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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Luciana Silva Tamburini foi condenada a pagar R$ 5 mil a magistrado.

05/11/2014 11h03 - Atualizado em 05/11/2014 11h03

Indenização é maior que meu salário, diz agente que parou juiz em Lei Seca


Ele foi parado na blitz e deu voz de prisão ao saber que teria carro rebocado.Do G1 Rio

Luciana Silva Tamburini exibe registro de ocorrência após desentendimento com juiz em Lei Seca no RJ (Foto: Matheus Rodrigues/G1)Luciana Silva Tamburini exibe registro de ocorrência após desentendimento com juiz em Lei Seca no RJ (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Condenada pela 36ª Vara Cível do Rio de Janeiro a pagar R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Correa após um desentendimento numa blitz, a agente da Lei Seca Luciana Silva Tamburini, de 34 anos, disse ao G1 nesta quarta-feira (5) que não teria como pagar a indenização. "Não tenho dinheiro para pagar isso, é mais que meu salário", disse ela.
Ainda na terça, internautas criaram uma "vaquinha virtual" para pagar a indenização. Cerca de três anos e meio depois de receber voz de prisão ao abordar um juiz em uma blitz da Lei Seca na Zona Sul do Rio, a agente da operação foi condenada a indenizar o magistrado por danos morais. Luciana Silva Tamburini processou o juiz João Carlos de Souza Correa, alegando ter sido vítima de situação vexatória. Porém, a Justiça entendeu que a vítima de ofensa foi o juiz e não a agente. Naterça-feira (4), ela disse que a "carteirada" que recebeu do magistrado não foi a única ao longo de três anos que trabalhou na Lei Seca.
"Isso acontece todos os dias e não só comigo. Já recebi até um 'Você sabe com quem está falando?' da mulher de um traficante de um morro de Niterói", contou. 
Luciana acrescenta que vai entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a condenação que sofreu. Segundo ela, a decisão do Tribunal de Justiça do Rio é desmotivante.
"É um absurdo. Porque você bota a pessoa ali para trabalhar, para cumprir a lei. É uma pena a lei ser para poucos, para pessoas que têm o poder maior que o nosso. Imagina se vira rotina?", pergunta.
Ela disse ainda que acredita que esse tipo de decisão não deveria afetar o trabalho que os agentes desempenham no cumprimento da lei.
"O servidor público fica com medo de aplicar a lei. Você não pode trabalhar com medo", explicou.
Sobre o uso da expressão "juiz não é Deus", a servidora disse que houve interpretação errada por parte do magistrado. Segundo ela, na época da abordagem Correa chamou um policial militar e lhe deu voz de prisão.
"O PM já veio na tenda onde eu estava com a algema dizendo que ia me algemar porque ele [o juiz] queria. Eu então disse ao policial que ele queria, mas ele não era Deus. O policial falou isso para o juiz. Não fiz isso com o objetivo de ofender", contou.
Desde 2012 Luciana trabalha na área adminstrativa do Detran. Segundo ela, o motivo não foi a repercussão do caso. Recentemente, ela passou em um concurso para escrivã da Polícia Federal.
"Eu quero continuar trabalhando com segurança pública. Quem está ali é gente boa. Acredito nisso", completou  
A agente comentou ainda sobre a repercussão do caso na imprensa e nas redes sociais:
"É importante como alerta para a sociedade. A lei está aí para ser cumprida, para a gente se unir e ter um futuro melhor para filhos e netos. Não podemos ser coagidos por nada".
Luciana agradece a iniciativa, mas tem esperança de que não vai ser preciso pagar a indenização (Foto: Arquivo Pessoal)Luciana  tem esperança de que não vai ser preciso
pagar a indenização (Foto: Arquivo Pessoal)
Luciana também revelou que soube do movimento "vaquinha virtual" para ajudar a pagar a indenização ao juiz João Carlos de Souza Correa.
"Achei ótimo, mas, se Deus quiser, não vai ser preciso pagar. Vou entrar em contato para ver se é possível fazer uma doação para uma instituição de caridade", disse.
Entenda o caso
A decisão, publicada na sexta-feira (31), foi tomada pelo desembargador José Carlos Paes, da 36ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Ele entendeu que Luciana “agiu com abuso de poder, ofendendo o réu, mesmo ciente da função pública desempenhada por ele”.
A blitz da Lei Seca ocorreu na Rua Bartolomeu Mitre, no Leblon, em fevereiro de 2011. O juiz João Carlos de Souza Correa conduzia um Land Rover sem placas e não tinha carteira de habilitação. Luciana, na condição de agente de trânsito, informou que o veículo teria de ser apreendido e levado a um pátio. O juiz, por sua vez, exigiu que o carro fosse levado para uma delegacia. Ambos acabaram sendo levados para a 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado.
Conforme o G1 apurou à época, o juiz alegou que a agente Luciana Tamburini foi debochada. Já a agente da Lei Seca disse que o magistrado agiu com abuso de autoridade.
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Isso acontece todos os dias e não só comigo. Já recebi até um 'você sabe com quem está falando?' da mulher de um traficante de um morro de Niterói"
Luciana   Tamburini
Luciana acionou a Justiça alegando ter sido ofendida durante exercício de sua função. Ao analisar o recurso, o desembargador José Carlos Paes alegou que “nada mais natural que, ao se identificar, o réu tenha informado à agente de trânsito de que era um juiz de Direito”, considerando assim que o juiz não agiu com a chamada “carteirada”, conforme alegou Luciana.
Para o desembargador, “em defesa da própria função pública que desempenha, nada mais restou ao magistrado, a não ser determinar a prisão da recorrente, que desafiou a própria magistratura e tudo o que ela representa”.
Ao fundamentar sua decisão, o desembargador estabeleceu o valor de R$ 5 mil a ser pago por Luciana ao juiz a título de indenização por danos morais. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o juiz não vai se manifestar sobre o caso.
Esclarecimento 
A Operação Lei Seca divulgou nota onde esclarece que a Corregedoria do Detran abriu um processo disciplinar para apurar a conduta dos agentes da operação na ocorrência envolvendo o juiz João Carlos de Souza Correa e não constatou qualquer irregularidade. Além disso, o registro de ocorrência realizado pelo crime de desacato na 14ª DP (Leblon) foi formalizado como fato atípico pela falta de provas.

