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sábado, 26 de dezembro de 2020

Servidores denunciam atraso nos salários e interrupção de serviços públicos no interior do Ceará. Moradores de municípios do interior do Ceará se queixam da interrupção de serviços onde ocorrem processos de transição entre gestões

A menos de uma semana do fim do atual mandato dos prefeitos cearenses, moradores de pelo menos seis municípios reclamam do atraso no pagamento do salário e do 13º, além da descontinuidade de serviços essenciais.
População em protesto no município de Reriutaba

Práticas semelhantes nesse período de transição entre as gestões municipais já são alvos de investigação do Tribunal de Contas do Ceará (TCE) em pelo menos 19 cidades. Contudo, os relatos se estendem também a outros municípios do Interior.

Ao longo desta semana, servidores de três municípios realizaram manifestações públicas contra a gestão. Na última quarta-feira (23), em Reriutaba, cerca de 30 pessoas se reuniram na frente da prefeitura para reclamar do atraso no pagamento dos salários. "Ainda não recebemos o mês de novembro, tem alguns servidores com dois meses atrasados. Os principais afetados são os profissionais da Saúde e da Educação", relatou um das organizadoras do ato.
Os manifestantes relatam que, no ano passado, problema semelhante foi registrado, mas os pagamentos foram efetivados em 31 de dezembro. "Neste ano, a situação está parecida, mas, desde que o prefeito Osvaldo Neto (PDT) perdeu a eleição, não conseguimos falar com ele para negociar, por isso viemos à Prefeitura, mas não fomos atendidos", reclamou a servidora. O pedetista buscava a reeleição, mas acabou derrotado por Pedro Humberto (PSB).

Em Acarape, o protesto ocorreu no último dia 18 de dezembro. Cerca de 30 servidores protestaram contra o atual prefeito, Franklin Veríssimo (PSD). Na manifestação, funcionários efetivos e temporários cobraram o pagamento de salários atrasados, férias e 13º salário. "Recebemos um cronograma de pagamento em outubro, mas não foi cumprido. A informação era de que os contratados iriam receber no dia 18, mas não ocorreu, ainda estamos sem os salários de novembro e dezembro", conta uma professora.
Legenda: Manifestantes criticam gestão municipal em Acarape
Foto: Reprodução

"Saúde, educação e limpeza urbana estão nessa situação, tem casos de servidores com três meses de atraso. É um caso de desmonte, ele perdeu a eleição e está atrasando o pagamento. Sinceramente, não temos mais nem esperança de receber", acrescenta.

Por outro lado, o prefeito de Acarape nega as acusações da professora. Segundo ele, os servidores efetivos foram pagos e os contratados estão com atraso de 20 dias, mas serão quitados ainda neste ano. "É politicagem para criar factoides, tudo está tranquilo na transição", afirma Franklin. No próximo dia 31, ele deixa a prefeitura. Como não conseguiu eleger aliados, verá assumir a chefia do Executivo municipal um adversário, Edilberto (PDT).

Em Amontada, os servidores da educação têm queixas semelhantes contra a gestão de Valdir Herbster Filho (PDT), que não disputou a última eleição: atraso no pagamento de salário, 13º e férias. "Estamos em um impasse, o setor de recursos humanos (RH) alega que é um problema da Secretaria de Finanças, mas a secretaria diz que é do RH. Estamos de mãos atadas esperando que resolvam. Segundo nos informaram, até dia 30 a situação deve ser resolvida, mas até lá não recebemos nada", reclama uma professora da cidade. Herbster é mais um dos prefeitos que deixará o cargo no fim do mês.

Em Juazeiro do Norte e Trairi os problemas relatados por funcionários públicos foram na área da saúde. Moradores do distrito de Canaã, na cidade litorânea, dizem que, há pelo menos dez dias, dois postos de saúde que atendem à região foram fechados. "Dizem que é recesso, volta no fim do ano, mas quem está doente não tira recesso. Temos que ir atrás de atendimento agora na sede de Trairi", reclama um morador da localidade. O atual prefeito da cidade, Dr. Marcos Paulo (PSB), não conseguiu se reeleger.

Já em Juazeiro o atraso no pagamento de funcionários da saúde só foi resolvido após protesto na semana passada. Cerca de 200 profissionais paralisaram parcialmente as atividades no Hospital Maternidade São Lucas e na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Limoeiro, que atende, inclusive, pacientes com Covid-19. As duas unidades são administradas pela Associação das Crianças Excepcionais Nova Iguaçu (Aceni).

Segundo eles, o atraso já durava dois meses. Após o protesto, o Município assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e se comprometeu em repassar, até o próximo dia 30, R$ 4,5 milhões para a Aceni pagar os profissionais. Após o acordo, os serviços foram restabelecidos. A prefeitura da cidade também passa por transição. Arnon Bezerra (PTB) saiu derrotado das urnas na disputa contra Glêdson Bezerra (Podemos).

No último dia 15 de dezembro, auditores do TCE concluíram a análise da administração pública de 19 prefeituras cearenses - entre elas Reriutaba, Juazeiro do Norte e Trairi. Em todas foram identificadas irregularidades. Entre as condutas mais comuns estão: contratação e demissão de funcionários próximo às eleições, falta de transparência na transição e descontinuidade de serviços essenciais.

As prefeituras foram escolhidas com base em uma "matriz de risco", uma espécie de ranking, que levou em conta prefeitos que não conseguiram se reeleger e não elegeram aliados. O critério foi definido a partir de uma parceria entre o TCE e o Ministério Público do Ceará (MPCE). Os auditores elaboraram relatórios que agora embasam os conselheiros da Corte na definição de condutas para os prefeitos.

