenas que “na segunda-feira, 18, após a publicação da coluna, o Exército enviou carta em referência às informações publicadas.”

Confira a íntegra da carta:
Brasília-DF, 18 de janeiro de 2021.
Senhora Ana Clara Costa, Editora-Chefe da Revista Época,
Incumbiu-me o Senhor Comandante do Exército Brasileiro de expressar indignação e o mais veemente repúdio ao texto de autoria de Luiz Fernando Vianna, publicado nesse veículo de imprensa em 17 de janeiro de 2021.
A argumentação apresentada pelo articulista revela ignorância histórica e irresponsabilidade, não compatíveis com o exercício da atividade jornalística. Atribuir a morte de brasileiros a uma Instituição de Estado, cuja história se confunde com a da própria Nação, nas lutas pela manutenção de sua integridade, caracteriza comportamento leviano e possivelmente criminoso.
Afirmações dessa natureza, motivadas por sentimento de ódio e pelo desprezo pelos fatos, além de temerárias, atentam contra a própria liberdade de imprensa, um dos esteios da democracia, pela qual o Exército combateu nos campos de batalha da II Guerra Mundial e por cuja preservação tem se notabilizado em missões de paz em todos os continentes.
Cabe ressaltar que, durante a pandemia, o Exército, junto às demais Forças Armadas e a diversas agências, tem-se empenhado exatamente em preservar vidas.
Para isso, vem empregando seus homens e mulheres por todo o território nacional, particularmente em áreas inóspitas, onde se constitui na única presença do Estado, realizando atendimentos médicos, aumentando estoques de sangue por meio de milhares de doações, transportando e entregando medicamentos e equipamentos, montando instalações, desinfetando áreas públicas, enfim, estendendo a Mão Amiga a uma sociedade que lhe atribui os mais altos índices de credibilidade.
Por fim, o Exército Brasileiro exige imediata e explícita retratação dessa publicação, de modo a que a Revista Época afaste qualquer desconfiança de cumplicidade com a conduta repugnante do autor e de haver-se transformado em mero panfleto tendencioso e inconsequente.
General de Divisão Richard Fernandez Nunes
Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército

Enem 2020: estudantes com Covid têm até 29 de janeiro para enviar laudo Escrito por Educa Mais Brasil, 16:31 / 18 de Janeiro de 2021. Atualizado às 16:41 / 18 de Janeiro de 2021 Para os candidatos acometidos pelo vírus, provas serão feitas nos dias 23 e 24 de fevereiro

Segundo Inep, mais de 8 mil candidatos já tiveram a solicitação aceita
O primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 foi realizado no último domingo e para os candidatos que apresentaram sintomas de Covid-19 ou outra doença infectocontagiosa foi orientado que não fossem aos locais de prova. Esses estudantes devem solicitar a participação na reaplicação das provas, marcadas para os dias 23 e 24 de fevereiro.
Em coletiva para apresentação de balanço do primeiro do exame, o Inep informou que 10.171 pessoas pediram a reaplicação por esse motivo. Desses, mais de 8 mil já tiveram o pedido aceito.

Ainda segundo o Inep, os primeiros pedidos e comprovantes da condição foram recebidos entre 11 e 16 de janeiro. Ontem (17), às 12h, no horário de Brasília, o sistema foi fechado para que os pedidos fossem avaliados e os participantes recebessem a resposta antes da aplicação. O sistema voltará a ser aberto a partir do dia 25 de janeiro e segue até o dia 29, na Página do Participante, para o recebimento de novas solicitações.

Além da Covid-19, podem solicitar a reaplicação participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela. 

Segundo o Inep, para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir, obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação devem constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB. 

Enem 2020: Defensoria pede adiamento do segundo domingo de provas e reaplicação a todos os ausentes Escrito por Estadão Conteúdo, 08:46 / 19 de Janeiro de 2021. Atualizado às 08:51 / 19 de Janeiro de 2021 A DPU argumenta que o Inep não respeitou o porcentual de ocupação das salas com que tinha se comprometido

O Enem realizado no domingo (17) teve recorde de abstenção — mais da metade dos estudantes não participaram das provas

A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou à Justiça, nesta segunda-feira (18/01/2021), o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que serão realizadas no próximo domingo (24), e a reaplicação a todos os estudantes ausentes. A DPU argumenta que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) não respeitou o porcentual de ocupação das salas com que tinha se comprometido.

