FOLHA DE S.PAULO · 662 COMPARTILHAMENTOS ·3 DE JULHO DE 2015
500 políticos são cobrados a devolverem recursos Maria de Jesus do Nascimento Lima, 39, esteve cadastrada no Bolsa Família entre 2008 e 2013. Pescadora, moradora de Monção (MA), recebeu R$ 5.448 no período, segundo o governo federal.
Mas Maria também é Deusa da Rita, eleita vereadora pelo PSL em 2012, com um salário, à época, de R$ 3.450. À Justiça Eleitoral, disse ter patrimônio de R$ 136 mil, que inclui dois carros, uma casa e um ponto comercial. O benefício foi cortado e, agora, Deusa da Rita é ré em uma ação por suposto crime de estelionato que tramita na Justiça Federal.
Como ela, outros 1.700 políticos que ganharam as últimas eleições municipais receberam Bolsa Família após terem sido empossados. Esse número leva em conta pessoas cujo benefício foi destinado ao cônjuge.
Cerca de 500 não devolveram os recursos sacados e são cobrados administrativamente pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O órgão calcula que já recebeu quase R$ 900 mil de ressarcimento dos políticos, mas não informa quanto ainda pode receber dos 500. A pasta não entra com processos criminais contra os beneficiários irregulares, mas, caso os pagamentos não sejam ressarcidos, o responsável pela família é inscrito em cadastro negativo.
No caso de Deusa da Rita, o Ministério Público Federal acionou a Justiça. Procurada, ela informou, por meio de assessor, que não recebeu mensalidades do Bolsa Família e iria apresentar provas à Justiça. Mesmo com levantamento do ministério, alguns casos suspeitos passaram até o início desse ano. Em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, o vereador Rodrigo Maia, o Rodrigo Cadeirante (PTN), ganha pouco mais de R$ 14 mil, valor bem acima do atual limite de R$ 616 para uma pessoa casada e com dois filhos receber a Bolsa Família. (da Folhapress)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é o segundo integrante do governo mais criticado pelo PT e, reservadamente, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a liderança cabe à presidente Dilma Rousseff. Cardozo apanha por ser o chefe da Polícia Federal – que, ao lado do Ministério Público Federal e do juiz Sergio Moro, toca a Operação Lava Jato, investigação que desnudou o esquema de corrupção usado pelo PT para desviar recursos daPetrobras e é responsável pela maior crise da história do partido. De acordo com seus companheiros, o pecado de Cardozo é não “controlar” o trabalho da PF – ou seja, não atuar para aliviar a turma. “Não cabe ao ministro da Justiça pedir ou orientar a Polícia Federal para que persiga inimigos ou poupe amigos”, diz Cardozo, nesta entrevista a ÉPOCA. Na semana passada, aliados espalharam que Cardozo pode deixar o governo, cansado das críticas. Ele diz que fica enquanto Dilma quiser e ele se sentir útil ao governo. “Eu costumo brincar com as pessoas: ‘Se você tiver de indicar alguém para o Ministério da Justiça, nunca indique um amigo – você o perderá’”, afirma – e ri bastante. ÉPOCA – Integrantes do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamam que o senhor deixa a Polícia Federal livre na Operação Lava Jato. O que o senhor acha? José Eduardo Cardozo – O ministro da Justiça jamais pode direcionar investigações. Não cabe ao ministro da Justiça pedir ou orientar a Polícia Federal para que persiga inimigos ou poupe amigos. O ministro deve garantir a autonomia da investigação. O princípio da impessoalidade da investigação é uma regra do estado de direito. O que o ministro deve fazer é, diante de ilegalidades, abusos ou desvios de poder, exigir que medidas de apuração sejam tomadas. E isso eu tenho feito reiteradamente. Sempre que chegam indicadores de abusos, nós atuamos. Tivemos recentemente um vazamento da Operação Acrônimo (que investiga por corrupção passiva e participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro o governador de Minas Gerais,Fernando Pimentel, a primeira-dama, Carolina de Oliveira, e um empresário amigo do casal). Eu determinei à Polícia Federal que abrisse inquérito e tomasse medidas para apurar a origem desse vazamento. Da própria Lava Jato, quando chegou a notícia de possíveis irregularidades, eu tomei medidas que a lei me permite. Não cabe ao ministro analisar o mérito de situações. Se o delegado propõe uma situação, que é respaldada por um juiz, evidentemente essa decisão judicial agasalhou a situação. Acho que as pessoas compreendem um pouco mal a institucionalidade. E, quando usam a expressão “controlar a PF”, passam uma visão equivocada daquilo que talvez queiram (dizer), que é controlar abusos. ÉPOCA – O senhor já verificou abusos na Lava Jato? Cardozo – Eu diria que existem situações que estão em apuração, como vazamentos, denúncia de escuta indevida em cela de preso, possível divulgação de informação sigilosa por autoridades. Em todos esses indícios eu determinei abertura de inquérito. O que eu não posso, não devo, jamais, é adentrar o mérito de uma decisão judicial. O Judiciário é um poder independente. Talvez as pessoas não compreendam como o Estado deve funcionar.