Prefeitos e secretários de Amontada, Trairi e Reriutaba foram procurados pelo Diário do Nordeste, mas não responderam às ligações. A reportagem optou por não divulgar o nome dos servidores que fizeram as denúncias.

Enquanto tenta sufocar práticas de desmonte em prefeituras, o Ministério Público do Ceará (MPCE) também busca estimular que a população denuncie condutas irregulares. "Por mais diligente, criterioso e ativo que possam ser os órgãos de controle, nunca vai chegar ao nível de qualidade, quantidade e excelência que a própria população é capaz de ter. Ela sabe o que está acontecendo, sabe das necessidades e consegue dimensionar os problemas melhor que qualquer fiscal", destaca a procuradora de Justiça Vanja Fontenele, coordenadora da Procuradoria dos Crimes contra Administração Pública (Procap), do MPCE.

Segundo ela, práticas como atraso no pagamento dos servidores e interrupção de serviços essenciais são comuns no período. "O prefeito que está saindo quer deixar o caos administrativo para o adversário. Combatemos isso agora na transição. Procuramos identificar os municípios com alto risco e fizemos reuniões nesses locais para alertar os prefeitos sobre a situação e que, caso não seja resolvido, eles podem ser responsabilizados", disse.

Segundo o promotor de Justiça Silderlândio do Nascimento, coordenador-adjunto do Centro de Apoio do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (CAODPP), a prioridade é resolver as situações sem que precisem ser judicializadas. "Isso acaba dificultando, porque o juiz não vai conseguir gerenciar as contas públicas. O melhor é chamar a responsabilidade para que o próprio gestor efetive o pagamento", explica.

Conforme o MPCE, até agora, 20 processos já foram instaurados no Ceará em razão de investigações feitas por promotores das comarcas nos municípios investigados. Apesar do recesso do Ministério Público, que deve seguir até o próximo dia 6 de janeiro, a coordenadora da Procap ressalta que o órgão atua em regime de plantão. "Casos de desmonte, por exemplo, são registrados e analisados. Caso haja urgência, serão adotadas medidas. Os outros casos são analisados no retorno. O importante é que os agentes responsáveis por qualquer tipo de ilicitude serão responsabilizados", alerta Vanja Fontenele.

A Operação Transição Responsável, realizada a partir de uma parceria entre o TCE e o MPCE, analisou documentos das prefeituras de Uruburetama, Juazeiro do Norte, Bela Cruz, Acaraú, Quixeramobim, Milhã, Maranguape, Antonina do Norte, Caucaia, Boa Viagem, Itapajé, Alto Santo, Ererê, Tejuçuoca, Russas, Trairi, Jaguaribe, Quixadá, Reriutaba.

As dos auditores buscaram irregularidades em duas áreas da gestão. Em uma, buscaram possíveis irregularidades nos registros contábeis, financeiros e patrimoniais antes, durante e após a eleição. Em outra, analisaram possíveis falhas em gastos com pessoal nos atos de gestão. No primeiro grupo, foram incluídos seis municípios. No segundo, outros 13.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

55,7 milhões de abortos anuais, quase metade feitos no mundo são inseguros. Problema é pior em países em desenvolvimento ou pobres ou nos que têm leis que restringem ou proíbem prática Preocupante no mundo 41 milhões de abortos só esse ano

Equipamentos em uma clínica clandestina de abortos no Rio onde uma mulher morreu após se submeter ao procedimento: restrições levam a uma ausência de opções seguras para mulheres na América Latina. 
RIO - Todos os anos, cerca de 55,7 milhões de mulheres fazem abortos em todo mundo. E, destas, quase a metade, 25,1 milhões (45,1%), se submetem a procedimentos de alguma forma inseguros, a grande maioria (97%) em países em desenvolvimento ou pobres ou nos que têm leis que restringem ou proíbem prática. Os dados são do primeiro estudo que usou uma nova metodologia para estimar o número e a segurança dos métodos usados em abortos ao redor do planeta entre 2010 e 2014, publicado nesta quarta-feira no periódico “The Lancet” em preparação para o Dia Internacional do Aborto Seguro, lembrado hoje.

No novo estudo, os pesquisadores liderados por Leontine Alkema, da Universidade de Massachusetts em Amherst, EUA, e Bela Ganatra, do Departamento de Saúde Reprodutiva da Organização Mundial da Saúde (OMS), classificaram os abortos em três categorias de segurança seguindo as definições e recomendações da própria OMS para os procedimentos: seguros, isto é, os feitos com um método recomendado pela instituição (medicamentoso, por aspiração a vácuo, ou dilatação e evacuação) apropriado para o estágio da gravidez e com assistência de um profissional treinado; os menos seguros, em que apenas um dos dois critérios anteriores — método ou assistência profissional — foi atendido, ou seja, os feitos por um profissional treinado mas usando um método ultrapassado (como curetagem) ou com um método aprovado, como o uso do medicamento misoprostol, mas sem acompanhamento; e os abortos pouco seguros, em que os procedimentos são realizados por pessoas sem treinamento usando métodos perigosos, como a ingestão de substâncias cáusticas, inserção de corpos estranhos na vagina e útero ou outras “invencionices” tradicionais e locais.

Segundo o levantamento, dos 55,7 milhões de abortos anuais entre 2010 e 2014, 30,6 milhões (54,9%) foram “seguros”, 17,1 milhões (30,7%) foram “menos seguros” e 8 milhões (14,4%) foram pouco seguros. Ainda de acordo com o estudo, dos 6,58 milhões de abortos anuais realizados nos países desenvolvidos no período, 5,76 milhões (87,5%) foram classificados como “seguros”. Já nos países em desenvolvimento e pobres os procedimentos somaram 49,1 milhões anualmente, dos quais 24,8 milhões (50,5%) foram “seguros”.

