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segunda-feira, 17 de março de 2014

Inflação leva o ganho de aplicações

Com a aceleração dos preços no mês passado, o rendimento obtido em aplicações não repôs a inflação - 17.03.2014 

A trégua da inflação durou pouco, mais uma vez. Com a retomada de alta dos preços em fevereiro, boa parte das aplicações financeiras, como caderneta de poupança e fundos de investimento, remunerou o investidor com ganho negativo, abaixo da inflação. Significa que o rendimento obtido não foi suficiente para repor totalmente a perda do capital com a inflação.
Dentre as aplicações mais conservadoras, a caderneta foi a que amargou maior prejuízo. O rendimento de 0,55% creditado nas contas com aniversário em 1º de março rodou bastante abaixo da inflação de 0,69% calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período.
Os fundos de investimento, como os de renda fixa e DI, tiveram desempenhos distintos diante da inflação. Beneficiados pelo movimento dos juros no mercado, os fundos de renda fixa saíram-se melhor, com a remuneração líquida de boa parte deles correndo acima da inflação. O resultado final dependeu também do tempo que o dinheiro permaneceu aplicado, já que o imposto sobre o rendimento é calculado por alíquotas escalonadas: elas são tanto mais altas quanto menores forem os prazos de aplicação. O desempenho dos fundos DI ficou acima do da caderneta, mas abaixo do dos fundos de renda fixa. O rendimento bruto de boa parte deles andou emparelhado com a inflação, mas, descontada a inflação, só os fundos com taxa de administração mais baixa, inferior a 1% ao ano, premiaram o investidor com juro real positivo.
Inflação retoma aceleração
A inflação oficial de 0,69% em fevereiro foi superior à de 0,55% medida pelo IPCA em janeiro. A variação acumulada nos dois primeiros meses do ano está em 1,24% e, nos últimos 12 meses, em 5,68%.
A inflação projetada para 2014 pelos analistas do mercado financeiro, consultados pelo Banco Central para o boletim Focus, é de 6,01%.
Influência
A aceleração do IPCA em fevereiro deste ano foi puxada principalmente pelo reajuste de mensalidades escolares.
O grupo educação, segundo o IBGE, teve alta de 5,97% no mês passado. A influência negativa dos gastos escolares na evolução do IPCA foi compensada pelo recuo de preços no grupo de despesas pessoais, em que se inclui o item empregados domésticos; de alimentação e bebidas; e de transportes, com destaque para a forte queda dos preços das passagens aéreas.
Alimentação
A expectativa de especialistas em acompanhamento de preços, contudo, é que o grupo alimentação volte a pressionar com mais força a inflação de março, por causa de efeitos climáticos negativos, ligados à estiagem, sobre os preços de verduras, legumes e carne bovina, principalmente.
Poupança
0,55 por cento foi o rendimento da caderneta de poupança creditado nas contas com aniversário em 1º de março, bastante abaixo da inflação de 0,

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