






A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a BioNTech teve o registro definitivo para uso no Brasil concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A liberação do imunizante BNT162b ocorreu na manhã desta terça-feira (23).
A farmacêutica Pfizer entrou com o pedido na agência em 6 de fevereiro. O registro concedido pela Anvisa autoriza a vacina a ser comercializada, distribuída e aplicada.
Essa é a primeira vacina contra a doença com registro definitivo no País. Em 17 de janeiro, a Anvisa aprovou o uso emergencial de dois imunizantes, a CoronaVac e o produzido pela Universidade de Oxford/AstraZeneca.Imunizante tem mais de 90% de eficácia
Os testes de fase três indicaram que a vacina tem eficácia de 90%. Segundo a Pfizer, a vacina previne as formas mais leves e graves da Covid-19. A droga também manteve praticamente a mesma taxa de eficácia para idosos, chegando a 94%.
O imunizante também se mostrou capaz de neutralizar as variantes do coronavírus Sars-CoV-2 que apareceram no Reino Unido e na África do Sul, de acordo com pesquisa publicada na revista Nature Medicine em fevereiro.
Dois estudos divulgados nesta semana indicam que a vacina já tem eficácia após a aplicação da primeira dose e pode ser mantida em geladeiras (2 a 8 graus) por até cinco dias, ou ainda em congeladores (-25 a -15 graus) por duas semanas.
A possível necessidade de conservá-la em ultracongeladores em temperaturas muito baixas (-80 a -60 graus), anunciada pela agência com os primeiros resultados de eficácia, foi apontada como uma barreira para distribuir a vacina já pronta.
As empresas também realizam um estudo internacional com 4 mil voluntárias para avaliar a segurança e a eficácia da vacina em mulheres grávidas saudáveis.
Compra por empresa privadas
Com o registro definitivo, laboratórios particulares também podem adquirir o imunizante.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que deve ser analisado um projeto para definir regras de aquisição por parte de Estados, municípios e empresas privadas.
O projeto deve autorizar União e também estados e municípios a assumirem os riscos da compra das vacinas da Pfizer e da Janssen - cujas cláusulas são atualmente tidas pelo Governo Federal como entrave para a compra das imunizações.
O Brasil não tem contrato firmado para a compra do imunizante. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou que negociava a compra de 70 milhões de doses. Mas nenhum concluído foi anunciado.
No domingo (21), o Ministério da Saúde divulgou um posicionamento em que afirmava ter pedido uma orientação do Palácio do Planalto sobre como proceder para solucionar o impasse na compra das vacinas. No texto, o ministério diz que mantém interesse na compra das vacinas, mas atribui a falta de avanço nas negociações à "falta de flexibilidade" das empresas.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem feito críticas nos últimos meses às condições apresentadas pela Pfizer. A empresa exige, por exemplo, imunidade em relação a potenciais efeitos adversos da vacina e só aceita sersó aceita ser processado em tribunal nos Estados Unidos.
Em nota divulgada nesta segunda (22), a Pfizer rebate as críticas e diz que, até o momento, 69 países já assinaram contrato com condições semelhantes às apresentadas ao Brasil.
A vacina já é aplicada, desde dezembro, no Reino Unido, Estados Unidos, Isarel e União Europeia. Nesses países, o imunizante recebeu registro para uso emergencial.
Em comunicado oficial, a Anvisa ressaltou que é a primeira agência a conceder o registro definitivo e que os sete pontos de fabricação do imunizante foram certificados.
"O imunizante do Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro. Esperamos que outras vacinas estejam em breve, sendo avaliadas e aprovadas. Esse é o nosso compromisso." afirmou o Diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Com o cenário epidemiológico que se apresenta desde outubro em Fortaleza, quando teve início a chamada segunda onda da pandemia de Covid, um cálculo estatístico feito, na última semana, por dois pesquisadores ligados à Universidade Estadual do Ceará (Uece) projeta que um novo pico de casos da doença deve ocorrer na Capital entre os dias 12 e 22 de março. A probabilidade de que a previsão esteja correta, segundo eles, é de 98%.
A projeção também indica que a partir de 15 até 21 de abril o processo de queda dessa curva terá início. O cálculo feito pelo estatístico e professor aposentado da Uece, Antônio Cruz Vasques e pelo estatístico, professor do Curso de Computação da Uece e doutorando em Teleinformática pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Nonato de Castro, usa dados captados no Integrasus, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), referentes a 1º de outubro de 2020 a 22 de fevereiro de 2021.