Estes números também refletem em grande parte as políticas destas nações com relação ao aborto. Nos países desenvolvidos em geral o procedimento é legal e pode ser requisitado pela mulher seja nos serviços públicos de saúde ou em clínicas particulares. Já nos países em desenvolvimento ou pobres o status legal da prática varia do mesmo visto nas nações desenvolvidas a uma grande restrição, como só em casos em que a gravidez implica em risco de vida para a mulher, ou mesmo a proibição. Assim, onde os abortos são legais, 87,4% dos procedimentos são “seguros”, enquanto onde as restrições são muitas a proporção dos abortos “seguros” fica em 25,2%.

Esta mistura de classificações e status legais dos abortos também ajudam a explicar um fenômeno observado especialmente na América Latina, o que inclui o Brasil: nesta região do mundo, a maioria dos 6,42 milhões de abortos feitos anualmente — 3,83 milhões, ou 59,7% — foi “menos segura”, no que os pesquisadores apontam ser reflexo principalmente da transição do uso de métodos perigosos para os medicamentosos na prática. Ainda assim, como ela continua em grande parte ilegal e, portanto, clandestina, na região, ainda há uma “ausência de opções seguras” de aborto para as mulheres daqui.

Prefeitura de Sobral concluiu nesta quarta-feira (23/12), as obras de requalificação da Avenida Dr. Guarany, incluindo o cruzamento com a Avenida Ildefonso de Holanda Cavalcante (Av. Pericentral). A nova obra de controle de tráfego, que foi liberada para o trânsito de veículos no final da manhã de hoje, foi executada após a realocação da estação do VLT, que foi deslocada cerca de 40 metros (no sentido bairro Sinhá Sabóia).

 
De acordo com a Coordenadoria Municipal deTrânsito (CMT), o novo cruzamento (antes uma rotatória) vai possibilitar uma melhor fluidez no trânsito naquela área da cidade.

Para a conclusão da obra a Prefeitura realizou a sinalização horizontal, incluindo faixa de pedestres e placas de sinalização vertical, além de semáforos. 
COMO FICARÁ O TRÂNSITO NO CRUZAMENTO
A CMT informa que haverá mudanças nos acessos no novo cruzamento. Dessa forma, para quem vem pela Avenida Fernandes Távora e deseja acessar o Centro da cidade, precisará seguir direto na Av. Ildefonso de Holanda Cavalcante e, no cruzamento com a Av. Dom José, virar à direita. Depois, virar novamente à direita, na Travessa Guarany (por trás do posto São Domingos), para acessar a Avenida Dr. Guarany. 

Já os motoristas que vêm do bairro Coração de Jesus, no sentido Pedrinhas, para acessar a Avenida Dr. Guarany (sentido Derby), precisarão seguir direto e dobrar à direita na rua Oriano Mendes. Depois, é necessário virar novamente à direita, na rua Dr. Figueiredo Rodrigues, para então ter acesso à avenida. 

Quem vier pelo Boulevard do Arco e desejar acessar a Avenida Ildefonso de Holanda Cavalcante (sentido Coração de Jesus) precisará seguir direto pela Avenida Dr. Guarany e, depois, dobrar à direita na rua Eurípedes Ferreira Gomes (sentido AABB) e, novamente, pegar à direita na rua José de Andrade (Pedrinhas), para acessar a avenida. 

Já os motoristas que estiverem no bairro Jocely Dantas (Derby), poderão fazer a conversão no cruzamento tanto à esquerda quanto à direita, além da possibilidade de seguir direto pela Avenida Dr. Guarany. 

A CMT informa que agentes de trânsito estarão no local para orientar os motoristas sobre as mudanças de acesso no novo cruzamento.

ELEIÇÕES LEGISLATIVOS

  • CÂMARA FEDERAL 
  • Baleia Rossi fez o anúncio da candidatura ao lado dos deputados Aguinaldo Ribeiro (à esquerda) e Rodrigo Maia (à direita
  • + Bloco de Maia tenta evitar traições a Baleia Rossi
  • Aliados do presidente da Câmara trabalham para impedir ‘fogo amigo’ e apoio velado a Arthur Lira na corrida pelo comando da Casa
  • BRASÍLIA - Após a escolha do nome de Baleia Rossi (MDB-SP) como candidato do bloco de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados, a próxima etapa é tentar evitar “fogo amigo” dentro do grupo. O candidato rival, Arthur Lira (PP-AL), tem aliados em partidos de todo o espectro ideológico.

  • Atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia deu endosso à escolha do nome de Baleia na última quarta-feira em detrimento de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que era o predileto da oposição. O bloco conta com 11 partidos (DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PT, PSB, PDT, Rede e PCdoB) e 268 deputados.

  • Apesar de os blocos serem importantes para determinar quem ficará com cargos na Mesa Diretora, eles não podem ser usados como uma prévia da eleição, que ocorre em fevereiro de 2021. Isso porque o voto é secreto, e os deputados são liberados por seus partidos. A vantagem numérica de Maia e Baleia não significa que o bloco deles terá um caminho fácil até a vitória.

  • As “traições” podem beneficiar Lira em diversos partidos. A ala governista do PSL, por exemplo, que consiste em no mínimo 12 deputados de 53, deve apoiar Arthur Lira caso a disputa se polarize entre ele e Baleia. Lira tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que tem interferido a seu favor.

  • O bloco de Maia quase perdeu o apoio do PSL para Lira, mas o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), deu a palavra final e decidiu compor o grupo. Os bolsonaristas mantêm grupo separado dos demais deputados dentro do PSL.

