O italiano Pasquale Scotti, preso em Recife (PE) por ligação com a máfia de seu país, chegou pouco antes das 9h desta quarta-feira (27) a Brasília. Ele estava acompanhado por três agentes da Polícia Federal. O homem, que estava foragido desde 1984 e é acusado de 26 assassinatos, foi levado para a superintendência da PF e de lá vai ser encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda.
Scotti foi para o Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife, às 17h de terça. Ele passou a noite no local, na Delegacia de Imigração da Polícia Federal, e embarcou no voo JJ3457 da Tam às 5h58.
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Mafioso preso no Brasil era um dos mais perigosos foragidos, diz Interpol
De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, o processo de extradição para a Itália já foi iniciado. “É de todo interesse do governo italiano que esse procedimento seja feito o mais rápido possível. Já há um pedido formal do governo italiano e agora o governo brasileiro com os outros órgãos competentes estão analisando todos os procedimentos para que ele possa ser extraditado o mais rápido possível”, comentou.
Ainda segundo a PF, a defesa do italiano pode alegar que ele é casado e que tem dois filhos no Brasil para que o preso possa ficar no país. "Mas isso compete aos advogados formularem e o Supremo [Tribunal Federal] vai avaliar”, disse ainda Santoro.
Italiano Scotti Pasquale foi preso no Recife (Foto:
Divulgação/Polícia Federal)
Prisão
Pasquale Scotti, de 56 anos, condenado à prisão perpétua por ligação com a máfia, foi preso no Recife na manhã da terça-feira (26), mais de vinte anos após ser condenado pela Justiça da Itália. A ação foi realizada em conjunto pela Polícia Federal e Interpol. No Brasil, o italiano se apresentava como Francisco de Castro Visconti, se dizia empresário e tinha CPF e título de eleitor ilegais.
De acordo com a PF, Scotti foi condenado em 2005 à prisão perpétua pela morte de 26 pessoas, mas estava desaparecido desde dezembro de 1984, quando fugiu da cadeia após ser detido por ligação com a máfia. Ele tem ainda condenações em 1991 por porte ilegal de arma de fogo, resistência, extorsão e vários homicídios, cometidos entre 1980 e 1983.
Máfia
De acordo com a PF, Scotti era o homem mais procurado da Itália. "Era um dos líderes da Camorra, uma das máfias italianas e foi condenado à prisão perpétua por mais de 20 homicídios na Itália em razão da organização criminosa. Nós vamos continuar a investigação para saber quem deu suporte, quem deu esse apoio logístico durante anos todos a ele para, eventualmente, identificar as pessoas e desarticular esse grupo", afirmou o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz Cordeiro.
Segundo o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, Scotti era o braço direito de Rafaelle Cutolo, fundador e líder da Nuova Camorra Organizzata. Ele teria tanto participado quanto ordenado os 26 assassinatos pelos quais foi condenado.
A Polícia Federal investiga se as empresas comandadas por Scotti no Brasil eram usadas para lavar dinheiro. A apuração apontou haver indícios de que ele recebia dinheiro de instituições italianas.
Scotti foi para o Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife, às 17h de terça. Ele passou a noite no local, na Delegacia de Imigração da Polícia Federal, e embarcou no voo JJ3457 da Tam às 5h58.
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De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, o processo de extradição para a Itália já foi iniciado. “É de todo interesse do governo italiano que esse procedimento seja feito o mais rápido possível. Já há um pedido formal do governo italiano e agora o governo brasileiro com os outros órgãos competentes estão analisando todos os procedimentos para que ele possa ser extraditado o mais rápido possível”, comentou.
Ainda segundo a PF, a defesa do italiano pode alegar que ele é casado e que tem dois filhos no Brasil para que o preso possa ficar no país. "Mas isso compete aos advogados formularem e o Supremo [Tribunal Federal] vai avaliar”, disse ainda Santoro.
Divulgação/Polícia Federal)
Prisão
Pasquale Scotti, de 56 anos, condenado à prisão perpétua por ligação com a máfia, foi preso no Recife na manhã da terça-feira (26), mais de vinte anos após ser condenado pela Justiça da Itália. A ação foi realizada em conjunto pela Polícia Federal e Interpol. No Brasil, o italiano se apresentava como Francisco de Castro Visconti, se dizia empresário e tinha CPF e título de eleitor ilegais.
De acordo com a PF, Scotti foi condenado em 2005 à prisão perpétua pela morte de 26 pessoas, mas estava desaparecido desde dezembro de 1984, quando fugiu da cadeia após ser detido por ligação com a máfia. Ele tem ainda condenações em 1991 por porte ilegal de arma de fogo, resistência, extorsão e vários homicídios, cometidos entre 1980 e 1983.
Máfia
De acordo com a PF, Scotti era o homem mais procurado da Itália. "Era um dos líderes da Camorra, uma das máfias italianas e foi condenado à prisão perpétua por mais de 20 homicídios na Itália em razão da organização criminosa. Nós vamos continuar a investigação para saber quem deu suporte, quem deu esse apoio logístico durante anos todos a ele para, eventualmente, identificar as pessoas e desarticular esse grupo", afirmou o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz Cordeiro.
Segundo o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, Scotti era o braço direito de Rafaelle Cutolo, fundador e líder da Nuova Camorra Organizzata. Ele teria tanto participado quanto ordenado os 26 assassinatos pelos quais foi condenado.
A Polícia Federal investiga se as empresas comandadas por Scotti no Brasil eram usadas para lavar dinheiro. A apuração apontou haver indícios de que ele recebia dinheiro de instituições italianas.





















