O torcedor que entrou em campo e paralisou o jogo entre Alemanha e Gana, neste sábado, na Arena Castelão, em Fortaleza, virou alvo das atenções da mídia internacional. Ele é apontado pela imprensa como defensor das ideias nazistas, graças a uma suposta referência ao exército do governo nazista na forma do "SS" pintado em seu peito – segundo sites africanos, a inscrição "HHSSCC", revelada quando ele tirou a camisa, seria uma mensagem pró-nazismo. Na delegacia do estádio, o torcedor identificou-se como Leszek Ludomir, 30 anos, e cidadão da Polônia.
Segundo informações do diário cearense "O Povo", Ludomin disse às autoridades que neste domingo viajaria de Fortaleza para Manaus, onde Estados Unidos e Portugal se enfrentam na Arena da Amazônia. De lá seguiria para Brasília – nesta segunda-feira, Brasil e Camarões jogam no Mané Garrincha – e São Paulo – a próxima partida na Arena Corinthians acontece na quinta-feira, entre Coreia do Sul e Bélgica –, e só então voltaria para a Europa.
A imprensa de Gana criticou com veemência a invasão do torcedor, que foi retirado pela segurança logo depois de apertar a mão e dar um abraço em Muntari, meia de Gana e do Milan.
Segundo a chefe do departamento de comunicação da Fifa, Delia Fischer, o caso está sendo investigado.
– Temos uma posição forte contra o racismo. Vimos que havia inscrições, mas não sabemos ainda quais. Tudo será submetido ao comitê disciplinar – afirmou Delia.
Na internet também há registro feito pela imprensa africana de torcedores com caras pintadas de preto na Arena Castelão. A rede Fare ("Futebol Contra o Racismo na Europa", em tradução livre) entregou na última quinta-feira um relatório a Fifa sobre o assunto, denunciando a presença de vários sinais de neonazistas em jogos envolvendo a Rússia e Croácia.
– Sempre pegamos as evidências e as mandamos para o nosso comitê disciplinar, que analisa todos os documentos. Não posso comentar. Se houver motivo, vamos abrir procedimentos – garantiu a chefe de segurança.
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