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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Fortaleza tem "microssurtos" de COVID-19, mas não é alvo de segunda onda, diz epidemiologista

Antônio Lima (Tanta) é gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (Foto: Ares Soares)

Átila Varela
atila@focus.jor.br

Fortaleza atravessa uma fase de “microssurtos” localizados em bairros como Meireles, Aldeota, estendendo-se para outras áreas como Mucuripe e Cocó. A afirmação é do gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em relato ao Focus.

“Houve um aumento da contaminação provavelmente em eventos disseminadores como casamentos e aniversários realizados em ambientes fechados”, afirmou o especialista.

Na avaliação do médico, a Capital cearense passou por uma alta de resultados positivos de COVID-19 no mês de outubro, mas somente em novembro sentiu-se as consequências dessa situação.

O Boletim Epidemiológico da própria SMS confirma o que diz o epidemiologista. “Houve um incremento da transmissão, iniciado em outubro, que persiste. O declínio da média móvel visto agora, provavelmente, reflete o retardo na liberação de resultados”, destaca um trecho do documento.

O gestor da Célula de Vigilância Epidemiológica também lembra que os efeitos não foram contundentes em Fortaleza. “Não se converteu em aumento de mortalidade e nem aumento de demanda de internação em unidades de saúde pública”, ressaltou. Contudo, lembrou que houve uma elevação do número de internações na estrutura médica privada.

Por fim, o especialista ressaltou que uma segunda onda de COVID-19 está, no momento, descartada. “Não notamos uma segunda onda que atingisse Fortaleza inteira. Percebemos apenas os microssurtos e as cadeias de transmissão”, complementa.

Boletim Epidemiológico
De acordo com Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a média móvel estimada hoje, 13, foi de 59 casos, sendo inferior (60% de redução) à registrada duas semanas atrás e, aproximadamente, 94% menor do que a mensurada no ápice da série temporal (952,9 casos).

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