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domingo, 23 de fevereiro de 2014

É grave:Em dois meses, Ceará registra quatro ataques a adutoras

Seca 23/02/2014

Tubulação da Caesb estoura durante trabalho de manutenção - Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Segundo a Cogerh, os atos contra adutoras emergenciais não prejudicaram o abastecimento. Entre as ações, dois roubos de equipamentos e dois casos que o Estado classificou como vandalismo
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Entre o começo de dezembro e o último dia 18, a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) registrou quatro casos de ataques a adutoras emergenciais instaladas no Ceará. Segundo a companhia, as ações não geraram interrupção de abastecimento de água nem prejuízo financeiro, já que aconteceram enquanto os equipamentos estavam em fase de testes, ainda sob a custódia das construtoras responsáveis. Os casos foram registrados nos municípios de Canindé, Caridade, Pindoretama e Madalena.

Conforme a companhia, em Canindé e Campos Belos (distrito de Caridade), no Sertão Central, tubos de polietileno foram incendiados. As tubulações levam água dos açudes Escuridão e General Sampaio para os locais, respectivamente. São os dois casos considerados “vandalismo” pela Cogerh. Em Canindé, o ato foi registrado no dia 4 de dezembro e o de Campos Belos, em 27 de janeiro – mesmo dia do problema na adutora de Pindoretama. A data do caso em Madalena não foi informada.

Em Pindoretama e Madalena, houve roubo de material. Em Pindoretama, no Litoral Oeste, fiação foi levada; em Madalena, no Sertão Central, o que sumiu foi um motor de bombeamento. Segundo a Cogerh, em todos os casos, a manutenção “foi realizada prontamente”.

Mais de 200 quilômetros de Adutoras de Montagem Rápida (AMRs) foram instalados no Ceará desde o início do projeto, em julho do ano passado. Ainda de acordo com a companhia, técnicos fazem diariamente a fiscalização das adutoras. O apoio policial é solicitado apenas quando necessário. O POVO solicitou à Cogerh um entrevistado, mas foi informado de que não havia ninguém disponível.

Investigação
A Cogerh informou que todos os casos foram “comunicados à polícia especializada” dos municípios. O POVO contatou a Delegacia Regional de Canindé, que responde ainda por Caridade. Segundo o inspetor Benício Bezerra, a perícia concluiu que aquilo que a Cogerh identificou como “vandalismo”, em Canindé, foi incêndio “acidental”, por “problema de instalação.” Já o caso de Caridade não foi registrado na delegacia, conforme o inspetor.

Na delegacia de Boa Viagem, que responde por Madalena, foi informado que não há registros de ações contra adutoras. O POVO procurou a delegacia de Pindoretama, mas as ligações feitas não foram atendidas ou deram sinal de ocupado. (Mariana Lazari)

Número

9
É o número de adutoras emergenciais construídas no primeiro pacote de obras

Saiba mais

Nove adutoras emergenciais foram construídas no primeiro pacote de obras, iniciado em julho. Nele foram gastos R$ 32 milhões.


Os municípios beneficiados foram: Acopiara, Canindé, Caridade, Crateús, Beberibe, Coreaú/ Moraújo, Madalena, Pecém e Tauá.


O segundo pacote, com custo de cerca de R$ 15,4 milhões, está com adutoras em fase de teste. Serão beneficiados: Caridade (Campos Belos), Fortim, Pacujá/Graça, Parambu, Pindoretama, Potengi e Meruoca.

Nesta segunda, o Governo vai apresentar um balanço das ações desenvolvidas pelo Comitê Integrado da Seca e detalhes do Plano de Implantação de Adutoras Emergenciais.

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