  • No PSB também há apoio a Arthur Lira. Júlio Delgado (PSB-MG) alfinetou o MDB em sua rede social: “Como presidente nacional do MDB, o candidato Baleia Rossi deve determinar a imediata renúncia dos líderes do governo Bolsonaro no Congresso e no Senado, que são do seu partido. Se não fizer isso, a Câmara livre é só slogan de campanha”.
  • Articulação com PSB

  • O PSB é um dos partidos que integram o bloco, mas Delgado é um dos cerca de 15 deputados do PSB que apoiavam o endosso a Lira, e não ao bloco capitaneado por Maia. O partido é liderado por Alessandro Molon (RJ), que apoiou a adesão à frente ampla de partidos de esquerda e centro.

  • Baleia e Maia viajaram a Pernambuco para se encontrar com o governador do estado, Paulo Câmara (PSB), e tentar aparar as arestas dentro do partido. Aliados de Baleia ouvidos pelo GLOBO esperam que Câmara intervenha em prol de Maia e acalme os ânimos dentro do PSB.

  • Parte das “traições” é explicada também pelos apelos do Planalto em prol de Lira. O governo atua com força na negociação de cargos e emendas em troca de apoio por seu candidato. Segundo interlocutores, essa iniciativa tem envolvido até partidos de oposição.

  • No PSDB, partido do núcleo duro de Rodrigo Maia, há também uma fração de deputados que apoia Lira. São aqueles ligados a Aécio Neves (PSDB-MG), oito de 31. O PSDB governista tentou assumir a liderança do partido recentemente, mas não teve sucesso por ser minoria.

  • Lira procurou o PT esta semana e tentou agir para que a sigla apoiasse Aguinaldo Ribeiro ou decidisse por candidatura própria, posição defendida por quase metade da bancada e pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR). Lira tentou explorar a divisão existente entre os petistas, que rechaçam Baleia pelo fato de o MDB ter tido papel central no impeachment de Dilma Rousseff. A ideia é dividir o bloco de Maia aproveitando que Dilma e Fernando Haddad criticaram o apoio a Baleia Rossi.

Ao menos 16 países já vacinam a população para prevenir covid-19 Nações organizam esquemas especiais de logística para receber doses, distribuir pelo território e iniciar imunização da população.

Brasil tem mais mortes por covid em 1 semana do que 63 países juntos na pandemia inteira.

 Brasil tem mais mortes por covid em 1 semana do que 63 países juntos na pandemia inteira.

Com 212 milhões de habitantes, o Brasil registrou mais mortes por covid-19 no espaço de uma semana do que outros 63 países juntos ao longo da pandemia inteira - esse grupo de nações soma 634 milhões de habitantes.

Esse total é superior à soma de mortes registradas desde janeiro em 63 países juntos, entre eles Tailândia, Islândia, Vietnã, Uruguai, Taiwan, Cuba, Botswana, Gabão, Nova Zelândia, Cingapura e Estônia.

Entre 14 e 20 de dezembro, 5.233 pessoas morreram no Brasil em decorrência da doença. Foi o número mais alto desde setembro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

O mais populoso deles, o Vietnã, tem 97 milhões de habitantes e 35 mortes por covid-19 em 2020. O Brasil tem 212 milhões de habitantes e 189 mil mortes pela doença em 2020.

As 5.233 mortes no Brasil em uma semana representam quase o dobro do que o Japão registrou durante a pandemia inteira (2.877). O país asiático tem 126 milhões de habitantes.

É possível também comparar o número de casos registrados, mas esse dado pode ter distorções porque nem todos os países realizam testes em massa na população. O Brasil, aliás, é um exemplo internacional da falta de exames.

Em uma semana, o país registrou 333 mil casos, um recorde desde o início da pandemia. Essa cifra é superior à soma de casos notificados desde janeiro em 76 países.

Até agora, o Brasil registrou 189.220 mortes por covid-19 neste ano. Isso coloca o país em segundo na lista de países com mais óbitos até agora, atrás apenas dos Estados Unidos, com 328 milhões de habitantes e 326.217 mortos.

Nenhum dos dois países adotou medidas severas de distanciamento social, como os lockdowns (bloqueios quase totais à circulação de pessoas e fechamento de lojas, restaurantes etc.).


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

MAIS E MAIS

  • Modelo britânica Stella Tennant morre aos 50 anos
  • Bolsonaro diz que não vai entrar no mérito de prisão de Crivella e critica MP do Rio
  • Vereadores de SP aprovam aumento de salário de Bruno Covas em 46%
  • Como escolas estão se unindo para debater mudanças climáticas em sala de aula




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COVID-19 | Como comemorar o Natal e o Ano Novo com segurança

COVID-19 | Como comemorar o Natal e o Ano Novo com segurança

Por Nathan Vieira | 23 de Dezembro de 2020 às 18h20
 Rodion Kutsaev/Unsplash

Estamos muito próximos da conclusão de 2020, um ano para lá de desafiador e cheio de contratempos. Depois de tudo o que vivemos, de tanto medo e de tantas perdas, as festas de fim de ano estão aí. No entanto, mesmo com a tentação de comemorar com as pessoas amadas em busca de um alívio em relação à pandemia e suas consequências, definitivamente, não é hora de relaxar em relação às medidas de proteção contra a COVID-19. A Fiocruz lançou uma cartilha de como comemorar da maneira mais segura possível, e o Canaltech conversou com um infectologista para entender os riscos e os cuidados a se tomar nessa época.

De acordo com Dr. Artur Brito, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Hospital Santa Paula, as consequências nesse fim de ano vão depender muito do quanto as pessoas estão dispostas a reduzir um pouco a interação social para que se tenha um menor número de casos no pós-festas de fim de ano. "A priori, não me parece que é isso que vai acontecer", estima o especialista.

