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quarta-feira, 27 de julho de 2016

EMPRESAS EM CRISE NO CEARÁ LEVA A FECHAMENTO

PRIMEIRO SEMESTRE
CE: fechamento de empresas salta 31,5%; abertura sobe 4,3%

Estado perdeu 13.257 negócios entre janeiro e junho deste ano, de acordo com dados da Junta Comercial
Para o economista Alex Araújo, os números do último semestre refletem o cenário atual da economia do Estado e do País ( Foto: Bruno Gomes )

O Ceará perdeu 13.257 empresas no primeiro semestre deste ano, número que representa um crescimento de 31,5% em relação às 10.081 unidades extintas em igual período de 2015. Em contrapartida, foram constituídos 30.328 negócios, um aumento de 4,34% na comparação com o número observado de janeiro a junho do ano passado. Atualmente, são 682.668 empresas ativas de pequeno, médio e grande portes em território cearense.

De acordo com a Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec) - responsável pela compilação dos os dados referentes à abertura e fechamento de empresas -, 6.865 das 13.257 empresas (51,7%) que fecharam as portas no primeiro semestre de 2016 atuavam no comércio, 32,6% (4.330) eram do segmento de serviços, 14,4% (1.912) da indústria e 1,1% (150) em outros setores da economia.

O economista Alex Araujo destaca que o aumento no número de negócios fechados no Estado é representativo frente a anos anteriores e está ligado ao atual momento econômico do Brasil.

"As atividades relacionadas ao comércio e aos serviços são mais fáceis de serem abertas, por exigirem menos investimento e burocracia. Geralmente, por presentarem menor robustez, ficam mais vulneráveis em épocas de crise", afirma o economista sobre a dinâmica do mercado cearense na conjuntura atual.

Quanto aos 30.328 negócios abertos no período investigado, 41,7% (12.658) estão ligados ao comércio, 39,5% ( 4.330) aos serviços, 15,2% (1.912) à indústria e 3,4% (1.035) a outros setores produtivos.

No que se refere aos Microempreendedores Individuais (MEIs), foram fechados 8.378 negócios no Estado no primeiro semestre, 25,3% a mais que os 6.683 identificados em igual período de 2015. No entanto, foram formalizados 23.227 MEIs de janeiro a junho deste ano, um crescimento de 10,8% frente aos 20.952 micronegócios abertos nos seis primeiros meses de 2015. Para esta categoria empresarial, a Jucec não tem os dados do semestre de abertura e fechamentos por setor. "A crise econômica também tem feito vários trabalhadores que foram demitidos, até mesmo por causa da extinção de empresas, e não conseguiram se reposicionar do mercado, abrir seus próprios negócios. O empreendedorismo individual, apesar de também ser impactado, vem sendo uma alternativa", afirma Araújo. Hoje, existem no Ceará 193.732 MEIs, de acordo com informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

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