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domingo, 6 de julho de 2025

Chamar uma mulher de prostituta, sem qualquer prova, deveria ser uma das piores ofensas possíveis para quem diz defender as mulheres.

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 Deveria ser um limite absoluto, um crime moral inadmissível para quem veste a camisa da luta contra o machismo. Mas parece que esse limite depende de quem é a vítima.

Recentemente, a apresentadora Teonia Pereira, do Ielcast, afirmou em um programa ao vivo que Michelle Bolsonaro seria “ex-garota de programa” e que “toda a família dela tem passagem pela polícia”. A fala, feita sem qualquer comprovação, rapidamente viralizou e já ultrapassa 1 milhão de visualizações. O caso resultou, como seria esperado, num processo criminal por difamação e injúria.

O que talvez fosse ainda mais esperado… não aconteceu: onde estão as feministas?
Onde estão os coletivos, as militantes, as hashtags indignadas?
Onde estão os discursos sobre respeito e dignidade? Sumiram.

A tal “sororidade” – que deveria valer para todas – depende do CPF, do partido e do sobrenome da mulher. A defesa da honra feminina virou opcional.

Se a vítima tivesse outro alinhamento político, o comportamento seria outro. As lives, os textões e as manchetes já estariam em todo lugar. Mas quando o alvo é Michelle Bolsonaro, o silêncio reina.

Quando você escolhe quem merece respeito com base em lado político, você destrói a credibilidade da causa que diz defender.

Não existe “mulher de direita” ou “mulher de esquerda”. Existe ser humano. Existe dignidade.

Ou você combate a humilhação pública de todas as mulheres, ou você é só mais um militante seletivo, que defende princípios quando convém e pisa neles quando atrapalham.

O silêncio seletivo é tão violento quanto a ofensa.

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