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sábado, 4 de julho de 2015
REFRIGERANTES
Bebida que mata
Estudo americano comprova que o consumo de refrigerantes e de outros produtos açucarados é responsável por mais de 184 mil mortes todos os anos no mundo
O consumo de refrigerantes, energéticos, chás gelados e bebidas a base de frutas é responsável por 184,4 mil mortes por ano no mundo. A conclusão é de um levantamento realizado na Tufts University, dos Estados Unidos, com base na análise de dados referentes à ingestão deste gênero de bebida entre os anos 1980 e 2010 em 51 países. Realizado pela pesquisadora Gitanjali Singh, o trabalho foi publicado na última edição da revista Circulation, da Associação Americana de Cardiologia.

FAIXA ETÁRIA
A ingestão do produto prejudica mais os jovens
Cerca de 75% das mortes acontecem em países pobres e em desenvolvimento. A maior parte ocorre por diabetes. O tipo 2 da doença é associado ao estilo de vida (obesidade e sedentarismo). Segundo o relatório, o consumo de bebidas açucaradas é responsável por cerca de 133 mil mortes entre os diabéticos. Outros 45 mil óbitos são decorrência de doenças cardiovasculares (infarto e acidente vascular cerebral), também relacionadas à obesidade. Outras 6,4 mil mortes são resultado de câncer.
Os pesquisadores constataram que os jovens são mais propensos do que os adultos mais velhos a desenvolver doenças crônicas como resultado da ingestão de bebidas açucaradas. No México, por exemplo, uma em cada três mortes vinculadas à obesidade e a diabetes ocorre em homens com menos de 44 anos. Nos Estados Unidos, um em cada dez óbitos associados as duas doenças acontece em homens na mesma faixa etária. “Este fato é muito preocupante”, disse Gintajali à ISTOÉ. “ Se estes jovens continuarem consumindo estas bebidas no mesmo nível em que as ingerem agora, isso levará a taxas muito mais altas das que registramos hoje de mortes e de pessoas incapacitadas por causa de enfermidades cardíacas e da diabetes”, completou.
Consumo de refrigerantes é responsável por mais de 184 mil mortes por ano, diz estudo
ISTOE.COM.BR
Estudo americano comprova que o consumo de refrigerantes e de outros produtos açucarados é responsável por mais de 184 mil mortes todos os anos no mundo
O consumo de refrigerantes, energéticos, chás gelados e bebidas a base de frutas é responsável por 184,4 mil mortes por ano no mundo. A conclusão é de um levantamento realizado na Tufts University, dos Estados Unidos, com base na análise de dados referentes à ingestão deste gênero de bebida entre os anos 1980 e 2010 em 51 países. Realizado pela pesquisadora Gitanjali Singh, o trabalho foi publicado na última edição da revista Circulation, da Associação Americana de Cardiologia.
FAIXA ETÁRIA
A ingestão do produto prejudica mais os jovens
Cerca de 75% das mortes acontecem em países pobres e em desenvolvimento. A maior parte ocorre por diabetes. O tipo 2 da doença é associado ao estilo de vida (obesidade e sedentarismo). Segundo o relatório, o consumo de bebidas açucaradas é responsável por cerca de 133 mil mortes entre os diabéticos. Outros 45 mil óbitos são decorrência de doenças cardiovasculares (infarto e acidente vascular cerebral), também relacionadas à obesidade. Outras 6,4 mil mortes são resultado de câncer.
Os pesquisadores constataram que os jovens são mais propensos do que os adultos mais velhos a desenvolver doenças crônicas como resultado da ingestão de bebidas açucaradas. No México, por exemplo, uma em cada três mortes vinculadas à obesidade e a diabetes ocorre em homens com menos de 44 anos. Nos Estados Unidos, um em cada dez óbitos associados as duas doenças acontece em homens na mesma faixa etária. “Este fato é muito preocupante”, disse Gintajali à ISTOÉ. “ Se estes jovens continuarem consumindo estas bebidas no mesmo nível em que as ingerem agora, isso levará a taxas muito mais altas das que registramos hoje de mortes e de pessoas incapacitadas por causa de enfermidades cardíacas e da diabetes”, completou.
Consumo de refrigerantes é responsável por mais de 184 mil mortes por ano, diz estudo
ISTOE.COM.BR
IMPEACHMENT A VISTA
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POLITICA.ESTADAO.COM.BR
REAL 21 ANOS
O real faz 21 anos engolido pela inflação"por Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz
Você se lembra como eram os preços em 1994?
Ao contrário das nove moedas diferentes que o Brasil já teve desde o início da república em 1889, o real, que na semana passada completou 21 anos de existência, desempenhou no País um papel de bom protagonismo. Com ele a economia foi estabilizada e a população pôde descobrir o significado do que é o planejamento da vida financeira. Apesar de todos esses fatores positivos, o real chega aos 21 anos enfrentando um problema recorrente na economia brasileira, e com o qual também se depararam as moedas que o antecederam: a inflação (em 21 anos ela acumulou-se em 402,4%). Os R$ 100 de 1994, por exemplo, hoje valem R$ 19,90.