De acordo com a nota divulgada pela Operação nesta terça-feira (4) o juiz fez o teste do bafômetro, mas não portava a Carteira Nacional de Habilitação e conduzia um veículo sem placa. Ao ser informado que o carro seria removido para o depósito, o motorista acusou um dos agentes de desacato. O veículo foi rebocado e ele recebeu duas multas, uma por não licenciar o veículo e outra por não portar a CNH.

Segundo a Operação Lei Seca, todos os motoristas abordados nas blitzes são submetidos aos mesmos procedimentos e a atuação dos agentes está de acordo com a Lei.
A Operação Lei Seca é uma campanha educativa e de fiscalização, de caráter permanente, lançada em março de 2009, pela Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro. Desde então, até a madrugada desta terça, quase dois milhões de motoristas foram abordados, 328.065 foram multados, 67.901 veículos foram rebocados e 121.106 motoristas tiveram a CNH recolhida.
Foram 128.660 condutores com sanções administrativas, sendo que 4.263 deles também sofreram sanções criminais. Os agentes também  realizaram 1.467.548 testes com o etilômetro.

TRIPÉ



Governo propõe salário mínimo de R$ 779,79 para 2015

15/04/2014 11h04 - Atualizado em 15/04/2014 15h41

Informação consta de projeto da LDO de 2015, divulgado pelo Planejamento.