A projeção se concentra na situação de Fortaleza, onde, indicam eles “a tendência é de crescimento, mostrando que o total de casos ainda não atingiu o seu segundo pico, mas começa a formar o platô, onde deverá passar alguns dias até o início do processo de descenso”.
Nonato explica que, em 2020, eles também projetaram a ocorrência do pico da doença e o prognóstico foi assertivo. Na primeira onda, o pico ocorreu em maio. “Nós fazemos um cálculo automatizado. Eu modelo para estimar quando ocorrerá o pico”, detalha.
O cálculo adota o chamado modelo SIR, que inclui na equação matemática pessoas: Suscetíveis (S), Infectados (I) e Retirados (R); que engloba os recuperados e mortos. Além disso, a estimativa leva em conta as seguintes variáveis:
Antônio Vasques relata que, “há exatos 10 meses, no primeiro dia de maio, eu e o professor Nonato de Castro publicamos um despretensioso artigo prevendo quando seria o pico e o início do processo de descenso da curva da pandemia utilizando um modelo estatístico de previsão muito utilizado na epidemiologia matemática, o modelo SIR. Acertamos na nossa previsão”.
De acordo com ele, na sexta-feira (25), eles concluíram um estudo semelhante.
“Espero que nossas previsões sejam confirmadas nos próximos dias, mas, no íntimo, gostaria que estivéssemos errados em nossa previsões, caindo na margem de erro de 2% para mais ou para menos, já que apontam para uma situação bem pior da contaminação nas próximas duas semanas”, diz Antônio Vasques.
O estatísticos calcularam ainda a Taxa de Reprodução, chamada “R” da doença. No dia 22 de fevereiro, afirmam eles, o índice, que indica o potencial de propagação de um vírus em determinadas condições, atingiu 1,43 na Capital. Quando é maior que 1, cada paciente transmite a doença a, pelo menos, mais uma pessoa. Quando é menor do que 1, menos indivíduos se infectam. Para estabilizar a pandemia, o “R” deve estar abaixo de 1.
Com essa taxa, cada morador da Fortaleza infectado pode transmitir o vírus, em média, para mais 1,43 pessoa. Assim, cada grupo de 10 doentes contamina 14 residentes na Capital. Na projeção, os pesquisadores destacam “o avanço da nova variante do vírus está muito acelerado, sendo necessária a adoção de medidas de isolamento social rígido para que a contaminação diminua”.
O prognóstico de redução dos casos a partir do dia 15 até o dia 21 de abril, indica que nesse período a curva de recuperados irá interceptar a de infectados, portanto, “a população começar a sair do isolamento social com segurança”. Eles alertam que “medidas severas de distanciamento social devem ser tomadas o mais rapidamente possível, já que há nítidos parâmetros apontando para o colapso do sistema hospitalar”.

BRASÍLIA — O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) terá que gastar mais da metade do seu salário de parlamentar com o pagamento das parcelas do financiamento da mansão de R$ 6 milhões que ele acaba de comprar no bairro do Lago Sul, zona nobre de Brasília, apontam simulações de crédito feitas junto ao Banco de Brasília (BRB). Além disso, para conseguir o financiamento que o senador obteve, seria necessário ter um rendimento mensal bem superior ao seu salário parlamentar, de R$ 33 mil brutos.
De acordo com a escritura de compra do imóvel, Flávio Bolsonaro financiou R$ 3,1 milhões junto ao BRB, para quitação em 360 meses, com taxas de juros entre 3,65% e 4,85%. Sua esposa Fernanda, que é dentista, também consta como compradora.
O GLOBO executou simulações de financiamento em parâmetros semelhantes junto ao sistema do BRB. O resultado mostra que a primeira parcela do financiamento seria no valor aproximado de R$ 18 mil. Essa parcela representa mais da metade do valor bruto do salário de Flávio. Com os descontos de impostos, a remuneração líquida do parlamentar fica na faixa dos R$ 25 mil.
A exigência apresentada pelo BRB para autorizar esse financiamento também diverge da vida financeira de Flávio Bolsonaro. As simulações apontam que a renda mínima exigido para obter esse financiamento é de aproximadamente R$ 45 mil, acima do salário do senador.
