José Pereira Gondim DIPLOMAÇÃO (?) A “LA ULISSES” – Autor: José Pereira Gondim
A Venezuela é um país rico em petróleo (o petróleo de lá é mantido em grandes tanques e não em "vidros de penicilina" como aqui, enquanto o litro de gasolina custa R$ 0,50; e não os R$ 3,00 que diariamente nos empurram “goela a baixo”. Auto-suficiência? Pré-Sal? Lérias!), mas, "governado" até bem pouco tempo por um pequeno déspota, um tiranete latino (“por que não te calas? - disse-lhe o rei da Espanha”) populista, demagogo e explorador da ignorância da massa analfabeta, e que pretendia eternizar-se no poder encenou uma verdadeira “ópera bufa” na política (mais uma) deixando claro para o mundo, embora numa escrita em linhas tortas, que lá eles têm uma Constituição, que apesar de agredida também pela reeleição (como aqui e sob o "reinado" do reacionário e intolerante FHC/TED), mas, vez por outra essa Carta é cumprida na íntegra, ou de acordo como está escrito no papel.
Pois bem, o "aspirante de rei ou faraó" Hugo Chávez foi "eleito" para um terceiro mandato, e tudo ia às mil maravilhas até que o caudilho adoeceu, está em coma ou morreu, mas, isso ninguém sabe, pois o mesmo foi tratar-se em Cuba, uma ditadura especialista em ocultar do mundo, a vida ou a morte de "governantes ou cadáveres fossilizados". Lá eles mantém o predador numa tina de formol (?)!
Entretanto, a "interrogação" maior reside na data da posse, pois segundo consta na Carta Magna da Venezuela, se o candidato eleito (Chávez) não for diplomado (a solenidade está marcada para o dia 10 de janeiro do corrente ano) na data prevista, o presidente do Congresso ou Supremo Tribunal "de lá" assume o posto, na medida em que novas eleições para o preenchimento do cargo (declarado vago) serão determinadas para um prazo de 30 dias.
Aqui no Brasil, também tem Constituição (uma verdadeira "colcha de retalhos") e essa questão da diplomação do titular eleito, ou indicado aparentemente segue os trâmites normais, que são comuns no mundo civilizado (civilizado, viu!), ou seja, o cargo só é legalmente preenchido com a posse do "escolhido", do eleito (?)!
No entanto, e por ocasião da eleição indireta do ex-governador das Minas Gerais para a presidência do País, em 1985, ou quando a ditadura que imperava no Brasil não reunia nenhuma condição de manter-se no poder, o "presidente eleito" (Tancredo Neves), infelizmente, adoeceu e morreu antes de empossado, ou de sua diplomação no cargo, de direito e de fato. Aí foi bronca, viu!
Nessas alturas, o povo que aumenta mais não inventa supõe que sua morte (do presidente eleito) não foi divulgada no dia em que ocorreu, mas dias depois, e, enquanto isso atropelando a Constituição ou outro dispositivo legal e existente, o vice-presidente José Sarney foi empossado com galhardia. PQP! Como explicar legalmente e honestamente essa agressão a “lei”, a Carta Magna?
Enquanto a morte do ex-governador das Minas Gerais e presidente eleito do Brasil (mesmo pela via indireta e sem a participação do eleitor brasileiro) era comunicada ao povo, sob os auspícios de políticos do quilate de Ulisses Guimarães o que deixa claro que todos (os políticos) são iguais (farinha do mesmo saco, ou mesmo, que todos calçam o número 40), o candidato à vice-presidente (Sarney) era diplomado e “guindado” a condição de titular, num cargo que normalmente deveria ser considerado vago, pois nada justifica a agressão a lei. Depois o povo trouxa e enganado se queixa de corrupção, de enganadores e espertalhões ocupando o poder! É hilário! É grotesco! É cruel!
Nesse momento um povo ignorante em política (também) ou domesticado ao extremo (que gritou por "diretas já", mas foi enganado por acordos de gabinetes, de bastidores) e que engole qualquer justificativa foi seduzido através do termo "governabilidade", que foi evocada como a única saída, ou tábua de salvação, do País, dos brasileiros, ou dos políticos no poder?
Pois bem, se tudo sair como se espera, no próximo dia 10 de janeiro de 2013, ou Quinta-feira próxima a Venezuela mostrará ao Brasil que tem e respeita a sua Constituição (?), enquanto nós convenhamos, não poderíamos dispensar aquela oportunidade de voltar ao poder e de se desfrutar das benesses do fasto, mormente tendo um “porta-bandeira ou abre-alas” do quilate da “governabilidade”. Não interessa em que circunstâncias a Venezuela realizou suas eleições, no entanto, entre outras misérias ocorridas eles jamais serão lembrados na história como o povo que diplomou um morto (?)! Enquanto nós (?)! PQP! AMÉM!
Visando não deixar que assunto tão pitoresco e estranho caia no esquecimento dos contemporâneos da manobra, ou dos mais jovens que desconhecem a aberração, regularmente posto na minha TL quatro tuites que se reportam a esse ato tão democrático. PQP! Vão tudo TTNC!
Venezuela dá aula d democracia e respeito aConstituição;C Chávez Ñ aparecer pra POSSE dia10 assume o Pte d/Con e decreta-se NOVA ELEIÇÃO;VIU
Brasil empossa Sarney,o vice-presidente antes da diplomação d Tancredo Neves(doente,morto?),pois aqui Ñ temos CONSTITUIÇÃO,apenas PREDADORES
GOVERNABILIDADE foi o termo cínico q chancelou uma INCONSTITUCIONALIDADE, ou a posse dum vice, antes de empossado o titular:SARNEY/TANCREDO?
Essa AGRESSÃO ao ESTADO DE DIREITO foi feita (PASME!) c/aval do deputado ULISSES GUIMARÃES, o q demonstra que os políticos são todos IGUAIS
Nota: Essa estória de que isso foi um gesto de bravura de Ulisses Guimarães & patota, que a coisa deveria ser feita dessa maneira é conversa pra boi dormir, nunca me convenceu e permanece no mesmo escaninho onde guardo as ZELITE do ex-presidente Lula, seu desconhecimento do Mensalão e a afirmação de que o PT (um renomado professor em trambicagens e patifarias) aprendeu corrupção com outros partidos. LÉRIAS!
José Pereira Gondim é autor das trilogias: A Forja do Cinismo e Jesus e o Cristianismo (a venda em “O Sebo Cultural/PB”, nas Livrarias Saraiva, Estudantil e Imperatriz/PE, e algumas mais no País), onde esse e outros temas conflitantes são tratados com responsabilidade, mas, sem eufemismos.