Pesquisar este blog

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Origem do coronavírus ainda intriga ciência após mais de um ano de pandemia

 Os últimos meses trouxeram de volta à tona o debate sobre a origem do coronavírus SARS-CoV-2, causador da pandemia. Desde que foi primeiramente identificado num mercado em Wuhan no começo de 2020, muitas teorias circularam pela internet, às vezes com motivação mais política que científica.

Um ano e meio de buscas pela origem do vírus resultou em muitas respostas, mas também deixou muitas dúvidas. A discussão tem acirrado os ânimos tanto da sociedade quanto da comunidade científica, que querem saber quem são os heróis e os vilões da história. A reposta nem sempre é fácil.

Muita coisa já se sabia um ano atrás. O vírus se parece muito com outras variantes encontradas na natureza, e não foi projetado num laboratório.

Todas as peculiaridades do vírus, que o tornam tão eficiente em atacar células humanas, também já foram identificadas em outras variantes.

Muitos desses resultados foram publicados pelo mais importante centro de estudos sobre coronavírus: o Instituto de Virologia de Wuhan, localizado a poucos quilômetros do epicentro da pandemia.

Porém, um ano se passou e ainda não encontramos o SARS-CoV-2 em animais silvestres. Nesse meio tempo, muitos cientistas começam a achar que já é hora de considerarmos hipóteses até pouco tempo consideradas pouco prováveis.

Teria o vírus escapado do próprio Instituto de Virologia de Wuhan? A resposta pode ter consequências importantíssimas na maneira como são conduzidas as pesquisas sobre vírus.

A existência do laboratório em Wuhan em si não é suspeita. O laboratório foi construído na região de onde já havia saído o coronavírus causador do SARS, justamente com o propósito de estudar as várias espécies de coronavírus presentes em animais silvestres a fim de monitorar a evolução de novas cepas.

Em qualquer epidemia, é comum encontrarmos laboratórios nas redondezas estudando o vírus em questão. Além disso, também é comum demorarmos vários anos para encontrar os animais silvestres portadores da doença.

E com efeito, o Instituto de Wuhan foi responsável por grandes avanços na área, principalmente devido a Shi Zhengli, a "mulher morcego" que se tornou uma celebridade na China.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

365 DIAS