Mercadoria:
Julho de 1994
Arroz 30 kg, R$ 20
Feijão 15 kg, R$ 20
Pão francês 16 kg, R$ 20
Leite tipo B 30 L, R$
Carne bovina 5 kg, R$ 20
Total 66 kg e 30 L , R$ 100
Janeiro de 2015
Arroz 7 kg, R$ 20
Feijão 4 kg, R$ 20
Pão francês 2 kg, R$ 20
Leite tipo B 6 L, R$ 20
Carne bovina 1 kg, R$ 20
Total 14 kg e 6 L, R$ 100
Litro da gasolina custava R$ 0,53 em 1994, ano que o Plano Real foi criado . Noticias
A passagem de ônibus, estopim para os protestos de 2013, registra aumento de 1004%, quase o triplo da inflação no período. Em 1994, o belo-horizontino pagava em média R$ 0,24 para andar de ônibus.
Na cotação máxima, dólar fecha a R$ 3,14 - Economia - Estadão
Dólar teve valorização de 1,13% ante o real, influenciado por dados positivos dos Estados Unidos
Compare:#DestaquesDaSemana

Real completa 21 anos engolido pela inflação
ISTOE.COM.BR
Você se lembra como eram os preços em 1994?
Ao contrário das nove moedas diferentes que o Brasil já teve desde o início da república em 1889, o real, que na semana passada completou 21 anos de existência, desempenhou no País um papel de bom protagonismo. Com ele a economia foi estabilizada e a população pôde descobrir o significado do que é o planejamento da vida financeira. Apesar de todos esses fatores positivos, o real chega aos 21 anos enfrentando um problema recorrente na economia brasileira, e com o qual também se depararam as moedas que o antecederam: a inflação (em 21 anos ela acumulou-se em 402,4%). Os R$ 100 de 1994, por exemplo, hoje valem R$ 19,90.
Mercadoria:
Julho de 1994
Arroz 30 kg, R$ 20
Feijão 15 kg, R$ 20
Pão francês 16 kg, R$ 20
Leite tipo B 30 L, R$
Carne bovina 5 kg, R$ 20
Total 66 kg e 30 L , R$ 100
Janeiro de 2015
Arroz 7 kg, R$ 20
Feijão 4 kg, R$ 20
Pão francês 2 kg, R$ 20
Leite tipo B 6 L, R$ 20
Carne bovina 1 kg, R$ 20
Total 14 kg e 6 L, R$ 100
Litro da gasolina custava R$ 0,53 em 1994, ano que o Plano Real foi criado . NoticiasA passagem de ônibus, estopim para os protestos de 2013, registra aumento de 1004%, quase o triplo da inflação no período. Em 1994, o belo-horizontino pagava em média R$ 0,24 para andar de ônibus.
Na cotação máxima, dólar fecha a R$ 3,14 - Economia - EstadãoDólar teve valorização de 1,13% ante o real, influenciado por dados positivos dos Estados Unidos
Compare:#DestaquesDaSemana

Real completa 21 anos engolido pela inflação
ISTOE.COM.BR
BURACO NEGRO
Fenômeno aconteceu na constelação de Cisne, a oito mil anos-luz da terra; última vez tinha sido em 1989
Fenômeno aconteceu na constelação de Cisne, a oito mil anos-luz da terra; última vez tinha sido em 1989
NOTICIAS.TERRA.COM.BR

Imagens da Nasa mostram buraco negro 'arrotando' raios-X
O fenômeno é raro e ocorre depois que os buracos negros atraem gases, disse a NASA - National Aeronautics and Space Administration 😳glo.bo/1CQXu0c #G1
Um satélite dos Estados Unidos fotografou o que astrônomos descreveram como simplesmente o "arroto" de um buraco negro.
O Swift, controlado pela Agência Espacial Americana (Nasa), detectou um pulso de raios-X emitido por um buraco negro batizado de V404 Cygni.
Localizado na constelação de Cisne, a 8 mil anos-luz da terra, o corpo celeste já tinha "arrotado" antes, mas a última vez tinha sido em 1989.
- Buraco negro destruindo uma estrelaEsse vídeo demonstra uma estrela sendo sugada por algo que os físicos dizem ser um buraco negro, que tem uma massa tão densa que tem a capacidade de sugar at...YOUTUBE.COM · 1.456 COMPARTILHAMENTOS ·11 DE JULHO DE 2011
- COMO SERIA SE CAÍSSEMOS DENTRO DE UM BURACO NEGRO??O que aconteceria se uma pessoa caísse dentro de um buraco negro?? Saiba isso e muito mais agora!! ~~~~~~~~~~~CLIQUE NO MOSTRAR MAIS!!~~~~~~~~~~~ Clique aqui...YOUTUBE.COM · 684 COMPARTILHAMENTOS ·21 DE JUNHO DE 2015
"Esse tipo de erupção é bastante raro. Quando detectamos um, usamos tudo o que temos para monitorar suas emissões, dos sinais de rádio aos raios gama", explica Neil Gehrels, astrônomo da Nasa.