ÉPOCA – O senhor diz isso a integrantes do PT? Cardozo – Sim. Sempre que eventualmente alguém me levanta uma pergunta a respeito, eu tenho esclarecido. Se nem todos compreendem, eu não tenho muito a falar. Apenas posso dizer o seguinte: o período em que estive no Ministério da Justiça, e que aqui permanecerei durante o tempo que a presidenta achar que devo, eu segui dentro daquilo que, me parece, determina a Constituição. ÉPOCA – Petistas dizem que o ministro Márcio Thomaz Bastos “controlava” a PF no governo Lula. Cardozo – Não era o que o ministro me falava. O Márcio Thomaz Bastos tinha um espírito arraigado no estado de direito. Eu lembro que o irmão do presidente Lula foi objeto de ação (da Polícia Federal, em 2007) e lembro que ele (o Márcio) foi acusado por várias pessoas: “Mas como ele deixou? É o irmão do presidente!”. Eu acho que o tempo muda, mas nem sempre as concepções mudam. >> José Eduardo Cardozo: "Chega. É hora de dar um basta" ÉPOCA – A Operação Lava Jato é diferente das outras pela delação premiada? Cardozo – A delação premiada não é instituto novo, apenas foi disciplinado pela Lei de Organizações Criminosas, que foi objeto de sanção deste governo. Mas a compreensão na cultura brasileira é recente. O delator pode não estar falando a verdade, pode estar falando meias verdades. E aí as pessoas passam a ser execradas socialmente. Nós não podemos jamais transformar investigações criminais numa arena romana, onde as pessoas são condenadas sem a possibilidade de apresentar suas razões. Uma delação premiada é uma pauta de investigação. ÉPOCA – A lei foi sancionada pela presidente Dilma. Por que, então, ela proferiu uma frase infeliz, em que confundiu a delação respaldada pela Justiça com as ilegalidades cometidas pela ditadura militar? Cardozo – Nós temos de entender o contexto do que ela disse, que se aproxima muito da minha afirmação aqui. Eu não posso tomar a delação premiada como uma sentença condenatória, senão nós estamos transformando isso aqui num tribunal de exceção, próximo daquilo que acontecia na Idade Média. Acredito que a presidente, ao manifestar sua indignação, acabou colocando algo: não se pode jamais dar credibilidade a um delator, porque delação premiada é pauta de investigação, não é sentença condenatória. Parece que foi nessa perspectiva que a presidente se posicionou.
