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quarta-feira, 18 de março de 2015

RACIONAMENTO OU RODÍZIO DE ÁGUA NO CEARÁ A ALEGRIA DA CHUVA DURA POUCO

SECA 18/03/2015

Cresce número de cidades em racionamento ou rodízio de água no Ceará

Em fevereiro, eram 30 os municípios com restrição no abastecimento. Agora, são 35. Situação é reflexo de chuvas abaixo da média. Novo prognóstico da Fundação aponta 49% de chances de o quadro continuar até junhoA chuva, no Interior, tem sido “só sereno”, boa apenas “para gripar” as crianças, conta a agricultora Conceição Rocha, 35, de Pentecoste (a 103 quilômetros de Fortaleza). E a previsão é de que as chuvas continuem fracas. Conforme novo prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), divulgado ontem, as chances de precipitações abaixo da média no Ceará nos próximos três meses são de 49%.
A situação se reflete no aumento do número de municípios que passam por algum tipo de restrição no abastecimento de água. Em fevereiro, de acordo com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), eram 30 as cidades nessa situação. Hoje, são 35. Da lista divulgada à época pela Cagece, somente Trairi conseguiu sair da condição de racionamento. Ao mesmo tempo, Apuiarés, Campos Sales, Coreaú, Moraújo, Tamboril e Tejuçuoca entraram na lista.
Medidas governamentais para lidar com a estiagem variam de acordo com a necessidade do local, diz o diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Ricardo Adeodato. O gestor lembra haver necessidade de economizar.
Ontem, O POVO visitou Pentecoste, município abastecido pelo açude Pereira de Miranda, que está com menos de 1% da capacidade total. Lá, a rotina do agricultor é ir para o roçado, se decepcionar com a morte do cultivo e tentar matar a sede própria e a dos animais com águas de poços artesianos, cisternas e carros-pipa.
as há ainda quem não consiga “tanta” opção de abastecimento. Na comunidade Vila Nova da Serrota, as famílias têm conseguido se manter “com aquilo que têm”, conforme narra Matias Soares, 57. Tudo o que elas “têm”, entretanto, é uma “poça de água” que pode acabar daqui para o fim de abril, segundo o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Sustentável da cidade, Glayson Guimarães.Reforço
Em Pentecoste, projeto-piloto do Governo, chamado Água Doce, pretende implantar dessalinizadores de água salobra que garantam o abastecimento de água potável na região. Segundo Guimarães, o projeto prevê, também, a capacitação da população para a gerência do sistema e o acompanhamento técnico do Estado por, pelo menos, dois anos.
 O reforço “consegue mobilizar a comunidade para que ela fique autossustentável”, afirma o secretário. Ele frisa que essa autonomia não fica restrita aos recursos hídricos, já que possibilita a venda da água purificada.

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