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sábado, 10 de maio de 2014

ELEIÇÕES 2014 CONTAGEM REGRESSIVA

Debate sobre segurança antecipa clima de disputa eleitoral

Cid Gomes: desafio é justificar baixo desempenho na segurança pública
Cid Gomes: desafio é justificar baixo desempenho na segurança pública
Faltando cerca de dois meses para o início da campanha eleitoral, forças políticas do estado já se envolvem no debate que tem potencial para dominar palanques físicos e eletrônicos durante a disputa pelo Palácio da Abolição. Nesta terça-feira, em artigo publicado no jornal O Povo, o governador Cid Gomes (Pros) apresenta argumentos em defesa de sua gestão na área de segurança pública e diz lamentar o que chama de uso “sensacionalista” do tema. É a resposta de Cid à campanha mais recente do PSDB.
Para o cientista político Uribam Xavier, professor da Universidade Federal do Ceará, a segurança pública deve dominar a batalha de discursos na campanha eleitoral. Forças de oposição tentarão explorar a fragilidade do governo Cid nessa área, enquanto o candidato governista terá o desafio de se justificar. Para Uribam, o que preocupa é a forma como o tema é explorado.
“Acho que nos dois lados, da oposição e do governo, temos geralmente uma abordagem espetacularizada do tema da segurança pública, sem que se apresente propostas efetivas e comprometidas com a solução do problema”, avalia o professor. O exemplo citado é a primeira campanha do então candidato Cid Gomes, ainda no PSB, em 2006.
Naquele momento, Cid apresentava, em sua campanha, o programa Ronda do Quarteirão, como a novidade que resolveria o problema da segurança pública. Quase 8 anos depois, às vésperas de mais uma eleição, o governador não cita o nome do programa nos 16 parágrafos do extenso artigo que dedica à defesa e à prestação de contas da segurança pública – fato que pode ser lido como sintoma do insucesso do projeto.
O líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, deputado Sarto Nogueira (Pros), concorda que a discussão sobre violência deve dominar a campanha eleitoral. “Avançamos muito na educação, na saúde e na infraestrutura, mas não tivemos o mesmo avanço na segurança pública. É natural que a oposição nos ataque nesse ponto”, comentou o parlamentar.
Artigo
Entre muitos dados trazidos pelo governador em seu artigo, Cid mostra que a Organização das Nações Unidas (ONU) negou autoria da lista que incluiria 11 cidades brasileiras entre as 30 mais violentas do mundo – entre elas, Fortaleza. Em nota de esclarecimento publicada no dia 2 de maio, a ONU aponta que a referida lista não consta em sua pesquisa mais recente, o Estudo Global Sobre Homicídios, e portanto, não pode ser atribuída à pesquisa. Diversos veículos de comunicação do País divulgaram a informação, atribuindo os dados à pesquisa do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crimes.
Para o deputado Heitor Férrer (PDT), opositor de Cid, não são necessários dados e pesquisas da ONU para se constatar o “nível epidemiológico” alcançado pelos homicídios no estado. “Numa cidade onde se mata 10 pessoas a cada cem mil habitantes, já está configurado o nível epidemiológico. No ceará temos 30 homicídios para 100 mil habitantes. Em Fortaleza, são 70”, diz o parlamentar.
Procurado pelo Tribuna do Ceará, o presidente do PSDB no estado, Luiz Pontes, afirmou que estava ocupado e que se manifestaria sobre o assunto somente na tarde desta sexta-feira.
Ainda no artigo, Cid ressalta que não desistiu de lutar por um estado mais seguro para todos os cidadãos. “O desafio da Segurança Pública é enorme, mas não insuperável. E dele não podemos desistir”, afirma o governador.

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