A igreja da presidenciável Marina Silva (PSB) articula o seu próprio partido em 2015. De acordo com o coordenador do conselho político da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB), pastor Lélis Marinho, já estão sendo coletadas assinaturas por meio de um exército formado por 40 mil pastores e 100 mil locais de culto no país.
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“Existe um pensamento em nos concentrarmos em um único partido, para que a nossa ação seja mais direcionada e eficaz. Como a lei eleitoral cria restrições para a migração de partido, as assinaturas para se criar uma nova sigla estão sendo providenciadas”, diz. Atualmente há 22 deputados federais assembleanos e Marinho imagina que 30 serão eleitos impulsionados pelas duas candidaturas presidenciais de integrantes da Assembleia de Deus: a de Marina e a do Pastor Everaldo (PSC), que pertence a outra ramificação da confissão religiosa, o ministério de Madureira.
Marinho foi um dos responsáveis por um longo perfil dos quatro principais candidatos a presidente publicado na edição deste mês no jornal “Mensageiro da Paz“, órgão oficial da igreja. O artigo tem o propósito específico de orientar o voto dos fiéis e deixa claro que só há uma orientação: combater a reeleição da presidente Dilma Rousseff, chamada de “ateia desde a juventude de guerrilheira comunista”.
O artigo afirma que o governo de Dilma representa uma ameaça à religião. Atribui à presidente a defesa de “terríveis propostas”, como o casamento entre homossexuais, a criminalização da homofobia, a regulamentação das situações legais de aborto na rede pública de saúde e a liberalização de drogas leves. A posição em relação a Marina, que pertence à Congregação da Assembleia de Deus do Plano Piloto, em Brasília, é de cautela: afirma que a candidata “tem trazido alegria por falar publicamente contra o preconceito aos evangélicos”, mas adverte que Marina ”muitas vezes é condescendente com grupos radicais de esquerda”.
“Vejo a ascensão de Marina como um avanço. É uma possibilidade de diálogo com o governo dentro de outro ponto de vista, mas com ela ainda estamos estabelecendo um diálogo. É curioso, mas temos que buscar interlocução com uma de nossas seguidoras. Ela não assumiu compromissos”, diz Marinho, que pondera: “A tendência do voto assembleano ir para ela é completamente natural. Somos a favor do Estado laico, mas um governante precisa ser alguém que tema a Deus. A falta de crença faz toda a diferença”.
No universo de prioridades políticas da Assembleia, a meta é frear projetos em tramitação no Congresso, e não aprovar novas propostas. Marinho não demonstra interesses em temas de natureza econômica. “Estas são questões que estão fora da nossa agenda”, afirma.
Além dos candidatos à presidência Marina Silva (PSB) e Pastor Everaldo (PSC), a igreja conta hoje com 22 deputados federais
Por Redação
A igreja dos presidenciáveis Marina Silva (PSB) e Pastor Everaldo (PSC) pretende montar o seu próprio partido em 2015. A coleta de assinaturas na Assembleia de Deus já começou a ser realizada por meio de um exército formado por 40 mil pastores em 100 mil locais de culto no país. Além dos dois candidatos à presidência, há atualmente 22 deputados federais assembleanos.
Em entrevista ao Valor, o coordenador do conselho político da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB), pastor Lélis Marinho, confirma as intenções da igreja. “Existe um pensamento em nos concentrarmos em um único partido, para que a nossa ação seja mais direcionada e eficaz. Como a lei eleitoral cria restrições para a migração de partido, as assinaturas para se criar uma nova sigla estão sendo providenciadas”, afirmou.
Marinho revelou, ainda, uma relação delicada com a candidata pessebista. “Vejo a ascensão de Marina como um avanço. É uma possibilidade de diálogo com o governo dentro de outro ponto de vista, mas com ela ainda estamos estabelecendo um diálogo. É curioso, mas temos que buscar interlocução com uma de nossas seguidoras. Ela não assumiu compromissos”, destacou.

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