A construção de sua versão do Templo de Salomão é apenas a parte mais vistosa da incorporação de símbolos do judaísmo pelo líder da Igreja Universal
Juliana Linhares e Thaís Botelho
Reino de Salomão - Edir Macedo muda a narrativa: como era,
há sete anos, e agora, com uma nova liturgia que coincide com a
inauguração de templo de 685 milhões de reais
(Instagram e José Patrício/Estadão Conteúdo)
O Templo de Salomão, aberto com a presença da presidente Dilma Rousseff e do governador paulista Geraldo Alckmin, é um sinal de que Macedo pensa mais do que grande. O templo original, descrito na Bíblia, foi erguido em Jerusalém no reino de Salomão, quase 1 000 anos antes de Cristo, como a primeira construção permanente de louvor a Jeová, deus de Israel. Foi destruído por Nabucodonosor, rei da Babilônia, e reconstruído em 516 a.C., sob a designação conhecida como Segundo Templo. Na catástrofe seguinte, foram as tropas do Império Romano que puniram uma rebelião não só arrasando o templo como levando o povo judeu à diáspora. Um Terceiro Templo, místico ou real, é esperado por judeus e cristãos que acreditam nas profecias sobre o fim dos tempos. Enquanto isso não acontece, mórmons, maçons e agora a Universal fazem suas versões. Não é coisa pouca. No ano passado, Macedo falou da grandiosidade de sua construção e aproveitou para passar o solidéu: “Pensem em doar 10% — não é o dízimo — ao templo. Só a iluminação dele custou 22 milhões de reais. Vai somando. As 10 000 cadeiras, mais 22 milhões. As pedras, que vieram de Israel, 30 milhões. O som saiu por 10 milhões. Estamos fazendo tudo do melhor. Amém, pessoal
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