Para o infectologista, o principal cuidado é justamente não chamar familiares e amigos para comemorar as festas de fim de ano. "É claro que a gente sabe que foi um ano difícil. Muita gente sacrificou a interação social ao longo do ano, e muita gente estava esperando que no Natal e no Ano Novo a gente já estivesse em uma situação bem melhor, mas o fato é que não estamos. A principal recomendação é que não aglomere. Se você vive numa casa já com familiares próximos, como pais e irmãos, não vejo um grande problema, porque é o que você faz no seu dia a dia", observa o profissional.

Mas se as pessoas vivem em casas separadas, principalmente pessoas que vivem em cidades diferentes, a grande recomendação é que de fato não realizem essas festas de Natal e Ano Novo com aglomeração. "Não tem muito como fugir disso. No momento em que a gente está, não existe outra alternativa a não ser evitar por completo esse tipo de comemoração", lamenta o médico.

Essa também é a recomendação da Fiocruz, em sua cartilha própria para as festas de fim de ano. "Mantenha o isolamento domiciliar. Não convide pessoas para sua casa, não faça visitas, nem frequente eventos. Caso você faça parte ou mora com alguém que faz parte do grupo de risco para casos graves de COVID-19 (portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica em estágio avançado, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos), proteja-se e proteja sua família. Fique em casa e celebre apenas com as pessoas que já moram com você", consta no material.

Segurança nas festas 

Durante essa pandemia de COVID-19, as recomendações envolvem comemorar as festas de fim de ano apenas com quem mora com você (Imagem: Elly Fairytale / Pexels)

Mas caso você realmente insista em comemorar com amigos ou familiares, a Fiocruz traz algumas recomendações de segurança. "Nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a transmissão da COVID-19. Para diminuir os riscos, siga as orientações", afirma a instituição. São elas:

  • Usar máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo;
  • Ter um saco para guardar a máscara quando estiver comendo ou bebendo, mantendo-a limpa e seca entre os usos;
  • Ter uma máscara limpa extra, para o caso de necessidade de troca (tempo de uso, umidade ou sujeira);
  • Manter as mãos higienizadas.

Outras recomendações envolvem manter a distância de, pelo menos, 2 metros entre os participantes; evitar apertos de mão ou abraços; dar preferência a locais abertos ou bem ventilados; evitar o uso de ar-condicionado; lavar as mãos com frequência durante o evento com água e sabão ou álcool em gel; não compartilhar objetos, como talheres ou copos; e após tocar em objetos que estejam sendo compartilhados com outros convidados (ex: utensílios para servir a comida, jarras e garrafas), lavar as mãos com água e sabão ou álcool.

"É aquela coisa que o bom senso determina: se você for fazer aglomeração de toda forma, quanto menos pessoas, melhor. No momento que não está na ceia, não está comendo, todo mundo deve usar a máscara. Fazer essa reunião a céu aberto, pelo menos com grande circulação de ar. Se as pessoas estiverem bebendo, e, portanto, sem máscara, mesmo quando não estiverem comendo, manter o distanciamento", enfatiza o infectologista.

As orientações para festividades em casa envolvem limite do número de convidados de acordo com o tamanho do espaço, permitindo que as pessoas mantenham distância de 2 metros entre si; orientar os convidados a levarem suas próprias máscaras; evitar música alta para que as pessoas não tenham que gritar ou falar alto, considerando ainda que caso alguém esteja contaminado com o vírus, lançará um número maior de partículas virais no ambiente.

Ceia segura

Como durante a ceia todo mundo estará sem máscara, é muito importante prezar pelo distanciamento e pelos cuidados (Imagem: picjumbo.com / Pexels)

Durante a ceia, também vale colocar regras: não deixar que os convidados formem filas para serem servidos; orientar os convidados a não se sentarem todos reunidos na hora da ceia; organizar espaços separados para pessoas que moram juntas; ter sabão e papel para secagem de mãos disponíveis no banheiro; evitar o uso de toalhas de pano; disponibilizar álcool em gel nos ambientes; utilizar lixeiras com pedais para que as pessoas descartem seus lixos sem precisar colocar as mãos na tampa; e lavar as mãos após esvaziar a lata de lixo são outras recomendações da Fiocruz.

Já quanto ao preparo e forma de servir os alimentos, a instituição orienta a lavar as mãos antes de preparar a comida e usar máscara durante o preparo; limitar o número de pessoas no ambiente em que a comida estiver sendo preparada ou manuseada. Caso ofereça bebidas, a recomendação é disponibilizá-las em embalagens individuais, como latas ou garrafas, arrumadas em baldes com gelo, para que as pessoas possam se servir sozinhas. Oferecer condimentos, molhos para salada ou temperos embalados individualmente, também é uma opção segura, assim como evitar o compartilhamento de utensílios para servir a comida.

Além disso, pratos e bebidas em recipientes não individuais devem ser servidos por uma única pessoa, e o responsável deve lavar as mãos antes de servir e sempre usar a máscara. Após o evento, a orientação é lavar toda a louça em água corrente e com detergente, ou usar uma máquina de lavar louças.

Festa virtual

Muitos estão optando por comemorar presencialmente com quem mora junto e virtualmente com outros membros da família e amigos (Imagem: Nataliya Vaitkevich/Pexels)

Com a pandemia, adaptamos muitos hábitos para a forma remota, como consultas médicas, reuniões de trabalho ou aulas. E por que não trazer essa tecnologia também para as comemorações de fim de ano? É o que muitas famílias vão fazer, tendo em mente matar a saudade e aproveitar a companhia de quem se ama, ainda que virtualmente, mas sem colocar a segurança em risco.

Essa foi a solução que Rafael Silva, em entrevista ao Canaltech, encontrou para sua família. "Eu decidi que não visitaria meus pais e que se eles quisessem me ver, seria por vídeoconferência. Da parte deles, teve até uma certa pressão psicológica para que eu passasse as festas pessoalmente com eles, mas falei que não me sentiria confortável para sair de casa, e que ainda estou bastante preocupado com a COVID-19", conta. Com isso, Rafael sugeriu que fizessem uma ceia virtualmente.

