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quinta-feira, 20 de março de 2014

RESPOSTAS DA NAÇÕES DIANTE DA OFENSIVA RUSSA NA CRIMÉIA


Plano visa retirar da Crimeia os soldados e suas famílias de forma rápida e eficaz a outras partes do país - 20.03.2014


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Ministro russo da Defesa pediu aos líderes crimeanos a libertação do chefe da Marinha ucraniana (na foto, em destaque), detido ontem
FOTO: REUTERS
  Kiev. O secretário de Segurança Nacional da Ucrânia, Andriy Parubiy, disse que o país planeja a retirada das tropas da Crimeia. A medida é tomada após três bases ucranianas serem alvo de ataques na região autônoma.
Mais cedo, homens armados invadiram a base de Novoozernoye, no oeste da península, e ativistas pró-Rússia entraram no quartel-general da Marinha ucraniana, em Sebastopol, cidade que também abriga a sede da frota da Marinha russa no mar Negro. Em entrevista após reunião do Conselho de Segurança Nacional, Parubiy disse que o plano visa retirar os soldados e suas famílias de forma rápida e eficaz a outras partes do país.
Ele declarou ainda que o governo ucraniano pedirá que a ONU transforme a Crimeia em zona desmilitarizada, o que significaria a saída dos militares russos de sua principal base no mar Negro. A medida, porém, precisa ser submetida ao Conselho de Segurança e deverá ter veto de Moscou. Parubiy anunciou também que a Ucrânia está deixando a Comunidade de Estados Independentes, formada por ex-repúblicas soviéticas, e introduzirá vistos para os cidadãos russos, em represália à ocupação da Crimeia. O governo local não aceita a separação da região autônoma, assim como os Estados Unidos e a União Europeia.
Pedido russo
O ministro russo da Defesa, Serguei Choigu, pediu na noite de ontem aos líderes da Crimeia a libertação do chefe da Marinha ucraniana, detido durante o dia. O ministro russo "pediu à direção da República da Crimeia a libertação do comandante das forças navais da Ucrânia e que não impeça sua partida para a Ucrânia", destaca um comunicado do ministério da Defesa. A libertação é uma exigência do governo ucraniano, que deu um "ultimato de três horas" às autoridades da Crimeia.
Expulsão do G-8
O governo britânico acredita que a expulsão da Rússia do G8 deve ser discutida durante a reunião que será realizada na próxima segunda-feira (24), em Haia, com os demais países do grupo, declarou ontem o primeiro-ministro David Cameron. "Acredito que temos de discutir se expulsaremos, ou não, permanentemente a Rússia do G8", disse Cameron no Parlamento.
Resposta europeia
Os líderes europeus, que vão se reunir entre hoje e amanhã, tentarão chegar a um acordo sobre uma resposta de impacto após a anexação da Crimeia à Rússia, mas descartando sanções econômicas que possam afetar seus próprios interesses. "Permanecer unidos" é a prioridade declarada dos 28 países membros antes desta segunda reunião.
Suspensão alemã
A Alemanha suspendeu um importante projeto militar com a Rússia por achar que qualquer comércio de armas com Moscou é "indefensável", afirmou ontem o ministro e vice-chanceler Sigmar Gabriel. "Na atual situação, o governo alemão considera o comércio de armas com a Rússia indefensável", afirmou Gabriel.

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