Servidores da Receita Federal passavam informações privilegiadas sobre empresas devedoras do fisco, patrocinando interesses privados e corrompendo conselheiros.
A Operação Zelotes, deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de desarticular organizações criminosas que atuavam no Ceará,no Distrito Federal e em São Paulo, cumpre um mandado de busca e apreensão em Juazeiro do Norte, 493,4 km de Fortaleza. Os suspeitos manipulavam o trâmite de processos e o resultado de julgamentos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
A operação em Juazeiro foi iniciada às 6 horas da manhã, em uma residência localizada no bairro Jardim Gonzaga (conhecido como Lagoa Seca). O suspeito, um servidor da Carf, não estava em casa, conforme o delegado da PF, Samuel Elanio de Oliveira. Foram apreendidos documentos, computadores, pen drives e dois veículos – uma Hillux e um Siena.
Segundo Samuel, os cofres também foram revistados, mas nenhuma quantia em dinheiro foi encontrada. A identidade do suspeito, que está viajando, não foi revelada e segue sob segredo de Justiça, conforme a PF.
O prejuízo à Receita Federal de R$ 5,7 bilhões foi confirmado e pode chegar até R$ 19 bilhões, ainda segundo a PF. Ao todo, 41 mandados de busca e apreensão são cumpridos: um no Ceará, 16 no estado de São Paulo (em Santo André, Barueri e São Paulo) e 24 em Brasília.
As investigações, iniciadas em 2013, apontam que os servidores repassavam informações privilegiadas, obtidas dentro do Carf, para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia. Com os dados, os suspeitos realizavam a captação de clientes e intermediavam a contratação de “facilidades” dentro do conselho.
A PF informou ainda que os investigados vão responder pelos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As investigações, iniciadas em 2013, apontam que os servidores repassavam informações privilegiadas, obtidas dentro do Carf, para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia. Com os dados, os suspeitos realizavam a captação de clientes e intermediavam a contratação de “facilidades” dentro do conselho.
A PF informou ainda que os investigados vão responder pelos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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