Embora ainda seja uma prática pouco comum no
A técnica, conhecida como “telhado frio” (*cool roof*), é amplamente adotada em países de clima quente e urbano por sua eficiência energética e capacidade de reduzir significativamente a temperatura interna das edificações.
De acordo com o pesquisador Akbari Hashem, do Lawrence Berkeley National Laboratory, nos Estados Unidos, pintar um telhado de branco pode diminuir entre 40% e 70% o calor acumulado nos ambientes internos, dependendo do material e da exposição solar. O revestimento claro reflete até 80% da radiação solar incidente e bloqueia até 96% dos raios ultravioleta (UV), reduzindo a absorção de calor e, consequentemente, a necessidade de uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores.
Estudos conduzidos pelo laboratório americano indicam que essa simples mudança pode gerar uma economia de até 30% no consumo de energia elétrica das edificações. Além disso, o efeito cumulativo da aplicação em larga escala contribui para mitigar o fenômeno conhecido como “ilha de calor urbana”, comum em grandes cidades, onde superfícies escuras e asfaltadas retêm calor e elevam a temperatura média do ambiente.
O método também apresenta benefícios ambientais relevantes, como a redução das emissões de dióxido de carbono associadas ao uso de energia e o aumento da durabilidade das coberturas, já que o controle térmico diminui o desgaste dos materiais.
Nos últimos anos, iniciativas semelhantes vêm sendo testadas em algumas cidades brasileiras, especialmente em regiões de clima tropical e semiárido. A técnica se destaca como uma solução simples, de baixo custo e impacto imediato, demonstrando como pequenas inovações podem contribuir de forma significativa para a eficiência energética e a sustentabilidade urbana.

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