"No momento, V404 Cygni está mostrando uma variação excepcional nas emissões e oferece uma rara chance de observarmos (o fenômeno)".
O Swift não é um satélite comum: ele tem a habilidade de girar rapidamente para observar as emissões de raios gama, que normalmente duram menos de um minuto, assim como outras rajadas energéticas, incluindo os raios-X. Emissões deste tipo são brilhantes, mas atingem seu pico de intensidade em apenas alguns dias.
Ocorrem quando gases são atraídos pela gravidade dos buracos negros - apesar do nome, eles são estrelas contraídas e cujo pulso gravitacional é capaz de atrair até a luz.
Os buracos negros são extremamente difíceis de serem observados e sua localização normalmente é "denunciada" pelo movimento de corpos celestes próximos.
Por isso, a oportunidade apresentada pelo V404 Cygni foi preciosa. Ainda mais porque o buraco negro voltou a "dormir", segundo a Nasa.
G1.GLOBO.COM
Maioridade Penal OAB vai recorrer ao STF se Senado aprovar PEC da maioridade
Para entidade, uma matéria rejeitada não poderia ter sido votada no mesmo ano legislativo
presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, disse na quinta-feira que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso a emenda da redução da maioridade penal seja aprovada pelo Senado, para questionar a validade da norma. Além de discordar da alteração da maioridade, Coêlho entende que a matéria não poderia ser votada, por ter sido rejeitada na sessão anterior.
Siga o Terra Notícias no Twitter
"Constitucionalmente, a matéria rejeitada não pode ser votada no mesmo ano legislativo. A redução da maioridade, que já possuía a inconstitucionalidade material, porque fere uma garantia pétrea fundamental, passa a contar com uma inconstitucionalidade formal, diante deste ferimento ao devido processo legislativo”, avaliou Coêlho.
Além da OAB, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) criticou a aprovação da proposta de emenda à Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Segundo as entidades, a mudança é inconstitucional.
Em nota, a AMB declarou que a alteração é inconstitucional, por abolir diretos e garantias individuais. A entidade afirma que o Artigo 228 da Constituição não pode ser alterado. O texto da norma diz: “São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial”.
“Esse é mais um retrocesso para a democracia brasileira. O sentimento de todos os operadores do sistema de infância e juventude hoje é de indignação. Buscar a redução da maioridade penal como solução para diminuição da violência juvenil, sem o profundo e importante debate, trará intangíveis danos à sociedade”, declarou a entidade.
A PEC da Maioridade Penal foi aprovada em primeiro turno, por 323 votos a 155 e 2 abstenções, no começo da madrugada de quinta-feira, por meio de uma emenda substitutiva, praticamente idêntica ao texto derrubado na terça-feira (30/6). Diante da aprovação, articulada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), parlamentares contrários à aprovação afirmaram que vão recorrer ao STF para suspender a tramitação.
presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, disse na quinta-feira que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso a emenda da redução da maioridade penal seja aprovada pelo Senado, para questionar a validade da norma. Além de discordar da alteração da maioridade, Coêlho entende que a matéria não poderia ser votada, por ter sido rejeitada na sessão anterior.
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Para entidade, uma matéria rejeitada não poderia ter sido votada no mesmo ano legislativo
Para entidade, uma matéria rejeitada não poderia ter sido votada no mesmo ano legislativo
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"Constitucionalmente, a matéria rejeitada não pode ser votada no mesmo ano legislativo. A redução da maioridade, que já possuía a inconstitucionalidade material, porque fere uma garantia pétrea fundamental, passa a contar com uma inconstitucionalidade formal, diante deste ferimento ao devido processo legislativo”, avaliou Coêlho.
Além da OAB, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) criticou a aprovação da proposta de emenda à Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Segundo as entidades, a mudança é inconstitucional.
Em nota, a AMB declarou que a alteração é inconstitucional, por abolir diretos e garantias individuais. A entidade afirma que o Artigo 228 da Constituição não pode ser alterado. O texto da norma diz: “São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial”.