"O PT tem de corrigir rumos, melhorar posturas e atacar problemas. Se não fizer isso, patinará. É uma lei fatal"
ÉPOCA – Seus colegas Aloizio Mercadante e Edinho Silva, mencionados por Ricardo Pessôa, deveriam se afastar temporariamente do governo para se defender? Cardozo – Olha, de forma nenhuma. Nem investigação aberta contra eles existe. Só depois da investigação, se o Ministério Público se convencer que existem indícios de irregularidades, é que eles vão poder exercer o direito de defesa. Tanto o ministro Mercadante quanto o ministro Edinho são pessoas que eu pessoalmente – aí não é o ministro, é o Zé Eduardo Cardozo – confio plenamente na honestidade e na integridade. >> Leia outras entrevistas ÉPOCA – Como o senhor vê a situação do PT, o mais afetado pelas acusações de corrupção? Cardozo – O PT é um partido que influenciou decisivamente a história brasileira de forma positiva. É evidente que, diante de realidades que se apresentem, tem de corrigir rumos, melhorar posturas e atacar problemas. Se o PT fizer isso, seguramente terá uma trajetória futura mais esplendorosa que no passado; se não fizer, patinará. É uma lei fatal: pessoas da política que não compreendem o momento em que atuam dificilmente conseguem sair dos problemas. ÉPOCA – No Congresso do PT houve coros a favor do ex-tesoureiro João Vaccari, que está preso, e ataques à Lava Jato. Cardozo – Todo militante petista tem direito de se manifestar. Algumas manifestações eu posso concordar, outras eu posso discordar. Nós temos correntes internas no PT, a minha inclusive é minoritária, mas bastante expressiva, que há muito tempo discute a necessidade de mudanças no PT. ÉPOCA – O que o senhor acha que deveria mudar no PT? Cardozo – Essa é uma discussão que eu me reservo fazer internamente. Na hora em que eu deixar o ministério, seguramente vou defender aquilo que eu acho que deve ser feito. Cheguei a ser duas vezes candidato a presidente do PT defendendo mudanças que eu acho que, mais do que nunca, são atuais. ÉPOCA – Após uma manobra do presidente Eduardo Cunha, a Câmara aprovou a redução da maioridade penal. O governo é contrário. O que vai fazer? Cardozo – A segunda votação aprovou um texto até mais desastroso que o que foi rejeitado antes. Este traz, além de tudo, uma controvérsia jurídica sobre tráfico e crime hediondo. É o resultado das coisas feitas com açodamento. Mas uma emenda constitucional exige duas votações na Câmara e outra no Senado. Eu acredito que se começou a fazer uma reflexão mais aguda sobre o problema. As pessoas votam “sim” à redução da maioridade porque acham que é a única saída para combater a violência, enquanto na verdade os dados que se colocam mostram exatamente o oposto. Os Estados Unidos, que são citados como parâmetro disso, seguem a tendência inversa. Tenho absoluta convicção de que, quando esses dados forem colocados, as pessoas vão perceber o equívoco.
Investigações se aproximam do gabinete presidencial e levam o governo a confrontar o Judiciário.
Dilma e Lula assumem a linha de frente da batalhaJosie Jeronimo (josie@istoe.com.br)
Acuado pelas denúncias do esquema do Petrolão, que chegam cada vez mais perto do gabinete presidencial, o governo resolveu entrar numa perigosa zona de batalha. Nos últimos dias, numa ação articulada com o PT e o ex-presidente Lula, o Planalto passou a investir contra o Poder Judiciário, num jogo que pode virar contra o próprio governo. Os alvos são as investigações da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o Ministério Público Federal. Em encontros reservados, Dilma, que no ano passado defendeu publicamente o instituto da delação premiada, cogitou anular o que não está em suas atribuições constitucionais: os benefícios de redução de pena e liberdade recebidos pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC.
ESTADÃO · 12.505 COMPARTILHAMENTOS ·3 DE JULHO DE 2015
Após decidir colaborar com as investigações, Pessoa revelou à Justiça ter sido achacado para contribuir para a campanha à reeleição da presidente no ano passado. “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos”, disse a presidente em viagem aos EUA, sem atentar para a gravidade de suas declarações e ações que podem, segundo o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, enquadrá-la por crime de responsabilidade (leia reportagem na pág. 30). Enquanto Dilma criticava fora do País o dispositivo legal da delação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva organizava a tropa petista no Congresso. Em reunião com integrantes da bancada do PT, em Brasília, definiu a estratégia de ataque às instituições da República que apontam malfeitos do governo e do PT. “É preciso fazer o enfrentamento político da Lava Jato”, admitiu sem meias palavras.
O PT QUER A CABEÇA DELE Dilma diz que a PF tem autonomia, mas o PT pressiona pela demissão do ministro da Justiça, que, segundo o partido, não protegeria seus pares
Sob forte pressão do PT, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo dirigiu-se ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República cobrar explicações sobre o vazamento do depoimento de Pessoa. Na manhã de segunda-feira 29, o ministro da Justiça esteve com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, e transmitiu a irritação do governo com a divulgação da delação do presidente da UTC. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também foi procurado. Ao contrário de Lewandowski e Janot, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, não esteve com Cardozo, mas emissários do governo conversaram com servidores de sua confiança. A eles, segundo apurou ISTOÉ, enviados do Planalto manifestaram sua indignação com a maneira como foi homologada a delação de Pessoa. O Planalto reclama do que chama de “tratamento especial” dado ao presidente da UTC, que acertou sua delação premiada com a PGR e não com a 13ª Vara Federal de Curitiba, como fizeram outros empreiteiros e quadros da Petrobras.