Próximo ano será o último com formato de correção determinado por lei.Do G1, em Brasília

Percentual de correção do salário mínimo, pela proposta do governo, será de 7,71% no próximo ano

O governo federal propôs que o salário mínimo, que serve de referência para mais 45 milhões de pessoas no Brasil, suba dos atuais R$ 724 para R$ 779,79 a partir de janeiro de 2015.

O percentual de correção do salário mínimo, pela proposta do governo, será de 7,71% no próximo ano.

A informação consta na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), divulgada nesta terça-feira (15) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O documento está sendo enviado hoje ao Congresso Nacional.

O que estava previsto antes
Em 2012, o governo previa que o salário mínimo superasse a barreira dos R$ 800 em 2015. Mas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixo do que o governo esperava naquela época, o que vai resultar em uma alta menor do mínimo.
A explicação é que a correção do salário mínimo é definida pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), índice de inflação calculado pelo IBGE, do ano anterior ao reajuste, somada ao aumento do PIB de dois anos antes, o que proporciona ganhos reais – acima da inflação – para os assalariados. Essa fórmula foi mantida em 2011 pelo Congresso.
Em abril de 2012, na proposta da LDO do ano seguinte, o governo previa que o salário mínimo somaria R$ 803,93 no começo de 2015. Em março do ano passado, a estimativa do Executivo para o valor do salário mínimo do próximo ano já havia recuado para R$ 778,17 – subindo agora para R$ 779,79.
Último ano da fórmula atual
Pelas regras atuais, o ano de 2015 será o último no qual será adotada a atual fórmula de correção do salário mínimo, ou seja, variação da inflação do ano anterior e do PIB de dois anos antes. Isso foi definido pelo Congresso Nacional no início de 2011.
Para manter esse formato de correção, o novo governo, que toma posse no próximo ano, terá de submeter novamente uma proposta para apreciação do Congresso Nacional - que também contará com novos integrantes. O formato também pode ser alterado, aumentando os ganhos para os trabalhadores, ou, também, diminuindo.
"A regra está fixada até 2015. Caberá, em 2015, discutir qual será a nova regra.  A cada ano, a sua agonia. Vamos deixar a discussão para o momento adequado", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Nova decisão sobre correção
Para o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Mansueto Almeida, a decisão sobre a fórmula de correção do salário mínimo não é econômica, e sim política. "O governo tem que mostrar o custo disso e levar o debate para o Congresso [em 2015]. É um tema bastante complicado", avaliou.
Ele disse que a atual fórmula (inflação mais variação do PIB nominal) permitiu um aumento real (acima da inflação) de 72% para o salário mínimo nos últimos dez anos, o que contribuiu para diminuir as desigualdades sociais no Brasil. Por outro lado, acrescentou o economista, o reajuste real do mínimo impactou as contas públicas – com aumento de gastos com previdência, seguro-desemprego e assistência social –, diminuiu a produtividade da indústria e pressionou a inflação.
"É um tema supercomplicado. No calendário eleitoral, o debate tende a ficar parado, esperando o próximo ano. O  presidente tem de levar para o Congresso e explicar para a sociedade se quer continuar com a regra atual. É uma decisão legítima, mas que tem custos. Qualquer regra tem custos", declarou Mansueto Almeida.

POBREZA VOLTA A CRESCER

05/11/2014 12h36 - Atualizado em 05/11/2014 13h34
Após 10 anos de queda, número de miseráveis volta a subir no Brasil

Aumento de 3,7% é o primeiro desde 2003, quando miséria começou a cair.