LINKS QUE AS PESSOAS TAMBÉM COMPARTILHARAM
Marco Aurélio e Barbosa consideram inconstitucional nova votação da PEC da maioridade penalMinistro e ex-ministro dizem que a matéria rejeitada não poderia ser enfrentada novamente em mesma sessão legislativaO GLOBO · 26.971 COMPARTILHAMENTOS ·2 DE JULHO DE 2015- VOTAÇÃO DA PEC 171 - MAIORIDADE PENALBOLSONARO.COM.BR · 5.476 COMPARTILHAMENTOS · 1 DE JULHO DE 2015
A PEC da Maioridade Penal foi aprovada em primeiro turno, por 323 votos a 155 e 2 abstenções, no começo da madrugada de quinta-feira, por meio de uma emenda substitutiva, praticamente idêntica ao texto derrubado na terça-feira (30/6). Diante da aprovação, articulada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), parlamentares contrários à aprovação afirmaram que vão recorrer ao STF para suspender a tramitação.
Bolsa Família
DEVOLUÇÃO DO BOLSA FAMÍLIA 04/07/2015
1.700 políticos que ganharam as últimas eleições municipais receberam Bolsa Família após terem sido empossados.
500 políticos são cobrados a devolverem recursos
Maria de Jesus do Nascimento Lima, 39, esteve cadastrada no Bolsa Família entre 2008 e 2013. Pescadora, moradora de Monção (MA), recebeu R$ 5.448 no período, segundo o governo federal.
Mas Maria também é Deusa da Rita, eleita vereadora pelo PSL em 2012, com um salário, à época, de R$ 3.450. À Justiça Eleitoral, disse ter patrimônio de R$ 136 mil, que inclui dois carros, uma casa e um ponto comercial. O benefício foi cortado e, agora, Deusa da Rita é ré em uma ação por suposto crime de estelionato que tramita na Justiça Federal.
Como ela, outros 1.700 políticos que ganharam as últimas eleições municipais receberam Bolsa Família após terem sido empossados. Esse número leva em conta pessoas cujo benefício foi destinado ao cônjuge.
Cerca de 500 não devolveram os recursos sacados e são cobrados administrativamente pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O órgão calcula que já recebeu quase R$ 900 mil de ressarcimento dos políticos, mas não informa quanto ainda pode receber dos 500. A pasta não entra com processos criminais contra os beneficiários irregulares, mas, caso os pagamentos não sejam ressarcidos, o responsável pela família é inscrito em cadastro negativo.
No caso de Deusa da Rita, o Ministério Público Federal acionou a Justiça. Procurada, ela informou, por meio de assessor, que não recebeu mensalidades do Bolsa Família e iria apresentar provas à Justiça. Mesmo com levantamento do ministério, alguns casos suspeitos passaram até o início desse ano. Em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, o vereador Rodrigo Maia, o Rodrigo Cadeirante (PTN), ganha pouco mais de R$ 14 mil, valor bem acima do atual limite de R$ 616 para uma pessoa casada e com dois filhos receber a Bolsa Família. (da Folhapress)
1.700 políticos que ganharam as últimas eleições municipais receberam Bolsa Família após terem sido empossados.
Prefeitura de São Paulo inclui estrangeiros no programa Bolsa FamíliaMedida inédita no país pode beneficiar até 50 mil imigrantesO GLOBO · 248.119 COMPARTILHAMENTOS ·4 DE DEZEMBRO DE 2014
Maria de Jesus do Nascimento Lima, 39, esteve cadastrada no Bolsa Família entre 2008 e 2013. Pescadora, moradora de Monção (MA), recebeu R$ 5.448 no período, segundo o governo federal.
Mas Maria também é Deusa da Rita, eleita vereadora pelo PSL em 2012, com um salário, à época, de R$ 3.450. À Justiça Eleitoral, disse ter patrimônio de R$ 136 mil, que inclui dois carros, uma casa e um ponto comercial. O benefício foi cortado e, agora, Deusa da Rita é ré em uma ação por suposto crime de estelionato que tramita na Justiça Federal.
Como ela, outros 1.700 políticos que ganharam as últimas eleições municipais receberam Bolsa Família após terem sido empossados. Esse número leva em conta pessoas cujo benefício foi destinado ao cônjuge.
Cerca de 500 não devolveram os recursos sacados e são cobrados administrativamente pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O órgão calcula que já recebeu quase R$ 900 mil de ressarcimento dos políticos, mas não informa quanto ainda pode receber dos 500. A pasta não entra com processos criminais contra os beneficiários irregulares, mas, caso os pagamentos não sejam ressarcidos, o responsável pela família é inscrito em cadastro negativo.
No caso de Deusa da Rita, o Ministério Público Federal acionou a Justiça. Procurada, ela informou, por meio de assessor, que não recebeu mensalidades do Bolsa Família e iria apresentar provas à Justiça. Mesmo com levantamento do ministério, alguns casos suspeitos passaram até o início desse ano. Em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, o vereador Rodrigo Maia, o Rodrigo Cadeirante (PTN), ganha pouco mais de R$ 14 mil, valor bem acima do atual limite de R$ 616 para uma pessoa casada e com dois filhos receber a Bolsa Família. (da Folhapress)
MINISTRO DA JUSTIÇA ENCURRALADO PELO PT
ÉPOCA – Integrantes do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamam que o senhor deixa a Polícia Federal livre na Operação Lava Jato. O que o senhor acha?