O exame realizado no domingo (17/01/2021) teve recorde de abstenção — mais da metade dos estudantes não participaram das provas. Em alguns locais, candidatos que se apresentaram para realizar a prova foram impedidos depois que as classes alcançaram capacidade máxima de 50%. Mesmo com a taxa alta de abstenção, houve salas cheias em outros pontos e estudantes relataram a impossibilidade de garantir o distanciamento. 

abono salarial Pis/Pasep em 2021 começa a ser pago nesta terça-feira, 19 de janeiro. O depósito do valor ainda é referente ao calendário 2020-2021, que iniciou em junho do ano passado. Quem terá o benefício creditado nas contas na próxima terça serão os trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro e os funcionários públicos cujo final do NIS seja 5.

  CNM O calendário vigente do Pis/Pasep é referente ao ano-base 2019, ou seja, vai receber o benefício quem trabalhou por pelo menos 30 dias com carteira assinada no ano de 2019. O valor do Pis/Pasep 2020-2021 é calculado de acordo com o número de meses trabalhados, sendo o valor máximo do benefício de R$ 1.100 (salário mínimo atual) para quem trabalhou por 12 meses. O abono salarial Pis Pasep estará disponível para saque até 30 de junho de 2021.

VACINA E MAIS E MAIS DOS 365 DIAS

Técnica de enfermagem recebe primeira vacina contra Covid-19 no Ceará e comemora: 'é muita emoção'

Imunização ocorreu no próprio local de trabalho da profissional. Ela recebeu a vacina por atuar na linha de frente no combate à doença e ir de ônibus à unidade de saúde
vacinada
Maria Silvana foi a primeira cearense vacinada no Estado contra a Covid-19
A técnica de enfermagem Maria Silvana Souza Reis, de 51 anos, foi a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Ceará. A imunização ocorreu no próprio local de trabalho da profissional, o Hospital Leonardo da Vinci, nesta segunda-feira (18). Sob aplausos, a profissional foi recebida pelo governador Camilo Santana, pelo secretário da Saúde do Estado, Dr. Cabeto, e recebeu a vacina no braço esquerdo. 

Após ser vacinada, ela fez um apelo para que a população não tema a vacina.

“Não senti nada, nenhuma dor. Não tenham medo de tomar a vacina”, disse.
Entre os próximos 14 ou 21 dias, Maria deve tomar a segunda dose.

"É muita emoção. Nunca pensei...Trabalhei desde os primeiros dias e não peguei Covid-19. Fiquei sempre na linha de frente, ia e voltava para casa de ônibus, às 5 horas da manhã”, relatou.

“A batalha é muito grande na linha de frente, já vi muita coisa feia, mas, graças a Deus, daqui para frente vai melhorar em nome de Jesus”, comemorou.

'Muita emoção', comemora primeira vacinada no Estado
Barbalha é a primeira cidade do Cariri a iniciar vacinação

Sobral: agente de saúde e técnica de enfermagem são as primeiras a ser imunizadas

Agendamento para vacinação de Covid em Fortaleza só estará disponível quando chegar mais doses
VACINAÇÃO NO CEARÁ
Produção de anticorpos ainda levará 2 meses, dizem especialistas

Imunização não ocorrerá em postos de saúde de Fortaleza; veja locais
Fortaleza planeja imunizar 40 mil pessoas contra Covid em 7 dias

Buscas por vacina disparam no Google nos últimos 7 dias

Marca Fyber e Buggy viram alvo de disputa na Justiça; entenda

SEGURANÇA
Quadrilha furtou R$ 200 mil em joias em shopping de Fortaleza

POLÍTICA
Tasso defende união em 2022 e critica gestão federal na pandemia: 'desastrosa'; veja entrevista
Inácio Aguiar e Alessandra Castro

Como deputados do Ceará reagiram ao início da vacinação
METRO
Quase 19 mil profissionais de saúde do Ceará tiveram Covid-19; entenda o impacto na categoria
Nego do Borel mostra resultados de exames e nega que transmitiu HPV a Duda Reis

NEGÓCIOS
Movimentação do Porto de Fortaleza deve crescer 8% em 2021.

EDUCALAB
Enem: Defensoria pede adiamento do 2º dia de provas e reaplicação para ausentes