Vai funcionar da seguinte maneira: em sua casa, Rafael vai preparar os pratos típicos das festas de fim de ano. Os pais dele vão fazer o mesmo, na casa deles. Quando for o momento de cear, todos vão participar de uma vídeoconferência. A ideia é parecer que estão comendo juntos.

"A interação virtual não é suficiente para matar a saudade. Por mais que a gente se veja e se fale pela câmera, não tem aquele negócio do toque, da presença... mas, ao mesmo tempo, é um alívio essa interação ser só virtual. A ideia de não aglomerar nesse fim de ano deveria ser algo que todo mundo tivesse consciência. É uma forma de se proteger. Infelizmente, aglomerar ou não acabou virando uma opção pessoal, quando não deveria ser. É uma questão de saúde pública", opina.

Depois das festas

A recomendação é se isolar por uma semana depois das festas e fazer um teste para saber se não é assintomático (Imagem: fernando zhiminaicela/Pixabay)

Mas se você acha que os cuidados são apenas durante as festas, está muito enganado. Depois das comemorações de fim de ano, é necessário ficar um tempo isolado socialmente. "Se mesmo com as recomendações em contrário a pessoa optar por ir para uma festa de fim de ano, o ideal é que a pessoa fique pelo menos de cinco a sete dias em isolamento, e se houver algum caso de alguém que ficou sintomático após a festa, ao final desses cinco a sete dias fazer um teste PCR para ver se não pode ser um portador assintomático", explica Dr. Artur.

Ele explica que, feito isso, a pessoa já tem um certo grau de segurança de que não está transmitindo o vírus. "É claro que o período de incubação do vírus é de até 21 dias, mas até o sétimo dia se você não tiver sintoma e o PCR der negativo, a chance de estar transmitindo é muito muito baixa. 15 dias é um tempo muito extenso. Sete dias já está de bom tamanho", reconhece o especialista.

O infectologista ressalta que se houver algum sintoma, não se deve ter contato com ninguém em nenhuma hipótese, mesmo se os sintomas forem muito leves e você achar que esse sintoma se deve a qualquer outra coisa. "Os primeiros sintomas do início da COVID-19 são muito inespecíficos, então aquela dorzinha de garganta chata mais leve, uma rinite muito leve… É claro que a perda de olfato e paladar levantam mais alarme, mas sob qualquer sintoma, evitar contato. A gente está chegando em uma fase da pandemia que precisa ser uma restrição consciente. As pessoas tentam encontrar fórmulas de fazer o que não está correto, com o aval de médicos e especialistas. Então não é para fazer festa no fim de ano. Não é para aglomerar. Não tem fórmula mágica se não quiser usar máscara, se não quiser ficar distante", conclui.

Fonte: Com informações de Fiocruz

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Ceará lidera geração de emprego no Nordeste com 16,4 mil novas vagas em novembro.. O setor de serviços puxou a alta, gerando 5,9 mil novos empregos no mês

  Ceará gerou 16,4 mil novas vagas de emprego em novembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quarta-feira (23). O resultado superou a marca de outubro (16,2 mil) e é o melhor do ano até o momento.

 Emprego: Ceará tem 1.173 vagas abertas nesta quarta-feira (23); confira

 Pandemia: 204 mil continuam em trabalho remoto no Ceará, diz IBGE

 Ceará cria mais de 16 mil empregos com carteira assinada em outubro

O número é resultado da diferença entre 42,7 mil admissões e 26,3 mil desligamentos. O saldo foi o maior do Nordeste no mês, bem à frente de Pernambuco, que ficou em segundo lugar com 13 mil novas vagas.

Entre os setores produtivos, o de serviços foi o que gerou maior número de vagas, sendo responsável por 5,9 mil delas. Em seguida, aparecem a indústria (5,2 mil) e o comércio (3,7 mil). Construção (1 mil) e agropecuária (198) também contrataram mais que demitiram, embora em menor escala.

No acumulado do ano, o Estado apresenta um saldo positivo em 1.047 vagas mesmo com o tombo durante o período mais crítico da pandemia.

Governadores pedem ao Ministério da Saúde suspensão imediata de voos do Reino Unido, Dinamarca, Holanda e Austrália Consórcio do Nordeste enviou um ofício ao ministro Eduardo Pazuello solicitando "a adoção de medidas de proteção da população brasileira", devido à preocupação com a nova cepa do coronavírus

Passageiros são atendidos para fazer o check-in de seus voos para Londres, enquanto o governo mexicano analisa suspender os voos do Reino Unido devido a temores sobre uma nova cepa do coronavírus altamente infecciosa Foto: LUIS CORTES / REUTERS

Cantor Matheus, dupla de Lucas, morre por complicações da Covid-19. Sertanejo retornou da Europa e sentiu sintomas da doença.

 Mais um nome da música morre pela Covid-19. Faleceu nesta terça-feira (22), em Presidente Prudente, o cantor Matheus, da dupla Lucas e Matheus. Ao G1, a família confirmou o óbito do músico por conta de complicações da Covid-19.

Edilson da Silva Rodrigues, de 57 anos, veio de Portugal para Presidente Prudente e ao chegar, começou a apresentar sintomas do novo coronavírus. Ele estava internado em um hospital da cidade e teve que ser entubado no dia 16 de dezembro. Mesmo com os cuidados, ele não resistiu.