José Eduardo Cardozo – O ministro da Justiça jamais pode direcionar investigações. Não cabe ao ministro da Justiça pedir ou orientar a Polícia Federal para que persiga inimigos ou poupe amigos. O ministro deve garantir a autonomia da investigação. O princípio da impessoalidade da investigação é uma regra do estado de direito. O que o ministro deve fazer é, diante de ilegalidades, abusos ou desvios de poder, exigir que medidas de apuração sejam tomadas. E isso eu tenho feito reiteradamente. Sempre que chegam indicadores de abusos, nós atuamos. Tivemos recentemente um vazamento da Operação Acrônimo (que investiga por corrupção passiva e participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro o governador de Minas Gerais,Fernando Pimentel, a primeira-dama, Carolina de Oliveira, e um empresário amigo do casal). Eu determinei à Polícia Federal que abrisse inquérito e tomasse medidas para apurar a origem desse vazamento. Da própria Lava Jato, quando chegou a notícia de possíveis irregularidades, eu tomei medidas que a lei me permite. Não cabe ao ministro analisar o mérito de situações. Se o delegado propõe uma situação, que é respaldada por um juiz, evidentemente essa decisão judicial agasalhou a situação. Acho que as pessoas compreendem um pouco mal a institucionalidade. E, quando usam a expressão “controlar a PF”, passam uma visão equivocada daquilo que talvez queiram (dizer), que é controlar abusos.
ÉPOCA – O senhor já verificou abusos na Lava Jato?
Cardozo – Eu diria que existem situações que estão em apuração, como vazamentos, denúncia de escuta indevida em cela de preso, possível divulgação de informação sigilosa por autoridades. Em todos esses indícios eu determinei abertura de inquérito. O que eu não posso, não devo, jamais, é adentrar o mérito de uma decisão judicial. O Judiciário é um poder independente. Talvez as pessoas não compreendam como o Estado deve funcionar.
ÉPOCA – O senhor diz isso a integrantes do PT?
Cardozo – Sim. Sempre que eventualmente alguém me levanta uma pergunta a respeito, eu tenho esclarecido. Se nem todos compreendem, eu não tenho muito a falar. Apenas posso dizer o seguinte: o período em que estive no Ministério da Justiça, e que aqui permanecerei durante o tempo que a presidenta achar que devo, eu segui dentro daquilo que, me parece, determina a Constituição.
ÉPOCA – Petistas dizem que o ministro Márcio Thomaz Bastos “controlava” a PF no governo Lula.
Cardozo – Não era o que o ministro me falava. O Márcio Thomaz Bastos tinha um espírito arraigado no estado de direito. Eu lembro que o irmão do presidente Lula foi
objeto de ação (da Polícia Federal, em 2007) e lembro que ele (o Márcio) foi acusado por várias pessoas: “Mas como ele deixou? É o irmão do presidente!”. Eu acho que o tempo muda, mas nem sempre as concepções mudam.
>> José Eduardo Cardozo: "Chega. É hora de dar um basta"
ÉPOCA – A Operação Lava Jato é diferente das outras pela delação premiada?
Cardozo – A delação premiada não é instituto novo, apenas foi disciplinado pela Lei de Organizações Criminosas, que foi objeto de sanção deste governo. Mas a compreensão na cultura brasileira é recente. O delator pode não estar falando a verdade, pode estar falando meias verdades. E aí as pessoas passam a ser execradas socialmente. Nós não podemos jamais transformar investigações criminais numa arena romana, onde as pessoas são condenadas sem a possibilidade de apresentar suas razões. Uma delação premiada é uma pauta de investigação.
ÉPOCA – A lei foi sancionada pela presidente Dilma. Por que, então, ela proferiu uma frase infeliz, em que confundiu a delação respaldada pela Justiça com as ilegalidades cometidas pela ditadura militar?
Cardozo – Nós temos de entender o contexto do que ela disse, que se aproxima muito da minha afirmação aqui. Eu não posso tomar a delação premiada como uma sentença condenatória, senão nós estamos transformando isso aqui num tribunal de exceção, próximo daquilo que acontecia na Idade Média. Acredito que a presidente, ao manifestar sua indignação, acabou colocando algo: não se pode jamais dar credibilidade a um delator, porque delação premiada é pauta de investigação, não é sentença condenatória. Parece que foi nessa perspectiva que a presidente se posicionou.
"O PT tem de corrigir rumos, melhorar posturas e atacar problemas. Se não fizer isso, patinará. É uma lei fatal"
Cardozo – Olha, de forma nenhuma. Nem investigação aberta contra eles existe. Só depois da investigação, se o Ministério Público se convencer que existem indícios de irregularidades, é que eles vão poder exercer o direito de defesa. Tanto o ministro Mercadante quanto o ministro Edinho são pessoas que eu pessoalmente – aí não é o ministro, é o Zé Eduardo Cardozo – confio plenamente na honestidade e na integridade.
