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sábado, 7 de março de 2015

O PODER DA MÍDIA



William Bonner, apresentador e editor-chefe do JN (Foto: João Cotta/TV Globo)

"Mesmo acusado de não ser imparcial, o Jornal Nacional ainda é o veículo preferido das autoridades quando decidem anunciar medidas, fazer acusações ou apresentar defesa."

Esperar o JN para divulgar nomes da Lava Jato ressalta poder da Globo | | Sala de TV
Sexta-feira, 20h25. A assessoria do ministro do STF Teori Zavascki divulga, enfim, os 54 nomes da lista da Operação Lava Jato. Terá sido coincidência a escolha...
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Sexta-feira, 20h25. A assessoria do ministro do STF Teori Zavascki divulga, enfim, os 54 nomes da lista da Operação Lava Jato.
Terá sido coincidência a escolha do horário? Exatamente cinco minutos antes do início do Jornal Nacional, telejornal com maior audiência do país.
Logo na abertura do JN, William Bonner e Renata Vasconcellos chamaram os repórteres Júlio Mosquéra e Vladimir Netto, ao vivo de Brasília. Celular em mãos, eles anunciaram os primeiros nomes.
Mesmo acusado de não ser imparcial, o Jornal Nacional ainda é o veículo preferido das autoridades quando decidem anunciar medidas, fazer acusações ou apresentar defesa.
Nos últimos meses, o telejornal, que está há 45 anos no ar, melhorou sua performance de audiência. Na quinta-feira (5), registrou 30 pontos de média, melhor marca do ano.
De acordo com critérios do Ibope, esse número representa quase 6 milhões de telespectadores assistindo ao JN ao mesmo tempo apenas na região metropolitana de São Paulo.
Os principais concorrentes atingem um público bem menor. Os dados da última quinta-feira: Jornal da Record (6.5 pontos), SBT Brasil (5 pontos), Jornal da Band (4.1 pontos).
É compreensível, ainda que eticamente discutível, que o governo e várias instituições preferiam passar uma notícia primeiramente ao Jornal Nacional.
Trata-se da maior plateia do telejornalismo brasileiro. A repercussão no horário nobre da Globo é imediata e mobiliza centenas de outros veículos de comunicação.
Um slogan dos primeiros anos do JN — “Integrando o Brasil através da notícia” — parece atual. A maioria dos telespectadores, nos quatro cantos do país, acaba sintonizando o principal telejornal da Globo.
Nem que seja com a intenção de colher argumentos para depois criticá-lo.

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