A dupla Lucas e Matheus tinha mais de 25 anos de carreira e uma longa trajetória na Europa. O maior sucesso da dupla de irmãos Lucas e Matheus foi a música "Paciência", gravada na década de 1990 

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Fiocruz rejeita pedido de vacina para ministros do STF e STJ e diz que estoque irá para Ministério da Saúde

Segundo nota, a Fundação Oswaldo Cruz esclarece que a estratégia visa atender à demanda do Programa Nacional de Imunização (PNI).

A Fiocruz entregará 1 milhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca na semana de 8 a 12 de fevereiro. Foto: Divulgação/Fiocruz Minas 

A Fiocruz entregará 1 milhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca na semana de 8 a 12 de fevereiro. Foto: Divulgação/Fiocruz Minas

  A  Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negou o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) e do  Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reservas de vacinas contra a Covid-19.  A instituição informou que a produção é destinada "integralmente" ao Ministério da Saúde. Segundo nota, a estratégia visa atender à demanda do Programa Nacional de Imunização (PNI).

"A produção dessas vacinas será, portanto, integralmente destinada ao Ministério da Saúde, não cabendo à Fundação atender a qualquer demanda específica por vacinas", diz o texto.

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O STF encaminhou ofício pedindo a reserva sete mil doses de vacina  para a imunização de ministros e servidores da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  O diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho justificou que os servidores desempenham “papel fundamental no país” e que muitos deles fazem parte dos chamados grupos de risco. O documento foi enviado dia 30 de novembro.

Tal ação tem dois objetivos principais. O primeiro é a imunização do maior número possível de trabalhadores de ambas as casas, que desempenham papel fundamental no país e têm entre suas autoridades e colaboradores uma parcela considerável de pessoas classificadas em grupos de risco”, diz um trecho do ofício.

Em outro trecho, o diretor-geral do STF dá a entender que a reserva de vacinas para servidores da Corte e do CNJ seria uma “contribuição” ao restante da sociedade pois liberaria “equipamentos públicos de saúde”.

“Adicionalmente, entendemos que a realização da campanha por este Tribunal é uma forma de contribuir com o país nesse momento tão crítico da nossa história, pois ajudará a acelerar o processo de imunização da população e permitirá a destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas, colaborando assim com a Política Nacional de Imunização”

O Superior Tribunal de Justiça também fez um pedido similar à Fiocruz. Já foi encaminhada a  resposta ao STF e STJ.  A Fiocruz entregará ao Miniistério da Saúde 1 milhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca na semana de 8 a 12 de fevereiro.

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Fiocruz rejeita pedido de vacina para ministros do STF e STJ e diz que estoque irá para Ministério da Saúde Segundo nota, a Fundação Oswaldo Cruz esclarece que a estratégia visa atender à demanda do Programa Nacional de Imunização (PNI).

A Fiocruz entregará 1 milhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca na semana de 8 a 12 de fevereiro.

BRASÍLIA - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negou o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reservas de vacinas contra a Covid-19. A instituição informou que a produção é destinada "integralmente" ao Ministério da Saúde. Segundo nota, a estratégia visa atender à demanda do Programa Nacional de Imunização (PNI).
"A produção dessas vacinas será, portanto, integralmente destinada ao Ministério da Saúde, não cabendo à Fundação atender a qualquer demanda específica por vacinas", diz o texto.
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O STF encaminhou ofício pedindo a reserva sete mil doses de vacina para a imunização de ministros e servidores da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho justificou que os servidores desempenham “papel fundamental no país” e que muitos deles fazem parte dos chamados grupos de risco. O documento foi enviado dia 30 de novembro.

“Tal ação tem dois objetivos principais. O primeiro é a imunização do maior número possível de trabalhadores de ambas as casas, que desempenham papel fundamental no país e têm entre suas autoridades e colaboradores uma parcela considerável de pessoas classificadas em grupos de risco”, diz um trecho do ofício.


Polícia Federal investiga PMs cearenses por suspeita de revenda ilegal de armas de fogo e munições Dois cabos da Polícia Militar do Ceará repassavam equipamentos para outros militares; investigações apontam que um deles comprou equipamento de tráfico internacional.

Era 21 de outubro de 2018 quando um cabo da Polícia Militar do Ceará pegava seu telefone para fazer uma chamada de reclamação. Do outro lado, em Guaratuba, no Paraná, sem saber que estava sendo interceptado pela Polícia Federal, o traficante internacional de armas e munições Paulo José Vasconcelos ouvia de forma atenta os questionamentos.O cabo havia adquirido de Paulo Vasconcelos um kit roni por meio do site Mercado Livre. Embora o material ilegal de origem paraguaia tivesse chegado com toda a tranquilidade pelos Correios, o equipamento não estava funcionando. O kit roni é um produto de uso restrito controlado pelo Exército e transforma armas leves em longas; o militar o havia adquirido para usá-lo em uma arma de fogo real.

Durante o telefonema, Paulo se esforça para convencer o cabo a retirar uma reclamação feita no site do Mercado Livre. Ele diz que já vendeu o acessório a diversos clientes sem receber reclamações, inclusive do mesmo lote ao qual havia vendido ao policial. Eles continuam conversando sobre as falhas e calibres das armas de fogo nas quais o kit seria utilizado.

Foi nesse telefonema que o cabo da PM e outros 14 policiais militares cearenses entravam nos autos da Operação Mercado das Armas, da Polícia Federal. A investigação está em segredo de Justiça e descobriu um esquema de tráfico internacional de armas e munições, cuja teia comercial alcançava diversos estados como Rio Grande do Sul, Roraima, passando pela Bahia e, claro, pelo Ceará.

A operação foi deflagrada em 29 de julho deste ano, após a Justiça Federal autorizar 25 pedidos de busca e apreensão, entre os quais dois são contra PMs do Ceará. Os nomes dos alvos e dos demais militares que teriam negociado armas de fogo e munições de forma ilegal não serão divulgados em razão de os primeiros ainda constarem no inquérito como investigados. Eles não foram presos pela Polícia Federal.