>> Leia outras entrevistas
ÉPOCA – Como o senhor vê a situação do PT, o mais afetado pelas acusações de corrupção?
Cardozo – O PT é um partido que influenciou decisivamente a história brasileira de forma positiva. É evidente que, diante de realidades que se apresentem, tem de corrigir rumos, melhorar posturas e atacar problemas. Se o PT fizer isso, seguramente terá uma trajetória futura mais esplendorosa que no passado; se não fizer, patinará. É uma lei fatal: pessoas da política que não compreendem o momento em que atuam dificilmente conseguem sair dos problemas.
ÉPOCA – No Congresso do PT houve coros a favor do ex-tesoureiro João Vaccari, que está preso, e ataques à Lava Jato.
Cardozo – Todo militante petista tem direito de se manifestar. Algumas manifestações eu posso concordar, outras eu posso discordar. Nós temos correntes internas no PT, a minha inclusive é minoritária, mas bastante expressiva, que há muito tempo discute a necessidade de mudanças no PT.
ÉPOCA – O que o senhor acha que deveria mudar no PT?
Cardozo – Essa é uma discussão que eu me reservo fazer internamente. Na hora em que eu deixar o ministério, seguramente vou defender aquilo que eu acho que deve ser feito. Cheguei a ser duas vezes candidato a presidente do PT defendendo mudanças que eu acho que, mais do que nunca, são atuais.
ÉPOCA – Após uma manobra do presidente Eduardo Cunha, a Câmara aprovou a redução da maioridade penal. O governo é contrário. O que vai fazer?
Cardozo – A segunda votação aprovou um texto até mais desastroso que o que foi rejeitado antes. Este traz, além de tudo, uma controvérsia jurídica sobre tráfico e crime hediondo. É o resultado das coisas feitas com açodamento. Mas uma emenda constitucional exige duas votações na Câmara e outra no Senado. Eu acredito que se começou a fazer uma reflexão mais aguda sobre o problema. As pessoas votam “sim” à redução da maioridade porque acham que é a única saída para combater a violência, enquanto na verdade os dados que se colocam mostram exatamente o oposto. Os Estados Unidos, que são citados como parâmetro disso, seguem a tendência inversa. Tenho absoluta convicção de que, quando esses dados forem colocados, as pessoas vão perceber o equívoco.
Lava a Jato leva Ataque à Justiça
Investigações se aproximam do gabinete presidencial e levam o governo a confrontar o Judiciário.
Dilma e Lula assumem a linha de frente da batalhaJosie Jeronimo (josie@istoe.com.br)
Acuado pelas denúncias do esquema do Petrolão, que chegam cada vez mais perto do gabinete presidencial, o governo resolveu entrar numa perigosa zona de batalha. Nos últimos dias, numa ação articulada com o PT e o ex-presidente Lula, o Planalto passou a investir contra o Poder Judiciário, num jogo que pode virar contra o próprio governo. Os alvos são as investigações da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o Ministério Público Federal. Em encontros reservados, Dilma, que no ano passado defendeu publicamente o instituto da delação premiada, cogitou anular o que não está em suas atribuições constitucionais: os benefícios de redução de pena e liberdade recebidos pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC.

O PT QUER A CABEÇA DELE
Dilma diz que a PF tem autonomia, mas o PT pressiona pela demissão
do ministro da Justiça, que, segundo o partido, não protegeria seus pares
Sob forte pressão do PT, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo dirigiu-se ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República cobrar explicações sobre o vazamento do depoimento de Pessoa. Na manhã de segunda-feira 29, o ministro da Justiça esteve com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, e transmitiu a irritação do governo com a divulgação da delação do presidente da UTC. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também foi procurado. Ao contrário de Lewandowski e Janot, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, não esteve com Cardozo, mas emissários do governo conversaram com servidores de sua confiança. A eles, segundo apurou ISTOÉ, enviados do Planalto manifestaram sua indignação com a maneira como foi homologada a delação de Pessoa. O Planalto reclama do que chama de “tratamento especial” dado ao presidente da UTC, que acertou sua delação premiada com a PGR e não com a 13ª Vara Federal de Curitiba, como fizeram outros empreiteiros e quadros da Petrobras.
