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domingo, 16 de março de 2014

A ONDA AGORA É CREMATÓRIOS

         O número de Crematórios mais que dobrou em cinco anos e eles se espalharam pelo país, segundo o Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares. Apesar de não ter como associadas todas as empresas brasileiras do gênero, a entidade estima que existam hoje cerca de 70 empresas do ramo no Brasil. O presidente do sindicato, José Elias Flores Júnior, atribui esse crescimento à mudança de atitude das pessoas, que aos poucos "assimilam melhor" o ato de cremar. Proprietários e gerentes de crematórios ouvidos pela Folha dizem também que um dos fatores para o crescimento é o preço. A crem...mais »
Como é feita a cremação de cadáveres?
       Basicamente, os corpos são colocados em fornos e incinerados a temperaturas altíssimas, fazendo carne, ossos e cabelos evaporarem. Só algumas partículas inorgânicas, como os minerais que compõem o osso, resistem a esse calor para lá de intenso. São esses resíduos que compõem as cinzas, o pozinho que sobra como lembrança dos restos mortais de uma pessoa cremada. "No corpo humano, não existe nenhuma célula que tolere uma temperatura maior que 1 000 ºC. Um calor como esse é suficiente para derreter até metais", afirma o médico legista Carlos Coelho, do Instituto Médico Legal de São Paulo. Apesar da aparência de prática moderna, a cremação é uma tradição de quase 3 mil anos. "Para as religiões do Oriente, queimar o cadáver é uma prática consagrada. O fogo tem uma função purificadora, eliminando os defeitos da pessoa e libertando a alma", diz o perito criminal Ugo Frugoli.
         No mundo ocidental, por volta do século 10 a.C., os gregos já queimavam em fogo aberto corpos de soldados mortos na guerra e enviavam as cinza para sua terra natal. Apesar desse histórico, a cremação foi considerada ilegal em várias épocas, principalmente por motivos religiosos. Para os judeus, por exemplo, o corpo não pode ser destruído, pois a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição. Já os espíritas pedem que o cadáver não seja incinerado antes de 72 horas - segundo eles, esse é o tempo necessário para a alma se desvincular do corpo. Entre os católicos, evangélicos e protestantes, não há restrições tão severas. No Brasil, a cremação é regulada pela Constituição. Quem quiser ter o cadáver reduzido a pó precisa deixar essa vontade devidamente registrada, com documento assinado por testemunhas e reconhecido em cartório. No fim de tudo, pode ser opção econômica para quem não tem onde cair morto. Enquanto um sepultamento simples custa pelo menos 200 reais, o serviço pago em um crematório público numa cidade como São Paulo, por exemplo, sai a partir de 105 reais.


cremacao
De volta ao pó Incineração reduz um corpo de 70 quilos a menos de 1 quilo de cinzas

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