CONTRATEMPOS 10.04.2014
Lentidão no trânsito causou reclamações; houve 43 ocorrências na Capital, segundo a Defesa Civil
A chuva que caiu sobre Fortaleza na manhã de ontem repetiu as cenas já comuns na cidade, com transtornos no tráfego de veículos, engarrafamentos, alagamentos em diversos locais e incômodos aos pedestres. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), de 00h até 14h, a precipitação pluviométrica registrada na Aldeota, bairro onde funciona a sede do órgão, acumulou 68,6 milímetros. Foram 19 pontos de alagamento, conforme a Defesa Civil de Fortaleza.
Apesar de ser classificada como moderada pela meteorologista da Funceme Dayse Morais, a chuva fez muitos trabalhadores chegarem atrasados, atrapalhou as vendas do comércio e provocou reclamações nos transeuntes. Mas tão previsíveis como os problemas são os locais onde eles acontecem, pois, via de regra, apresentam falhas na rede de escoamento das águas pluviais.
Entre esses pontos, destacaram-se a Avenida Heráclito Graça, quase na esquina com a Rua Ildefonso Albano; a Avenida Raul Barbosa, na altura do viaduto do via férrea; Avenida Silas Munguba, perto da Universidade Estadual do Ceará (Uece); Av. José Bastos, no cruzamento com Rua Gomes Brasil; Avenida Beira-Mar, perto do local onde o Riacho Maceió deságua, no cruzamento da Rua Tereza Hinko.
Na Raul Barbosa, engarrafamentos e aguaceiro causaram reclamações e fizeram os motoqueiros trafegarem na contramão para ultrapassar os carros. O corretor de imóveis Márcio Alcântara se queixou de atraso no trabalho. "O trânsito não flui. Isso é horrível", citou.
Já o proprietário de uma pequena confecção no bairro Parque Santa Rosa, Valter Farias, teve que enfrentar a morosidade no trânsito na Av. José Bastos. "A cidade já está cheia de água por todo canto, e olhe que a chuva nem foi tão grande assim", disse.
Pedro Silva, que trabalha comprando e vendendo carros antigos, não gostou nem um pouco da manhã de ontem. "Essa chuva atrapalhou tudo para mim", disse, por volta das 11h na Lagoa da Parangaba, ponto da já tradicional feira de veículos.
O trânsito ficou muito lento também na Avenida Washington Soares, principalmente por volta das 8h40 até 9h30, quando a chuva tornou-se mais intensa. Quem vinha no sentido Seis Bocas/Praia teve que enfrentar a falta de fluidez tráfego, sobretudo após o Fórum Beviláqua até depois do encontro dessa via com a Antônio Sales.
A Defesa Civil de Fortaleza registrou, na manhã de ontem, 43 ocorrências na cidade, com destaque para os 19 alagamentos. A Secretaria Executiva Regional (SER) VI contabilizou dez alagamentos, seguida pela Regional I (3), Regional II (2) e Regional IV (2). A Defesa Civil também apontou 14 riscos de desabamentos na Capital, sendo a maioria na Regional VI, cinco.
A Regional que apresentou mais ocorrências foi a IV com 18 casos, entre alagamentos, desabamento, risco de desabamento e inundações. Em seguida, vem a Regional I com 12, entre alagamentos, risco de desabamento e inundações. Também foram registradas ocorrências na Regional do Centro (uma), na SER V (duas), na SER IV (quatro), SER III (três) e SER II (três).
Já a Autarquia Municipal de Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC) registrou 16 colisões de veículos com vítimas e 48 sem feridos. Foram também dois atropelamentos e duas árvores caídas em vias.
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