Cardozo foi para o front do embate contra o Judiciário depois de ser fortemente cobrado por Lula e pelo presidente do PT, Rui Falcão. Enquanto publicamente Dilma Rousseff não cansa de repetir que, em seu governo, a Polícia Federal possui autonomia de atuação, o ministro da Justiça é acusado pelos petistas nos bastidores de perder as rédeas da PF, instituição vinculada à pasta que comanda. Os petistas cobram de Cardozo um maior controle das ações da polícia, para evitar constrangimento a cabeças coroadas do PT, como tem ocorrido desde o ano passado. Os colegas de partido do ministro atribuem a ampla divulgação dos resultados da Operação Lava Jato a falhas no trabalho de Cardozo. O sigilo dos documentos, alegam, resguardaria o governo e o PT. “Todo vazamento é contra o PT. O que eles querem é ver Dilma e o PT sangrarem até lá”, criticou Lula, que depois de fazer críticas públicas ao PT e a Dilma, há duas semanas, resolveu baixar o tom aconselhado por interlocutores que acharam que as declarações jogaram contra ele e deram munição à oposição.
O ALVO O juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, está na alça de mira do PT. Para os petistas, Moro não teria propósitos republicanos ao implicar integrantes do partido
Apesar de Cardozo ter feito um périplo pelo Judiciário, na última semana, as cobranças não foram bem digeridas pelo titular da Justiça. “Não tenho que prestar informações só ao PT, mas a qualquer força política que desejar. Se acharem que não contribuo mais para o projeto, sairei”, disse Cardozo na quinta-feira 2. A interlocutores, o ministro tem manifestado a intenção de realmente deixar o governo. Contribuiu para ampliar seu desgaste a reunião da Executiva do partido no dia 28 de junho, quando os próprios petistas o chamaram de “egoísta”, “omisso” e “inoperante.” Cardozo assumiu o Ministério da Justiça no primeiro mandato de Dilma. Ainda no gabinete de transição, ele foi um dos primeiros escolhidos para a Esplanada dos Ministérios. Na sexta-feira 3, depois de uma reunião com Dilma, o ministro continuaria no governo.
Mas as relações de Cardozo com a cúpula do PT nunca foram boas e com a operação Lava Jato a situação ficou ainda mais desconfortável. Um dos que mais pressionam para que ele seja substituído é o ex-presidente Lula, que sempre foi um crítico mordaz de sua atuação nos bastidores.
Ao mesmo tempo em que tenta minar Cardozo, Lula trabalha para evitar com que uma eventual rejeição a Janot, que trabalha para ser reconduzido ao cargo, seja debitada na conta do Planalto. A estratégia foi acertada em conversa com o marqueteiro do PT, João Santana, na segunda-feira 29. No dia seguinte, Lula promoveu um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na conversa, Lula e Renan trataram da nova indicação do procurador-geral da República. O cargo ficará em aberto a partir de setembro. Lula ponderou a Renan que, se a presidente escolher outro nome que não o de Janot para encaminhar ao Senado, o governo será acusado de usar mecanismo institucional para ir à desforra. “Politicamente será um desastre”, disse Lula. Para o ex-presidente, só o Senado poderia rejeitar um novo mandato de Janot. Na PGR, a ação do petista foi considerada dúbia. “Ninguém entendeu se ele defendeu ou não um novo mandato para Janot”. Para subprocuradores ligados ao procurador-geral, o petista pode ter acertado com Renan o veto a Janot, quando sua recondução tiver que ser aprovada pelo Congresso. Assim, Dilma não assumiria o desgaste pelo veto.
CORO AFINADO O presidente do PT, Rui Falcão, que segue defendendo o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na Lava Jato, alinha-se a Lula na tentativa de acuar o Judiciário
No Congresso, o maior opositor a uma nova indicação de Janot é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha é alvo de inquérito da Lava Jato e passou pelo constrangimento de ter integrantes do Ministério Público dentro de seu gabinete na Câmara recolhendo provas para a investigação. Assim como Cunha, Renan está no rol de investigados em inquéritos da Lava Jato. Até o final deste mês, o procurador-geral da República deve se pronunciar sobre o resultado das oitivas e diligências que a Polícia Federal realizou e decidir se manda arquivar ou oferece denúncia contra os
Irã e o chamado grupo P5+1 (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha) chegaram a um acordo provisório para a suspensão de...
WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR
Irã e o chamado grupo P5+1 (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha) chegaram a um acordo provisório para a suspensão de sanções que atingem a República Islâmica, informou neste sábado (4) a agência Associated Press, baseada em relatos de diplomatas envolvidos nas negociações.
Segundo essas fontes –que pediram anonimato, por não estarem autorizadas a comentar sobre o assunto–, as partes estão próximas de um acordo final que garantirá ao Irã dezenas de bilhões de dólares em benefícios econômicos em troca de restrições a seu programa nuclear.
Faltam, no entanto, as assinaturas do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e do ministro das relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, ao documento.
Essa resolução, que deve vir anexa ao acordo final, estipula quais e em quanto tempo algumas das sanções contra o país persa devem terminar.
Irã e o grupo P5+1 participam de mais uma rodada de negociações, em Viena (Áustria), sobre o tema. O diálogo ocorre há mais de 18 meses e tinha como prazo final 30 de junho –data estendida para 7 de julho, após o impasse das negociações.
Os EUA e outras nações temem que o enriquecimento de urânio na República Islâmica tenha por finalidade o desenvolvimento de armas nucleares. O governo de Teerã, porém, argumenta que seu programa é voltado exclusivamente à geração de energia e a outros fins pacíficos.
Algumas sanções americanas contra o Irã, porém, devem continuar. Dizem respeito não ao programa nuclear, mas a retaliações contra investimento iraniano em mísseis balísticos, violações de direitos humanos e apoio da República Islâmica a organizações consideradas terroristas por autoridades dos EUA.
Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua terapia. O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas.
Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos – Candida albicans. Esse médico achou muito estranho que todos os tipo de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente.
Então, pode estar ocorrendo o contrário, pensou ele. A causa do câncer pode ser o fungo.
E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece:bicarbonato de sódio. Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonato de sódio, não apenas ingerível, mas metodicamente controlado sobre os tumores. Resultados surpreendentes começaram a acontecer.
Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as Aftas.
Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento. Para quem se interessar mais pelo assunto, siga o link (em inglês):não deixem de ver o vídeo, no link abaixo. O medico fala em italiano, mas tem legenda em português .http://www.curenaturalicancro.com/
Lá estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonato de sódio sobre os tumores.
Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento simples e barato. Parece brincadeira, né?
Mas foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui.
Bem que o livro de homeopatia recomenda tratar tumores com bórax, que é o remédio homeopático para aftas. E os macrobióticos consideram o câncer uma manifestação natural do meio ácido.
Igor Gilly é um jovem orgulhoso por ter se infiltrado na comitiva da presidente Dilma Rousseff nos EUA e ter xingado a presidente de “pilantra” e “vagabunda”. O fato ocorreu na última quarta-feira (1) e foi contado com detalhes por ele em sua conta no Facebook e em vídeo que ele mesmo produziu (assista abaixo).
O jovem estava acompanhado de dois amigos, que ele mesmo nomeia como Maria Rita e Lucas. Para atingir seu “feito”, o jovem precisou driblar a segurança da presidente, que acreditou que ele e seu amigo eram parte da comitiva. Os xingamentos aconteceram durante passagem de Dilma pela Universidade de Stanford.
“Ela [Dilma] chegou, entrou na portinha, eu estava lá sentado com o Lucas do lado. Quando o segurança viu a gente pegando o celular e a câmera, já começou a desconfiar. Só que já era tarde demais. Ela entrou e a gente começou a falar, falar, falar. Aí é que está, pegou o pessoal todo de surpresa. Todo mundo jurava que éramos da comitiva. Do nada a gente 'sua pilantra, vagabunda', o pessoal ficou espantado. Um guarda pegou o Lucas. Eu segui atrás dela xingando.”, conta ele.
O jovem mostra, após os xingamentos, que não irá parar de seguir a presidente. Para ele, a atitude “foi só o começo” e ele pretende “continuar a luta como um bom patriota faz”. Gilly, porém, não fala em nenhum momento como e quais serão seus próximos passos.
"Foi uma honra ter falado tudo que estava travado na garganta de tanto brasileiro na cara dela. Mas é claro, tem muitas pessoas que estavam me perguntando como tudo aconteceu, como que consegui me inflitrar na comitiva, que não foi fácil.