Em 2013, país passou a ter 10,45 milhões na extrema pobreza, mostra Ipea.Do G1, em São Paulo

Pessoas extremamente pobres

Número de indivíduos com renda familiar per capita abaixo da linha de extrema pobreza (em milhões)

26,2223,5820,8817,3216,514,0313,611,7810,0810,45em milhões2005201010152025530
Fonte: Ipeadata
Após uma década de queda na miséria, o número de brasileiros em condição de extrema pobreza voltou a subir em 2013. O país tinha 10,08 milhões de miseráveis em 2012, contra 10,45 milhões um ano depois, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O aumento é de 3,7%.
O cálculo leva em conta o número de indivíduos extremamente pobres com base nas necessidades calóricas – aquelas com renda insuficiente para consumir uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias para suprir uma pessoa de forma adequada, com base em recomendações da FAO e da OMS. A conta estima diferentes valores para 24 regiões do país.
Esta é a primeira alta da série histórica do indicador, com início em 2004. Desde 2003 – quando o Brasil possuía 26,24 milhões de pessoas na miséria, o número de miseráveis caía continuamente, chegando a uma queda de 61% até 2012.
Os dados constam do banco de dados público do Ipea, e foram atualizados nos dias 30 e 31 de outubro. Procurado pelo G1, o instituto informou que os mesmos ainda estão sendo analisados e que não há previsão para sua divulgação oficial.
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Pessoas pobres
Número de indivíduis com renda familiar per capita abaixo da linha de pobreza (em milhões)
61,8160,1356,034946,7141,9340,0734,3630,3528,7em milhões20052010304050602070
Fonte: Ipeadata
Número de pobres cai 5,4%
Em compensação ao aumento da miséria, o número de pessoas pobres caiu de 30,35 milhões em 2012 para 28,69 milhões em 2013 – uma redução de 5,4%. Na condição de pobreza, o estudo considera pessoas com renda equivalente ao dobro da linha da miséria.
Nos últimos dez anos, o número de pobres também vem caindo. Desde 2003, último ano em que a pobreza subiu, para 61,81 milhões, pelo cálculo o Ipea, a quantidade de pessoas nesta faixa regrediu 53%.
Os dados estão disponíveis no sistema IpeaData desde o dia 30 de outubro. Segundo o colunista do G1 Gerson Camarotti noticiou no último dia 15, o Ipea teria decidido segurar os dados sobre pobreza e desigualdade, baseados no Pnad, até o fim do período eleitoral.
Ainda segundo Camarotti, o órgão alegou que a Lei Eleitoral proíbe a divulgação dos dados até a definição de quem seria o presidente eleito.
Proporção de miseráveis sobe 4%
Uma segunda definição de miséria é estabelecida pelo decreto do plano Brasil sem Miséria – nele, a renda familiar de até R$ 77 por mês, per capita, é o limite da extrema pobreza no país. Por esta estimativa, os dados do Ipea mostram que a proporção de miseráveis, em relação a outras faixas, cresceu de 3,6%, em 2012, para 4% no ano passado.

PSD APOIA DILMA

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Em solenidade realizada em Brasília, nesta quarta-feira, o Presidente Nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, e o presidente do Partido no Ceará, Almircy Pinto, estiveram reunidos com a presidente Dilma Rousseff.
A sigla vai contribui para o êxito do segundo mandato da presidente. “O partido estará ao seu lado para poder contribuir com êxito para mais esse governo, para que daqui a quatro anos, nós brasileiros possamos ter orgulho de seu legado”, disse Kassab, afirmando que o partido deseja “boa sorte” à presidente e se sente “muito feliz, como a grande maioria dos brasileiros” pela vitória petista nas urnas.
Kassab é cotado para assumir o Ministério das Cidades. Já Almircy Pinto, destacou o papel importante deste apoio para o Ceará. “Só quem vai ganhar com isso é o povo cearense, tendo um governo estadual e federal juntos nesses próximos quatros anos, na luta por melhorias para todo Estado, sem discriminar e sem fazer diferenciação”.