As taxas de juros apresentadas nas simulações ficam em parâmetros semelhantes aos que constam no registro do negócio de Flávio Bolsonaro.
A reportagem questionou a assessoria do senador sobre quais os valores do rendimento mensal da sua família e se Flávio possui outras fontes de renda além do salário de parlamentar, mas ainda não houve resposta.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Flávio afirmou que a compra foi dentro da legalidade.
— Eu vendi um imóvel que eu tinha no Rio de Janeiro, vendi uma franquia que eu possuía também no Rio de Janeiro, e dei entrada numa casa aqui em Brasília, e a maior parte do valor dessa parte tá sendo financiada no banco, numa taxa que foi aprovada conforme meu rendimento familiar, como qualquer pessoa no Brasil pode fazer -- afirmou o senador.
Procurado na noite de ontem, o BRB informou que não comenta casos específicos de concessão de financiamento devido ao sigilo bancário. "O BRB também disponibiliza financiamento imobiliário indexado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O produto é destinado aos clientes pessoa física, e oferece taxas a partir de 3,40 % a.a. + IPCA. O percentual de financiamento corresponde a até 80% do valor total do imóvel. Nessa modalidade, o prazo de financiamento é de até 360 meses, no caso de imóveis residenciais, e de até 180 meses para os comerciais", afirmou o banco.
Conforme o monitoramento da Cogerh, a água da barragem verteu com uma lâmina de 12 centímetros

A barragem do Batalhão, em Crateús, sangrou no início da manhã desta segunda-feira (1), sendo o segundo reservatório cearense a conseguir esse feito em 2021.
Conforme o monitoramento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), a água da barragem verteu com uma lâmina de 12 centímetros. O Batalhão abastece a cidade de Crateús, no sertão dos Inhamuns, junto com o açude Carnaubal.
As recargas do ano na região possibilitaram a sangria da barragem, na avaliação da Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará. Os açudes Carnaubal, Sucesso e Jaburu I acumulam mais de 60% de volume.
Os açudes Monsenhor Tabosa e Barra Velha, no entanto, seguem sem registrar aportes e permanecem secos.
O primeiro reservatório a sangrar no Estado este ano foi o açude Caldeirões, no município de Saboeiro, na macrorregião do Sertão Central e Inhamuns. Atualmente, ele permanece com volume acima de 90%.
NOTA DE FALECIMENTO - LUIZINHO DO CARACARÁ
A família do amigo Luizinho do Caracará, como era conhecido, comunica os amigos e parentes o seu falecimento, ocorrido às 07h30min de hoje (2). A toda família os nosso votos de pesar.
Apenas as cidades de Russas, Alto Santo, São João do Jaguaribe, Perreiro e Jaguaribe possuem classificação "moderado" para o risco de transmissão do novo coronavírus. Nenhuma cidade possui classificação "novo normal", que indica baixa taxa de transmissão

Somente cinco das 184 cidades cearenses estão dentro da classificação de nível alerta "moderado" para transmissão da Covid-19. Para o restante dos 179 municípios, isto é, 97,29% de todo território do Estado, os níveis de alerta estão em "alto" ou "altíssimo". Os dados são do IntegraSus, plataforma oficial da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e dizem respeito às semanas epidemiológicas 7 e 8, referentes aos dias 14 a 27 de fevereiro.
Estes números quando comparados a semana epidemiológica anterior (dias 7 a 20 de fevereiro) indicam forte piora no cenário pandêmico do Estado. Há sete dias, 18 municípios estava no nível "moderado", 91 no nível "alto" e outros 75 no "altíssimo". Agora, o número se inverteu. São 101 no nível "altíssimo" e 78 no "alto".
Das cinco cidades
apenas Juazeiro do Norte está na classificação de nível "alto". Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Sobral estão classificadas como nível "altíssimo". Juntas, elas respondem por mais metade dos casos de todo o Estado.
A incidência de casos de Covid-19 por dia para cada 100 mil habitantes também se agravou. Se na semana anterior esse número estava em 140,6, agora subiu para 162,3, com tendência crescente. A taxa de letalidade igualmente externa a criticidade do atual momento do Estado. Era de 1,3% com tendência de estabilidade, agora saltou para 2%, com