
A Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (SME) já anunciou que o ano letivo de 2021 começará em regime 100% remoto, a partir dessa quinta-feira (28), para 235 mil alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Porém, os chips de internet prometidos pela gestão municipal para distribuição entre alunos e professores têm previsão de entrega apenas em março.
A licitação para a compra de 242 mil chips foi aberta em outubro de 2020, estipulando pacotes com duração de seis meses, prorrogáveis por mais seis. O plano de distribuição abrange 230 mil chips para alunos e mais 12 mil para docentes.
Segundo a titular da SME, Dalila Saldanha, “o esforço de manter o ensino remoto” é fortalecer o vínculo das famílias com a escola e garantir que “a criança esteja sempre com orientação”.
“No aspecto da aprendizagem, a gente só vai conseguir mensurar os impactos causados pela pandemia na aplicação de avaliações diagnósticas em rede. Em paralelo, já temos elaborado material que tem o objetivo de superar as perdas de aprendizagem quando o ensino híbrido e presencial for possível”, explica.
Além dos chips, há expectativa, para o mesmo mês, da entrega de 21 mil tablets destinados a estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Diagnóstico da rede
A secretária afirma que, após pesquisa com estudantes no ano passado, cerca de 98% conseguem estabelecer interação com algum dispositivo adequado ao uso dos chips. As famílias que não dispõem de equipamentos digitais recebem materiais impressos nas escolas, se comprometendo a devolver as respostas.
No ambiente digital, na prática, “cada escola organiza a plataforma de interação de acordo com o perfil da comunidade”, conforme Dalila. A maioria interage por grupos de Whatsapp, mas outras organizam blogs e disponibilizam videoaulas. Apenas “algumas escolas” aplicam salas virtuais com interação, em tempo real, de estudantes e professores.
Escolas e creches passam por reformas, como ampliação de áreas ventiladas, desde 2020.
Dalila Saldanha aponta que, quando chegarem, os chips de 20 Gigabytes de dados permanecerão sendo utilizados no ensino híbrido, “que deve continuar até que a pandemia esteja controlada”. A secretária reforça a readequação física de unidades escolares, desde 2020, como forma de preparo para receber os alunos.
Além disso, a fim de permitir a volta presencial, ela ressalta a expectativa quanto à imunização de profissionais da educação “para estabelecer o mínimo de segurança”.
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