Ratinho é condenado a pagar R$ 150 mil por ofensa à igreja de gays

12h30 | 05.11.2014

Em 2003, o apresentador do SBT Carlos Massa, o Ratinho, mostrou imagens de um culto da Igreja Acalanto - Ministério Outras Ovelhas e chamou os frequentadores de "viados" e "viadinhos"massa

O ministro do Superior Tribunal de Justiça Luís Felipe Salomão manteve condenação ao SBT e ao apresentador Carlos Massa,Ratinho, por ofensas feitas à Igreja AcalantoMinistério Outras Ovelhas. A briga não é nova. Em 2003, o apresentador usou imagens feitas com uma câmera de escondida para mostrar um culto e disse que a congregação era frequentada por "viadinhos" e "viados" e que não tinha filial, mas "viadal". O SBT terá que pagar indenização de R$ 150 mil ao pastor Victor Orellana, fundador da igreja evangélica voltada para fieis homossexuais. 
A emissora vai recorrer novamente. SBT e Ratinho já perderam a ação movida pelo pastor em primeira e segunda instâncias. Em 2011, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo considerou "jocosos" os termos usados por Ratinho. Para o desembargador Fábio Quadros, ofensivo não foi o uso da palavra "gay", mas "o escárnio", a "chacota" e o "tratamento chulo e depreciativo sobre a fé professada pelo autor", extrapolando o direito à liberdade de expressão.
Na ocasião, a emissora pediu a redução do valor da indenização por danos morais, mas o recurso foi negado. Para o ministro, o valor de R$ 150 mil é referente à ofensa feita em rede nacional, por um "famoso apresentador". A decisão foi publicada nesta quarta (5).

PRESCRIÇÃO DE CONTAS NO TCM DO CEARÁ

Contas de prefeituras deixam de ser julgadas 05.11.2014

É grande o volume de processos, alguns com mais de dez anos, cujas irregularidades estão sendo desprezadasImage-0-Artigo-1734794-1

Conselheiros Manoel Veras e Pedro Ângelo, até agora, segundo o Diário Oficial do TCM, são campeões de arquivamento sem julgamentos
FOTO: JOSÉ LEOMAR
Ontem foi o deputado estadual Sérgio Aguiar (PROS) beneficiado com o instituto da prescrição adotado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) ao ter contas de sua gestão como prefeito do Município de Camocim, da década passada, arquivadas sem o exame de mérito. Na época foram apontadas várias irregularidades envolvendo recursos da administração municipal. Do processo faziam parte outras pessoas subordinadas a Sérgio na Prefeitura de Camocim.
Conforme a lei estadual 15.516, que entrou em vigor no dia 28 de janeiro deste ano, o prazo para que todos os processos dos tribunais de contas sejam julgados é de até cinco anos. Com a aplicação da lei, inúmeros processos que correm no Tribunal há anos estão prescritos, inclusive os de Tomada de Contas Especial, cujo julgamento deveriam acontecer dentro do mesmo exercício financeiro.
Na avaliação do conselheiro Manuel Veras, um dos que já mandaram para o arquivo inúmeros processos que estavam sob sua responsabilidade, o problema é generalizado em todos os tribunais do País e é decorrência do volume de trabalho, que afirma ser "exacerbadamente grande". "Nós temos um volume de processos enorme no Tribunal e, muitas vezes, a instrução desses processos é complicada, que exige a formação de provas muito substanciosas para a condenação", afirmou.
De acordo com o conselheiro, é de conhecimento público a necessidade da Corte de contratar um quadro de pessoal maior, mas que há limites quanto aos gastos da administração. "A presidência tem procurado unir esforços exatamente para suprir essas carências. Nós fizemos concursos há alguns anos atrás, e foram chamados bastantes servidores. Entretanto, há um volume muito grande de aposentadorias, de pessoas com larga experiência que terminam por sair da administração pública".
Já o conselheiro Pedro Ângelo aponta como causa da demora no julgamento dos processos um conjunto de fatores, entre os quais a garantia de ampla defesa dos réus. "Não quero aqui ser santo e dizer que a responsabilidade é toda de estranhos. Eu acho que poderá, em determinados casos, caber uma parcela a nós também. Mas o conflito maior é garantir a ampla defesa e os meios a que a gente tem acesso", enfatiza.
Reclame
Pedro também já mandou muitos processos, sob sua responsabilidade, para o arquivo, pela prescrição. Para ele, não havia outra saída, uma vez que o acúmulo de processos antigos estava atrapalhando a apreciação de processos mais recentes. "Você deixa de cuidar, às vezes, de casos mais graves, novos, que atendem melhor o reclame da sociedade, para ir cuidar de um processo velho, coisa que às vezes não tem mais sentido", justificou Ângelo. Para ele, a implantação do sistema eletrônico poderá evitar que haja novo acúmulo de processos.
O conselheiro ponderou, entretanto, que há um lado positivo e um negativo para a instituição da prescrição na Corte. "O lado ruim é ter que declarar que essas pessoas que estão com processos há mais de cinco anos não recebam nenhuma sanção. O lado bom é que, com essa medida, o TCM é obrigado a julgar seus processos em cinco anos".
O conselheiro afirma ser voto vencido também em relação à aplicação da prescrição de forma retroativa, isto é, a processos que já tenham sido concluídos. "Para aqueles processos que estavam em andamento no dia 28 de janeiro de 2014, já se aplica (a prescrição) de imediato. Se houver ali processos com mais de cinco anos, morreu. Agora, no meu entendimento, não se aplica a processo que já foi julgado. E a maioria está aplicando".
Duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) tramitando no Tribunal de Justiça do Ceará questionando a constitucionalidade da lei estadual que instituiu a prescrição nos tribunais de contas. Uma é de autoria do Partido Democrático Trabalhista (PDT), impetrada pelo deputado estadual Heitor Férrer em abril, e está sendo relatada pelo desembargador Darival Bezerra. A outra foi interposta pelo procurador geral de Justiça Ricardo Machado em junho.

