por O GLOBO
06/07/2015 16:17 / Atualizado 06/07/2015 16:27
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RIO — A empresa italiana Hacking Team é bastante polêmica na indústria de segurança digital. Além dos softwares de defesa, eles fornecem a governos e agências de espionagem sofisticados programas de vigilância para ações ofensivas. Neste domingo, a controversa companhia foi alvo de uma ação hacker, que divulgou 400 GB de arquivos internos, que incluem e-mails, listas de contratos e até códigos fonte de softwares.
A divulgação das informações foi feita com um toque de ironia. Os atacantes assumiram o controle da conta no Twitter da Hacking Team e postaram a seguinte mensagem: “Como não temos nada a esconder, estamos publicando todos os nossos e-mails, arquivos e códigos fonte”, junto com um link para os documentos.
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Pela natureza dos seus serviços, a Hacking Team é listada por organizações de direitos humanos, incluindo a Repórteres Sem Fronteiras, como inimiga da liberdade de expressão. Em seu site, a empresa diz “prover tecnologias ofensivas efetivas e fáceis de usar para agentes da lei e comunidades de inteligência”. Em resposta aos organismos internacionais que criticam sua atuação, a companhia diz avaliar os países clientes antes de fechar contratos e os clientes não podem usar a tecnologia para “ameaçar a estabilidade regional ou internacional”.
“Nós desenvolvemos nosso sistema para ser usado na luta contra o crime e o terrorismo e nós queremos que ele seja usado para esse propósito”, disse David Vincenzetti, diretor executivo da Hacking Team, em comunicado divulgado em fevereiro. “Criminosos e terroristas ao redor do mundo usam rotineiramente telefones celulares, dispositivos móveis, computadores e a internet para cometer crimes horríveis e o terrorismo. Sem a nossa tecnologia, agentes da lei estão cegos para essas atividades”.
Entre os serviços prestados, a Hacking Team fornece sistemas que permitem coletar comunicações e quebrar proteções criptográficas de milhares de alvos simultâneos. Por vezes, a empresa é acusada de fazer negócios com regimes repressivos, o que ela nega. Contudo, os documentos vazados mostram o contrário.
Um arquivo nomeado “Lista de clientes: Renovação” inclui Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão, Azerbaijão e Sudão, países conhecidos por perseguirem ativistas e manifestantes. Outros documentos indicam que a Hacking Team trabalhou com grupos no Egito. Em outra lista, Rússia e Sudão são definidos como “apoiado não oficialmente”.
O Citizen Lab, baseado na Universidade de Toronto, se manifestou sobre os documentos vazados.
“Documentos da Hacking Team parecem validar nossas pesquisas mostrando o uso por regimes repressivos, como Etiópia e Sudão. Nós já questionamos a Hacking Team diretamente sobre esses casos e recebemos poucas respostas. Os vazamentos apontam para a falta de transparência e responsabilidade no mercado de softwares de intrusão. Nós acreditamos que o melhor entendimento deste mercado é essencial para uma internet livre e segura”, disse a organização, em comunicado.
A Hacking Team não se manifestou sobre o assunto.
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“Nós desenvolvemos nosso sistema para ser usado na luta contra o crime e o terrorismo e nós queremos que ele seja usado para esse propósito”, disse David Vincenzetti, diretor executivo da Hacking Team, em comunicado divulgado em fevereiro. “Criminosos e terroristas ao redor do mundo usam rotineiramente telefones celulares, dispositivos móveis, computadores e a internet para cometer crimes horríveis e o terrorismo. Sem a nossa tecnologia, agentes da lei estão cegos para essas atividades”.
Entre os serviços prestados, a Hacking Team fornece sistemas que permitem coletar comunicações e quebrar proteções criptográficas de milhares de alvos simultâneos. Por vezes, a empresa é acusada de fazer negócios com regimes repressivos, o que ela nega. Contudo, os documentos vazados mostram o contrário.
Um arquivo nomeado “Lista de clientes: Renovação” inclui Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão, Azerbaijão e Sudão, países conhecidos por perseguirem ativistas e manifestantes. Outros documentos indicam que a Hacking Team trabalhou com grupos no Egito. Em outra lista, Rússia e Sudão são definidos como “apoiado não oficialmente”.
O Citizen Lab, baseado na Universidade de Toronto, se manifestou sobre os documentos vazados.
“Documentos da Hacking Team parecem validar nossas pesquisas mostrando o uso por regimes repressivos, como Etiópia e Sudão. Nós já questionamos a Hacking Team diretamente sobre esses casos e recebemos poucas respostas. Os vazamentos apontam para a falta de transparência e responsabilidade no mercado de softwares de intrusão. Nós acreditamos que o melhor entendimento deste mercado é essencial para uma internet livre e segura”, disse a organização, em comunicado.
A Hacking Team não se manifestou sobre o assunto.
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