Cardozo foi para o front do embate contra o Judiciário depois de ser fortemente cobrado por Lula e pelo presidente do PT, Rui Falcão. Enquanto publicamente Dilma Rousseff não cansa de repetir que, em seu governo, a Polícia Federal possui autonomia de atuação, o ministro da Justiça é acusado pelos petistas nos bastidores de perder as rédeas da PF, instituição vinculada à pasta que comanda. Os petistas cobram de Cardozo um maior controle das ações da polícia, para evitar constrangimento a cabeças coroadas do PT, como tem ocorrido desde o ano passado. Os colegas de partido do ministro atribuem a ampla divulgação dos resultados da Operação Lava Jato a falhas no trabalho de Cardozo. O sigilo dos documentos, alegam, resguardaria o governo e o PT. “Todo vazamento é contra o PT. O que eles querem é ver Dilma e o PT sangrarem até lá”, criticou Lula, que depois de fazer críticas públicas ao PT e a Dilma, há duas semanas, resolveu baixar o tom aconselhado por interlocutores que acharam que as declarações jogaram contra ele e deram munição à oposição.

O ALVO
O juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, está na alça de mira do PT. Para os
petistas, Moro não teria propósitos republicanos ao implicar integrantes do partido
Apesar de Cardozo ter feito um périplo pelo Judiciário, na última semana, as cobranças não foram bem digeridas pelo titular da Justiça. “Não tenho que prestar informações só ao PT, mas a qualquer força política que desejar. Se acharem que não contribuo mais para o projeto, sairei”, disse Cardozo na quinta-feira 2. A interlocutores, o ministro tem manifestado a intenção de realmente deixar o governo. Contribuiu para ampliar seu desgaste a reunião da Executiva do partido no dia 28 de junho, quando os próprios petistas o chamaram de “egoísta”, “omisso” e “inoperante.” Cardozo assumiu o Ministério da Justiça no primeiro mandato de Dilma. Ainda no gabinete de transição, ele foi um dos primeiros escolhidos para a Esplanada dos Ministérios. Na sexta-feira 3, depois de uma reunião com Dilma, o ministro continuaria no governo.
Mas as relações de Cardozo com a cúpula do PT nunca foram boas e com a operação Lava Jato a situação ficou ainda mais desconfortável. Um dos que mais pressionam para que ele seja substituído é o ex-presidente Lula, que sempre foi um crítico mordaz de sua atuação nos bastidores.

Ao mesmo tempo em que tenta minar Cardozo, Lula trabalha para evitar com que uma eventual rejeição a Janot, que trabalha para ser reconduzido ao cargo, seja debitada na conta do Planalto. A estratégia foi acertada em conversa com o marqueteiro do PT, João Santana, na segunda-feira 29. No dia seguinte, Lula promoveu um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na conversa, Lula e Renan trataram da nova indicação do procurador-geral da República. O cargo ficará em aberto a partir de setembro. Lula ponderou a Renan que, se a presidente escolher outro nome que não o de Janot para encaminhar ao Senado, o governo será acusado de usar mecanismo institucional para ir à desforra. “Politicamente será um desastre”, disse Lula. Para o ex-presidente, só o Senado poderia rejeitar um novo mandato de Janot. Na PGR, a ação do petista foi considerada dúbia. “Ninguém entendeu se ele defendeu ou não um novo mandato para Janot”. Para subprocuradores ligados ao procurador-geral, o petista pode ter acertado com Renan o veto a Janot, quando sua recondução tiver que ser aprovada pelo Congresso. Assim, Dilma não assumiria o desgaste pelo veto.

CORO AFINADO
O presidente do PT, Rui Falcão, que segue defendendo o tesoureiro do PT,
João Vaccari Neto, preso na Lava Jato, alinha-se a Lula na tentativa de acuar o Judiciário

No Congresso, o maior opositor a uma nova indicação de Janot é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha é alvo de inquérito da Lava Jato e passou pelo constrangimento de ter integrantes do Ministério Público dentro de seu gabinete na Câmara recolhendo provas para a investigação. Assim como Cunha, Renan está no rol de investigados em inquéritos da Lava Jato. Até o final deste mês, o procurador-geral da República deve se pronunciar sobre o resultado das oitivas e diligências que a Polícia Federal realizou e decidir se manda arquivar ou oferece denúncia contra os

Acuado pelas denúncias do esquema do Petrolão, que chegam cada vez mais perto do gabinete presidencial, o governo resolveu entrar numa perigosa zona de batalha. Nos últimos dias, numa ação articulada com o PT e o ex-presidente Lula, o Planalto passou a investir contra o Poder Judiciário, num jogo que pode virar contra o próprio governo. Os alvos são as investigações da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o Ministério Público Federal. Em encontros reservados, Dilma, que no ano passado defendeu publicamente o instituto da delação premiada, cogitou anular o que não está em suas atribuições constitucionais: os benefícios de redução de pena e liberdade recebidos pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC.