Nas apurações, ficou constatado que os materiais eram comprados principalmente de uma loja no Paraguai, que é gerenciada por irmãos libaneses suspeitos de ligação com um grupo terrorista. Os equipamentos ilegais eram vendidos por meio do Mercado Livre e enviados pelos Correios. Além de policiais militares cearenses, as armas e munições foram destinadas a integrantes do Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, e a assaltantes de carros-fortes, em São Paulo.

Negociação

Por aqui, o cabo da PM teria negociado munições ou armamentos com, pelo menos, 12 policiais militares devidamente identificados pela Polícia Federal. Desta forma, ele passou para a condição de investigado na operação e foi considerado suspeito de comercializar e adquirir de forma ilegal armas de fogo e munições restritas. "Ressalto que, muito embora o comprador seja policial, o mesmo deve obedecer às regras para eventual compra do acessório, o que não foi seguido no caso", diz trecho do relatório da PF.

Com isso, o cabo passou a ter suas conversas também interceptadas por autorização judicial e, nelas, apesar de sempre indicar que as tratativas da venda de acessórios armamentícios sejam feitas pelo aplicativo WhatsApp, a Polícia Federal conseguiu identificar suspeitas de práticas criminosas. Em uma conversa com outro cabo da PM cearense (página anterior), eles debatem como a venda pode ser feita. Em outra ligação, realizada no dia 11 de março de 2019, cuja transcrição consta nos autos da Operação Mercado das Armas, um homem não identificado pela PF pergunta sobre armamentos ao cabo.
'Só no final do mês'

"Cadê a minha .40, a minha glock?", pergunta a pessoa não identificada, ao que o militar responde: "só no final do mês". Mais à frente na conversa, o homem questiona se está faltando espoleta (um composto químico utilizado para iniciar a combustão em uma munição). O cabo responde: "É que eu peguei, eu encomendei umas importadas, que a CBC costuma dar umas falhazinhas, né?". A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) é uma das organizações autorizadas formalmente a produzir munições no Brasil.

Em outro diálogo, o cabo afirma ver a possibilidade de revender 3 mil munições a um homem não identificado. Segundo a PF, o militar realizou a importação de insumos para a produção da munição que posteriormente iria comercializar. Com relação aos demais militares envolvidos, conforme os investigadores, os dados sobre eles devem "ser compartilhados com a Corregedoria Militar do Ceará".

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que as investigações estão sob responsabilidade da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) e que a Polícia Militar do Ceará não instaura procedimentos administrativos de apuração quando o crime não é militar.

A CGD ressaltou, em nota, que "tão logo tomou conhecimento" sobre o esquema, "determinou instauração de procedimento investigatório para apuração". "A Controladoria trabalha, internamente, em apuração concomitante à da PF com o objetivo de esclarecer os fatos na seara administrativa", escreveu. A Pasta, contudo, não especificou quando recebeu o inquérito da Polícia Federal e se os PMs envolvidos no esquema foram ou não afastados das suas funções na Corporação.

Efeito dominó

Ao terem acesso garantido pela Justiça às chamadas do cabo da PM, os investigadores passaram a analisar também as ações do outro cabo. Ambos caíram em uma interceptação na qual comentam a venda de armas de fogo de forma irregular. O primeiro diz ter vendido uma pistola Glock calibre 380 por R$ 8 mil e estar negociando outra do mesmo modelo por R$ 10 mil.

Com a quebra de sigilo telemático do segundo, foram encontradas fotografias de fuzis, pistolas e revólveres. Um desses armamentos, conforme aponta a apuração, tinha numeração aparente, a qual não consta no banco de dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal. O fato indica que a pistola seja fruto de comércio ilegal. O segundo cabo teria revendido armas e munições a, pelo menos, dois policiais militares, sendo um tenente-coronel e um sargento. Os três já foram instrutores da Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp), facilitando disciplinas como tiro policial defensivo. O tenente coronel também ministrou disciplinas, como especialista, sobre armas e munições letais e menos letais. A SSPDS informou que os PMs instrutores não facilitam disciplinas desde 2018.

Nas interceptações, os investigados comentam que o valor de uma caixa de munições gold seria R$ 550, cujo pagamento ocorreria por transferência bancária. Quando o segundo cabo e o tenente-coronel caem nas escutas, o oficial pede que o praça venda um revólver que está sob sua posse. A arma custaria entre R$ 2,5 e R$ 3 mil. Em outra ligação, o cabo confirma a venda de munições a um homem não identificado (quadro ao lado).
Respostas

O Ministério Público Federal no Paraná informou que os dois cabos da PM ainda não foram denunciados. "Estão na condição de 'investigados'. Após a conclusão da investigação, o MPF vai decidir se denuncia ou não", disse. A Polícia Federal no Paraná foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

Os Correios afirmaram que "trabalham em parceria com os órgãos de segurança pública para prevenir o tráfego de itens proibidos por meio do sistema postal". A empresa ressaltou que o "encaminhamento de armas via postal é controlado pelo Exército" e, quando um objeto proibido é detectado, os órgãos competentes são acionados. "Na ocorrência de postagens em desacordo com a legislação, os objetos são retidos no fluxo postal e apreendidos pelo órgão controlador", completou. A assessoria de imprensa do Mercado Livre não atendeu às ligações.

O Exército Brasileiro informou que tem poder de fiscalização do comércio legal de armas e acessórios e que "tem realizado apreensões desse tipo de material controlado", como o kit roni. Conforme as Forças Armadas, o equipamento é de uso restrito e isso ocorre "pelo fato de o mesmo trazer potencial perigo à segurança e à tranquilidade pública, além de poder ser utilizado em armas de fogo".