Cenas tristes vindas do Oriente Médio.
Cenas tristes vindas do Oriente Médio.
Israel intensificou sua ofensiva contra a Faixa de Gaza controlada pelo Hamas nesta quarta-feira, atingindo vários alvos e deixando ao menos 14 mortos enquanto os líderes israelenses indicavam a possibilidade de uma invasão terrestre de semanas de duração.
Sistema de defesa do Domo de Ferro lança projétil para interceptar um foguete da Faixa de Gaza em Tel Aviv, Israel
O Exército afirmou ter atingido cerca de 200 alvos do Hamas no segundo dia de sua ofensiva, que diz ser necessária para pôr fim aos incessantes ataques de foguete de Gaza ao território israelense. Os militantes, entretanto, continuaram lançando foguetes dentro de Israel, que mobilizou milhares de forças ao longo da fronteira de Gaza antes de uma possível operação terrestre.
Desde que a ofensiva começou na terça, Israel atacou ao menos 560 alvos em Gaza, deixando ao menos 41 mortos, disse o Exército. Militantes lançaram mais de 160 foguetes contra Israel.
O funcionário de saúde de Gaza Ashraf al-Qidra afirmou que ao menos 14 palestinos foram mortos nos ataques aéreos desta quarta, incluindo dois militantes e uma idosa de 80 anos. No total, afirmou, 35 palestinos foram mortos.
"O Exército está pronto para todas as possibilidades", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu depois de manter uma reunião com seu Gabinete de Segurança. "O Hamas pagará um preço alto por disparar em direção a cidadãos israelenses. A segurança dos cidadãos israelenses vem em primeiro. A operação se expandirá e continuará até que os lançamentos contra as nossas cidades pare e o silêncio retorne."
Os confrontos aumentaram enquanto o Egito, que frequentemente serve de mediador entre Israel e os palestinos, disse estar em contato com ambos os lados para pôr fim à violência. Desde que a ofensiva foi lançada na terça-feira, essa foi a primeira indicação de que esforços de cessar-fogo podem estar em andamento.
A ofensiva desencadeou os combates mais pesados entre os dois lados desde uma batalha de oito dias em novembro de 2012. Israel diz que seu objetivo é destruir as capacidades militantes do Hamas e impedir o lançamento de foguete. Os líderes israelenses alertaram que a invasão por terra poderia ser iminente.
"Apesar do fato de que será difícil, complicado e custoso, teremos de assumir temporariamente o controle de Gaza, durante algumas semanas, para interromper o fortalecimento desse exército do terror", disse Yuval Steinitz, ministro de Inteligência de Israel. "Se você perguntar minha humilde opinião, uma operação significante como esta se aproxima."
O governo autorizou o Exército a mobilizar até 40 mil reservistas para uma operação terrestre. Sob condição de anonimato, uma autoridade do governo israelense disse que os reservistas seriam enviados à Cisjordânia para permitir que oficiais na ativa fiquem perto da fronteira de Gaza.
"Não vamos parar. Eles primeiramente serão alvo de duros golpes por ar e mar e, se uma invasão terrestre for necessário, haverá uma invasão terrestre", disse o ministro de Segurança Interna, Yitzhak Aharonovitz.
Israel afirmou que seus alvos incluíram um membro graduado o grupo militante Jihad Islâmica, que confirmou que um de seus membros morreu, juntamente com sua mão e quatro irmãos.
Israel e Hamas são inimigos amargos que travaram inúmeros conflitos nos últimos anos. Mas, até recentemente, eles vinham respeitando uma trégua que pôs fim às hostilidades prévias de 2012.
As tensões vinham aumentando desde o sequestro de três adolescentes israelenses na Cisjordânia em 12 de junho. Israel acusou o Hamas de estar por trás do sequestro, embora não tenha apresentado nenhuma prova.
Israel então passou a reprimir os membros do grupo na Cisjordânia e prendeu centenas de pessoas. O Hamas, que controla Gaza, respondeu aumentando os lançamentos de foguete.
A situação deteriorou na semana passada, depois de os corpos dos três terem sido encontrados, descoberta seguida no dia posterior pelo sequestro de um adolescente palestino em Jerusalém — que mais tarde foi encontrado morto queimado, no que os palestinos acreditam ter sido uma vingança. Seis judeus israelenses foram presos.
*Com AP
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