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O PT QUER A CABEÇA DELE
Dilma diz que a PF tem autonomia, mas o PT pressiona pela demissão
do ministro da Justiça, que, segundo o partido, não protegeria seus pares
Sob forte pressão do PT, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo dirigiu-se ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República cobrar explicações sobre o vazamento do depoimento de Pessoa. Na manhã de segunda-feira 29, o ministro da Justiça esteve com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, e transmitiu a irritação do governo com a divulgação da delação do presidente da UTC. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também foi procurado. Ao contrário de Lewandowski e Janot, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, não esteve com Cardozo, mas emissários do governo conversaram com servidores de sua confiança. A eles, segundo apurou ISTOÉ, enviados do Planalto manifestaram sua indignação com a maneira como foi homologada a delação de Pessoa. O Planalto reclama do que chama de “tratamento especial” dado ao presidente da UTC, que acertou sua delação premiada com a PGR e não com a 13ª Vara Federal de Curitiba, como fizeram outros empreiteiros e quadros da Petrobras.
Cardozo foi para o front do embate contra o Judiciário depois de ser fortemente cobrado por Lula e pelo presidente do PT, Rui Falcão. Enquanto publicamente Dilma Rousseff não cansa de repetir que, em seu governo, a Polícia Federal possui autonomia de atuação, o ministro da Justiça é acusado pelos petistas nos bastidores de perder as rédeas da PF, instituição vinculada à pasta que comanda. Os petistas cobram de Cardozo um maior controle das ações da polícia, para evitar constrangimento a cabeças coroadas do PT, como tem ocorrido desde o ano passado. Os colegas de partido do ministro atribuem a ampla divulgação dos resultados da Operação Lava Jato a falhas no trabalho de Cardozo. O sigilo dos documentos, alegam, resguardaria o governo e o PT. “Todo vazamento é contra o PT. O que eles querem é ver Dilma e o PT sangrarem até lá”, criticou Lula, que depois de fazer críticas públicas ao PT e a Dilma, há duas semanas, resolveu baixar o tom aconselhado por interlocutores que acharam que as declarações jogaram contra ele e deram munição à oposição.
O ALVO
O juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, está na alça de mira do PT. Para os
petistas, Moro não teria propósitos republicanos ao implicar integrantes do partido
Apesar de Cardozo ter feito um périplo pelo Judiciário, na última semana, as cobranças não foram bem digeridas pelo titular da Justiça. “Não tenho que prestar informações só ao PT, mas a qualquer força política que desejar. Se acharem que não contribuo mais para o projeto, sairei”, disse Cardozo na quinta-feira 2. A interlocutores, o ministro tem manifestado a intenção de realmente deixar o governo. Contribuiu para ampliar seu desgaste a reunião da Executiva do partido no dia 28 de junho, quando os próprios petistas o chamaram de “egoísta”, “omisso” e “inoperante.” Cardozo assumiu o Ministério da Justiça no primeiro mandato de Dilma. Ainda no gabinete de transição, ele foi um dos primeiros escolhidos para a Esplanada dos Ministérios. Na sexta-feira 3, depois de uma reunião com Dilma, o ministro continuaria no governo.
Mas as relações de Cardozo com a cúpula do PT nunca foram boas e com a operação Lava Jato a situação ficou ainda mais desconfortável. Um dos que mais pressionam para que ele seja substituído é o ex-presidente Lula, que sempre foi um crítico mordaz de sua atuação nos bastidores.
Ao mesmo tempo em que tenta minar Cardozo, Lula trabalha para evitar com que uma eventual rejeição a Janot, que trabalha para ser reconduzido ao cargo, seja debitada na conta do Planalto. A estratégia foi acertada em conversa com o marqueteiro do PT, João Santana, na segunda-feira 29. No dia seguinte, Lula promoveu um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na conversa, Lula e Renan trataram da nova indicação do procurador-geral da República. O cargo ficará em aberto a partir de setembro. Lula ponderou a Renan que, se a presidente escolher outro nome que não o de Janot para encaminhar ao Senado, o governo será acusado de usar mecanismo institucional para ir à desforra. “Politicamente será um desastre”, disse Lula. Para o ex-presidente, só o Senado poderia rejeitar um novo mandato de Janot. Na PGR, a ação do petista foi considerada dúbia. “Ninguém entendeu se ele defendeu ou não um novo mandato para Janot”. Para subprocuradores ligados ao procurador-geral, o petista pode ter acertado com Renan o veto a Janot, quando sua recondução tiver que ser aprovada pelo Congresso. Assim, Dilma não assumiria o desgaste pelo veto.
CORO AFINADO
O presidente do PT, Rui Falcão, que segue defendendo o tesoureiro do PT,
João Vaccari Neto, preso na Lava Jato, alinha-se a Lula na tentativa de acuar o Judiciário
No Congresso, o maior opositor a uma nova indicação de Janot é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha é alvo de inquérito da Lava Jato e passou pelo constrangimento de ter integrantes do Ministério Público dentro de seu gabinete na Câmara recolhendo provas para a investigação. Assim como Cunha, Renan está no rol de investigados em inquéritos da Lava Jato. Até o final deste mês, o procurador-geral da República deve se pronunciar sobre o resultado das oitivas e diligências que a Polícia Federal realizou e decidir se manda arquivar ou oferece denúncia contra os
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