15/05/2015 09h06 (editada em 15/05/2015 09h11)
DEU NO GLOBO
Presidente Dilma Rousseff deve vetar a aprovação de mudança no fator previdenciário.
| Redação jornalismo@cearanews7.com.br | |
A alteração, que na prática extingue o chamado fator previdenciário, deve ser vetada pela presidente Dilma. Pela regra aprovada, contribuintes cuja soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) e 95 (homens) não terão redução na aposentadoria.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deu a entender que a mudança pode resultar em aumento de impostos. Para evitar a derrubada do provável veto de Dilma, o governo já trabalha numa nova fórmula de cálculo para negociar com o Congresso.
Pelos cálculos de Leonardo Rolim, consultor da Câmara dos Deputados e ex-secretário da Previdência Social, a medida vai fazer o rombo aumentar em 1,14% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), o que representaria hoje R$ 61,5 bilhões, praticamente toda a economia que o governo se comprometeu a fazer este ano para sanar as contas públicas. Atualmente, o rombo da Previdência é de 1,1% do PIB, chegaria a 2,24% em 2050.
"Nos primeiros anos não vai ter impacto. As pessoas vão esperar para se aposentar com as novas regras mais favoráveis. Mas, ao longo do tempo, o deficit dobra", afirmou Rolim.
A curto prazo, apesar de não ter impacto fiscal, a nova forma de cálculo da aposentadoria tem efeito na avaliação do país, na opinião do economista Raul Velloso, que acompanha com lupa as contas do governo.
"Quando a agência de risco avaliar o Brasil vai considerar o desequilíbrio crescente no gasto previdenciário, a piora da solvência do país a longo prazo. O fator era um sinal que o gasto estava atrelado às contribuições", ressaltou.
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