TSE AUTORIZA AUDITORIA NAS ELEIÇÕES

CONCURSO PÚBLICO 2015 CÂMARA MUNICIPAL DE SOBRAL

MESA DIRETORA BIÊNIO

A lei já foi aprovada nesta gestão do PresIidente Itamar Ribeiro.
Image

Vejam os cargos e salários dos novos cargos.
Além desses existem vagas remanescentes de servidores que se aposentaram ou saíram.

02 vagas de motorista
02 vagas de mensageiro
02 vagas de recepcionista/secretária

Hoje a Câmara tem 19 servidores efetivos e vamos aumentar mais 18 praticamente dobrando o quadro de servidores efetivos.

As despesas para pagamento destes cargos sairão da redução dos cargos comissionados ligados à Presidência da Câmara.

Se tudo correr dentro da normalidade o concurso realizar-se-a no mês de abril.
Esta lei de nº 1320/2013, está publicada no Impresso Oficial do município nº 504 de 23 de dezembro de 2013.


Fonte:(ZZ)

  •  só relembrando o único concurso realizado pela Câmara Municipal de Sobral foi na Administração do Vereador João Alberto Adeodato Júnior em 1993, portanto a 22 anos. Os últimos presidentes até prometeram a realização de concursos, mas não conseguiram, foram eles: Adaldécio Linhares, Hermenegildo Neto, João Alberto, e mais recente Itamar Ribeiro, pela proximidades das eleições e outras questões de ordem técnica. O concurso é bastante aguardado e necessário.
     No único concurso público da histórica da Câmara, em 1993, foram chamados para efetivação 33 servidores, 04 tiveram passagem relâmpago no quadro de servidores, 03 se aposentaram, pela ordem: Dona Aparecida, dona Adelina, e seu Henrique; um faleceu, radialista Onofre Viana, 01 pediu exoneração por incompatibilidade, Sra. Cláudia, 18 encontram-se na ativa, 06 pediram exoneração pra assumirem vagas em outras repartições e/ou órgãos: Anuque, Maria José, Manoel, Pádua, Cristiane e Daniel.
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