O comentário no “Jornal da CBN” teve como tema a sabatina da qual
participou, nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff. Em
conversas reservadas, ministros e integrantes da cúpula do PT têm
reconhecido erros do governo na economia e falado sobre mudanças num
eventual segundo governo. O slogan da campanha petista é “Mais Mudanças.
Mais Futuro”. No entanto, quando questionada sobre as mudanças que
pretende fazer na economia, Dilma preferiu sair pela tangente. É
exatamente a mesma atitude dos seus principais oponentes, Eduardo Campos
(PSB) e Aécio Neves (PSDB). Os três evitam falar em medidas duras e
impopulares que podem ser necessárias para trazer a inflação de volta ao
centro da meta. A presidente preferiu culpar o pessimismo. Disse que
acontece com a economia o mesmo que ocorreu antes da Copa do Mundo. E
defendeu sua política econômica. Mas boa parte do pessimismo com relação
à economia é fruto de ações do governo que deram errado. Na questão da
inflação, ela responsabiliza a crise internacional. Mas o descrédito da
política fiscal e as ações titubeantes do Banco Central não podem ser
debitados nessa conta. Dilma preferiu não fazer nenhuma previsão de
crescimento para o país em 2014. Ela sabe que será cobrada e que precisa
ser cuidadosa. Insistiu que há uma especulação do mercado financeiro
contra o governo dela. Citou o caso da mensagem do banco Santander aos
clientes dizendo que uma eventual vitória dela pioraria a economia. A
presidente classificou o episódio como “lamentável” e “inadmissível”.
Mas boa parte dos economistas e do mercado financeiro questiona a atual
política econômica. E não ficou claro na sabatina como Dilma pretende
sair dessa situação num eventual segundo mandato.
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