Primeiro que eu já estava tentando pegar ela desde o dia anterior, no hotel, desde quando ela chegou, se hospedou no hotel mais luxuoso de São Francisco, pago com nosso dinheiro, claro. Chegando lá, me passei por repórter para tentar buscar informação. O pessoal começou a falar que ela ia passar ali na frente, ia dar entrevista para todo mundo. Fiquei pensando comigo: 'é hoje que ela vai ouvir umas verdades'.
Só que aí, o que tinha acontecido? Eu e mais um pessoal, Maria Rita, Marcos, mais um outro pessoal daqui que está sempre envolvido em política, tinham combinado de ir para lá e combinamos de não levantar suspeita. Mas mesmo assim, a coisa lá no hotel ficou tão lotada de repórter, de gente, que os agentes que estavam lá - tinha gente para todo lado - começaram a desconfiar e coletar informação. Quando desconfiaram que ia ter protesto, que ia ter panelaço - a Maria, por exemplo, estava com o cabo da panela na bolsa dela aparecendo, dava para ver... A Maria se hospedou no hotel para tentar pegar a Dilma.
Quando foi umas 22h30 o povo: 'a Dilma está chegando, a Dilma está chegando' e daí do nada passaram uns 15 minutos, o povo dispersou, saiu o boato de que ela já estava no quarto e não ia dar entrevista, o povo começou a ir embora.
Eu me enfezei e fui de andar em andar no hotel procurando ela. Como eu fiz: eu ia no primeiro andar e colocava o ouvido de porta em porta para ver se eu ouvia a voz dela. E nisso eu acabava ouvindo vozes do pessoal da comitiva dela, falando em português, eu procurando a voz dela. Fui de porta em porta, andar por andar. Imagina, o hotel mais luxuoso de São Francisco é imenso, parece um castelo, e eu fui de porta em porta, todos os quartos, demorei uma hora e meia pelo menos tentando ouvir a voz da Dilma para bater na porta dela e falar o que tem que ser falado. Não consegui achar, acho que foi dormir direto, não sei.
Fui embora, a Maria dormiu lá e de manhã me ligou dizendo que tinha pegado ela no café da manhã e já feito um panelaço. Ela disse que a Dilma ia para Stanford e fomos para lá. Chegamos lá e a gente já estava mais esperto da estratégia dos agentes. Eles enganaram todo mundo, fizeram todo mundo achar que ela ia pela frente quando ela foi por trás. A gente fez uma estratégia diferente, falei pra ela 'vou fingir que sou da comitiva, eu e o Lucas - outro cara que estava com a gente - e nós vamos achar a porta que ela vai entrar.
Chegamos lá, cumprimentamos todo mundo. A espera durou mais de duas horas. Quando do nada ela chegou, entrou na portinha, eu estava lá sentado com o Lucas do lado. Quando o segurança viu a gente pegando o celular e a câmera já começou a desconfiar. Só que já era tarde demais, ela entrou e a gente começou a falar, falar, falar. Aí é que está, pegou o pessoal todo de surpresa. Todo mundo jurava que éramos da comitiva. Do nada a gente 'sua pilantra, vagabunda', o pessoal ficou espantado. Um guarda pegou o Lucas, por isso o vídeo dele é curtinho. Eu segui atrás dela xingando e aí chegou o engraçadinho do Jacques Wagner, não perde uma piada, mas se ferrou. Eu tinha entendido na hora: 'você está com dinheiro no bolso para papar?', algo assim. Depois que fui ver que ele tinha falado: 'você está com dinheiro do papai?'.
A grande maioria dos brasileiros aqui é contra o PT, é oposição. Você consegue encontrar petistas aqui, por incrível que pareça. Engraçado, o que os petistas estão fazendo aqui? Num emprego capitalista?
Depois que fui expulso do local, o segurança perguntou para mim e pro Lucas se éramos repórteres porque ele estava com medo que saísse na mídia. E aconteceu exatamente o que eles não querem, sair na mídia.
Isso é só o começo. Gostaria de agradecer todos os brasileiros que estão me dando apoio, estou recebendo a cada segundo milhares de mensagens, prometo que vou responder todo mundo, vou demorar, mas vou responder. Obrigado pelo carinho do pessoal por falarem que representei o povo brasileiro, realmente foi uma honra representar o povo brasileiro.
Pretendo e vou continuar agindo pelo Brasil, como um bom patriota faz. Vamos à luta, não vamos nos dispersar. Precisamos focar em pequenas lutas para ganhar a guerra. É claro que não precisa ganhar todas as batalhas para ganhar uma guerra, mas é uma guerra a longo prazo e só ganharemos essa guerra se lutarmos de pouquinho em pouquinho. Não podemos ficar parados, temos que continuar aumentando essa onda conservadora, temos que continuar aumentando essa onda da direita, e vamos juntos que nós só somos fortes unidos."
Em nota, a ONU Mulheres emitiu que considera "ultrajante e extremamente agressiva a apologia de violência sexual" contra a presidente, retratada em adesivos para automóveis. Ministros e ONU Mulheres repudiam ofensas sexistas a Dilma OPOVO.COM.BR
Agora na avenida ...Os assaltantes não tem pena nenhuma...vejam o tamanho da pedrada que deram no carro para o motorista parar . E vc cidadão o que pode fazer para se proteger???
Projeto de Lei que revoga Estatuto do Desarmamento deverá ser apreciado em setembro pelos deputados
Mais uma polêmica deve rondar a Câmara dos Deputados nos próximos meses. Dessa vez, na agenda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deverá ser votado, ainda na primeira semana de setembro, o Projeto de Lei 3722/2012 do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que revoga o Estatuto do Desarmamento e cria novas normas em relação à aquisição, posse, porte e circulação de armas de fogo e munições no Brasil.
A proposta permite o porte de armas por civis, facilita a compra, barateia taxas de registro e licença e aumenta a quantidade de armas que cada cidadão pode ter.
Polêmico, o PL já estimula discussões na própria Câmara Federal e fora dela. Durante todo o dia de ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, foi realizado o seminário intitulado “Controle de Armas: Eu apoio”. O evento, promovido pela Rede Desarma Brasil, reuniu entidades, pesquisadores e parlamentares a favor do Estatuto e contra o projeto do deputado catarinense.
De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Paz Pela Vida, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o seminário é um movimento para iniciar a discussão sobre o controle de armas no Brasil. “Quando chegar setembro (data da votação da PL), nós teremos condições de levar ao Congresso a voz da cidadania”.
“Estamos fazendo este tipo de ação porque a sociedade precisa entender que o projeto não é para armar o cidadão de bem, e sim para ampliar o comércio”, afirmou o deputado federal subtenente Gonzaga (PDT-MG). Segundo ele, a tendência, pelo menos nesse momento da discussão, é que o projeto seja aprovado pelos parlamentares.
Tramitação
Tramitando na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o texto, que deverá constituir o relatório final do relator Laudivio Carvalho (PMDB-MG), será apresentado no final do mês de agosto. A votação, portanto, se dará já na primeira semana de setembro deste ano. O Projeto de Lei deverá contar com o apoio da chamada “bancada da bala” da Câmara Federal. Frase A RICA INDÚSTRIA DAS ARMAS FINANCIA AS CAMPANHAS DOS DEPUTADOS. O ESTATUTO JÁ DÁ MEIOS E OBRIGAÇÕES PARA A POLÍCIA DESARMAR O DELINQUENTE NAS RUAS. Antônio Rangel, sociólogo
O PROJETO DE LEI QUE É PARA SUBSTITUIR O ESTATUTO DO DESARMAMENTO, APROVADO EM 2003, É FLAGRANTEMENTE UM MÉTODO COM PROPÓSITO EXCLUSIVAMENTE COMERCIAL. Plauto de Lima, Major da Polícia Militar Saiba mais
Atualmente, a idade mínima para adquirir uma arma é de 25 anos. O projeto reduz para 21 anos.
Ao comprar uma arma, o portador deverá realizar exames na frequência de três anos para permanecer com o porte. Caso o PL seja aprovado, não haverá necessidade de renovação.
De acordo com o PL, são requisitos para a aquisição de arma de fogo: não possuir antecedentes criminais pela prática de infração penal dolosa, nas esferas estadual, federal e militar.
Não estar sendo investigado em inquérito policial por crime doloso contra a vida ou mediante coação, ameaça ou qualquer forma de violência
Ter participado com êxito de curso básico de manuseio de arma de fogo e iniciação ao tiro; e estar em pleno gozo das faculdades mentais, comprovável mediante atestado expedido por profissional habilitado.
Atualmente restrito a um grupo de 11 categorias profissionais, o porte poderia, caso aprovado, ser autorizado para qualquer cidadão.